Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Seia

IPA.00001356
Portugal, Guarda, Seia, União das freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros
 
Igreja de Misericórdia de fundação quinhentista, cuja capela primitiva foi reformada no séc. 18, mas de que subsistem alguns elementos que permitem definir que se integraria na estrutura das misericórdias da zona de Coimbra, como a existência de presbitério, com acesso lateral, dirigido aos retábulos colaterais, sob o qual surgia um vão albergando grupo escultórico em pedra de Ançã, do renascimento Coimbrão, composto por Cristo deitado no túmulo, rodeado por quatro Santas Mulheres, São João, Nicodemos e José da Arimateia, actualmente preservado no lado da Epístola; também o cunhal da fachada posterior ostenta vestígios de ter tido uma construção antiga adossada. É de planta retangular, composta por nave, capela-mor mais estreita e baixa, sacristia adossada ao lado direito e torre sineira quadrangular ao lado esquerdo, com coberturas internas diferenciadas de madeira em masseira, escassamente iluminada pelas três janelas que se rasgam na fachada principal. Ao lado direito, adossa-se a Casa do Despacho, de planta rectangular e evoluindo em dois pisos, que abre através de tribuna para a nave. Fachada principal em empena contracurvada de inspiração borromínica, flanqueada por cunhais apilastrados, firmados por fogaréus, rasgada por vãos em arco abatido, correspondendo a portal axial e três janelas, a central de sacada, todos com molduras recortadas, almofadados e com pingentes, os do eixo central com fechos estriados, surgindo, nas janelas de peitoril, avental de perfil curvo. No cunhal esquerdo da igreja, inscrição alusiva à reconstrução do imóvel. Os arcos das sineiras possuem molduras pintadas a sublinhar os vãos e a criar falsos almofadados; no friso divisório dos registos da torre, surge, na face frontal, relógio em cantaria, com moldura recortada e ornada por motivos concheados, encimado por inscrição alusiva à construção. O plinto da cruz da empena apresenta decoração volutada e perfil recortado. A pedra de armas encontra-se desbastada ao nível da coroa real, revelando ter sido mutilada, talvez na sequência da proclamação da República. Interior com coro-alto, de perfil convexo, tribuna no lado da Epístola, aberta por arco abatido para a nave, ambos com guardas de madeira balaustrada. Púlpito no lado do Evangelho, assente em bacia quadrangular, com guarda plena de madeira e acesso por porta em arco abatido. Presbitério acedido por escadas centrais, com guardas laterais em cantaria, que protegem os retábulos colaterais de talha dourada tardo-barroca. Capela-mor com retábulo de talha dourada do mesmo estilo artístico. Torre sineira quadrangular com cobertura em coruchéu bolboso, de dois registos definidos por friso e cornija, o superior com quatro sineiras de volta perfeita. Sacristia de pequenas dimensões, integrando lavabo maneirista, com moldura de curvatura irregular, revelando obras de intervenção posteriores. Edifício da mesa barroco, de dois pisos, rasgado por porta de verga recta, janelas jacentes no primeiro piso e janelas rectilíneas no superior, tendo tectos planos no interior.
Número IPA Antigo: PT020912200013
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja de Confraria / Irmandade  Misericórdia

