Igreja Paroquial de Esmoriz / Igreja de Santa Maria

IPA.00015639
Portugal, Aveiro, Ovar, Esmoriz
 
Arquitectura religiosa, ecléctica. Igreja paroquial com nave de planta longitudinal, capela-mor, capelas laterais simétricas, vários outros corpos anexos de diferente volumetria e torre sineira no flanco direito da fachada principal. Alçados com embasamento, pilastras sobre os cunhais, vãos moldurados, cimalhas de friso e cornija, pináculos nos ângulos. Fachada principal de portal único encimado por janela do coro ladeada por postigos e coroada por nicho alto com imagem da padroeira. Tecto de abóbada estucada. Retábulos e sanefas de madeira entalhada e pintada a branco e ouro.
Número IPA Antigo: PT020115030041
 
Registo visualizado 267 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal composta por nave e capela-mor aos lados das se adossam duas capelas, sacristia e anexos, volumetricamente distintos, com coberturas diferenciadas em telhados de 1, 2 e 3 águas. Torre sineira quadrangular com cobertura bolbosa colocada à direita da fachada principal. Fachada principal virada a O., embasamento, pilastras, cimalha de friso e cornija e frontão recortado. Portal simples encimado por janela do coro a qual é ladeada por dois postigos e sobreposta por nicho alto com imagem da padroeira; vãos rectangulares moldurados sendo o portal e a janela do coro com friso e cornija; o nicho de pilastras e arco de volta plena; pedra colocada entre os dois vãos axiais com inscrição; na empena, óculo circular moldurado e cruz sobre o vértice ladeada por dois pináculos. Torre de dois registos sendo o inferior integrado na composição geral da fachada com idênticas pilastras nos ângulos e continuando a mesma linha da cimalha que separa do registo superior; este tem pilastras nos ângulos, relógio circular encimado por ventana de arco pleno e cimalha de friso e cornija; remate de balaustrada, pináculos piramidais nos ângulos e cobertura com coruchéu bolboso coroado por cruz de ferro. Claros da fachada revestidos por azulejos de tapete deixando sobre o embasamento de cantaria uma faixa rebocada e pintada de branco. Alçados laterais e posterior com pilastras nos cunhais sobrepostos por pináculos, cimalha de cornija e cruz nos vértices das empenas; ao último terço da nave, adossam-se os corpos das capelas com os cunhais reforçados encimados por pináculos e as empenas delimitadas por cornija sobreposta por platibanda mostrando, no interior, pequena rosácea e, no vértice, cruz; os claros dos corpos da nave, torre e capelas laterais estão revestidos com azulejos idênticos aos da fachada principal, deixando os restantes volumes da capela-mor e corpos adossados a esta, rebocados e pintados de branco. Alçado lateral S. com torre exibindo postigos rectangulares moldurados, escada de acesso à torre colocada no ângulo com a nave, adossada longitudinalmente e com alpendre no patamar alto, porta travessa protegida por alpendre no ângulo com a capela lateral, duas janelas rectangulares molduradas acima da linha média da nave e corpo da capela lateral com dois postigos quadrangulares; adossados à capela-mor, dois corpos rectangulares baixos, um dos quais dispondo-se longitudinalmente e o outro atravessado, com vãos rectangulares moldurados e acesso por duas portas colocadas sob o mesmo alpendre. Alçado lateral N. com corpo renovado de dois pavimentos adossado a todo o comprimento da capela-mor. INTERIOR: guarda vento de madeira entre duas colunas que suportam o coro-alto com guarda de balaustrada de madeira. Dois púlpitos fronteiros com bacia de pedra sobre mísula, guarda plena e guarda-voz de madeira entalhada e pintada a branco e ouro. Pavimento de madeira, lambril de azulejos, cimalha de friso e cornija de granito de onde arranca o tecto de abóbada estucado e pintado. Arcos fronteiros das capelas laterais com pilastras e arco pleno. Arco triunfal de pilastras e arco pleno. Plataforma do altar-mor revestida a mármore com três degraus encaixados. Retábulo principal, retábulos laterais e sanefas de madeira entalhada e pintada a branco e ouro.

Acessos

Rua da Relva

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, implanta-se em encosta, rodeado por adro parcialmente murado que se abre a O., diante da fachada principal, com escadaria para um lg. inferior rectangular, no extremo do qual tem um cruzeiro renovado de tipo calvário.

