Igreja Paroquial de São Julião

IPA.00012711
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santa Maria Maior
 
Arquitectura religiosa e arquitetura residencial, pombalina. Igreja paroquial de planta longitudinal simples, de nave única com capelas laterais, e capela-mor mais estreita, iluminada uniformemente por janelas em arco abatido, rasgadas nas fachadas laterais e pelos janelões do coro. Fachada principal em frontão triangular, tripartida e rasgada por portas de verga recta, fortemente ornamentadas, encimadas por janelas rectilíneas e óculos. Este esquema compositivo é semelhante ao das demais igrejas pombalinas, como as da Encarnação (v. PT031106150521), de São Nicolau (v. PT031106480353), do Sacramento (v. PT031106270246) e dos Mártires (v. PT031106200085). Ao corpo da igreja adossam-se 2 corpos laterais estreitos, cujas fachadas seguem as linhas do prédio de rendimento pombalino, que subordinam a arquitectura religiosa à malha urbana. Torre sineira com ventanas em arcos de volta perfeita e cobertura em coruchéu bolboso. Interior com coro-alto, capelas laterais com estruturas retabulares e arco triunfal flanqueado por vãos típicos da arquitectura civil. Prédio de rendimento.
Número IPA Antigo: PT031106480709
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal composta por nave e capela-mor rectangulares, flanqueadas por dois corpos anexos, que evoluem em três pisos, de volumetria paralelipipédica e com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas, na igreja, e de três nos corpos laterais, e por torre sineira quadrangular adossada à fachada posterior, com cobertura em coruchéu bolboso, rasgado por olhos de boi. Fachadas em cantaria de calcário liós, aparente, excepto nos anexos e parte da sineira, rebocados e pintados de bege, percorridas por embasamento em cantaria, flanqueadas por cunhais de pilastras duplas, da ordem toscana colossal, e rematadas por cornija na igreja e em platibanda plena nos anexos. Fachada principal, voltada a O., marcada pelos três corpos, dos anexos e igreja, esta rematada em frontão triangular, com o timpano almofadado e vazado por óculo circular, rematado, nos ângulos inferiores, por fogaréus e no superior por plinto galbado, que suportaria a desaparecida cruz. Encontra-se dividida em três panos, por pilastras toscanas colossais, e em dois registos por friso saliente, o inferior rasgado, em cada pano, por portal de verga recta, no central com moldura almofadada, flanqueado por quarteirões e orelhas recortadas, que sustentam frontão interrompido inferiormente, com o tímpano ornado por cartela recortada e volutada; os laterais são mais simples, com moldura recortada, encimado por frontão ornado por cartela, com pingentes e concheado, rematando em cornija contracurvada, de inspiração borromínica; estão encimados por elemento saliente com moldura recortada e ornado por elementos concheados e vegetalistas. No registo superior, rasgam-se três janelões, o central de maiores dimensões, rectilíneos e de molduras recortadas, flanqueados por orelhas recortadas, rematados por frontões ornados por elementos semelhantes aos dos portais, encimados por cornija angular no central e contracurvada nos laterais, estes sobre pano de peito almofadado; estão encimados por óculos circulares com molduras salientes recortadas. A ladear a fachada, os corpos anexos, com os três vãos rasgados em eixo, compondo portal de verga recta, com moldura recortada e remate em friso de festões, com mísulas nos extremos, as quais sustentam cornija, e duas janelas de peitoril com moldura de cantaria saliente e recortada, que se prolongam inferiormente em brincos e rematam em cornija. As fachadas laterais são semelhantes e menos nobilitadas, seguindo o traço do prédio de rendimento pombalino. A lateral esquerda, virada a N., possui, em cada piso, cinco vãos correspondentes, o inferior com duas portas e três janelas em capialço, surgindo, nas superior, janelas de peitoril, com molduras recortadas e caxilharias de guilhotina. A fachada lateral direita, virada a S., tem dois panos definidos por pilastras toscanas colossais, com onze vãos em cada um dos pisos, rectilíneos e com molduras em cantaria; os inferiores formam porta e janelas em capialço, surgindo, nos superiores, janelas de peitoril com caixilharia de guilhotina e janelas de sacada em cantaria e guarda metálica. As molduras das janelas prolongam-se inferiormente, formando brincos. Sobre estes corpos, são visíveis as janelas que iluminam a antiga nave, duas na esquerda e quatro na direita, todas em arco abatido. A torre sineira evolui em dois registos, separados por dupla cornija e friso, o superior com quatro ventanas de volta perfeita, assentes em impostas e com pedras de fecho salientes, rematadas por cornija e fogaréus nos ângulos. INTERIOR transformado em garagem *1.