Descrição

Planta rectangular composta por igreja retangular com nave, presbitério e capela-mor mais estreita, com sacristia e corpo da casa do despacho adossados ao lado direito, com torre quadrangular no oposto, de volumes articulados e coberturas diferenciadas em telhados de duas (igreja) e três águas (na casa do despacho), tendo coruchéu bolboso na torre sineira. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, rematando em beiral. Fachada principal virada a O., com o corpo central, correspondente à igreja, em empena contracurvada com cornija e cruz latina sobre plinto galbado no vértice, flanqueada por cunhais apilastrados, rematados por fogaréus, e apresentando embasamento de cantaria. É rasgada por portal em arco abatido, com moldura recortada com zona superior almofadada, ostentando falsa pedra de fecho, e ladeada por pingentes; está encimada por janela de sacada em arco abatido, com moldura semelhante à anterior, tendo, na zona superior, pequeno rosetão; a sacada é de planta curva, protegida por guarda vazada, em metal pintado de verde; encontra-se sobrepujada pelo escudo português, em pedra de Ançã, envolvido por moldura de concheados, encimado por coroa fechada e pequena cruz latina; a ladear a janela, duas janelas de peitoril em arco abatido, com moldura de cantaria, formando avental, ornado por roseta e pingente, e rematadas em cornija. As caixilharias das janelas são de madeira pintada de branco, a de sacada de duas folhas e bandeira, e as de peitoril com guilhotina. No lado esquerdo, levemente recuada, a torre sineira, com dois registos, divididos por friso e cornija, interrompidos na face principal por relógio circular, com moldura ovalada, formando motivos vegetalistas e enrolamento na zona inferior, tendo a seguinte inscrição: "ANNO DE 1816"; possui cunhais em cantaria, rematando em cornija e fogaréus nos ângulos. No primeiro registo, tem porta em arco abatido, moldura recortada e pequena cornija, surgindo, no superior, em cantaria aparente, de granito em aparelho isódomo, quatro sineiras em arco de volta perfeita, assentes em impostas salientes, e emolduradas por falsos almofadados pintados. No lado direito, o corpo da Casa do Despacho, flanqueado por cunhais apilastrados, com embasamento de cantaria e remate em friso e cornija, tendo dois pisos, o inferior marcado por porta de verga recta e duas janelas jacentes, com molduras simples, surgindo, no superior, três janelas de peitoril rectilíneas, com molduras simples, que se prolongam inferiormente formando falsos brincos, protegidas por caixilhos em guilhotina. Fachada lateral esquerda, virada a N., parcialmente adossada à Capela de São Pedro, sendo visível o corpo da torre, de dois registos, o inferior cego e o superior com ventana, descrita anteriormente. Fachada lateral esquerda, virada a S., parcialmente adossada à Biblioteca Municipal (v. PT020912200205) sendo visível o corpo da Casa do Despacho, rasgado por duas janelas rectilíneas, protegidas por grades metálicas, e o da sacristia com uma janela semelhante. Fachada posterior em empena. INTERIOR rebocado e pintado de branco, percorrido por azulejo de padrão policromo, formando silhar, com pavimento em lajeado de granito, contendo várias lápides e cobertura de madeira em masseira, assente em pequena cornija do mesmo material e dois tirantes de ferro, tendo, ao centro, painel rectilíneo pintado, com as armas da Misericórdia. Coro-alto de madeira, de planta convexa e guarda de madeira balaustrada, pintada de branco e bege, com acesso por porta no lado da Epístola; sub-coro de madeira encerada, com enorme resplendor dourado a envolver glória de querubins e coração inflamado, surgindo, no lado da Epístola, a ladear o portal axial, pia de água benta concheada. No lado do Evangelho, púlpito quadrangular, com bacia em granito, assente em mísula do mesmo material, com guarda de talha pintada de verde e bege, fingindo marmoreados, ornada por cartela, concheados e festões; encontra-se encimado por baldaquino com lambrequins e decorado por enrolamentos e concha, tendo acesso por porta em arco abatido, com moldura simples, encimada por enrolamentos e, ao centro, concha. No lado da Epístola, tribuna dos Mesários, de perfil contracurvado e guarda de madeira balaustrada pintada de branco e bege, com amplo vão em arco abatido que liga à Casa do Despacho. Sob esta, nicho de perfil contracurvado, contendo grupo escultórico. Presbitério acedido por escadas centrais, com cinco degraus facetados, protegido lateralmente por guarda de balaústres em cantaria, sob os quais surgem confessionários de madeira. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas, com pedra de fecho saliente e encimada por cruz, ladeado por retábulos colaterais de talha dourada, dedicados a Nossa Senhora do Carmo (Evangelho) e Nossa Senhora das Dores (Epístola). Capela-mor bastante estreita e alta, com pavimento e cobertura semelhantes aos da nave, tendo, sobre supedâneo de dois degraus, retábulo-mor de talha pintada de castanho, verde e bege, formando falsos marmoreados, e dourada, de planta convexa e um eixo definido por duas colunas de fuste liso e o terço inferior marcado por anel vegetal, assente em plintos galbados; ao centro, tribuna de perfil recortado com estreita moldura dourado, contendo trono de cinco degraus; remate em fragmentos de cornija e enrolamentos, que centram espaldar curvo, com seis anjos de vulto, resplendor e remate em cornija angular; altar em forma de urna encimado por sacrário em forma de templete, ornado por elementos vegetalistas e encimado por fragmentos de frontão e concheados. A ladear o retábulo, dois apainelados de madeira, ornado por concheados e encimado por fragmentos de frontão. CASA do DESPACHO com pequeno vestíbulo, tendo, no lado direito, porta de verga recta que liga a dependência e escadaria de três lanços, os dois superiores divergentes, de acesso ao coro-alto e a Sala do Despacho, através de portas de verga recta; a escadaria possui guarda plena, com início e corrimão de cantaria. Ainda no piso inferior, surge capela mortuária, com tecto plano e pavimento em tijoleira, e a sacristia, com lavabo de cantaria, tendo nicho do reservatório de volta perfeita, envolvido por dupla moldura, a interior boleado e a exterior irregular, com espaldar almofadado em falsa ponta de diamante, tendo taça rectilínea, de bordo boleado. No piso superior, duas amplas salas, rebocadas e pintadas de branco, com tectos planos e pavimento em tijoleira.

