Pelourinho de Santa Marinha

IPA.00001515
Portugal, Guarda, Seia, União das freguesias de Santa Marinha e São Martinho
 
Pelourinho quinhentista, de gaiola quadrangular, com soco quadrangular de três degraus, fuste octogonal e capitel quadrado, de onde se eleva a gaiola, encimada por pinha tronco-piramidal. Gaiola formada por peças decoradas com motivos zoomórficos. Existência de outros elementos decorativos, como rosetas, escamas e estrela de cinco pontas.
Número IPA Antigo: PT020912150005
 
Registo visualizado 535 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição monástica  Tipo gaiola

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco quadrangular de três degraus de aresta viva, onde assenta coluna de fuste octogonal de superfície lisa, com base quadrada invertida e truncada, apresentando na parte inferior uma moldura lisa e na parte superior duas molduras idênticas. Possui gravada no lado O. estrela de cinco pontas *1 e argola de ferro, onde se fixavam os instrumentos de sujeição. Remate da gaiola aberta e estilizada, cujos elementos de suporte são constituídos por quatro peças em forma de paralelepípedo, dispostas em cruzeta e rematadas no lado exterior por motivos zoomórficos (cabeças de lobos ou leões). Chapéu da gaiola com pirâmide de base quadrada truncada e com os ângulos decorados por escamas, tendo, em duas das faces, uma roseta.

Acessos

Largo da Praça. WGS84 (graus decimais) lat.: 40.450527; long.: -7.663616

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1ª série, nº 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, isolado, situa-se em largo formado na confluência da via principal, um pouco desnivelado, delimitado por alguns edifícios descaracterizados. Fronteiro à antiga Casa da Câmara e Tribunal, edifício de dois pisos com escadaria exterior formando balcão; proximidade de casa solarenga com entrada alpendrada e colunata.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1150, Junho - foral dado por D. Afonso Henriques; 1190 - concessão de carta de foral por Soeiro Mendes e sua mulher Maior e por Pedro Aires, dada aos seus moradores de Santa. Marinha; hipótese de identificação de Soeiro Mendes com homónimo a quem foi dada a jurisdição das terras conquistadas a S. do Mondego, na época de D. Afonso VI de Leão. Doação do lugar ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. 1284 - referência a "herdade de Santa Cruz" nas Inquirições; séc. 15 - a povoação foi doada por Soeiro Medes ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra; 1514, 15 Maio - concessão de carta de foral por D. Manuel, com o título "Foral dado ao Concelho de Santa Marinha e paços de Santa Cruz de Coimbra por Soeiro Mendez"; no concelho existiam ainda propriedades pertencentes ao Mosteiro de Masseira Dão, Mosteiro de São Jorge e a Cristóvão de Melo; provável construção do pelourinho *1; 1758, 03 Maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Inácio de Magalhães Fragos, é referido que a povoação é do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, governada por um juiz ordinário, 2 vereadores, procurador do concelho, escrivão, 2 almotacés e 2 tabeliães; 1826 - possuía duas freguesias: Santa Marinha e Paços; 1836 - extinção do estatuto concelhio; 1846 - integração no concelho de Seia.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito; ferro.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de, dir., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; AZEVEDO, Correia, Terras com Foral ou Pelourinhos das Províncias do Minho, Trás-Os-Montes, Alto Douro e Beiras, Porto, 1967; BARROCO, Joaquim Manuel, Panoramas do Distrito da Guarda, Guarda, 1978; BIGOTTE, José Quelhas, O Culto de Nossa Senhora na Diocese da Guarda, Lisboa, 1948; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos das Beiras, Lisboa, 1936; CHAVES, Luís, Pelourinhos Portugueses, Vila Nova de Gaia, 1930; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, Lisboa, 1927; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, in Beira Alta, Viseu, 1960, vol. XIX; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 22, n.º 57, fl. 381-388)

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

*1 - L. Chaves e N. Cardoso referem dois pelourinhos existentes em Santa Marinha; M.G. Real contesta que o segundo imóvel constitua um pelourinho, pois considera que nas localidades onde existem dois pelourinhos, estes dizem respeito a entidades e jurisdições diferentes (v. PT020912150006), defendendo por isso que apenas o primeiro o seja. *2 - signo de Salomão (Cabala) ou Estrela de David, segundo M.G.Real.

Autor e Data

Margarida Conceição 1992

Actualização

 
 
 
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