Colégio dos Jesuítas / Câmara Municipal e Tribunal de Comarca de Gouveia

IPA.00011776
Portugal, Guarda, Gouveia, Gouveia
 
Colégio jesuíta de planta rectangular simples, desenvolvida em torno de dois claustros, com a igreja na zona central, longitudinal, de nave única e capela-mor pouco profunda, sendo ladeado por dois pátios laterais, um de pequenas dimensões, que integrava a primitiva cerca. Fachada principal com organização simétrica, a partir da zona central, tripartida, compondo o acesso à igreja, através de três portas de verga recta encimadas por janelas, as centrais a iluminar o coro-alto; os panos laterais possuem janelas rectilíneas, umas de maiores dimensões e mais decoradas, encimadas pela cornija do remate, alteada e curva, criando falsos frontões semicirculares, já de inspiração barroca, a marcar os corredores interiores de circulação. Fachadas circunscritas por cunhais apilastrados, rematadas em friso, cornija e platibanda, e rasgadas regularmente por janelas rectilíneas, algumas de maiores dimensões, com solução semelhante às da fachada principal, a marcar os corredores, algumas delas de sacada. Claustros rectangulares, com dois pisos marcados por janelas rectilíneas, tendo, numa das alas, arcadas de volta perfeita no piso inferior, encimadas por entablamento assente em pilares; a arcada inferior possui cobertura em abóbadas de aresta e a superior é de madeira, em masseira.
Número IPA Antigo: PT020906180076
 
Registo visualizado 253 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Educativo  Colégio religioso  Colégio religioso  Companhia de Jesus - Jesuítas

