Núcleo urbano da cidade de Guimarães / Centro Histórico de Guimarães

IPA.00011899
Portugal, Braga, Guimarães, União das freguesias de Oliveira, São Paio e São Sebastião
 
Núcleo urbano sede municipal. Cidade situada em vale. Cidade de fundação senhorial com castelo e cerca urbana. Núcleo urbano de formação medieval caracterizado por tecido edificado tipologicamente diversificado, mas com uma grande unidade formal no seu conjunto, integralmente erguido com os sistemas construtivos tradicionais (taipa de rodízio e taipa de fasquio). Entre a diversidade de tipos, pode-se distinguir os seguintes: casas burguesas quinhentistas - construídas utilizando o granito como material construtivo, completada nos pisos superiores pela taipa de rodízio. Existem ainda dois exemplares: uma situa-se na antiga Rua do Cano de Cima, a N. do castelo, a segunda no início da Rua de Santa Maria, na qual se observam ao nível do rés-do-chão duas portas com arcos adintelados e no segundo piso duas janelas rectangulares de mitra chanfradas e biseladas. Casas nobres urbanas quinhentistas - surgem na primeira metade do século 16, frequentemente resultado de transformações e adaptações preexistentes, seguindo o novo gosto renascentista que então se difundia no NO. do país, utilizando nas suas fachadas a cantaria de granito, material "distintivo da nobreza". Enquadráveis nesta tipologia, ainda hoje existentes, são a habitação de Pedro Álvares de Almada no antigo Largo da Tulha (actual Rua Dr. Avelino Germano)e a Casa dos Valadares de Vasconcelos, ao cimo da Rua de Santa Maria. Esta apresenta, à esquerda do frontão e no piso térreo, um portal de chanfro e volta redonda, sobre o qual se abre uma janela de sacada rectangular, moldurada e com o típico lavrado manuelino no arranque dos colunelos. Mais tarde, a casa viria a ser ampliada, já na segunda metade do século 18. Ao longo do século 17 a tipologia da habitação comum diversifica-se segundo os seus materiais construtivos, a disposição dos vãos, a variedade dos elementos decorativos. Existe uma tendência para a estabilização das alturas, piso térreo e dois sobrados, e da frente do lote urbano que, contudo, mantém profundidade variável. Desde o início do século 16 que se caminha para esse lote padronizado. Trata-se apenas de uma tendência, observando-se em Guimarães casas seiscentistas de três ou apenas um piso, ao mesmo tempo que a largura da frente das parcelas também é variável, e de um modo geral mais estreita que no Porto. Casas de ressalto, de acentuada construção no século 17, construídas em alvenaria de granito ao nível do rés-do-chão e nos pisos superiores (normalmente com três pisos) em taipa de rodízio. São assim designadas, uma vez que o primeiro e (ou) o segundo andares se debruçam sobre a rua com ressaltos mais ou menos acentuados, com traves e barrotes completamente visíveis, desviando-se dos alinhamentos existentes das construções confinantes. Casas alpendradas - construções seiscentistas, construídas em granito no piso térreo e nos pisos superiores em taipa de rodízio, situadas normalmente em largos e praças. Primitivamente as alpendradas constituíam um mercado abrigado para os dias de chuva, abrindo-se no rés-do-chão para os espaços livres de passeio e de serventia pública, formando ainda um recanto discreto dos moradores. Casas nobres urbanas seiscentistas - casas em cantaria de granito, armoriadas, de um só piso acima do rés-do-chão, muito sóbrias, desenvolvendo-se horizontalmente face à rua, possuindo janelas de sacada com varandas gradeadas no andar nobre; nos pisos térreos observam-se ainda permanências quinhentistas na cantaria de granito, onde se rasgam portais chanfrados. São exemplares deste tipo a Casa dos Portugais (Largo Dr. Mota Prego e Rua Gravador Molarinho), a Casa dos Araújo Abreu (Rua de Val de Donas), a Casa dos Laranjais (v. 0308340060). Casas urbanas de fachadas lisas - construídas nos séculos 17 e 18, em alvenaria de granito e em taipa de rodízio, nos pisos superiores, outras construídas em perpianho (alvenaria de granito) de baixo a cima, em fiadas de esquadria; é um tipo sóbrio, de dois ou três andares, sem o mínimo destaque de ornamentos salientes de padieiras e ombreiras laterais, com a ausência de rebocos. Casas nobres urbanas do século 18 - casas em cantaria, armoriadas, ocupando lotes de superfície variável, mas de dimensões mais reduzidas que as dos seus predecessores seiscentistas, cujos pátios e escadarias exteriores se transferem para o interior do piso térreo. Gradualmente, devido à sua total integração em frentes urbanas, a grande visibilidade de que disfrutavavam anteriormente vai-se esbatendo. Constituem exemplos deste tipo a Casa dos Amarais, na Rua Dr. Avelino Germano, que abre para o Lg. Condessa do Juncal, Casa dos Lobo Machado, entre outras. Casas nobres urbanas da transição do século 18 para o 19 - apresentam características diferentes entre si, sintomáticas de tensões existentes entre permanências assumidas e o despontar de novos tipos, numa época charneira e de grandes transformações urbanísticas em Guimarães, salientando-se a horizontalidade das fachadas e uma maior sobriedade de linhas. Construções Oitocentistas de feição pombalina - situadas no Largo do Toural, construídas em alvenaria de granito, com revestimento a reboco estanhado, caracterizam-se pela sobriedade, uniformidade e equilíbrio das suas linhas e cérceas, subordinado ao projecto de conjunto, resultante das medidas adoptadas pela Junta das Obras Públicas, que mandava elaborar planos gerais para as fachadas dos edifícios. Construções revestidas a azulejo do século 19 - construídas em alvenaria de granito, contendo um género de revestimento só utilizado em Portugal a partir desta época, quando emigrantes portugueses regressaram à sua terra natal e investiram os seus capitais na compra ou financiamento de fábricas de cerâmica, incrementando nelas o fabrico de azulejos tipo padrão, destinado a revestimentos exteriores de edifícios. A cidade foi uma das primeiras, depois do Porto, a usar nas fachadas das casas azulejos, de tipo diverso: uns lisos, de estampilha ou não, outros relevados e outros baixo-relevados. Construções revestidas a azulejo do século 20 - construídas em alvenaria de granito contendo azulejos monócromos (verdes, cor de vinho, torrados, etc.) com o tamanho normal ou com a forma de meio azulejo, facetado.
Número IPA Antigo: PT010308340101
 