Acessos

Largo de São Julião; Rua de São Julião; Rua do Comércio

Protecção

Incluído na classificação da Lisboa Pombalina (v. IPA.00005966)

Enquadramento

Urbano. adossado na fachada posterior a edifícios com a mesma altimetria, no topo de um quarteirão delimitado a N. pela R. de S. Julião, a O. pelo Largo de São Julião e a S. pela R. do Comércio; está implantado em solo nivelado, com a fachada principal aberta para pequeno largo, de que se encontra separada por grade de ferro forjado, entrecortada por acrotérios na forma de pilares octogonais, em cantaria de calcário, rematados por pequenos pináculos. No interior, tem pavimento em lajeado de calcário, onde se implantam alguns alegretes. Exteriormente, possui passeio pavimentado a calçada portuguesa. O edifício alinha-se, a S., com o edifico dos Paços do Concelho / Câmara Municipal de Lisboa (v. PT031106480871), comunicando, lateralmente, com a praça onde se encontra o Pelourinho de Lisboa (v. PT031106480032) e o antigo Arsenal da Marinha (v. PT031106480335)

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Cultural e recreativa: museu

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 16 / 18 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: Eugénio dos Santos (1758, atr.); Honorato José Correia de Macedo e Sá (atrib.); José António Gaspar (séc. 19); Miguel Ventura terra (séc. 20); Nicolau de Frias (1578). CANTEIRO: Francisco de Salles. ENSAMBLADOR: Ambrósio Pereira (1647). ENTALHADORES: António da Fonseca (1708); Henrique Senguel (1708); Manuel Bequer (1708). MARCENEIRO: Francisco Lopes Ramalho *3 (1708). PEDREIROS: Diogo Nunes (1668). PINTORES: António Manuel da Fonseca; Jacques de Campos (1578); Joaquim Rafael; José Francisco Lioti; Pedro Alexandrino de Carvalho; Pedro Bord.