Descrição

Planta rectangular regular, formada por quatro alas conformando um pátio central, prolongando-se, as alas principal e posterior, para o lado E., formando um pequeno recanto ajardinado; no centro da ala central, surge, no interior do pátio, um corpo avançado, correspondente ao vestíbulo. Edifício de dois e três pisos, adaptando-se ao declive do terreno, divididos por frisos de cantaria e coberturas diferenciadas em telhados de quatro águas em cada ala, ligeiramente alteada na posterior. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento em granito, flanqueadas por cunhais com duas ordens de pilastras toscanas, encimadas por pináculos piramidais, e remates arquitravados. Fachada principal virada a S., com três registos, o inferior em cantaria de granito em aparelho isódomo, excepto no corpo central com um único registo e três panos marcados por quatro pilastras toscanas da ordem colossal, com fustes almofadados e assentes em altos plintos, igualmente almofadados; estas são encimadas por pináculos semelhantes aos dos cunhais. No centro, amplo portal de verga recta com moldura de cantaria, flanqueado por pilastras toscanas com fustes almofadados e com rosetão na zona superior, que sustentam arquitrave e frontão interrompido superior e inferiormente por escudo português e coroa fechada; no enfiamento das pilastras, urnas com fogaréus. O portal é ladeado, superiormente, por duas janelas em arco abatido, de molduras recortadas, encimadas por cornija, friso e frontão semicircular, interrompido inferiormente por florão. Lateralmente e dispostos de forma simétrica, portal rectangular com moldura recortada e volutada superiormente, encimada por friso convexo e frontão interrompido em volutas, tendo, no tímpano, escudo e elementos fitomórficos; os portais são encimados por janela em arco abatido com moldura recortada, falso tímpano concheado e cornija. Nas alas laterais, surgem, sobrepostas, cinco janelas rectilíneas com moldura em cantaria em cada uma delas, excepto no inferior onde surgem quatro janelas jacentes gradeadas. No piso superior, a penúltima janela dos extremos, correspondente à iluminação dos corredores de circulação, é de perfil contracurvado de moldura recortada, encimada por óculo circular ladeado por consolas que suportam frontão semicircular que provoca a elevação da cornija do remate do edifício. No lado esquerdo, adossa-se corpo ligeiramente recuado, rasgado por duas ordens de vãos, correspondentes a porta em arco abatido, flanqueada por pilastras dóricas, que se prolongam em moldura estriada, interrompida por cartela com as iniciais "IHS", encimada por concha e três janelas rectilíneas. Fachada lateral esquerda virada a E., formando um U invertido, fechado por muro de alvenaria, que separa o imóvel da via pública; as três alas são fenestradas regularmente por janelas rectilíneas sobrepostas, seis na ala frontal, dois na ala direita e três na esquerda, duas em capialço; nos extremos inferiores das alas, vãos em arco de volta perfeita de acesso aos corredores de circulação e, na ala direita, ao exterior. Na ala esquerda, surge vão em arco abatido a proteger uma fonte. As janelas extremas do segundo piso são de perfil encurvado e encimadas por óculo circular. Fachada lateral direita é simétrica, formada por 26 vãos, 13 em cada registo, 21 formando janelas de peitoril simples, surgindo, no piso inferior, 2 portas de verga recta com moldura, pilastras toscanas que sustentam friso convexo e cornija e, no superior, três janelas de sacada granítica, com guarda metálica pintada de verde com elementos geométricos, para onde abrem vãos curvos, o central encimado por frontão triangular e os demais por óculo circular e frontão semicircular, que provoca a elevação da cornija do remate da fachada. INTERIOR todo rebocado e pintado de branco, com amplo vestíbulo com tecto plano e pavimento em lajeado de granito, possuindo, nas paredes laterais, dois amplos relevos a representar a "Entrega do Monte Aljão aos moradores de Gouveia por D. Manuel I" e "Entrega do foral", surgindo, ao centro, amplo vão rectilíneo, flanqueado por dois nichos pouco profundos em arco de volta perfeita e moldura de cantaria, contendo estatuária sobre plintos paralelepipédicos. Subindo três degraus de perfil convexo, acede-se a um patamar que liga, através de arco de volta perfeita, a dois corredores do piso térreo e a escada de dois lanços, o superior divergente, com guardas balaustradas de cantaria de granito, que acedem ao piso superior, iluminadas por enorme janelão rectilíneo, protegido por vidro colorido. Os corredores laterais ligam às alas laterais do pátio, à volta do qual se desenvolve o edifício, de dois pisos, o inferior com cinco arcadas em arco abatido sobre pilares toscanos, surgindo, nos topos, uma sexta arcada de volta perfeita no muro em ressalto, a que correspondem, no superior, seis vãos rectilíneos assentes em pilares, cinco protegidos por guardas balaustradas e um por guarda plena. Nas alas, com coberturas em falsas abóbadas de berço, no piso inferior, rasgam-se portas e janelas rectilíneas com molduras de cantaria, de acesso às várias dependências; no segundo piso, com coberturas de madeira em masseira, em caixotões almofadados, surgem, na ala esquerda, três portas e, na direita, três janelas, todas rectilíneas e molduradas; no centro, no topo das escadas, duas portas acedem ao salão nobre. Adossados às alas, os corpos laterais, de dois pisos, definidos por friso de cantaria, cada um deles rasgados por seis vãos rectilíneos, portas e janelas no inferior e janelas de peitoril no superior, estas com falso varandim de cantaria e remates em friso e cornija. Fecha o pátio, uma ala posterior, simétrica e dividida em três panos, definidos por pilastras toscanas colossais, que enquadram uma fonte central, com o espaldar recto e forrado a azulejo policromo, rasgado por janela polilobada, que surge sobre as bicas, enquadradas por elemento de cantaria recortada, em forma de tripla taça, que jorram para enorme tanque de perfil contracurvado; cada um dos panos laterais, de dois pisos definidos por friso de cantaria são rasgados por três janelas semelhantes às das demais alas no piso superior, a do lado esquerdo cega no inferior e a do direito com duas portas de verga recta. Uma das salas possui registo de azulejo a representar Nossa Senhora da Assunção.

Acessos

Avenida Vinte e Cinco de Abril; WGS84: 40º29'43.05''N., 7º35'29.05''O.