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Registo

 
Conjunto urbano  Aglomerado urbano  Cidade  Vila medieval  Vila fortificada  Senhorial (casa de Bragança)

Descrição

A unidade do tecido urbano intra-muros, de origem medieval, apresenta-se funcionalmente integrada, caracterizando-se pela autenticidade de tipos arquitectónicos diferenciados, erguidos com os sistemas construtivos tradicionais, constituindo exemplos de evolução da cidade nas suas diferentes épocas. Estruturou-se em função de uma dinâmica urbana gerada por duas forças opostas de atracção e protecção - o Castelo na colina (v. PT010308340011) e o mosteiro dúplice na planície, com a localização que hoje corresponde à do complexo da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (v. PT010308340007). Conformada à sua topografia, polarizada em torno das referências militar e religiosa, foram-se desenvolvendo dois povoados distintos, crescendo em paralelo, entre os séculos 9 e 13, com autonomia jurisdicional plena. Situação que só foi alterará com D. João I, que os incorporará num só único município, doravante Guimarães, atribuindo a supremacia jurisdicional ao burgo canónico. A circulação entre estes dois pólos era garantida por uma importante via urbana estruturante, a Rua de Santa Maria, ainda hoje assim designada. Do ponto de vista do parcelamento e edificação, sucessivamente efectuados ao longo dos percursos que estruturaram os núcleos urbanos em formação, parece ter-se assistido à progressiva acentuação da construção habitacional estruturada de forma "cerrada", pese embora ainda a permanência de edificações isoladas em lotes autónomos e com uma irregular ordenação das frentes, na sequência da primitiva tradição urbanística medieval, com provável origem no parcelamento rural. Nesta fase, a estreiteza dos lotes e o facto das habitações serem térreas e terem apenas duas frentes, poderá conduzir-nos à pressuposição duma organização interna rudimentar e pouco diferenciada e, como consequência dessa compartimentação, a um alçado simples constituído em função da frente do lote, com um ou dois janelos ou frestas que asseguravam o acesso e iluminação do interior da habitação. Do ponto de vista construtivo, as residências de maior prestígio seriam numa primeira fase já executadas em cantaria de granito e cobertas com telha, assente em estrutura de madeira. No que respeita ao sistema construtivo da habitação corrente, supõe-se que os materiais perecíveis, sobretudo a madeira, acompanhada pelo adobe, palha e barro, fossem os mais utilizados. A sua cobertura seria executada em colmo, pois o uso da cobertura em telha só se tornou obrigatório no início do século 17. No reinado de D. Dinis, construiu-se a segunda cintura de muralhas (v. PT010308340016), englobando as duas vilas alta e baixa, mais tarde completada por D. João I, que a guarneceu com torres e ameias. A edificação da nova cerca respeita no seu traçado as primeiras vias que para a vila influíam e que permaneceram do período anterior, dando-lhes passagem através das diversas portas guarnecidas com fortes estruturas defensivas. Nos séculos 15 e 16 a vila reparte-se por várias actividades profissionais com especial destaque para as indústrias de cutelarias, ourivesaria e tratamento de couros, a par com o comércio de mercadorias. Este incremento industrial e comercial, justifica a ampliação da rede viária fazendo de Guimarães um importante nó rodoviário das relações N. / S. e sobretudo litoral / interior. Em meados do século 18 o processo de evolução e expansão urbana de Guimarães, encontrava-se consolidado, marcando os limites de vila, que, com poucas alterações, permaneceram até à actualidade. Nesse desenvolvimento foi de fundamental importância a edificação de casas nobres, igrejas e conventos, fora e dentro de muros. Definiram ruas, originaram praças, incrementaram o desenvolvimento de corredores de circulação entre a vila e o espaço que lhe era contíguo, preenchido posteriormente pela malha urbana. A criação dos campos junto das muralhas, corresponde à sua perda de importância como estrutura defensiva. A cerca torna-se "transparente", deixando de ser um obstáculo divisório entre o dentro e o fora de muros, antes constituindo um factor de aproximação das duas zonas, fomentada pelo desenvolvimento da construção adossada ao seu interior. Ainda em Setecentos, verificou-se a primeira manifestação de "planeamento urbano" em Guimarães, quando foi enviado à Câmara, pelo poder centralizador pombalino, o projecto do edifício que limita o Largo do Toural pelo lado E.. O pensamento iluminista impõe à cidade um edifício a construir de acordo com um plano de conjunto, ultrapassando a tradição medieval, embora fosse pensado para ser realizado em parcelas, pela iniciativa privada. As vias de comunicação que não tinham sofrido grandes alterações, desde o esquema viário definido no período medieval, foram então profundamente modificadas.

Acessos

Oliveira do Castelo, Largo do Toural, Largo Condessa Mumadona, Largo República do Brasil

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional / ZEP, Aviso nº 15171/2010, DR, 2.ª série, nº 147, de 30 Julho 2010 / Património Mundial - UNESCO, 2001 / Em vias de classificação (área a ampliar)

Enquadramento

Urbano, situado em vale. Cidade e sede concelhia da província do Minho, rodeada a N. e a NO. pelos concelhos de Póvoa do Lanhoso e Braga, respectivamente, a O. por Famalicão, a SO. por Santo Tirso, a S. e SE. por Vizela e Felgueiras e a E. pelo concelho de Fafe. É atravessada por várias estradas nacionais (EN 101, 105, 106, 206 e 310), a que foi acrescentado o traçado do IC5/7 e a breve prazo o do IP9. Com as suas 48 freguesias, com uma área de 24 300 hectares e com uma população de cerca de 180 000 habitantes, integra-se e é o pólo mais importante da região designada por "Vale do Ave" ou do Médio Ave, com características muito próprias que a distinguem do restante território nacional, algumas de raízes antigas que remontam mesmo à época pré-romana, outras consequência de fenómenos recentes. Morfologicamente o concelho é, de forma genérica, rodeado a NE. pelas Serras de Outeiro e Penedice, Sameiro e Falperra, a N. pela Serra da Senhora do Monte e a SO. pelos montes de Santa Marinha e de Santa Catarina (Penha). A S. localiza-se o vale do rio Vizela e de NE. para SO., dividindo o concelho, apresenta-se o vale do rio Ave e o rio Selho, que é um dos seus principais afluentes. A cidade de Guimarães é atravessada pelo ribeiro de Couros e pela ribeira de Santa Luzia. Este enquadramento vai de certa forma influenciar o clima existente nesta região, caracterizado por invernos frios e chuvosos e verões muito quentes e um pouco húmidos, com amplitudes térmicas anuais realtiavmente altas, devido principalmente ao afastamento do litoral e à sua disposição (rodeado por serras e encaixado no vale). O centro histórico encontra-se rodeado por áreas de crescimento pós-medieval, destacando-se o eixo da Rua de D. João I (v. PT010308130035), bem como o conjunto das antigas Fábricas de Curtumes (v. PT010308630050).

