Bateria de Albufeira

IPA.00015575
Portugal, Faro, Albufeira, Albufeira e Olhos de Água
 
Arquitectura militar maneirista, hoje incaracterística estilisticamente. Bateria defensiva de planta possivelmente em trapézio triangular irregular avançado sobre o mar, não chegando até hoje qualquer elemento da construção em altura que possibilite equacionar a organização de alçados, corpos e volumes. Possui três câmaras subterrâneas de construção utilitária.
Número IPA Antigo: PT050801010014
 
Registo visualizado 355 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Forte    

Descrição

Resta parte de um compartimento subterrâneo destinado a armazenar munições, de feição vertical e aberto em plena afloramento rochoso *1. A secção E. compõe-se de parede de alvenaria rebocada, com abóbada de berço, definida por arco de volta perfeita, constituída por ladrilhos; parte do pavimento ainda se mantém, igualmente de alvenaria rebocada.

Acessos

Albufeira, Rua da Bateria. WGS84 (graus decimais) lat.: 37,086703, long.: -8,251699

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Peri-urbano, isolado, no topo da falésia do Castelo (v. PT050801010013). Restos de um antigo forte, implantado sobre a praia de Albufeira, na arriba central da cidade a uma altura de 41m, comunicando directamente com o morro onde se construiu o núcleo antigo do aglomerado populacional e funcionando mesmo como corpo avançado do Castelo medieval. Actualmente, separa-se da cidade através de um pequeno muro em parapeito sobre a falésia, a N. do forte. Para O. a esplanada da praia de Albufeira, progressivamente em expansão à custa do derrube da falésia. A E. a continuidade da praia da cidade, na zona mais desafogada, onde, na época medieval, o terreno apresentava uma pequena ria.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: forte

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

Séc. 16 - provável data de construção (AMADO, 1998 ); 1617 - Massay escreveu que a Bateria estava construída "ao uso antigo" mas que apresentava sinais de ruína iminente; tinha ainda "três berços de câmara de bronze ( 2 de dois quintais de calibre e um fora de serviço ) e três sagres de ferro" (AMADO, 1998 ); 1805 - Príncipe regente D. João assina um alvará declarando que o Forte de Quarteira (v. PT050808050008), o Forte de Valongo, a Bateria de São João, a Bateria de Albufeira, a Bateria da Baleeira e o Forte de Santo António de Pera (v. PT050813030010) passam a depender da praça de Albufeira; 1932, 14 de Março - única planta conhecida do imóvel, onde se vislumbra o trapézio irregular avançado sobre o mar, restos de construção em altura que já não permitem qualquer identificação segura da organização de vãos e de alçados; o compartimento subterrâneo apresentava-se ainda íntegro; Séc. 20, 2ª metade - degradação acelerada da falésia, ruindo os poucos elementos em altura identificados em 1932 e queda de praticamente toda a parte O. do forte, até ao extremo E. do compartimento subterrâneo.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria rebocada, ladrilho

Bibliografia

AMADO, Adelaide, Cronologia do concelho de Albufeira, Albufeira, Câmara Municipal de Albufeira, 1995; AMADO, Adelaide, Roteiros histórico e monumentais da cidade de Albufeira, Albufeira, Câmara Municipal de Albufeira, 1998.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN:DSID; CMA

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID; CMA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

*1 - A comparação do que hoje existe com a planta de 1934 e a própria configuração deste compartimento atesta bem o elevado nível de destruição a que a falésia de Albufeira foi sujeita nas últimas décadas, ruindo mais de 50% da área total desta antiga estrutura defensiva da cidade.

Autor e Data

Paulo Fernandes 2002

Actualização

 
 
 
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