Igreja Paroquial de São Miguel do Castelo / Igreja de São Miguel do Castelo
| IPA.00001248 |
Portugal, Braga, Guimarães, União das freguesias de Oliveira, São Paio e São Sebastião |
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Arquitectura religiosa, românica. Igreja paroquial de planta longitudinal, com nave única e capela-mor rectangular inserida no foco românico tardio de Entre Douro e Minho. Fachada principal rasgada por portal com lintel interrompido inscrito em arquivoltas quebradas. Esta fachada apresenta a ladear o portal par de cachorros que suportariam alpendre. Fachadas laterais rematadas por cachorrada, rasgadas por portal com lintel interrompido, também com cachorros que suportariam alpendres. Uma das fachadas laterais apresenta dois arcossólios. Interior simples com cobertura em madeira com o travejamento à vista. Apresenta frisos decorados ao nível da arquivolta do portal, um dos arcosólios e arco triunfal. Este último é assente em impostas formadas por cornija que atravessa a parede onde se abre o arco. Encontra-se emblemáticamente ligada à fundação da Nacionalidade e à lenda que teria sido neste local que D. Afonso Henriques teria sido baptizado, conforme atesta lápide no interior. No entanto esta hipótese é contraditória com a data de fundação da igreja, já no reinado de D. Afonso II. |
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Número IPA Antigo: PT010308340006 |
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Registo visualizado 4936 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor rectangular mais estreita. Volumes escalonados de dominante horizontal com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas. Fachadas em cantaria de granito, com os topos dos corpos em empena, e as fachadas laterais rematadas por cachorrada sob duplo beiral. Fachada principal orientada rasgada por portal com lintel interrompido, inscrito em duas arquivoltas de arco quebrado, a primeira decorada, com tímpano liso. É ladeado superiormente por par de cachorros que suportariam alpendre e ao centro a encimá-lo fresta. No vértice da empena de remate encontra-se cruz florenciada. Fachada lateral S. e N. abertas na nave por portal com lintel interrompido, encimado por arco demarcado no pano murário, ladeado superiormente por par de cachorros e de frestas. A fachada lateral N. apresenta a ladear o portal dois arcossólios, o da esquerda em arco quebrado e o da direita em arco pleno com uma arquivolta decorada por ornato em dente de serra. Fachada posterior com fresta aberta na capela-mor e cruz de malta no remate da empena do corpo da nave. INTERIOR com paredes em cantaria de granito, cobertura de madeira, com o travejamento à vista e pavimentos em laje de granito integrando estelas funerárias decoradas e com inscrições. Na parede fundeira, do lado do Evangelho, encontra-se pia baptismal em granito, com coluna de secção circular simples e taça moldurada inferiormente e superiormente. O baptistério é demarcado por guarda de ferro forjado, com grades demarcadas na metade superior por torço, coroadas por flores de liz estilizadas. Junto a este encontra-se lápide com inscrição. Portais laterais inscritos em arcos plenos. Arco triunfal pleno decorado por friso com entrelaçado simples, assente em impostas formadas pela cornija que percorre o paramento. Capela-mor sobrelevada por um degrau, com altar recto de granito, encostado à parede testeira, sobre supedâneo de dois degraus. |
Acessos
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Monte Latito ou Falperra |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 170 de 23 julho 1955 *1 / Incluído na Zona Especial de Proteção do Núcleo Urbano da Cidade de Guimarães (v. PT010308340101) |
Enquadramento
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Urbano, no limite N. do centro histórico, isolado, a meia encosta do Monte Latito, rodeado por parque arborizado e relvado, com acesso por diversos caminhos pedestres, que percorrem o parque. Na proximidade, a SE., a Capela de Santa Cruz (v. PT010308340046), a N. o Castelo Guimarães (v. PT010308340011), e a S. o Paço dos Duques de Bragança (v. PT010308340013). |
Descrição Complementar
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INSCRIÇÕES: Inscrição gravada em lápide no baptistério alusiva ao baptismo de D. Afonso Henriques naquela igreja, datada de 1664. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 13 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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PEDREIRO: Garcia Petrarius (1258); ARQUITECTO PAISAGISTA: Viana Barreto (1957). |
Cronologia
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1216 - Data da primeira referência à Igreja de São Miguel por iniciativa da Colegiada de Guimarães; 1239 - data da sua sagração pelo Arcebispo de Braga; 1258 - é referida como sufragânea da de Santa Maria de Nossa Senhora da Oliveira; segundo as Inquirições de D. Afonso III trabalhou como pedreiro na igreja Garcia Petrarius, propávelmente mouro (ALMEIDA, 1978); 1664 - data da inscrição interior; 1795 - o Prior da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, manda substituir o arco cruzeiro; 1870 - deixa de ser Igreja Paroquial dado o estado adiantado de ruína; 1874 / 1880 - obras de restauro, que incluiram a reposição do arco cruzeiro primitivo, sendo reaberta novamente ao culto; 1952, 30 abril - publicação da fixação da Zona Especial de Proteção Conjunta do Castelo de Guimarães, Igreja de São Miguel e Paços dos Duques de Bragança, em Portaria, DG, 2.ª série, n.º 103, revogada pela Portaria de 1955; 1957 - arranjo da envolvente da capela, pelo Arquitecto Paisagista Viana Barreto. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura, elementos decorativos, pavimentos e altar em granito, portas e estrutura do telhado em madeira; cobertura em telha de canudo. |
Bibliografia
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DGEMN, Boletim nº 20, Lisboa, 1940; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Arquitectura Românica de Entre-Douro-e-Minho, Dissertação de Doutoramento em História de Arte apresentado à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, vol. 2, Porto, 1978, p. 227 - 229; idem, Geografia da Arquitectura Românica in História da Arte em Portugal, vol. 3, Lisboa, 1986, p. 50 - 131; IPPAR, Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Inventário, Lisboa, 1993, vol. II, Distrito de Braga; FORTE, Joaquim, Encontrada no castelo estrutura edificada, in Jornal de Notícias Minho, 18 de Janeiro de 2004, p. 8. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DREMN |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN/DSID, DGEMN:DREMN |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN:DREMN |
Intervenção Realizada
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1874 / 1880 - São feitas várias obras de restauro, que incluiram a reposição do arco cruzeiro primitivo; DGEMN: 1928 - demolição do corpo da sacristia adossado à fachada lateral S.; 1936 - apeamento do campanário que truncava a enpena da fachada principal, reconstrução da mesma empena e reparação da cantaria; 1939 - reconstrução do telhado e das portas; 1963 - construção e assentamento de seis caixas de rede metálica nas frestas da capela; DRCNorte: 2023 - obras de reabilitação da capela, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), abrangendo a substituição das coberturas e do sistema elétrico. |
Observações
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*1 - Trata-se de uma Zona Especial de Proteção Conjunta do Castelo de Guimarães (v. PT01030834011), Igreja de São Miguel (v. PT01030834006) e Paço dos Duques de Bragança (v. PT01030834013). Foi construída dentro da antiga cerca baixa do castelo de Guimarães e com o qual se relacionava intimamente. Alguns autores defendem que teria sido nesta igreja que D. Afonso Henriques teria sido baptizado, datando a sua provável construção dos séc. 9 ou 10, da época da Condessa Mumadona Dias. Esta interpretação é contraditória com a data de sagração da mesma e com primeira referência à igreja, apenas nas primeiras décadas do séc. 13. |
Autor e Data
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Isabel Sereno / Paulo Dordio 1994 / Joaquim Gonçalves 2005 |
Actualização
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