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, no centro da povoação, implantado em zona de pendor inclinado, marcando, pela sua dimensão e localização proeminente, a malha urbana. A fachada principal abre directamente para a via pública, separado desta por passeio de calçada à portuguesa e com acesso por escadaria central com número de degraus variável, adaptando-se ao declive do terreno, acedendo a patamar protegido por guarda balaustrada de cantaria, sob o qual se rasga, no lado direito, pequeno vão em arco abatido, com portão de ferro. A fachada lateral esquerda confina com a via pública, separada dela por muro, onde se inscreve um jardim lateral, composto por vários canteiros de buxo recortado, contendo arbustos, flore ou árvores de pequeno porte, percorrido por ala de gravilha, no centro do qual surge um pia em cantaria, tendo, do lado do muro, banco adossado revestido a azulejo de figura avulsa e, no lado oposto, tanque de uma primitiva fonte, de planta octogonal, com pinha central. No fundo, nicho em arco abatido onde se inscreve uma fonte, semienterrada no pavimento, com tanque rectangular e espaldar flanqueado por pilares almofadados, rematado por espaldar recortado, friso e pinha no remate; encontra-se rodeado por bancos revestidos a azulejo, de padrão, figura avulsa e um painel policromo, resultando em reaproveitamentos de revestimentos do colégio e igreja. Fachada lateral direita abre directamente para um jardim sobrelevado com várias alas de gravilha, onde se inscrevem canteiros de buxo recortados, com árvores de médio porte. Fachada posterior protegida por muro e confinando com zona de mata, pertencente à antiga cerca do convento, surgindo, no pátio interno, um canteiro central e dois grandes ciprestes a ladear a zona da igreja. Junto ao imóvel situa-se o Cruzeiro dos Centenários de Gouveia (v. PT020906180143).

Descrição Complementar

No portal lateral esquerdo, a pedra de armas dos Figueiredo, composta por cinco folhas de figueira, envolvida por paquife, surgindo, no oposto, pedra em branco, dos Távora. No vestíbulo, os relevos possuem inscrições: o da esquerda, "e só pagarão / o dizimo a Deus"; o da direita, "lavrarão, pascerão e montarão / na maneira que até aqui fizeram". Junto ao salão nobre, lápide com a inscrição: "TESTEMUNHO DE GRATIDÃO / DA CÂMARA E POVO DO / CONCELHO DE GOUVEIA AO / PROF. DR. JOÃO DE MATOS / ANTUNES VARELA GRANDE / ORDEIRO DA RECONSTRUÇÃO / DESTE EDIFÍCIO".

Utilização Inicial

Educativa: colégio religioso

Utilização Actual

Política e administrativa: câmara municipal / Judicial: tribunal de comarca

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Álvaro da Fonseca (séc. 20). CARPINTEIRO: Manuel Caetano (1752); ESCULTORES: Gustavo Bastos e Lagoa Henriques (séc. 20); PEDREIROS: Aleixo Álvares, André Lourenço, António do Vale, António Gonçalves, António Lourenço, Domingos Lourenço, Gaspar Ferreiro de Pinhanços, Manuel do Vale e oficiais Agostinho Gomes, António da Cunha, António do Amaral, António Gomes, António Mendes, Bernardo Ferreira, Domingos Álvares, Domingos Guerreiro, Francisco Gomes, João Lopes, José Marques, Manuel Barbosa, Manuel de Sousa, Manuel Dias, Manuel Lourenço, Miguel Gonçalves (1738); PINTOR: Martins Barata (séc. 20).

