Pelourinho de Fornos de Algodres

IPA.00001455
Portugal, Guarda, Fornos de Algodres, Fornos de Algodres
 
Pelourinho constituído em 1933, reaproveitando elementos originais, nomeadamente o terço inferior do fuste da coluna, a base e o remate da gaiola octogonal, com soco de seis degraus, com fuste octogonal e remate em capitel tronco-piramidal invertida, encimada por chapéu sustentado por seis colunelos e por pináculo cónico embolado. Remate terminal esférico assente em cone estriado.
Número IPA Antigo: PT020905050004
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Comemorativo  Memória de pelourinho    

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal com seis degraus, o primeiro parcialmente enterrado no pavimento, adaptando-se ao declive do terreno. Coluna de fuste octogonal com base quadrangular, chanfrada nos ângulos. Capitel de secção octogonal em forma de pirâmide truncada invertida, antecedido por anel saliente, funcionando como base da gaiola. Esta tem chapéu assente em colunelo central liso e oito colunelos lavrados, terminados em esfera, decorados com anéis na parte inferior e superior. Remate em chapéu, formando pirâmide truncada de base octogonal, rematada por cone torso ou estriado, coroado por esfera.

Acessos

Largo do Pelourinho. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,622543; long.: -7,537384

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1ª série, nº 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, isolado, situado em terreno desnivelado, em Largo de configuração triangular, delimitado pela Antiga Casa da Câmara (v. PT020905050029) e por casas abastadas e casa solarenga com capela autónoma.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Comemorativa: memória de pelourinho

Utilização Actual

Comemorativa: memória de pelourinho

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

PEDREIRO: José "das Botas" (1933).

Cronologia

Séc. 12 - já era freguesia, tendo algumas povoações anexas; 1358 - atendendo às Inquirições de D. Afonso III, era reguengo e o padroado da Igreja pertencia à Coroa; instituição do concelho, por força do uso e costume, regulando-se pelos forais de Algodres; séc. 16 - doação do senhorio da vila aos Noronhas, Condes de Linhares, no reinado de D. João III, senhorio conservado até 1641, altura em que passa para a Casa de Bragança; 1654 - senhorio integrado na Casa do Infantado; 1708 - a povoação tem 206 vizinhos; tem juiz ordinário, vereadores, procurador do concelho, escrivão da câmara, juiz dos órfãos com o seu escrivão; 1811 - instituição do estatuto de sede concelhia (MARQUES, P.); 1836 - extinção dos concelhos de Algodres, Casal do Monte, Figueiró da Granja, Infias e Matança, incorporados no de Fornos de Algodres, cuja preponderância se relacionava com proximidade de acessos à Guarda e Viseu, presença de famílias abastadas e pelo facto de constituir a terra natal de Costa Cabral; 1842 - concessão do título de Barão de Fornos de Algodres a José Maria de Albuquerque Pimentel de Vasconcelos e Soveral; séc. 19, meados - demolição do pelourinho devido a alegadas dificuldades de trânsito; 1931 - Alexandre de Abreu Castelo-Branco, Presidente da Câmara, e Mons. Pinheiro Marques procederam a investigações para reconstituir o pelourinho; foram identificadas no quintal de Alexandre de Abreu parte do fuste e a parte inferior e superior da gaiola; 1933 - edificação do actual pelourinho, construído pelo pedreiro José "das Botas".

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos das Beiras, Lisboa, 1936; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. II, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1708; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, Lisboa, 1924; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; MARQUES, Pinheiro, Terras de Algodres (Concelho de Fornos), Fornos de Algodres, 1938; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, in Beira Alta, Viseu, 1948, vol. VII; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

*1 - origem do toponómio relacionada com existência de fornos de cerâmica; nunca possuiu carta de foral, ainda que vários autores lhe atribuam os forais de Algodres.

Autor e Data

Margarida Conceição 1992

Actualização

 
 
 
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