Sanatório Sousa Martins / Hospital da Guarda

IPA.00014138
Portugal, Guarda, Guarda, Guarda
 
Sanatório.
Número IPA Antigo: PT020907420150
 
Registo visualizado 1397 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Saúde  Hospital  Sanatório  

Descrição

O sanatório é constituído por três grandes pavilhões para primeira, segunda e terceira classe, conhecidos como Pavilhão Lopo de Carvalho, D. António de Lencastre e D. Amélia, um pavilhão de isolamento, seis chalets, uma capela, uma farmácia, um posto radiológico, um chalet para os serviços administrativos e o edifício da lavandaria e casa de desinfecções; surge, ainda, uma capela, pombal e jardim. Os pavilhões possuem amplas varandas que comunicam directamente com os quartos. INTERIOR: O pavilhão Lopo de Carvalho possui no primeiro piso um consultório e um salão de conversação, de jogos, cozinha, copa, sala de jantar, e jardim de inverno. O pavimento dos corredores é revestido de corticite e o dos quartos e restantes dependências de linólio. No pavilhão existe ainda uma biblioteca, um barbeiro, e um dentista. Os pavilhões D. António de Lencastre e D. Amélia possuem cada um onze quartos com capacidade para trinta e um doentes, separados por sexo, salão de consersação, cozinha, sala de jantar, casas de banho e consultório provativo.

Acessos

Avenida Raínha D. Amélia

Protecção

Categoria: CIP - Conjunto de Interesse Público, Portaria n.º 39/2014, DR, 2ª série, n.º 14 de 21 janeiro 2014

Enquadramento

Rural, envolvido por um extenso parque.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Saúde: sanatório

Utilização Actual

Saúde: hospital

Propriedade

Afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Raul Lino.

Cronologia

Séc. 19, finais - A zona da Guarda era procurada por pessoas com doenças respiratórias graves, beneficiando do clima; 1907 - inauguração do imóvel, o primeiro equipamento construído de raiz pela Assistência Nacional aos Tuberculosos, conforme projeto de Raul Lino; a obra fora proposta pelo diretor do Hospital da Misericórdia da Guarda, Lopo de Carvalho, imediatamente aceite pela rainha D. Amélia, na qualidade de diretora do Assistência, apoiada por Sousa Martins; o complexo era composto por 3 pavilhões para internamento, destinados a diferentes classes sociais, denominados Pavilhão Dr. Lopo de Carvalho, Pavilhão António de Lencastre e Pavilhão Rainha D. Amélia, 3 moradias bifamiliares, para os doentes que fossem acompanhados pela família, farmácia, raio X, laboratório, edifício da administração, lavandaria e central elétrica; era recomendado para problemas de tuberculose, pleurisia, asma, anemia e neurastenia; 1947 / 1949 - afeto ao Ministério do Interior; 1949 - criou-se, no Sanatório, um posto de rádio, denominado Rádio Altitude; 1950 - aquisição de equipamento e mobiliário pela Comissão para a Aquisição de Mobiliário; início da construção de um novo pavilhão de 310 leitos; 1951 - continuação das obras de construção do novo pavilhão de 300 camas, pelas Direções dos Serviços de Construção e Conservação; foi aberto concurso, pela Comissão para a Aquisição de Mobiliário, para o fornecimento de mobiliário e outros artigos destinados ao apetrechamento do Sanatório, incluindo mobiliário de madeira, de ferro, material para fins clínicos, fogões, frigoríficos e diversos artigos de equipamento geral; 1953, Maio - inauguração do novo pavilhão de 200 camas; 1953 - conclusão de um novo pavilhão de 300 camas; adjudicação da nova lavandaria; grande remodelação e beneficiação das instalações antigas; 1955 - construção da câmara de formol e diversos equipamentos; aquisição de mobiliário pela Comissão para Aquisição de Mobiliário; 1974 - extinção do sanatório, sendo instalado no local o Hospital da Guarda; 2000, 7 de Julho - o Museu da Guarda fez uma proposta de classificação; 2 de agosto - proposta de abertura da Direção Regional de Coimbra; 4 de agosto - Despacho de abertura do Vice-Presidente do IPPAR; 2001, 12 de maio - informação da Direção Regional de Castelo Branco, referindo o Plano Diretor aprovado que previa a construção de um imóvel e a adequação dos pavilhões a novas funções; 1 de junho - Despacho do Vice-Presidente do IPPAR a determinar a continuidade do processo; 11 de dezembro - proposta da Direção Regional de Castelo Branco a propor a classificação como IIP; 2004, 12 de maio - Parecer do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como CIP; 2004 - Despacho de homologação do Ministro da Cultura; 2005, fevereiro - é noticiado que o Museu Nacional de Saúde ficará sediado num dos pavilhões.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

Comissão de Iniciativa da Guarda, Guarda - Álbum Ilustrado, Guarda, s/d; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Triénio de 1947 a 1949, Lisboa, 1950; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1950, Lisboa, 1951; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1951, Lisboa, 1952; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1953, Lisboa, 1954; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1954, Lisboa, 1955; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1955, Lisboa, 1956; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1º Volume, Lisboa, 1959; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, 1º Volume, Lisboa, 1960; A memória do arquitecto Raul Lino, in Público, 25 Julho 2005; BRÁS, Gustavo, Ex-Sanatório da Guarda vai ser declarado imóvel de interesse público, in Público, Lisboa, 25 Julho 2005; Ano em Revista, in Terras da Beira, 29 Dezembro 2005.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DREMC

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; IPPAR IHRU: CAM: 0015/11, 0016/6

Intervenção Realizada

DGEMN: 1950 - Obras de conservação e reparação pela Direcção dos Edifícios do Centro; 1954 / 1955 - realização de diversas obras pela Direcção dos Serviços de Construção e Conservação, incluíndo a ampliação da lavandaria; 1956 - diversas obras de reparação e beneficiação, pelos Serviços de Construção e Conservação; 1958 - construção de um forno crematório, pelos Serviços de Construção e Conservação; 1959 - obras de reparação, 1ª fase, pelos Serviços de Construção e Conservação.

Observações

Autor e Data

Paula Figueiredo 2002

Actualização

Margarida Elias (Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design (CIAUD-FA/UTL)) 2011
 
 
 
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