Cronologia

1209 ou 1229 - referência à igreja, no reinado de D. Afonso II ou D. Sancho II; 1241 - data provável da sagração do templo de São Gião ou Julião, tendo como orago paralelo Santa Basília, cuja imagem partilhava o altar-mor com a do santo do orago; parte do terreno terá sido cedida por um negociante alemão, num local onde já existiria uma capela, que fora dedicada a São Bartolomeu ou a Santa Bárbara; o negociante recebeu em troca o reconhecimento à sétima parte da futura igreja, com um altar sob a invocação do santo protector dos alemães; provável ampliação da igreja por D. Afonso III; séc. 16, início - reedificação do templo *2; 1503, 26 janeiro - Alvará para se dar 100 cruzados à conta dos 100.000 que o rei deu para as obras da igreja; 1551 - segundo Cristóvão Rodrigues de Oliveira, a igreja tem um prior e sete beneficiados, o primeiro com 460 cruzados de rendimento, recebendo, cada beneficiado, 80 cruzados; na igreja estão sediadas as confrarias do Santíssimo, Jesus, Santa Ana, São Sebastião, Nossa Senhora da Purificação, das Almas e de São Bartolomeu, administrada pelos alemães, com capelão quotidiano, as quais rendem de esmolas 270 cruzados, rendendo a última 110; 1578, 20 setembro - contrato entre a Confraria de Santiago e o mestre pintor Jacques de Campos para a feitura do retábulo, seguindo uma traça de Nicolau de Frias; 1647 - obra da igreja, encomendada pela Irmandade do Santíssimo; execução do retábulo-mor pelo ensamblador Ambrósio Pereira; 1668, 12 setembro - Diogo Nunes é contratado pela Irmandade de São Bartolomeu para a feitura do carneiro da Irmandade (COUTINHO: 433); 1708, abril - contrato notarial entre o Mestre marceneiro Francisco Lopes Ramalho, o Mestre entalhador António da Fonseca *4 e os alemães Manuel Bequer e Henrique Senguel para "fazerem humas grades de pao de evano com pilares de pedra embutida" na Capela de São Bartolomeu dos Alemães na dita igreja da qual os alemães eram responsáveis; a obra insere-se no âmbito do acabamento da mesma capela, pertença dos alemães, e que deveria estar pronta aquando da chegada à Corte da embaixada do Conde de Vilar Maior, Fernando Teles da Silva, entretanto enviada a Viena, para trazer a noiva de D. João V, a arquiduquesa D. Maria Ana; 1755, 01 novembro - a igreja é destruída pelo terramoto, tendo perecido muitos fiéis sob os escombro; desaparecetam telas de Gaspar Dias, quadros de Fernão Gomes, um painel de Marcos da Cruz, um antigo crucifixo de prata sobre o altar, doze lâmpadas de prata, paramentos ricos, as grades da capela de São Bartolomeu dos Alemães e a torre com os seus sinos (COSTA, Mário); escapam à ruína a casa do despacho da Irmandade de Nossa Senhora das Candeias; a paróquia foi instalada numa barraca de madeira, mandada construir pelo pároco no Terreiro do Paço, onde se coloca a imagem de Nossa Senhora das Candeias, salva do fogo por se encontrar numa casa do despacho; 1758, 8 janeiro - a freguesia regressa ao antigo local da igreja, armando-se para o efeito nova "barraca"; 1778 - notícia de que as obras de reconstrução prosseguem a bom ritmo; 1783 - num relatório enviado à Rainha D. Maria I, diz-se que a igreja já atingiu a altura da cimalha; 1802 - o novo templo começa a ser erguido no sítio marcado pelo Plano de Reedificação da Cidade de Lisboa; a origem do projecto é controverso, sendo atribuída a Eugénio dos Santos; o edifício ocupou parte do terreno onde esteve, antes do terramoto, o edifício da Patriarcal, tendo a nova fachada principal sido construída no local onde estava a fachada lateral poente; 1810 - conclusão das obras; 1816, 4 outubro - um incêndio, após a solenidade das exéquias pela Rainha D. Maria I, destrói a igreja, restando apenas a antiga pia baptismal, feita em Roma, em mármore de Carrara; transferência da sede de paróquia para a Ermida de Nossa Senhora da Oliveira (v. PT031106480355); 1824, 20 março - iniciam-se as obras de reconstrução da nova igreja, tendo a arquiconfraria do Santíssimo Sacramento da Igreja de São Julião suportado os custos; relata-se uma grande profusão de mármores, trabalhos em pedra e aproveitam-se alguns materiais do demolido Convento de São Francisco, principalmente o retábulo e duas colunas do altar-mor, esculpidas em mármore do Tojal; rumores de que a estátua equestre do Terreiro do Paço terá sido fundida com o bronze de um grande sino da igreja de São Julião (COSTA, Mário); 