Acessos

Largo da Misericórdia

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 234/2013, DR, 2.ª série, n.º 72 de 12 abril 2013 / incluído na Zona de Protecção da Capela de São Pedro (v. PT020912200002) e na Zona Especial de Protecção do Solar e cerca dos Botelhos (v. PT020912200019)

Enquadramento

Urbano, isolado, adaptado ao declive do terreno. Ergue-se num dos principais eixos da vila, com a fachada principal virada ao edifício da Câmara Municipal, com adro precedido por escadas, de dois patamares, com guardas volutadas no arranque. Junto à torre sineira, ergue-se perpendicularmente a Capela de São Pedro. Junto à fachada posterior, o terreno apresenta uma cota muito mais elevada, possuindo pequeno jardim fechado por buxo.

Descrição Complementar

Os retábulos colaterais são semelhantes, de planta côncava e um eixo definido por duas colunas de fuste liso e marmoreados fingidos, assentes em plintos cúbicos almofadados, flanqueadas por orelhas; ao centro, nicho contracurvado, emoldurado por filete dourado, com o fundo pintado de azul e contendo plinto com imaginária; remate em fragmentos de frontão, os do lado interior, encimados por anjos de vulto sustentando palmas, que centram pequeno espaldar e cornija de perfil contracurvado, de inspiração borromínica, encimada por glória de anjos, envolvida por resplendor. Sepulturas do altar para a porta, com a inscrição: "A / S. / DE F.o HOM P.a / E DE DONA / ANA DE ME / LO SUA MO / LHER ELA / FALECEU / A 5 DE AGOS / TO DE 1581"; "S / DO DOUTOR BAL / TAZAR LOPES / GALINHATO IV / IS DE FORA QVE / F. NESTA VILA D C / EA PR. Q NELA / FALCo II DE SE / TEMBRO 1661"; "AQUI JAZ / O DOVTOR / GASPAR / BELO / FALECEO / A 18 DE / AGOSTO DE / 15..."; "AQVI JAZ / LVIS DE / FIGVEIR / EDO FAL / ECEO A / 22 D(e) D(e)ZE(m)BRO. 1612". No lado esquerdo da entrada, lápide com a inscrição: "EATA OBRA M FAZ A SUA CUSTA FRANCISCO MACHADO DE FONTES, CAVALEIRO DA ORDEM DE CRISTO, SENDO PROVEDOR. 4 DE ABRIL DE 1773".

Utilização Inicial

Religiosa: igreja de confraria / irmandade

Utilização Actual

Religiosa: igreja de confraria / irmandade

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: Álvaro da Fonseca (1962), António Portugal (1967). PEDREIROS: Mestre Ferreira (1816); José Ferreira (1827-28). PINTOR: Lucas Marrão (1824-1894).