Cronologia

1625, 20 Janeiro - o primeiro marquês de Gouveia foi D. Manrique da Silva, conde de Portalegre; 1693, 16 Outubro - D. Maria Ferreira instituiu um morgado, em que a terça dos seus bens, caso não tivesse descendência, reverteria para a Companhia de Jesus, para criarem um colégio destinado ao ensino de latim e moral, ficando os padres obrigados a duas missas quotidianas por sufrágio; 1723, Março - António de Figueiredo Ferreira enviou uma carta ao visitador da Província com a intenção de fundar o Colégio, para o ensino de moral, filosofia, latim e primeiras letras, devendo ser destacados dois padres missionários para a região. 15 Agosto - fundação do Colégio, dedicado à Santíssima Trindade, pelo Mestre de Campo António de Figueiredo Ferreira, filho da anterior, e a esposa D. Brízida de Távora; 1733, 15 Novembro - ajuste para a primeira obra do convento, a execução de um paredão em frente às casas dos fundadores, para criar um pátio para os estudos, executado por Gaspar Ferreira de Pinhanços e Aleixo Álvares de Arcozelo, por 66$200; as obras eram dirigidas pelos Padres José de Melo e Bernardo Vieira; construção de regos para escoar a água do terreno; 1734, 4 Janeiro - abertura dos alicerces no lado das hortas; 27 Fevereiro - término das primeiras obras de abertura de alicerces; 9 Setembro - contrato para a construção do colégio com os mestres António do Vale, de Gouveia, António Lourenço e Manuel do Vale, ambos de Caminha; 1738, 28 Agosto - começou o corte de pedra nas pedreiras de Vale de Cadela, pelos pedreiros Aleixo Álvares, Domingos Lourenço, André Lourenço e António Gonçalves, e pelos oficiais Miguel Gonçalves, Bernardo Ferreira, Manuel Dias, António Gomes, António Mendes, Domingos Álvares, Manuel Barbosa, Agostinho Gomes, Francisco Gomes, António da Cunha, Manuel de Sousa, José Marques, Manuel Lourenço, Domingos Guerreiro, António do Amaral e João Lopes; 1739 - inauguração do imóvel; 1743, 1 Julho - o Padre Bernardo Vieira era vice-superior e procurador geral do convento, residente nele; 1752 - o carpinteiro Manuel Caetano era assistente no Colégio; 1752 - 1760 - as Casas da Câmara estavam situadas junto ao Pelourinho *1; 1755, 1 Novembro - a cruz da empena caiu na sequência do terramoto; 1759 - envolvimento dos marqueses de Gouveia no atentado real, leva à extinção do marquesado, assumindo o concelho municipal o poder em nome do rei; Fevereiro - na data do sequestro dos bens dos Jesuítas, as obras não se encontravam concluídas e o edifício albergava 5 religiosos; a biblioteca possuía 1640 livros; 23 Junho - alvará extinguindo as classes e as escolas jesuíticas; 24 Julho - inventário dos bens do Colégio, assinado por Luís Estanislau, onde se refere que as alas da quadra, colégio e parte da igreja estavam por concluir, especialmente no que dizia respeito à Capela de São Francisco Xavier; os jesuítas possuíam vastos rendimentos, nomeadamente 21:382$608 a juros, as rendas de uma quinta em Oliveira do Conde, uma em Cabra e outra em Seia, bem como a Capela da Senhora da Serdaça, em Folgosinho; 1760 - 1763 - com a expulsão dos Jesuítas, a Câmara passou a administrar o edifício do Colégio em nome do Erário Régio, procedendo, nesta época, à divisão da cerca por uma parede que importou em 400$000, e venda da mata envolvente ao capitão-mor António José Pimentel por 280$000; 1766, 15 Novembro - inventário dos bens encontrados nas dependências do colégio, nomeadamente nas celas, refeitório, livraria e capela, com enorme relação de pratas, paramentaria e imaginária *2; 1774 - as freguesias de Aldeias, Mangualde e Moimenta passaram para Coimbra; séc. 19, início - com as invasões francesas, o edifício acolheu os franciscanos provenientes do Convento do Loreto, em Almeida; 1809 - instalação do quartel do Batalhão Caçadores 7; 1839, 30 Julho - D. Maria II instala no imóvel o Tribunal e Cadeia; 1839 - a Câmara arremata o imóvel e o Convento de São Francisco por 3:500$000 réis a Bernardo António Homem; 1908 - a zona central era em cantaria aparente; séc. 20 - os herdeiros do Conde de Caria vendem o imóvel à Câmara Municipal, para instalação da mesma; execução dos relevos para o átrio por Gustavo Bastos e Lagoa Henriques; feitura de uma tela para a Sala de Audiências do Tribunal por Martins Barata; 1964, 5 Abril - inauguração do novo edifício da Câmara, conforme projecto do arquitecto Álvaro da Fonseca.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria de granito e tijolo, rebocada; modinaturas, pilastras, cornijas, pináculos, pavimentos, pilares, guardas, escadas, fontes, relevos e esculturas em cantaria de granito; coberturas da ala superior e das dependências, portas em madeira; painéis de azulejo; coberturas exteriores em telha de aba e canudo; janelas com vidro simples e janela das escadas com vidro colorido e martelado; ferro nas portas de acesso.

