Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal / Igreja Paroquial de Carvalhal / Igreja de Senhor Jesus e São Pedro

IPA.00001556
Portugal, Leiria, Bombarral, Carvalhal
 
Arquitectura religiosa, ecléctica. Igreja de peregrinação rodeada por todas as dependências de apoio aos peregrinos.
Número IPA Antigo: PT031005020014
 
Registo visualizado 178 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Santuário  

Descrição

Planta irregular composta pelos volumes articulados na horizontalidade; cobertura diferenciada de 2 águas sobre nave e capela-mor, 4 águas sobre residência paroquial, águas sobre a sacristia e de aba corrida sobre museu de Ex-votos. Frontispício orientado a SO. de empena recortada com cruz em pedra, pano único delimitado por cunhais de cantaria rematados por fogaréus, aberto por porta de verga recta com cornija saliente encimada por vieira e janela com frontão triangular. A fachada principal é ainda marcada por 2 torres sineiras, de estatura desigual, de planta quadrangular abertas por porta e 2 frestas, e no 2º piso por campanário em cada uma das faces e sobrepujado por 4 pináculos que ornam os cantos do plano onde assenta a cúpula de ângulos quebrados rematada por pináculo. Fachada SE., gradeamento lanceolado e portão de acesso a edifício adossado aberto por "loggia" avançada de 16 vãos ao nível do 2º piso, 3º piso com janelas e parapeito corrido; dupla escadaria lateral, simétrica, que dá acesso à torre sineira (lado esquerdo) e à galeria (lado direito). Fachada NE. corpo da capela-mor em empena triangular delimitado por cunhais de cantaria flanqueado por edifício contiguo à nave com escadaria de acesso à "loggia", e corpo reentrante da sacristia em empena recta aberto por porta e 2 janelas sobrepostas. Fachada NO., adossamento da sacristia em empena recta aberta por 2 janelas no 2º piso, museu de Ex-votos de 2 pisos em empena recta com cornija saliente, aberto por 4 portas e 5 janelas com cornija moldurada e saliente a nível da imposta. INTERIOR: coro-alto de balaustrada, em forma de U, assente sobre 2 colunas de fuste liso com entase; nave única com pavimento em tábua corrida, cobertura em tecto de madeira em 3 planos com caixotões pintados tendo o do centro representados os instrumentos da paixão de Cristo. Silhar de azulejos de padrão; Capelas laterais: Baptistério (lado do Evangelho) e capela do Senhor dos Passos (lado da Epístola); Púlpito com varandim e baldaquino em talha dourada. Arco Triunfal pleno com entablamento abre para capela-mor com 2 tribunas, altar-mor com camarim envidraçado, ladeado por 4 colunas de fuste canelado com entablamento rematado por frontão triangular encimado por resplendor; pavimento em mármore, cobertura em abóbada de berço com as ensignias da paixão (relevo de estuque) e ao centro os atributos de São Pedro. Iluminação feita mediante janela do coro-alto, 2 janelas laterais da nave e 2 janelas da capela-mor.

Acessos

Lugar do Rossio do Carvalhal

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural; isolado; implantação destacada rodeado de grande parque arborizado, delimitado por muro em alvenaria, com 3 entradas marcadas por pilares; amplo adro em terra batida com coreto, casas de romeiros. Fachada principal voltada ao cemitério.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: santuário

Utilização Actual

Religiosa: santuário / Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa)

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1712 - primitiva Igreja de São Pedro, chamada de Finisterrra, local do actual baptistério; 1737 - data de um dos sinos; 1755 - com o Terramoto ruiu o pequeno templo; 1762 - o registo de baptismos da Paróquia de São Pedro passa a ser do Bom Jesus e São Pedro; 1854 - é inaugurado o cemitério; 1856 - início da construção das casas dos romeiros; 1862 - data de 3 sinos; 1863 - construção da 1ª torre onde está a lápide datada e com as iniciais F.A.F. que corresponde a Francisco António da Fonseca que a custeou; 1867 - planta-se o arvoredo frente à porta principal; 1892 - é montado o arcaz; 1895 - constroi-se o coreto; 1901 - constroi-se a capela mortuária do cemitério; 1909 - é erguida a outra torre do templo; 1910 - adquirem-se os terrenos do chamado Arraial Novo arborizando-os e murando-os formando assim o parque do Santuário; 1923 - cria-se neste recinto a feira anual de Todos os Santos; 1927 - criam-se as peregrinações ao Santuário; 1940 - é erguido o cruzeiro histórico.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes e estrutura mista

Materiais

Estruturas de alvenaria e cantaria, cobertura em madeira, telha, pavimento em madeira e mosaico, azulejos, reboco, talha.

Bibliografia

MOURA, Antonieta, VERGIKOSK, Francisco Carlos, Roteiro Religioso - Concelho de Bombarral, s.d.; Pequeno guia Turístico-cultural do Concelho de Bombarral, Bombarral, s.d.; Santuário do Bom Jesus do Carvalhal - Breves notas da sua História Antiga, Elementos Históricos coligidos pela Biblioteca António Moura, s.l., 1985; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, Vol.V, Lisboa, 1955.

Documentação Gráfica

CMBombarral: planta cartográfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

1950 - construção da residência paroquial anexa ao Templo; transformação do coreto em altar para missas campais; 1988 - obras diversas de beneficiação e recuperação do Santuário (electricidade e sanitários) e das antigas construções anexas; 1990 - electrificação dos arruamentos principais do parque; construção de um altar permanente para as missas campais; apeamento de um grande imóvel da casas de romagem e botequim sobre o qual fora iniciada a construção de um salão paroquial; demolição da ala norte para acomodação de romeiros.

Observações

Diz a lenda que andando um homem junto ao mar em Peniche, viu um grande caixote que as ondas tinham arrojado à praia e pegando nele sem esforço apesar das dimensões, foi andando até à ermida de São Pedro. Aqui o caixote tornou-se tão pesado que, não podendo mais com ele, o homem foi chamar o prior que o abriu deparando com a imagem. Esta foi então recolhida e exposta à veneração pública e assim começaram os círios. O certo é que a partir desse século, em 1762, a paróquia de São Pedro passa a ser do Bom Jesus e São Pedro.

Autor e Data

Lurdes Perdigão 1998

Actualização

 
 
 
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