Descrição Complementar

INSCRIÇÃO: "REEDIFICADA / 1893". Existência de órgão positivo.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1590-1592 - foi parcialmente lajeada; 1612 - foi colocada uma rede nos vãos contra os pássaros; 1614 - foi colocado um encerado nos vãos contra a chuva; 1682-1683 - foi construído um coro alto sobre colunas; 1686 - foram colocadas vidraças nas janelas da nave; 1710, 28 julho - o visitador manda aos mordomos de Nossa Senhoras do Rosário o douramento do retábulo; 1711, 28 julho - o visitador elogia os retábulos colaterais e manda o pároco fazer o mor; 1711 - 1712 - a Irmandade do Santíssimo anota a despesa de 260$000 para a tribuna; 1799 - encontrava-se em estado de ruína avançada tendo a obra da nova igreja sido arrematada por António Pereira de Válega que no entanto não lhe deu logo início; 1819 - achavam-se concluídas as obra de pedraria e carpintaria na capela-mor bem como na residência paroquial; 1861 - encontrava-se de novo ameaçando ruína tendo sido arrematado o conserto por José Pinto de S. Fins da Feira; 1870 - ameaçava de novo ruína; 1892, 24 Julho - foram arrematadas as obras da igreja nova: pedreiro por António Gomes da Costa de Paramos, carpinteiro por Tomás Henrique Valente de Abreu de Valadares e trolha por António Pereira de Brito Paulo de Argoncilhe; 1892, 04 Agosto - foi iniciada a obra pela capela-mor; 1893, Março - foi alterado o projecto inicial decidindo-se demolir até ao alicerce as paredes da nave, fachada principal e torre; 1893, fins - estava concluída a obra da capela-mor; 1895, Maio - estava construído o corpo da nave; 1895 - o coruchéu da torre foi revestido de azulejo; 1896 - foi construido o coro alto sobre duas colunas de ferro fabricadas na Antiga Fundição de Crestuma; 1896 - foi benzida a nova igreja; 1907 - foi adquirido o órgão de tubos construído por Augusto Joaquim Claro de Braga; 1920-1926 - foram as paredes exteriores revestidas de azulejos; 1927-1928 - foram construídos os dois púlpitos; 1928 - foi contratada uma obra de alteração das sacristias e capela-mor da autoria dos arquitectos Baltasar de Castro e Rogério de Azevedo do Porto que não se terá concretizado; 1929 - as capelas dos altares laterais e o baptistério foram revestidos de azulejo tendo-se fechado a porta N. para a colocação do altar de Nossa Senhora de Fátima; 1959 - a plataforma do altar-mor foi revestida de mármore e o gradeamento de ferro substituído por um novo de madeira.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Granito, cantarias; mármore; cerâmica, azulejo e telha; madeira, pavimento, portas, janelas e retábulos.

Bibliografia

AMORIM, Padre. A. de, A Igreja de Esmoriz - seus altares e imagens, paramentos, pratas, festas e costumes religiosos (sécs. XVI-XIX), sep. de Aveiro e o seu Distrito, nº 29, 1981; AMORIM, Padre A. de, Esmoriz e a sua História, Esmoriz, 1986; AMORIM, Padre A. de, Achegas para o Estudo da História Local, Esmoriz, 1989; BRANDÃO, Domingos de Pinho, Obra de talha dourada, ensamblagem e pintura na cidade e na Diocese do Porto - Documentação, Porto, Diocese do Porto, 1985, vol. II; GONÇALVES, A. N., Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Aveiro, Zona Norte, Lisboa, 1981, p. 190; VALENÇA, Manuel, A Arte Organística em Portugal, vol. II, Braga, 1990.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1971 / 1972 - reformulação do anexo do lado N. que foi alargado e alteado, manutenção das coberturas, renovação das instalações sonora e eléctrica, lambril de azulejos no interior, pintura e douramento dos retábulos, renovação do baptistério e do órgão, arranjo do adro; 1995 - renovação da plataforma do altar-mor e da tela do respectivo retábulo copiada da antiga; 1999 - renovação da torre; 2000 - renovação do pavimento interior, limpeza e pintura das fachadas. Junta de Freguesia: 1963 - arranjo do lg. inferior diante da fachada principal com escadas e ajardinamento; 1991 - restauro do órgão por António Simões; 1999 - arranjo do largo a N.

Observações

Autor e Data

Paulo Dordio 2000

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login