Descrição Complementar

Guimarães, origem da nacionalidade, é uma cidade com um glorioso passado histórico, apresentando elevado grau de autenticidade nos tecidos urbano e edificado. Grande parte da estrutura edificada remonta ao século 17 e encontra-se erguida com as técnicas construtivas tradicionais. Estas construções, que preenchem densamente a malha urbana, constituem uma herança cultural, inerente ao património a salvaguardar. A autenticidade e integridade destes sistemas construtivos, constitui um valor singular excepcional. Integra espaços públicos de assinalável singularidade. O Largo da Oliveira, praça de qualidade formal, ambiental e histórico-artística inigualável, encontra-se rodeada por um conjunto de construções de valor patrimonial, designadamente: a Igreja Nossa Senhora da Oliveira, as "casas alpendradas" do século 17, testemunho único na cidade; pela fachada N. da antiga Casa da Câmara , a O. o edificado habitacional erguido com os sistemas construtivos tradicionais, contendo ainda um alpendre gótico com o designado Padrão do Salado. A Praça de Santiago, rodeada pelo conjunto residencial de maior qualidade artística e ambiental dos séculos 17 e 18, é marcada pela presença do edifício da antiga Casa da Câmara, cujo rés-do-chão é constituído por um alpendre apoiado em arcadas góticas, elemento singular de articulação entre a Praça de Santiago e o Largo da Oliveira. A Rua de Santa Maria, uma das mais antigas artérias de feição medieval, eixo principal de ligação entre o núcleo do Castelo, situado na cota alta e o núcleo do mosteiro, na parte baixa da vila. Outrora rua de élite, situada perto da igreja principal e da praça, num ponto fácil de acesso às portas da cidade e ao castelo, nela residiram o clero e a nobreza; integra assim edificações rotuladas, balcões de balaústres de castanho, decorações esculpidas, cornijas de granito e gárgulas lavradas, salientando-se a Casa dos Condes de Azenha, exemplar de influência neoclássica, uma das mais características desta artéria. A Rua Nova ou Rua Egas Moniz, que apresenta um edificado de épocas bem diferenciadas, desde elementos de arquitectura medieva à arquitectura dos séculos 17 a 19, merecendo destaque a Casa da Rua Nova de raiz medieval, sofrendo obras de modificação no século 17, que constitui um dos exemplos tipológicos mais característicos das designadas casas de ressalto.

