Anta da Herdade da Candieira

IPA.00001194
Portugal, Évora, Redondo, Redondo
 
Anta protótipo do megalitismo do microssistema da Serra d'Ossa, de pequenas dimensões como alguns universos do aro de Évora, mas construída com lajes de xisto. Uma pequena abertura quadrangular no esteio central da face S. tem sido interpretada como elemento coevo da sua edificação, dando origem a interessantes especulações de J. L. de Vasconcelos sobre os rituais de inumação pré-históricos. A associação da citada abertura à época da edificação não parece todavia um dado adquirido
Número IPA Antigo: PT040710020001
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Funerário  Anta    

Descrição

Construção de planta longitudinal, composta por câmara funerária com planta poligonal centralizada e corredor com planta rectangular oblonga. Volumes articulados na horizontalidade, sobre um eixo E-O, com cobertura diferenciada para a câmara (laje de xisto) e corredor (sequência de dintéis em laje de xisto). A face principal é constituída pela projecção da articulação vertical do vão de entrada no corredor, com o vão da parte sobrante da câmara, acima da cota suprema do corredor, a que falta a respectiva laje ou porta. As restantes faces são constituídas pelos paramentos cegos dos esteios. A pequena câmara, com sete esteios in situ e respectiva cobertura, mede c. 3m de diâmetro na base e ergue-se a c. 180 cm do leito actual. Do corredor observam-se dois esteios muito enterrados, à entrada da câmara. São visíveis na topografia da área envolvente vestígios da mamoa, com c. 5 m de diâmetro. No paramento do esteio central da face N., rasgou-se pequeno vão quadrangular, com c. de 20X20 cm.

Acessos

EM 381, de Redondo para Estremoz, a c. 8 km de Redondo, quando se encontram as primeiras casas de Aldeia da Serra, tomar caminho vicinal a O. em direcção da Herdade da Candieira. Após passar o Rib. da Silveirinha, a c. de 200 m vê-se a anta a N.

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910

Enquadramento

Rural, em ligeira encosta dos planaltos antecedentes das ravinas mais escarpadas da Serra d'Ossa, pendente sobre Rib., isolada, harmonizada com o meio envolvente

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Funerária: anta

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Época Construção

Megalítico

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

4000 a.C. - 3000 a.C. - construção.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Xisto

Bibliografia

CARTAILHAC, Emile, Les Ages Préhistoriques de l'Espagne et du Portugal, Paris, 1886; VASCONCELOS, José Leite de, As Religiões da Lusitânia, Vol. I, Lisboa, 1897; VASCONCELOS, J. L., Excursão Archeologica ao Sul de Portugal: IV Évora e Arredores, in O Archeologo Português, IV, Lisboa, 1998; LEISNER, Georg e LEISNER, Vera, Die Megalitgraber der Iberischen Halbinsel I - Der Westen, in Madrider Forschungen, I, 1, Madrid, 1956.

Documentação Gráfica

LEISNER, 1956

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN

Intervenção Realizada

Observações

Trata-se de um importante monumento, do ponto de vista do impacto que a sua originalidade (janela vasada num esteio, «buraco da alma» ainda lhe chama o povo) despertou entre os primeiros estudiosos do megalitismo. Hoje em dia parece evidente que tal elemento é posterior à ruína da mamoa.

Autor e Data

Manuel Branco e Castro Nunes 1994

Actualização

 
 
 
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