Bibliografia

FERREIRA, Tavares, Antologia Conventual - subsídios para uma monografia do Concelho de Gouveia, Separata da Revista Beira Alta, Viseu, 1952; VARELA, João de Matos Antunes, "Discurso proferido na inauguração do Tribunal Judicial de Gouveia", in Separata do Boletim do Ministério da Justiça, nº 135, 1964; Documentos para a História da Arte em Portugal, vol. III, Lisboa, 1969; GUERRINHA, José, Conhecer Gouveia, Gouveia, 1983; MOTA, Eduardo, Administração Municipal de Gouveia em finais de Setecentos, Gouveia, 1990; MOTA, Eduardo, Corografia setecentista do concelho de Gouveia, Gouveia, 1992; MOTA, Eduardo, Memória do Colégio da Santíssima Trindade de Gouveia segundo um manuscrito de 1759, in Beira Alta, vol. LI, fasc. 3 e 4, Viseu, Assembleia Distrital de Viseu, 1992, pp. 313-324; Gouveia e o seu termo, cerca de 1908, Gouveia, 1993; Dicionário enciclopédico das freguesias, vol. 2, Matosinhos, 1998; CD Portugal Século XXI - Guarda, Matosinhos, 2001; FERNANDES, Maria de Lurdes Correia, Ensino das primeiras letras no interior Beirão no século XVIII: o Colégios dos Jesuítas de Gouveia, in Separata da Revista da Faculdade de Letras Línguas e Literaturas, XIX, Porto, 2002,, pp. 41-70; http://www.dgsj.pt, 2003.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRELisboa; CMG

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; DGA/TT: Desembargo do Paço (Beira), Memórias Paroquiais (vols. 4, 17, 25 e 40), Cartório dos Jesuítas (mç. 102 e 105); Arquivo Universidade Coimbra: Informações Paroquiais de 1725; Biblioteca Municipal Virgílio Ferreira: Actas da Câmara (1714-1816), Assentos da Misericórdia (1719-1839); CMG; ATC: Cartório da Junta da Inconfidência, Companhia de Jesus (Colégio de Gouveia, mç. 13, nº 51, mç. 14, n.º 54 e mç. 18, n.º 73)

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: séc. 20, década de 90 - tratamento de rebocos e pinturas.

Observações

*1 - tinha uma fachada maneirista, circunscrita por duas pilastras toscanas e remate em cornija, sendo rasgada por portal encimado pelo escudo e coroa reais e, superiormente, varandins; na zona inferior, lojas destinadas a salas de audiência e o salão nobre era forrado de madeira de castanho, mobilado com uma mesa e cadeiras (custaram, em 1782, 43$200), escrivaninha, cofre-cartório e fogareiro a carvão. *2 - além do arrolamento das pratas, constando em cruzes, salvas, custódias, pratos, sacras, surge referência à existência de um cubículo junto às tulhas, um junto à Portaria do Carro, referindo-se, ainda, mais sete cubículos dos padres; refere-se, ainda, o refeitório, com uma imagem de Santo Cristo, ladeado por dois santos e, na Casa da Livraria, um Santo Cristo com a cruz, um bufete de pau-preto e várias cadeiras e tamboretes.

Autor e Data

Paula Figueiredo 2005

Actualização

 
 
 
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