Câmara Municipal de Nelas
| IPA.00013207 |
| Portugal, Viseu, Nelas, Nelas |
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| Arquitectura política e administrativa, oitocentista e do séc. 20. Câmara Municipal de planta rectangular simples, evoluindo em dois pisos, divididos por frisos, tendo as fachadas divididas em panos, através de pilastras de cantaria. As fachadas são simétricas, com cunhais perpianhos e rasgadas por vãos de verga recta, excepto na zona reconstruída, onde se optou pela utilização de vãos em arcos de volta perfeita com molduras estreitas, formando janelas de peitoril, com falsos fechos e molduras a criar falsos brincos, ou de sacada, com guardas metálicas ou, na zona mais recente, em balaustrada de cantaria. Possui a zona do sótão aproveitada, com mansardas, do tipo pombalino, revelando um revivalismo. No interior, possui dois vestíbulos, o primeiro aproveitando os ressaltos laterais, dando acesso a zonas de atendimento ao público e o segundo com escadas de acesso à zona nobre. |
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| Número IPA Antigo: PT021809030039 |
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| Registo visualizado 99 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Político e administrativo regional e local Câmara municipal Casa da câmara
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Descrição
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| Planta rectangular simples, de volume único, com cobertura homogénea em telhado de quatro águas, alteadas e rasgadas inferiormente por mansardas, revestidas a telha e com vãos de verga recta. Fachadas rebocadas e pintadas de amarelo, percorridas por alto embasamento, revestido a cantaria, com cunhais em perpianho, excepto a principal, com pilastras, rematadas com friso, cornija e beirada dupla, evoluindo em dois pisos, divididos por friso de cantaria. Fachada principal virada a SO., dividida em três panos, o central recuado, criando os laterais dois falsos torreões em ressalto; o central divide-se em três panos, por pilastras, onde se inscrevem os mastros das bandeiras, sendo rasgado por vãos em arco de volta perfeita, envolvidos por finas molduras de cantaria, correspondendo, no primeiro piso, ao portal central, ladeado por duas janelas, surgindo, no terceiro, uma janela de sacada, assente em duas mísulas e com guarda balaustrada, ladeada por duas janelas de varandim com guarda semelhante à anterior. Ao nível do remate, sobre a janela central, surgem as armas municipais. Os corpos laterais possuem vãos de verga recta, com falso fecho saliente e molduras recortadas, os inferiores correspondentes a janelas de peitoril, cujas molduras se prolongam inferiormente formando brincos, encimados por janelas de sacada, com bacia de cantaria e guarda balaustrada. Sobre as coberturas, cinco trapeiras. As fachadas laterais, viradas a NO. e a SE., são semelhantes, sendo visível o primitivo cunhal em perpianho, integrado no muro, revelando um acrescento; é rasgada, em cada piso, por quatro janelas de peitoril com molduras simples. Ao nível das coberturas, quatro trapeiras e, junto à fachada posterior, são visiveis altas chaminés. Fachada posterior com três panos, o central ligeiramente recuado, rasgado, no piso inferior, por três vãos e arco abatido, o central com moldura recortada, formando pingentes laterais, com pedra de fecho saliente, em forma de cartela; está ladeado por duas janelas de peitoril, com perfis e modinaturas semelhantes, com as molduras a prolongarem-se inferiormente, criando falsos brincos. No piso superior, surge uma ampla sacada, que ocupa todo o pano, com balcão em cantaria e guarda vazada em metal, para onde abrem três portas janelas, as laterais simples e rectilíneas, com molduras recortadas, com faso fecho e remate em pequeno filete, sendo a central mais elaborada, em arco abatido e com moldura recortada, mais ampla na zona superior, de onde pendem dois pingentes, rematada por frontão interrompido por pináculo de bola. Os corpos laterais possuem janelas de peitoril no primeiro piso, semelhantes às anteriores, com fecho saliente e falsos brincos, encimadas por janelas de sacada, com bacia de cantaria e guarda metálica. Na cobertura, cinco trapeiras, a central ladeada por duas amplas chaminés. INTERIOR composto por pequeno vestíbulo, rebocado e pintado de branco, com pavimento em placas de cantaria e cobertura plena, também rebocada e com a mesma tonalidade, sendo cortada por dois arcos de volta perfeita, que subdividem o espaço, para onde abrem duas portas laterais e uma central, todas rectilíneas, com molduras recortadas e falsos fechos, a última flanqueada por janelas de peitoril rectilíneas com o mesmo perfil, com as molduras prolongando-se em falsos brincos e protegidas por grades pintadas de verde. As portas são de madeira almofadada pintada. As portas laterais dão acesso a zonas de atendimento público e a central a um segundo vestíbulo, onde se integram as escadas de acesso ao piso superior. |
