Pelourinho de Melo

IPA.00001475
Portugal, Guarda, Gouveia, União das freguesias de Melo e Nabais
 
Pelourinho quinhentista, de pinha piramidal embolada, com soco quadrangular de quatro degraus, com fuste octogonal e capitel esférico, encimado por pináculo piramidal e esfera armilar. Apresenta afinidades com os pelourinhos de Figueiró da Granja (v. PT020905040003), Ínfias (v. PT020905070005) e Casal do Monte (v. PT020905120002). Capitel decorado com motivo denticulado. Remate com decoração geométrica e cruz em substituição da grimpa de ferro.
Número IPA Antigo: PT020906090001
 
Registo visualizado 1223 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição senhorial  Tipo pinha

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco quadrangular de cinco degraus, encontrando-se o primeiro semi-enterrado no solo. Coluna de fuste octogonal com base quadrangular chanfrada nos ângulos, com cerca de 2,5 metros de altura. Capitel de secção circular constituído por seis anéis sobrepostos de diâmetro gradualmente crescente e depois decrescente,sendo o anel central decorado com motivo denticulado. Remate com peça de secção oitavada com as faces decoradas por motivos geométricos (cruz e quadrifólio) e sobre a qual assenta peça cónica com vários anéis sobrepostos. Coroamento em esfera armilar encimada por cruz de ferro.

Acessos

Largo do Pelourinho. V. WGS84 (graus decimais) lat.: 40.520268; long.: -7.535226

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº 2 167, DG, 1ª série, nº 265, de 31 dezembro 1915

Enquadramento

Urbano, isolado, situado em local plano, num espaço delimitado por um canteiro de flores de configuração quadrangular com frades de pedra nos ângulos. Fronteiro à Antiga Casa da Câmara (v. PT020906090006).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

c. 1204 - fundação lendária de uma quinta com a denominação de Melo, por D. Soeiro Raimundo, que tendo acompanhado Ricardo Coração de Leão na conquista de Jerusalém, deparou-se com um forte que se chamava Melo (COSTA, C.); séc. 13 - concessão da povoação a D. Mem Soares, no reinado de D. Afonso II, cavaleiro que aí edificou o seu Paço; seu neto D. Mem Soares de Melo foi Senhor de Melo e alferes-mor de Afonso III; as Inquirições de D. Dinis referem o lugar de "Merlõa", que teria sido povoado por Gonçalo de Sousa, prior de Folgosinho, no reinado de D. Afonso II, referindo ainda que a povoação pertencia a fidalgos, à Sé de Coimbra e aos lavradores; na Crónica dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho refere-se que D. Mem Soares d'Alvim teria sido o primeiro a tomar o apelido de Melo, sendo casado com D. Teresa Afonso Gata que herdou de seu tio, D. Gonçalo de Sá, o senhorio de Melo; séc. 15 - foi elevada a vila por Afonso V, por iniciativa de D. Martim Afonso de Melo, senhor de Seia, Gouveia, Linhares e Celorico, neto de D. Mem Soares de Melo; 1515 - concessão de carta de foral por D. Manuel, designando-se a vila por concelho ainda que não exista referência a anterior carta de foral; 1610 - vila da correição da Guarda; séc. 18, início - os Senhores de Melo mantêm o título, mas deixam de exercer poderes de donatário na vila, sendo o último D. Luís de Melo; a povoação passa para a posse de rei; 1758, Maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Pedro Nunes Louro, é referido que a povoação, com 165 fogos pertence ao rei e tem juiz ordinário e câmara; pertencera à Casa de Melo; 1811 - comarca, provedoria e diocese da Guarda; 1832 - concelho da comarca de Seia; 1834 - pertencia ao julgado de Gouveia; 1836 - extinção do estatuto concelhio e integração no município de Gouveia; 1849 - Nabainhos é integrada na freguesia de Melo.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito; grimpa em ferro.

Bibliografia

BARBOSA, Vilhena, As Cidades e Vilas da Monarchia Portugueza, Lisboa, 1860; COSTA, Carvalho da, Corografia Portuguesa, Lisboa, 1706; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, Lisboa, 1927; FRAGA, João Baptista de Almeida, Melo na História e na Genealogia, Lisboa, 1993; GUERRINHA, José, Conhecer Gouveia, Gouveia, 1985; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, in Beira Alta, vol. XVIII, Viseu, 1959; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 23, n.º 125, fl. 779-784)

Intervenção Realizada

DGEMN: 1938 - beneficiação e consolidação, reparação e substituição de degraus, reparação e consolidação do remate, regularização e substituição de parte do lajedo de cantaria da envolvente; JUNTA DE FREGEUSIA DE MELO: 1938 - colocação de quatro marcos de pedra em redor do pelourinho.

Observações

Autor e Data

Margarida Conceição 1992

Actualização

 
 
 
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