1836 - após a secularização do Convento da Boa-Hora, deram entrada na igreja grande número de objectos do culto religioso, entre eles, a imagem de Nossa Senhora da Boa Hora; as cancelas douradas das capelas do Santíssimo Sacramento; as grades de São Bartolomeu dos Alemães e o guarda-vento vieram da igreja Patriarcal da Ajuda; 1853, 14 e 15 outubro - vistoria e benção solene, depois da qual se abriram as portas aos fiéis, mesmo sem as obras estarem concluídas; 21 outubro - trasladação do Santíssimo Sacramento, que saiu da Ermida de Nossa Senhora da Oliveira, em procissão solene; 22 outubro - sagração do templo, onde estiveram presentes o Rei D. Fernando e os príncipes; os sinos mantiveram-se num engradado de madeira, junto à Rua do Comércio, e assim permaneceram até ser construída uma nova torre; 1855, 30 junho - conclusão das obras e regresso da paróquia à igreja; 1870, 11 agosto - benção e colocação de onze sinos na torre sineira; séc. 19, final - projecto de adaptação a Banco pelo arquitecto José António Gaspar; 1871, 11 dezembro - benção e colocação dos restantes dois sinos, dotando São Julião de um novo carrilhão; 1895 - devido à grande proximidade entre as paróquias, constatou-se que não existia população que justificasse a existência de paróquias independentes, como a de São Julião e a de Nossa Senhora da Conceição; 1910 - o Banco de Portugal contacta pela primeira vez a Arquiconfraria do Santíssimo Sacramento de São Julião, tendo em vista a compra da igreja, ou seja, o restante quarteirão no qual esta instituição financeira está instalada desde 1870; 1913 - a Associação Comercial de Lisboa toma diligências para que o governo expropriasse a igreja, para aí se construir o novo edifício do Tribunal do Comércio; 1916 - renovação arquitectónica da agência do Banco de Portugal que previa já a ampliação das suas instalações sob os terrenos da igreja, conforme projecto de Miguel Ventura Terra 1933, 7 junho - escritura de venda do imóvel pela Confraria do Santíssimo Sacramento da freguesia de São Julião ao Banco de Portugal, destinado à construção de um novo templo, na Avenida de Berna, com os lucros resultantes da venda, com destino à sede paroquial de São Julião; porém, a nova igreja destinou-se à sede de uma nova freguesia, a de Nossa Senhora de Fátima.para custear a construção da nova igreja (v. PT031106230081); 1934, 2 junho - encerramento da igreja ao culto e a sede de paróquia transferida provisóriamente para a ermida de Nossa Senhora da Oliveira; 1938, 12 outubro - os treze sinos, o órgão do coro, uma sineta e algum mobiliário é transferido para a Igreja de Nossa Senhora de Fátima; os livros do cartório passaram, em depósito, para a Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, e depois em definitivo para a nova igreja das avenidas novas; 1937 - A Câmara Municipal de Lisboa autoriza a demolição da igreja; o arquivo do cartório paroquial foi depositado na igreja dos Mártires (v. PT031106200085); 1940 - dá-se início às obras de demolição do interior da igreja que serão suspensas três anos mais tarde; 1959, 7 fevereiro - é extinta a freguesia de São Julião sendo o seu território englobado pela freguesia de São Nicolau; o património móvel é distribuído pelas igrejas da freguesia de São Nicolau, entre as quais as imagens de São Julião e de Santa Baziliza; 1974 - com a proposta de classificação da Baixa Pombalina (v. PT031106190103), a 4ª Sub-secção da 2ª Secção da Junta Nacional de Educação, emite um parecer alertando o Banco de Portugal a conservar toda a construção exterior da igreja, incluindo a torre e, que ao seu interior, entretanto destruído, seja dado "uma utilização compatível com o aspecto exterior do edifício"; anos 80/90/00 - o interior da igreja serve de parque estacionamento aos funcionários do Banco de Portugal e alguns funcionários dos Paços do Conselho; 2010 - 2011 - obras de remodelação do edifício, sendo a igreja transformada no Museu do Dinheiro do Banco de Portugal; musealização da Muralha de D.Dinis, vendo a luz do dia após 250 anos de soterramento no âmbito da campanha arqueológica nestas obras.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Estrutura em cantaria de calcário e alvenaria mista; cunhais, pilastras, modinaturas, elementos decorativos, pináculos em cantaria de calcário; grades em ferro forjado; portas de madeira; coberturas exteriores em telha.