Cronologia

Séc. 14 / 15 - no Terreiro onde se situava a capela, realizava-se um mercado semanal, o qual terá começado nesta data; 1571 - instituição da Irmandade da Misericórdia e provável construção da igreja; 1581, 5 Agosto - a igreja já se encontrava construída; data em que nela se faz sepultar a esposa de Francisco Homem Prata, cujos restos mortais também estão depositados no local, D. Ana de Melo; ao lado tinha casa do despacho e jardim; séc. 16, década de 80 - sepultura de Gaspar Belo; 1603, 2 Dezembro - alvará determinando que dos rendimentos do concelho da vila se dessem 5$000 anuais a quem desse corda ao relógio existente na igreja; 1612, 22 Dezembro - falecimento de Luís de Figueiredo, sepultado no local; 1617 - inicia-se o primeiro livro de actas; alusão ao primeiro provedor de que se conhece o nome, Dr. Pinto da Fonseca; 1618 - a Irmandade já tinha Compromisso; possuía dois capelães, sendo os primeiros os Dr. Lopes e Padre Tavares; 1619 - colocação de um confessionário debaixo do coro; 1622, 25 Dezembro - falecimento do Padre Domingos Dias, pároco em Cerdeira, Viseu, sepultado na igreja; 1623 - o ermitão de Gramaços deixa 4 alqueires de trigo e 3 de centeio para que se diga missa anual pela sua alma; 1631 - recebia os foros das povoações de Maceira, Folgosa, Madalena, Salvador e Santa Comba; 1661, 2 Setembro - sepultura de Baltazar Lopes Galinhato, juiz de fora da vila; 1674 - pintura de uma das Bandeiras Reais; 1694 - João Ribeiro de Vargas, arcediago e cónego de Braga, fez testamento, deixando várias propriedades à Santa Casa; 1748 - o Padre João Ferrão deixou à Santa Casa, por morte dos seus irmãos, herdeiros em usufruto, umas casas; 1753, 27 Outubro - o Padre João Ferreira de Carvalho, morador nas Minas do Rio das Mortes, no Brasil, mandou um cofre com 600 oitavas de ouro em pó e 500 mil réis a juro, na posse do seu sobrinho Amaro Ferreira Paulo e de Baptista Sanches, para a Santa Casa contratar um capelão para ensinar gramática e doutrina, bem como celebrar uma missa diária pelas Almas, para dotar duas órfãs por ano, deixando mais 40 mil réis para obras nos imóveis pertencentes à Misericórdia, nomeadamente na igreja, provendo para que, em caso de necessidade de obras de maior monta, fosse suprimida a dotação das órfãs; 1771 - compra de terrenos a Francisco de Almeida para a construção da igreja; 1772 - o provedor, Francisco Machado de Fontes, cavaleiro da Ordem de Cristo, mandou fazer a nova igreja à sua custa; 1773, 4 Abril - inscrição; 1781, 4 Setembro - provisão régia a aprovar o Compromisso; 1798, 30 Agosto - projecto para a construção das torres sineiras, a do lado do jardim (lado direito), "dará entrada com as escadas à população da vila para o coro, tendo porta também para a casa do despacho para desta se servirem para o mesmo coro"; 1810 - com a ruína da Igreja Matriz, o culto passa a efectuar-se na Misericórdia; 1816 - data na torre sineira, correspondendo à data da sua construção, optando-se, então, pela alteração do projecto inicial de duas torres; a obra foi feita pelo Mestre Ferreira de Pinhanços; 1820, 14 Março - D. João VI nomeia o bacharel José da Mota Veiga para fazer o tombo dos bens e propriedades da Santa Casa *1; 1824 / 1894 - pintura de passos da vida de Cristo pelo pintor Lucas Marrão, protegido da Casa das Obras; 1827, 2 Julho - resolução da construção de nova Casa do Despacho, pelo provedor José da Mota Veiga; 1828, 2 Julho - conclusão das obras da Casa do Despacho, que importaram em 97$096 réis, executadas pelo mestre José Ferreira, de Seia; 1831, 6 Novembro - pedido de João Pinto de Mendonça Arrais, Irmão da Santa Casa, para instituir sepultura para o seu falecido pai, Luís Bernardo Pinto de Mendonça Arras e mãe, doando, para esse fim, 40$000; foram sepultados junto aos altares colaterais; 1859 / 1861- substituição do tecto da Igreja da Misericórdia e pintura do escudo; 1861, 13 Julho - dotação de 9$600 réis para uma casa onde se ministrasse ensino feminino; 1869, 11 Agosto - a Misericórdia contribui com 157$572 para a construção do cemitério; 1878, 6 Agosto - a Mesa autoriza a remoção do cruzeiro existente junto à casa do Dr. Agostinho Tomás dos Santos Viegas para o cemitério, o que era necessário para abrir a nova via pública, bem como a pedra de assento junto à igreja; 1887, 2 Janeiro - as imagens de Nossa Senhora e São João Evangelista foram transferidos para a Matriz, para o altar do Senhor dos Aflitos, mantido pela Misericórdia; 20 Janeiro - o Padre António Luís Marrão faz o testamento, deixando 1:500$000 para 120 missa anuais; 1879 - nesta data, deixa de ter dois capelães simultâneos, sendo os últimos, Sebastião da Mota Veiga e Luís Henrique Cunhal; 1881, 13 Julho - aprovação da reforma do Compromisso, pelo Governador Civil da Guarda; 1900 - a instituição tinha de rendimento anual 693$932 réis; 1910 - danificação da coroa do escudo, na sequência da instituição da República; 1914 - rendimento anual de 3.750$00, que aumentou, posteriormente, para 24.800$00; 1929, Dezembro - um ofício do Governador Civil da Guarda dissolveu a Mesa; 1930, a partir - a Misericórdia passa a ser administrada por uma Comissão Administrativa, nomeada pelo Governador Civil; 1945, 7 Novembro - um decreto de lei criava a Associação Laical, cujos sócios elegiam uma mesa administrativa; 1962, Outubro - visita do Ministro das Obras Públicas ao Distrito da Guarda obrigou à revisão do projecto de arranjo da Praça fronteira ao edifício, pelo arquitecto Álvaro da Fonseca; 1964 - proposta de remodelação da igreja; 1967 - projecto de restauro do imóvel, da autoria do arquitecto António Portugal; 1968 - 1974 - reconstrução da Igreja e modificação do desenho original das escadas e do trabalho de talha do interior, conforme o projecto do arquitecto António Portugal; 1979 - a Casa do Despacho da Misericórdia foi cedida para instalação da Biblioteca; Dezembro - a lei anterior foi revogada; 1982, 8 Julho - o bispo da Guarda, D. António dos Santos aprovou o novo Compromisso, devendo a Comissão Administrativa ser dissolvida, o que não viria a acontecer; 1988, Agosto - o bispo da Guarda nomeia o padre Rogério Alberto Miranda para estimular a reconstituição da Santa Casa da Misericórdia; 1990, 13 Dezembro - o bispo da Guarda destituiu a Comissão e nomeou outra para formar a Irmandade; 1991, 5 Janeiro - tomada de posse da nova Comissão; 1991, 15 Novembro - restauração da Irmandade canónica, procedendo-se à eleição da Mesa; 2003 / 2004 - arranjo do largo; 2004, 7 Setembro - despacho de abertura do processo de classificação.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Estrutura em alvenaria de granito rebocada; torre sineira, pináculos, modinaturas, cruzes, degraus, balaustrada do presbitério, bacia do púlpito, lavabo da sacristia e pavimento em cantaria de granito; escudo e grupo escultórico em pedra de Ançã; coberturas interiores, coro-alto, tribuna dos Mesários, retábulos, guarda do púlpito e respectivo baldaquino e confessionários em madeira; azulejo industrial na nave; tirantes da cobertura da nave e cata-vento metálicos; pinturas de óleo sobre tela; vidro simples nas janelas; coberturas externas em telha de aba e canudo.

