Pelourinho de Castelo Mendo
| IPA.00001379 |
Portugal, Guarda, Almeida, União das freguesias de Castelo Mendo, Ade, Monteperobolso e Mesquitela |
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Pelourinha quinhentista, de gaiola hexagonal, com soco octogonal, composto por cinco degraus, onde assenta a coluna com base de secção circular e fuste liso, com capitel simples. Gaiola com chapéu cónico ornamentado. Coluna com base dupla, constituindo um dos pelourinhos mais altos da Beira, sendo a base da gaiola constituída pelo capitel. Os colunelos desta, torsos e não estruturais, apresentam-se quase suspensos, possuindo, na base, decoração geométrica. Integra catavento em forma de bandeirola. |
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Número IPA Antigo: PT020902080003 |
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Registo visualizado 665 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição senhorial Tipo gaiola
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Descrição
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Estrutrua em cantaria de granito, composta por soco de seis degraus octogonais, encontrando-se o primeiro quase enterrado devido ao desnível do solo. Apresenta coluna de fuste octogonal, com base quadrangular decorada nos ângulos com folhas estilizadas e encimada por outra base, esta de secção circular e destacada por um anel saliente. O capitel é de secção circular, em forma de cone truncado invertido, funcionando como base da gaiola. Integra seis anéis ornamentados com os seguintes motivos, a contar da parte inferior: meandros, corrente, dentículos, cabo, dentículos invertidos, entrelaçados com flores. O remate é constituído pela gaiola, composta por chapéu assente em colunelo torso, decorado com pérolas. Este colunelo central é circundado por seis colunelos, também torsos e anelados na parte inferior e superior, que se encontram quase suspensos, sendo sustentados por grampos de ferro. O chapéu da gaiola é cónico e apresenta na parte inferior um anel decorado por motivo em forma de corrente *1. É encimado por pequeno cone, coroado por catavento em forma de bandeirola bipartida. |
Acessos
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Largo da Praça. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,593089; long.: -6,949392 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto, nº 23 122, DG, 1ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
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Urbano, situado no segundo núcleo intramuros, destaca-se pela sua silhueta isolada e vertical. Ergue-se a meia encosta num espaço amplo, atravessado pela Rua Direita e também caracterizado pela presença da Igreja de São Pedro (v. PT020902080016) e de uma casa com varanda alpendrada (v. PT020902080028). De salientar a pavimentação do largo com seixos rolados organizados em esquadria. A antiga Casa da Câmara e Cadeia (v. PT020902080022) encontra-se um pouco afastada, elevando-se sobre a muralha junto à Porta do Castelo (v. PT020902080005). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1229 - concessão de carta de foral por D. Sancho II, onde é mencionado o castelo e o alcaide Mendo Mendes; 1281 - confirmação do foral por D. Dinis; 1297 - assinatura do Tratado de Alcanices e consequente afastamento da linha fronteiriça; 1387 - instituição de couto de homiziados; 1496 - na Inquirição, existe a referência a 346 habitantes; 1510, 01 Junho - renovação da carta de foral por D. Manuel e provável edificação do pelourinho; 1519, cerca de - surge representado nos desenhos de Duarte de Armas; séc. 17 - D. Filipe IV nomeou como primeiro Conde de Castelo Mendo, D. Jerónimo de Noronha; 1708 - Carvalho da Costa diz que a povoação tinha 98 habitantes; 1740, 22 Abril - a povoação pertence, provavelemente, aos Senhores do Louriçal, os quais recebem o título de Marquês do Louriçal, dado por D. João V a D. Luís Carlos Inácio Xavier de Meneses; 1758, 22 Maio - nas Memórias Paroquiais, assindas por Francisco da Cunha, é referido quye a povoação, com 4 vizinhos no Castelo, pertence ao Marquês de Louriçal, tendo juiz ordinário e Câmara; 1855, 24 Outubro - extinção do concelho de Castelo Mendo, passando a integrar o Concelho do Sabugal. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito; grimpa em ferro forjado. |
Bibliografia
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ARMAS, Duarte de, Livro das Fortalezas, Lisboa, 1990; CARVALHO, Amorim de, Castelo Mendo, um Conjunto Histórico a Preservar, Braga, 1995; CHAVES, Luís, Pelourinhos Portugueses, Vila Nova de Gaia, 1930; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1973; MALAFAIA, E. B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; NEVES, Vítor Manuel Leal Pereira, Três Jóias Esquecidas, Marialva, Linhares e Castelo Mendo, Castelo Branco, 1993; SILVA, José Antunes e FERNANDES, José Manuel, Castelo Mendo, Estudo de Recuperação Urbana e Arquitectónica, Lisboa, 1979; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID; DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 10, n.º 217, fl. 1413-1424) |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1950 - obras de reparação e consolidação. |
Observações
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*1 - devido ao facto da superfície se encontrar coberta por líquenes não é possível observar se o chapéu da gaiola possui outros ornatos. |
Autor e Data
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Margarida Conceição 1992 / 1997 |
Actualização
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