Câmara Municipal e Cadeia Comarcã de Penamacor
| IPA.00011663 |
Portugal, Castelo Branco, Penamacor, Penamacor |
|
Arquitectura política, administrativa e judicial, revivalista neobarroca. Edifício de planta rectangular simples, evoluindo em dois pisos divididos por friso de cantaria, com fachadas circunscritas por cunhais apilastrados e rematadas em friso e cornija, rasgadas uniformemente por vãos rectilíneos com molduras de cantaria, que, na fachada principal, se rasgam simetricamente a partir de eixo central composto por portal e ampla sacada para onde abrem três janelas. Interior composto por pequeno vestíbulo, de onde partem os corredores de acesso às várias dependências e escadaria que liga ao piso nobre, onde surge a sala de audiências. |
|
Número IPA Antigo: PT020507100024 |
|
Registo visualizado 70 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Político e administrativo regional e local Câmara municipal Casa da câmara, tribunal e cadeia
|
Descrição
|
Planta rectangular simples, de volume único e cobertura homogénea em telhado de quatro águas, aberto por algumas janelas que iluminam o sótão. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento em cantaria de granito, com aparelho isódomo, flanqueadas por pilastras toscanas da ordem colossal e rematadas em friso, cornija e beiral, evoluindo em dois pisos divididos por friso de cantaria; são rasgadas por vãos rectilíneos com molduras de cantaria, que, no caso das janelas, se prolongam inferiormente, formando falsos brincos; as janelas do piso inferior encontram-se protegidas por grades metálicas pintadas de verde, formando, na zona inferior, papo de rola. Fachada principal, virada a E., de vãos dispostos simetricamente, a partir do eixo central; no primeiro piso é rasgada por portal principal, protegido por portão metálico, vazado por decoração fitomórfica estilizada pintada de verde, com bandeira superior onde se inscreve as armas concelhias, executadas no mesmo material; o portal possui moldura de perfil curvilíneo; é ladeado por seis janelas de peitoril, três de cada lado, de guilhotina. A estes vãos correspondem, no piso superior, sete janelas com moldura recortadas, as três centrais abrindo para sacada comum, em cantaria e assente em seis consolas, com guarda metálica pintada de verde, constituindo os demais vãos janelas de varandim, com o mesmo tipo de guarda. O remate da fachada alteia-se na zona central, dando lugar à implantação do escudo do município. As fachadas laterais são semelhantes, rasgadas, no piso inferior, por porta central e duas janelas de guilhotina, a que correspondem, no piso superior, três janelas de peitoril, também de guilhotina. Fachada posterior possui vãos abertos de forma irregular, compondo porta e quatro janelas no piso inferior e sete janelas de peitoril no superior, em guilhotina. INTERIOR possui o portal protegido por guarda vento envidraçado, dando acesso a um pequeno vestíbulo, rebocado e pintado de rosa, percorrido por painéis de azulejo monocromo azul sobre fundo branco, com molduras recortadas e cenas historiadas, representando os principais imóveis de interesse histórico do concelho; abre, na zona frontal, para escadaria de acesso ao piso superior, através de arco de volta perfeita, flanqueado por dois arcos do mesmo perfil, mas de menores dimensões, de acesso às dependências posteriores, constituindo zonas de serviço de atendimento ao público; lateralmente, possui portas rectilíneas, ligando às alas, protegidas por portas de uma folha envidraçadas; o vestíbulo possui pavimento em placas de granito e as alas, ladrilho cerâmico. As escadas, em lajeado de granito e com guardas metálicas, pintadas de creme, têm três lanços com dois braços e primeiros degraus comuns, em cantaria, formando patamar entre eles, tendo, na parede, baixo-relevo, azulejo historiado a representar o Castelo de Penamacor, monocromo, azul sobre fundo branco, sobre os quais surgem duas janelas em arco de volta perfeita. O piso superior, pavimentado a madeira e com tectos planos de estuque, quatro portas de acesso a vários gabinetes da edilidade, tendo, no lado direito, duas portas de acesso à Sala de Sessões, rebocada e pintada de branco, percorrida por alto lambril de madeira e com tecto plano de estuque, dividido em caixotões com molduras de madeira. |