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Não aplicável

Afectação

Não aplicável

Época Construção

Séc. 10 / 13 / 14 / 16 / 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

950 / 959 - a condessa Mumadona Dias deu o primeiro passo inaugural da futura formação urbana, ao mandar edificar um mosteiro "dúplice", "in loco predicto villa vocitata Vimaranes", bem como o castelo no Monte Largo, para sua protecção e do burgo nascente. O castelo monástico inicial transformou-se depois em fortificação condal e depois real; 1107 / 1110 - o velho mosteiro de Mumadona foi transformado em Colegiada Real, assumindo na hierarquia das instituições congéneres um lugar cimeiro; 1128 - D. Afonso Henriques confirmou a carta de foral de seu pai; 1265 / 1318 - construção da primeira cerca de muralhas nos reinados de D. Afonso III e D. Dinis; 1282 - foi colocada a primeira pedra do convento de S. Francisco;1315 - erguida com o Albergue, a Capela do Anjo da Guarda de S. Crispim, sendo seus fundadores e instituidores da Confraria e Irmandade dos Mestres Sapateiros, João Baptista e Pedro Bahião; 1325 - D. Dinis ordenou a demolição do convento de S. Francisco e a sua posterior reconstrução em local mais afastado da muralha (v. PT010308630027); 1340 - construído o Padrão do Salado (v. PT010308340035), padrão gótico erigido no Largo da Oliveira, importante marco na vida social, política e religiosa de Guimarães, desde a Idade Média, que comemora a vitória obtida por D. Afonso IV na batalha do Salado; 1371 / 1397 - início das obras do convento de S. Domingos ; 1517 - D. Manuel outorgou à vila um novo foral pelo mérito de uma situação económica e social invejável; séc. 16 / 17 - construção da Casa da Câmara, localizada no Largo da Oliveira, ocupando o mesmo local de uns primitivos paços, mais pequenos, construídos no final do reinado de D. João I (v. PT010308340014); séc. 16, meados - o mestre-escola da Colegiada, Baltazar de Andrade, foi o instituidor do Convento de Santa Clara; 1588 - foi lançada a primeira pedra da Igreja da Misericórdia (v. 0308040034); Gonçalo Lopes, mestre pedreiro, é apontado como tendo sido o autor da traça da igreja; 1640 - conclusão das obras da Misericórdia e respectiva Casa do Despacho; 1644 - foi lançada a primeira pedra do Convento dos Capuchos frente à porta da Garrida. A sua implantação frente a uma porta da muralha no seu exterior, e em posição frontal ao eixo formado pelo troço superior da Rua da Infesta que a atravessava, era já plenamente barroco. Expansão e axialidade, dois dos principais vectores do urbanismo barroco, surgiam aí pela primeira vez. Enquanto se construía o convento, os capuchinhos recolheram-se na vizinha capela de S. Miguel, junto à qual funcionava na época um hospital-albergaria; 1685 - iniciada a construção do convento do Carmo, concluído na centúria seguinte; séc. 17, finais - fundação do convento de Santa Rosa de Lima das Dominicas na Rua Travessa e local da antiga albergaria medieval de S. Roque. As obras do actual edifício, porém, só se iniciaram em Março de 1727, com risco do mestre arquitecto Pedro da Conceição, frade carmelita. A igreja do convento serve hoje de paroquial; 1737 - foram lançadas as obras da igreja de S. Pedro pela Irmandade e em 1750, a 11 de Novembro, foi benzida a capela-mor; 1746 - foram compradas casas seiscentistas situadas no gaveto formado pelo Largo João Franco e Rua da Rainha, pelo arcebispo de Braga, D. José de Bragança, para nelas instalar o seu Paço Episcopal, mas em 1749 retomou a sua residência no arcebispado de Braga. Posteriormente, a casa foi vendida à família dos Coutos; séc. 18, primeira metade - alterações no convento de Santa Clara; séc. 18, meados - construção do Palácio dos Lobos Machado (v. PT010308340037), exemplo paradigmático de um novo tipo de solar urbano, implantado em lote de pequenas dimensões e desenvolvendo-se em altura. Edificação do Palácio de Vila Flor, que ficou inacabado, mas marcando cronológica e fisicamente o ponto máximo da expansão barroca, constituindo peça importante de um conjunto, que, entre casas e conventos, jardins e cercas, pontuou nesta época todo o limite da vila, expandindo-o para além dos seus apertados "arrabaldes" de origem medieval e marcando-lhe futuras linhas de evolução; 1775 - remodelação da Igreja da Misericórdia, sendo as obras contratadas pelo mestre de pedraria Pedro António Lourenço; 1808 - profanação da Igreja de S. Pedro, a quando das invasões francesas; 1824 - os trabalhos de construção da igreja de S. Pedro foram suspensos; 1849 / 1852 - reforma da Capela do Anjo da Guarda; 1884 - inauguração da linha ferroviária Guimarães - Lousado, rapidamente continuada. O caminho de ferro teve profundas consequências no desenvolvimento a cidade; 1853 - Guimarães foi elevada à categoria de cidade; 1864 - o extinto convento do Carmo, depois de ter servido como quartel do Batalhão de Caçadores 7, foi cedido para casa do Asilo de Infância Desvalida de Santa Estefânia, que ainda hoje aí se encontra instalado; 1880 - reínicio das obras da igreja de S. Pedro, sendo aprovada pela Irmandade uma nova planta. O templo foi pouco depois elevado à categoria de basilical por indulto da Santa Sé; 1891 - extinção do Convento de Santa Clara, aí sendo instalado o Liceu Martins Sarmento e onde actualmente estão instalados os serviços da CMG e o Arquivo Municipal; séc. 19, segunda metade - o período de Fontes Pereira de Melo abriu novas vias de acesso rodoviário a Guimarães, segundo um esquema que se aproxima bastante do actual. Estas vias foram reforçadas com uma ligação ferroviária, que estabelecia a ligação de Lousada a Guimarães, facilitando o tráfego de mercadorias. A ligação ferroviária é a responsável pela urbanização da vertente S. da cidade, estendendo-a para uma cota até aí não muito preferida; séc. 20 - sucedeu-se um novo ritmo, provocado fundamentalmente por um contínuo desenvolvimento industrial, o que explica a necessidade de sair da velha muralha por uma forma rasgada, com amplitude, ar e luz e a necessidade de instalar ou remodelar convenientemente a respectiva ordem urbana, isto é, a necessidade de planear o crescimento da cidade; 1956 - continuação da construção da Estátua da Condessa Mumadona, na praça do mesmo nome, da autoria de Álvaro Brée, com orientação e fiscalização dos trabalhos pelos Serviços dos Monumentos Nacionais; 1957 - conclusão da construção da Estátua da Condessa Mumadona; 1984 - são feitos os primeiros contactos entre a câmara e a UNESCO por iniciativa do então ministro das Finanças, Salgado Zenha; 1985 - formação do Gabinete Técnico Local (GTL), da CMG, responsável pela política de reabilitação adoptada para o centro histórico; é atribuído o Prémio Europa Nostra à recuperação da Casa Egas Moniz, na rua com o mesmo nome, que alberga o GTL; 1989 - inscrição do mosteiro de Alcobaça na lista do Património Mundial da UNESCO; 1993 - atribuição do Prémio Nacional de Arquitectura a Guimarães, pelo trabalho desenvolvido pelo GTL; 1994 - a CMG formaliza a candidatura de Guimarães a Património Mundial; 1996 - a Real Fundación de Toledo, em Espanha, distingue a CMG pelo êxito das suas experiências de reabilitação urbana; 2001, 13 Dezembro - o centro histórico de Guimarães é classificado Património mundial pela UNESCO; 2010, 30 Julho - publicação do Aviso nº 15171/2010, em DR, 2ª série, nº 147, com a planta de implantação e respectiva ZEP e a planta de localização; 2013, 28 janeiro - criação da União das Freguesias de Guimarães (Oliveira, São Paio e São Sebastião), por agregação das mesmas, pela Lei n.º 11-A/2013, DR, 1.ª série, n.º 19; 2018, 02 agosto - a Câmara Municipal aprova em reunião ordinária a delimitação da área de reabilitação urbana do Centro Histórico: área classificada como património cultural da humanidade pela UNESCO, Rua Francisco Agra, Avenida General Humberto Delgado e quarteirão da Rua de Santo António, Rua Gil Vicente e Rua Paio Galvão; 25 setembro - a Assembleia Municipal delibera em sessão aprovar a proposta da Câmara Municipal; 31 outubro - publicação de edital relativo à aprovação da delimitação da área de reabilitação urbana do Centro Histórico correspondendo à área classificada como património cultural da humanidade pela UNESCO, em Edital n.º 1020/2018, DR, 2.ª série, n.º 210/2018; 2021, 15 abril - publicação da abertura do procedimento de ampliação da classificação do Centro Histórico de Guimarães, de forma a abranger a zona dos couros, e fixação da respetiva zona especial de proteção provisória, em Anúncio n.º 68/2021, DR, 2.ª série, n.º 73.

Dados Técnicos

As técnicas construtivas dominantes são designadas por taipa de rodízio e taipa de fasquio. Refira-se que o termo "taipa", no N. do país, é aplicado para definir uma técnica de construção onde se utiliza a madeira como elemento principal. A taipa de rodízio constitui uma técnica de construção de paredes exteriores e interiores, apenas utilizada para os andares superiores ao rés-do-chão, dado que o piso térreo é sempre construído em alvenaria de granito aparelhado. As paredes compõem-se de uma estrutura reticular constituída por vigas de madeira, colocadas a prumo (de 12 x 12 cm), mantendo uma distância entre elas de 50 cm, cujos vãos são preenchidos por tijolo burro e argamassa de barro. A construção destas estruturas de emadeiramento apresenta várias formas, salientando-se dois tipos principais: vigas a prumo, sem travamento entre elas e vigas com travamento. Neste último sistema distingue-se o travamento múltiplo (na perpendicular e em cruz) e o travamento simples (na diagonal, em forma de N). A taipa de fasquio é igualmente uma técnica de construção de paredes exteriores e interiores, somente utilizada para os andares superiores ao rés-do-chão. Estas paredes compõem-se de uma estrutura executada com tábuas de madeira colocadas a prumo (com 20 x 3 cm, com uma folga de 4 cm entre elas) sobre as quais se prega um segundo pano de tábuas, diagonalmente dispostas, travadas por último com um ripado horizontal (com 2 cm de largo, mantendo-se uma distância entre elas de 2 a 3 cm). A este ripado dá-se o nome de "fasquio", sendo ele a identificação da própria técnica. A colocação do reboco constitui o revestimento final, sobre o qual se aplicam tintas artesanais. Estas técnicas construtivas, com raízes medievais, continuaram a utilizar-se até aos nossos dias por ser um processo construtivo de fácil execução *1.

Materiais

Não aplicável

Bibliografia

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Documentação Gráfica

CMGuimarães: Gabinete Técnico Local; DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano de Urbanização da Cidade de Guimarães, Arq. Maria José Moreira da Silva e Arq. Urb. David Moreira da Silva, 1949; Anteplano Parcial de Urbanização da Cidade de Guimarães, Arq. Maria José Moreira da Silva e Arq. Urb. David Moreira da Silva, 1957; Plano Geral de Urbanização de Guimarães, Arq. Fernando Távora, Arq. Matos Ferreira, 1982); planta in MARQUES, A. H. de Oliveira, GONÇALVES, Iria, ANDRADE, Amélia Aguiar, Atlas das Cidades Medievais Portuguesas (Séculos XII-XV), Lisboa, Centros de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa, 1990, vol. I, p. 17

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMN; CMGuimarães: Gabinete Técnico Local.

Documentação Administrativa

DGPC: DGEMN:DREMN, DGEMN:DSARH (Urbanização de Guimarães e Taipas, DSARH-005-4849); CMG: Gabinete Técnico Local, Arquivo Municipal; DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano de Urbanização da Cidade de Guimarães, Arq. Maria José Moreira da Silva e Arq. Urb. David Moreira da Silva, 1949; Anteplano de Urbanização da Cidade de Guimarães - 2ª Remodelação, Arq. Maria José Moreira da Silva e Arq. Urb. David Moreira da Silva, 1953, Anteplano Parcial de Urbanização da Cidade de Guimarães, Arq. Maria José Moreira da Silva e Arq. Urb. David Moreira da Silva, 1957; Plano Geral de Urbanização de Guimarães, Arq. Fernando Távora, Arq. Matos Ferreira, 1982)

Intervenção Realizada

CMG-GTL: (reabilitação de espaços públicos): 1985 / 1987 - início da reabilitação do centro histórico com a colaboração do Arquitecto Fernando Távora; reabilitação do Largo Cónego José Maria Gomes, Praça de S. Tiago; recuperação de uma casa na Rua Nova pelo Arquitecto Fernando Távora; 1990 - Rua Dr. Avelino Germano; 1992 - Rua Gravador Molarinho; 1995 - Largo João Franco, Largo do Serralho, Rua da Rainha; 1996 - Praça Condessa do Juncal, Rua do Anjo, Rua Condestável Nuno Álvares; 1998 - Rua Egas Moniz e ruas adjacentes, Rua da Arrochela; 2000 - Avenida Alberto Sampaio; Rua das Trinas, Largo dos Laranjais, Travessa D. Aninhas, Rua de Santa Maria, Rua Gravador Molarinho, Rua da Rainha, Rua Alfredo Guimarães, Alameda de S. Dâmaso e Rua Gil Vicente. Intervenções em edifícios públicos intervencionados; 1990 / 1992 - Biblioteca Municipal Raúl Brandão; 1992 - Centro de Dia do lar de Santo António; 1995 - Posto de Turismo da Praça de S. Tiago. CMG: 2001 - Tribunal da Relação de Guimarães *3.