Bibliografia

A verdade sobre a compra da Igreja de S. Julião, notas oficiosas do Dr. Manuel Rodrigues, Lisboa, Ministro da Justiça, 1934; ALMEIDA, Fernando de, (dir. de), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa, tomo I, Lisboa, 1973, p. 141; ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XII, Lisboa, [s.d.]; CALADO, Maria Marques, Reynaldo Manoel dos Santos - Um Arquitecto Português do Século 17, [dissertação da Faculdade de Letras de Lisboa], Lisboa, 1973; CARVALHO, Armindo Ayres de, D. João V e a Arte do seu Tempo, vol. 2, Mafra, Ed. do autor, 1962, pp. 225 - 227; CARVALHO, Ayres de, "Documentário Artístico do Primeiro Quartel de Setecentos, Exarado nas Notas dos Tabeliães de Lisboa", in Separata da Revista Bracara Augusta, vol. XXVII, fasc. 63 (75), 1973, p. 36; COSTA, Mário, A Igreja de São Julião e o seu patrono, in Revista Municipal, n.º 88 e 89, 1º e 2º trimestre, Lisboa, 1961; COUTINHO, Maria João Fontes Pereira, A produção portuguesa de obras de embutidos de pedraria policroma (1670-1720). Lisboa, Dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 2010, 3 vols.; FERREIRA, Sílvia Maria Cabrita Nogueira Amaral da Silva, A Talha Barroca de Lisboa (1670-1720). Os Artistas e as Obras, Lisboa, Dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 2009; FRANÇA, José-Augusto, Lisboa Pombalina e o Iluminismo, Lisboa, 1965; FRANÇA, José-Augusto, A Reconstrução de Lisboa e a Arquitectura Pombalina, Lisboa, 1978; MACEDO, Luís Pastor de, Lisboa de lés a lés: subsídios para a história das vias públicas da cidade, vol. 4, Lisboa,1943; MARTINS, João Paulo, Arquitectura contemporânea na Baixa de Pombal, in Monumentos, n.º 20, Lisboa, DGEMN, 2004, pp. 142-151; MATOS, Alfredo, PORTUGAL, Fernando, Lisboa em 1758. Memórias Paroquiais de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1974; Monumentos e Edifícios Notáveis do distrito de Lisboa, tomo V, Lisboa, 1975; Novo Guia do Viajante em Lisboa e seus arredores, Lisboa, 1863; OLIVEIRA, Cristóvão Rodrigues de - Sumário em que brevemente se contém algumas coisas (assim eclesiásticas como seculares) que há na Cidade de Lisboa. 2.ª ed. Lisboa: Edições Biblion, 1938; PEREIRA, Luiz Gonzaga, Monumentos Sacros de Lisboa em 1833, Lisboa, 1927; PROENÇA, Raul, (dir. de), Guia de Portugal, Vol. I, Lisboa, 1988, p. 205; SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir. de) Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994, pp. 807-808; SERRÃO, Vítor, Tomás Luís e o antigo retábulo da Igreja da Misericórdia de Aldeia Galega do Ribatejo, in ARTIS, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, 2002, n.º 1, pp. 211-235; SILVA, Augusto Vieira da, As Freguesias de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1943, pp 37 - 38; SILVA, Raquel Henriques da, Arquitectura Religiosa Pombalina, In Monumentos, n.º 21, Lisboa, DGEMN, 2004; SOTTOMAYOR, Appio, O Poço da Cidade: crónicas lisboetas, vol. 1, Lisboa, 1993; VITERBO, Sousa, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portuguezes ou a serviço de Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional, 1904, vol. III.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; CML: Arquivo de Obras, Proc. n.º 34907; DGA/TT: Corpo Cronológico, Parte I, maço 4, doc. 5.

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

*1 - o rico interior deste conjunto, como capelas laterais, retábulo-mor, revestimentos em mármore, tecto da nave, pintado em "trompe l'oeil", peças escultóricas, retábulos e demais elementos arquitectónicos como colunas, emolduramentos em cantaria, etc., foram removidos para adaptação do imóvel a uma garagem. *2 - o templo primitivo situava-se no local actualmente ocupado pelo 3º quarteirão da Rua Augusta, do lado esquerdo a começar da Praça do Comércio, o adro, do lado ocidental da igreja ocupava a outra metade, e a capela-mor ocupava toda a largura da Rua Augusta; segundo a tradição, teria sido, neste primitivo templo, que foi baptizado Pedro Hispano, que viria a ser o papa João XXI. *3 - Francisco Lopes Ramalho foi nomeado mestre entalhador das obras do Paço Real em 1709. *4 - António da Fonseca é identificável com o seu homónimo documentado, entre 1742 - 1743, na obra do retábulo-mor da Misericórdia de Santiago do Cacém (v. PT031509060019).

Autor e Data

Ana Reis e João Machado 2005

Actualização

 
 
 
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