Acessos
|
Largo do Município. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,168063, long.: -7,171639 |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Urbano, isolado, no centro da povoação, em zona de acentuado declive, abrindo para um largo frontal, cujo desnível de terreno é vencido por duas rampas laterais, destinadas ao tráfego rodoviário, e escadaria central em cantaria, flanqueada por dois muros de suporte de terrenos. A fachada lateral direita abre para um amplo largo, nivelado artificialmente, onde se realiza a feira e que acede ao Convento de Santo António (v. PT020507100006) e ao Hospital de Santo António (v. PT020507100014). As demais fachadas encontram-se rodeadas por pequenas vias, muito estreitas e delimitadas por amplo muro de suporte de terrenos. Em frente ao edifício, situa-se o Jardim da Liberdade (v. PT020507100080). |
Descrição Complementar
|
Armas de Penamacor partidas com uma chave e espada no primeiro e crescente no segundo. Os azulejos da escada representam o Castelo tirado do lado Norte e do lado Sul, conforme inscrição, bem como a representação de D. Sancho I com a seguinte legenda: "QUE REPOVOOU, REEDIFICOU E FORTIFICOU PENAMACOR, FUNDOU O / MUNICÍPIO A QUE DEU FORAL EM 1199 E 1209 E QUE FOI O MAIS NOTÁVEL / ALLIADO DOS MUNICÍPIOS CONTRA AS CLASSES PRIVILEGIADAS". |
Utilização Inicial
|
Política e administrativa: câmara municipal |
Utilização Actual
|
Política e administrativa: câmara municipal |
Propriedade
|
Pública: municipal |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
CANTEIRO: Bernardo da Silva Leitão (1940); ENGENHEIRO: João Saldanha Serra (1853); FUNDIDOR: José António Linhares (1867); MESTRE de OBRAS: António Fernandes (1867); RELOJOEIRO: Cesário Correia da Silva (1867). |
Cronologia
|
1853 - execução da planta do edifício da Câmara, pelo Eng. João Saldanha Serra, que recebeu a quantia de 200$000 e ficava responsável pela fiscalização das obras; 1867 - início da construção, em terreno pertencente a Manuel de Campos, sendo responsável pela construção o mestre de obras António Fernandes, que recebia $700 diários; aquisição do relógio municipal, construído por Cesário Correia da Silva, pela quantia de 100$000; execução do sino por José António Linhares, de Ourondo, tendo-lhe sido dado o velho e a quantia de 115$325; compra da pedra da Porta de Santo António, por 60$000, para a construção do imóvel; 1872, 2 Janeiro - primeira reunião da câmara; a pedra que sobrou foi vendida a Manuel Godinho Alves, por 65$000; 1882 - as grades custaram 88$000; 1938 - construção do muro junto à fachada posterior; 1940 - no salão nobre existia um escudo nacional e o brasão municipal, em pedra liós, feitos por Bernardo da Silva Leitão, de Penamacor; Na parte posterior do edifício, 1º piso, esteve instalada a Cadeia Comarcã (levantamento em AROP-FORTE) |
Dados Técnicos
|
Paredes autoportantes. |
Materiais
|
Estrutura em alvenaria de granito, rebocada; cunhais, frisos, cornijas, modinaturas, escudo, pavimentos, aduelas de portas em cantaria de granito; portas, caixilharias, pavimentos e lambris de madeira; painéis de azulejo; grades e guardas de ferro; janelas e portas com vidro simples; pavimentos em ladrilho cerâmico. |
Bibliografia
|
LANDEIRO, José Manuel, O Concelho de Penamacor na História, na Tradição e na Lenda, 2.ª ed., Penamacor, 1982. |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DREL |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
CMP |
Intervenção Realizada
|
Proprietário: 1938 - obras no imóvel; 2003 / 2004 - obras de remodelação do interior, com colocação de divisórias, novos pavimentos, recuperação de rebocos e pinturas. |
Observações
|
|
Autor e Data
|
Paula Figueiredo 2005 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |