Igreja Paroquial de Remoães / Igreja de São João

IPA.00015248
Portugal, Viana do Castelo, Melgaço, União das freguesias de Prado e Remoães
 
Arquitectura religiosa, seiscentista e setecentista. Igreja paroquial de planta longitudinal composta por nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, interiormente com iluminação axial e bilateral. Fachadas rebocadas e pintadas, a principal terminada em empena, e rasgada por portal em arco abatido, com moldura terminada em cornija e chave relevada, encimada por cartela, e janela do mesmo perfil e formando brincos rectos. Fachadas laterais rasgadas por janelas iguais à da frontaria e, na lateral esquerda, por porta travessa do mesmo perfil; a posterior termina em empena.
Número IPA Antigo: PT011603150082
 
Registo visualizado 538 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal composta de nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, tendo adossado à fachada lateral esquerda campanário rectangular e sacristia rectangular. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja e de três na sacristia. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com embasamento de cantaria, pilastras toscanas nos cunhais, coroadas por fogaréus sobre plintos paralelepipédicos, e terminadas em friso e cornija, sobreposta por beirada simples. Fachada principal virada a O., terminada em empena, rematada por cruz latina de braços quadrangulares rematados em ponta, sobre acrotério; é rasgado por portal em arco abatido, de moldura levemente recortada lateralmente e terminada em cornija, com chave saliente, encimada por cartela oval lisa, e por janela de verga abatida com moldura formando brincos rectos e terminada em cornija. Campanário sensivelmente recuada, de dois registos, separados por friso e cornija, o primeiro cego e o segundo rasgado por vão em arco de volta perfeita sobre pilastras, albergando sino, e terminada em cornija recta. Fachadas laterais rasgadas na nave e capela-mor por uma janela de verga abatida com moldura formando brincos rectos e terminada em cornija, abrindo-se ainda na lateral esquerda porta travessa igual à da frontaria e porta de verga recta sobrelevada de acesso ao coro-alto, precedida por escadas de pedra que conduzem também à sineira, onde forma balcão, protegida por guarda em ferro; neste mesmo lado, a sacristia é rasgada por porta de verga recta, de moldura simples. Sobre o cunhal frontal na fachada lateral direita, surge ainda relógio de sol, circular. Fachada posterior da capela-mor terminada em empena, coroada por cruz latina de braços quadrangulares e remate apontado sobre acrotério, e a sacristia terminada em empena recta, rasgada por janela de capialço jacente.

Acessos

Largo da Igreja

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, num vale junto ao rio Minho, que divide Portugal e Espanha. Implanta-se em plataforma artificial sobrelevada, formando adro, adaptada ao declive acentuado do terreno, especialmente na fachada posterior, onde é acedido por escada; o adro é pavimentado a lajes de cantaria e protegido por muro de cantaria encimado, junto à escada, por plintos paralelepipédicos sustentando vasos. No adro existe depositada no chão, pia de água benta cilíndrica. Frontalmente, numa cota inferior implanta-se o antigo cemitério e, a SE., o moderno.

Descrição Complementar

Junto à fachada lateral esquerda ergue-se o cruzeiro paroquial, composto por plataforma de planta quadrangular formada por dois degraus, plinto paralelepipédico, com a face frontal almofadada, decorada por almofada rectangular relevada e as faces laterais e posterior lisas, sendo a lateral direita inscrita com a data de 1729; possui orifício para encaixe da cruz, de braços quadrangulares, tendo a face frontal percorrida por filete, e tendo remate saliente, formando falsa cartela.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Viana do Castelo)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1622 - data do primeiro registo de baptismos e de óbitos documentado; 1623 - data do primeiro registo de casamentos documentado; 1729 - data inscrita no cruzeiro paroquial existente no adro; 1755, 1 Novembro - não padeceu ruína no terramoto; 1758, 13 Maio - segundo o padre Gregório Salgado nas Memórias Paroquiais, a freguesia pertencia ao termo de Melgaço, comarca de Valença, arcebispado de Braga e, no secular, era da comarca de Barcelos, da Casa de Bragança; tinha 25 fogos inteiros e 25 meios fogos, 147 pessoas maiores e 11 menores; a igreja, com orago de São João Baptista, ficava no meio do lugar e não tinha naves; tinha o altar-mor com as imagens da Senhora do Rosário, São Miguel e o padroeiro São João Baptista, o altar colateral do Evangelho com a imagem da Senhora da Purificação e São Domingos, e o colateral da Epístola com as imagens de Nossa senhora e Santo António; o pároco era vigário perpétuo ad nutum apresentado pelo abade de São Paio de Melgaço, tendo de rendimento 20 alqueires de pão, 2 alqueires de trigo, 12 potes de vinho e 8$000 em dinheiro; os fogos inteiros pagavam meio alqueire de pão e um pote de vinho e os meios fogos pagavam um quarto de pão e meio pote de vinho; nesta época existia na freguesia um barco de duas dornas para passar as pessoas de uma margem para a outra no rio Minho; séc. 18, 2ª metade - época provável da abertura dos vãos das fachadas.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; pináculos, cruzes, frisos, cornijas, pináculos, molduras dos vãos e cruzeiro paroquial em cantaria de granito; portas de madeira; vidros simples; grades de ferro; algerozes metálicos; cobertura de telha.

Bibliografia

CAPELA, José Viriato, As freguesias do distrito de Viana do Castelo nas Memórias Paroquiais de 1758, Braga, Casa Museu de Monção / Universidade do Minho, 2005.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Noé 2010

Actualização

 
 
 
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