Bibliografia

COSTA, P. António Carvalho da, Corografia Portugueza..., 2.ª ed., tomo II, Braga, 1868 [1.ª ed. de 1712]; BIGOTTE, Padre Dr. J. Quelhas, Monografia da Cidade e Concelho de Seia - História e Etnografia, 3.ª ed., Seia, 1992; Dicionário enciclopédico das freguesias, vol. 2, Matosinhos, 1998; PAIVA, José Pedro (coord.), Portugaliae Monumenta Misericordiarum, vol. 1, Lisboa, 2002; TOJAL, Alexandre Arménio e PINTO, Paulo Campos, Bandeiras das Misericórdias, Lisboa, 2002, p. 76.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH; Santa Casa da Misericórdia de Seia (datas extremas: 1780 - 1930)

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: séc. 20 - repavimentação na nave, alterando-se a disposição das lápides sepulcrais, provenientes de vários locais da igreja; 2000 - restauro do trabalho de talha do interior da Igreja.

Observações

*1 - foi apurada a existência de várias casas no sítio do Outeiro, duas delas térreas, um terreno com árvores, um terreno em Cereijedo, uma terra com mata na Campanha, propriedades no Lameiro, olival, terra na Biqueira e outra na Pedra Longuinha.

Autor e Data

Paula Noé 2006

Actualização

 
 
 
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