Observações

*1 - No edificado intervencionado é constante a manutenção das técnicas construtivas tradicionais (a taipa de rodízio e taipa de fasquio), a utilização de argamassas pobres e de tintas artesanais, nomeadamente a tinta de cal, utilizada para paredes de pedra e rebocos interiores e exteriores; a tinta de cola e leite para rebocos de interior e as tintas de óleo para madeira no exterior e interior; a utilização da telha tradicional, a telha de canudo (telha que apresenta a forma de meia cana e cuja dimensão varia de produtor para produtor); a utilização de ardósia e telha de canudo como revestimento de andares suplementares ou simplesmente as empenas destes acréscimos. *2 - A intenção de ocupação funcional de alguns edifícios, teria cedido lugar à proliferação da tercearização e implantação de bares, resultando num edificado carente de ocupação habitacional. Porém, com a operação de reabilitação urbana em curso, através de uma gestão regulamentada e definição de regras quanto à utilização do edificado, conseguiu-se impedir eficazmente esta tendência. A gestão regulamentada impediu igualmente a demolição dos edifícios autênticos, substituindo edifícios de corpo e alma por edifícios apenas dotados de corpo, impecáveis na geometria que a técnica moderna permite mas sem qualquer valor cultural, porquanto renovar não é, por definição, destruir e construir semelhantemente, mas sim manter os valores temporais dos espaços e não criar um espaço sem tempo. Por outro lado, as ruas e as praças, são invadidas pelo tráfego e estacionamento automóvel, em conflito com o facto de serem também os principais espaços para a circulação e convivência das pessoas. Com efeito, a qualidade de vida e a imagem da cidade dependem muito da forma como consegue compatibilizar as funções técnicas destes espaços (comunicação, acessibilidade) com as funções sócio-culturais. É, por isso, que a par da reformulação do desenho urbano dos espaços públicos, se vem gradualmente devolvendo estes, ao uso pelos peões, de acordo com o plano geral de Tráfego-Acção Trânsito, elaborado em 1984. No centro histórico de Guimarães não existem problemas de maior de poluição, nem mudanças climáticas que possam afectar o edificado construído. Nesta área, o tráfego automóvel constituía o maior motivo de preocupação, por começar a contribuir para a degradação de alguns materiais, como a pedra e das espécies arbóreas. Também o estacionamento, sobretudo nas praças e largos, era motivo de poluição visual, que a reabilitação urbana destes espaços veio resolver. Há ainda algumas áreas na "zona tampão" onde é necessário proceder a operação idêntica. As árvores e arbustos são salvaguardadas pela Câmara Municipal de Guimarães que possui uma equipa específica para este tipo de protecção, assegurado pelo DSUA (Departamento de Serviços Urbanos e Ambiente). Na sequência das preocupações dos responsáveis políticos e técnicos da Câmara Municipal de Guimarães quanto às condições de segurança do seu centro histórico (preocupação agravada pela ocorrência de dois incêndios relativamente recentes), foi solicitado ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil a realização de um estudo sobre segurança contra incêndios. Assim sendo, foi elaborada uma análise e diagnóstico preliminar, abordando a questão da segurança contra incêndio na dupla vertente da realidade física do centro histórico, constituída pelo parque edificado e pelos espaços exteriores privados e públicos, incluindo nestes as infra-estruturas urbanas. Este estudo está a ser debatido com as entidades responsáveis - Câmara Municipal, Polícia de Segurança Pública e Serviço Nacional de Bombeiros - , tendo já sido tomadas algumas medidas, como a colocação de marcos de incêndio de alta pressão em pontos estratégicos e a anulação de barreiras arquitectónicas em que se incluem alguns casos de estacionamento automóvel. Foi também elaborado e posto em vigor, em 1998, um "Plano Municipal de Emergência", pelo Serviço Municipal de Protecção Civil do concelho de Guimarães, com vista a possibilitar uma unidade de direcção e controlo, para a coordenação das acções a desenvolver e a gestão dos recursos mobilizáveis, face a um acidente grave, catástrofe ou calamidade. *3 - Com o arranjo urbanístico destes espaços, encontra-se concluída a reabilitação de praticamente todos os espaços públicos existentes na zona classificada. Ficará apenas a faltar a zona envolvente do Castelo e Paço dos Duques (v. PT010308340013), cujo estudo está entregue ao Arquitecto Álvaro Siza Vieira. A requalificação dos espaços públicos constituiu, desde o início da operação de reabilitação, elemento integrante de uma metodologia de projecto para a cidade, coordenada com a recuperação de edifícios municipais bem como o apoio técnico à iniciativa privada. Através da reabilitação dos espaços públicos (dotados de infra-estruturas e novo desenho urbano), devolvem-se praças, largos e arruamentos à cidade, aos seus habitantes e visitantes, que com o continuado crescimento da cidade se tinham convertido em espaços caóticos de estacionamento automóvel. Na reabilitação dos espaços públicos esteve sempre presente a necessidade de implantação de mobiliário urbano.

Autor e Data

Margarida Morais (CMGuimarães) 2002

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