Acessos
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| Praça do Município; Largo da Cavalaria 7, na fachada posterior. 40º32'02.20''N., 7º51'07.20''O. |
Protecção
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| Inexistente |
Enquadramento
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| Urbano, isolado, situado no centro da povoação, em zona de ligeiro declive, encontrando-se ladeada por vias públicas, com a fachada principal a abrir para amplo largo pavimentado com calçada à portuguesa, formando quadrícula dupla, onde surge o jardim e fonte no extremo oposto ao imóvel. Adossado a este, surgem quatro canteiros com vegetação, que ladeiam as escadas de dois lanços de acesso ao mesmo. No lado direito, situa-se o Tribunal (v. PT021809030094), o Posto da GNR (v. PT021809030096) e o Edifício do Crédito Agrícola. |
Descrição Complementar
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| O brasão é de prata, com um faixa central negra e com três espigas de milho de prata; no chege, dois cachos de uvas de púrpura, folheados a verde e no contra-chefe um cacho semelhante; coroa com quatro torres e listel com a inscrição a preto: "Vila de Nelas". |
Utilização Inicial
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| Política e administrativa: câmara municipal |
Utilização Actual
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| Política e administrativa: câmara municipal |
Propriedade
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| Pública: municipal |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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| 1820, 7 Fevereiro - criação de feira franca em Nelas, no sítio do Cruzeiro; 1853 - Nelas torna-se concelho, formado pelas freguesias dos antigos concelhos de Canas de Senhorim e Senhorim; 1854, 26 Janeiro - primeiro acto público da Câmara de Nelas; 26 Março - decisão de vender as casas das câmaras de Senhorim, Canas e Aguieira, para utilizar a verba na construção dos novos Paços do Concelho, onde estivessem centralizados todos os serviços; 1855 - torna-se sede de um julgado ordinário, com um juiz de paz em cada freguesia; 1863 - arrendaram parte da casa do Dr. Joaquim Homem de Morais Rosado para estabelecer a câmara; 1871 - estando próximo o prazo de extinção do julgado, pela inexistência de tribunal e cadeia, decidiram construir uns Paços do Concelho, no arvoredo da Igreja Velha; 1873, 23 Dezembro - extinção do julgado de Nelas; 1886 - extinção dos julgados ordinários e criação dos municipais, passando Nelas a ter um; séc. 19, década de 90 - a Câmara instala-se no novo edifício; 1935, 25 Março - constituição heráldica da bandeira; séc. 20, 2.ª metade - inversão do edifício, com ampliação do mesmo e virando a fachada principal a SO., para a nova praça que se executou. |
Dados Técnicos
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| Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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| Estrutura em alvenaria de granito, rebocada e pintada; cunhais, modinaturas, sacadas, pavimentos, armas municipais em cantaria de granito; portas de madeira; guardas e grades em ferro pintado; caixilharias de alumínio; janelas com vidro simples; cobertura em telha. |
Bibliografia
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| LOUREIRO, José Pinto, Concelho de Nelas - subsídios para a história da Beira, 3.ª ed., Nelas, Câmara Municipal de Nelas, 1988; CD Portugal Séc. XXI - Distrito de Viseu, CD 1, Matosinhos, 2001. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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| IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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| PROPRIETÁRIO: 2006 / 2007 - obras de recuperação do edifício, com tratamento de rebocos e pinturas, de coberturas e do espaço interior. |
Observações
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Autor e Data
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| Paula Figueiredo 2008 |
Actualização
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