Solar dos Regos / Solar dos Regos de Gouveia / Solar dos Gouveia de Vasconcelos Sarmento / Solar dos Gouveia Falcão Sarmento de Vasconcelos / Solar dos Guedes Sarmento
| IPA.00011607 |
Portugal, Viseu, Tabuaço, Sendim |
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Arquitectura residencial, maneirista, barroca e vernácula. Solar de planta rectangular irregular, composta por vários corpos que conformam um pátio central, criando um U fechado por muro e arcada alpendrada. Casa em cantaria e alvenaria de granito aparente, com a zona mais recente rebocada e pintada de branco, rasgada regularmente por vãos de verga recta com molduras em cantaria, surgindo algumas janelas de sacada e de peitoril com caixilharias de guilhotina. Fachada principal com amplo portal de verga recta, seiscentista, sobrepujada por pedra de armas dos proprietários. O interior revela sucessivos acrescentos, com as dependências com acessos por corredores, algumas com tectos octogonais de madeira, em apainelados pintados. As janelas possuem conversadeiras. |
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Número IPA Antigo: PT011819130115 |
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Registo visualizado 281 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta retangular
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Descrição
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Planta rectangular irregular, composta pela justaposição de quatro corpos rectilíneos, articulados em volta de um pátio, criando um U fechado, com os corpos a evoluir em dois pisos, com disposição horizontalista das massas e coberturas diferenciadas em telhados de duas, quatro e seis águas. Fachadas em alvenaria ou cantaria de granito aparente em alguns corpos, sendo, no mais moderno, rebocado e pintado de branco, com cunhais em cantaria, alguns deles apilastrados. Fachada principal voltada a NO., composto por três panos escalonados, o da esquerda cego, com aparelho em alvenaria de granito aparente, delimitado, no extremo esquerdo, por cunhal apilastrado, rematado em friso de betão e beirado simples. O pano central, ligeiramente inflectido para S., é em cantaria de granito aparente, rematado por beirada simples, rasgado, no piso térreo e descentrado, por portal de verga recta, com moldura de cantaria com as arestas biseladas, com remate em dintel, ostentando fresta de arejamento; encontra-se sobrepujado por pedra de armas, rematada por cornija. No piso superior, surgem duas janelas de peitoril, com mísulas nos ângulos, e, no extremo direito, por uma porta de verga recta que liga a um passadiço de cantaria, com guarda metálica e protegido por telhado a duas águas, que conduz ao terreno agrícola situado em cota superior à via pública. O pano do lado direito é irregular, de perfil contracurvo, inflectindo mais para S., rasgado, no piso térreo, por pequeno vão rectilíneo, de acesso ao galinheiro, a que lhe corresponde, em nível superior, pequena e estreita fresta rectilínea. Fachada lateral esquerda, voltada a NE., rebocado e pintado de branco, com cunhais apilastrados, alteados relativamente ao capitel, rematada em friso, cornija e beirada simples. O piso térreo é cego, surgindo, no piso superior, cinco vãos dispostos simetricamente, a partir da janela central rectilínea, encimada por bandeira lobulada, flanqueada por quatro janelas de peitoril rectilíneas e todas com molduras simples, em cantaria. Fachada lateral direita, virada a SO., rematada em beirada simples, rasgada, no piso superior, por janela de peitoril, de verga recta. Fachada posterior composta por quatro panos, dispostos em planos diferenciados, um deles bastante saliente; os dois do lado esquerdo, possuem, no piso superior, janelas de peitoril rectilíneas e com caixilharias de guilhotina, duas no pano extremo esquerdo e uma no pano imediato; o pano mais saliente e de maiores dimensões, possui dois registos, o inferior em alvenaria de granito e o superior em cantaria, o primeiro rasgado por duas portas de verga recta, ambas dinteladas; o piso superior possui duas janelas de peitoril quadrangulares e, no lado direito, varanda alpendrada, suportada por um pilar e três pilaretes de granito, com os ângulos chanfrados, tornando os fustes oitavados, assentes em plintos. Abre para a varanda uma porta de verga recta, descentrada e com moldura de granito, inserida em pano de parede rebocado e pintado de branco. O extremo esquerdo deste pano tem uma ampla chaminé adossada, de granito e com cobertura de telha. O pano do lado direito encontra-se recuado, permitindo que a varanda alpendrada abra para um pequeno pátio que se forma no ângulo, protegido por portal metálico. É rasgado, no piso superior, por porta de verga recta e moldura simples, com acesso por escadas de cantaria. INTERIOR composto por pátio rectangular, com pavimento em cantaria irregular, para onde se viram as fachadas internas, em cantaria de granito aparente, rematadas em cornija. A face NO. é composta por arcada, formando um telheiro de uma água, composta por de três arcos de volta perfeita, de aduelas regulares e assentes em pilares de granito encimados por janelas de sacada, com bacia de granito, sem guardas e com os vãos rectilíneos emoldurados a cantaria. O interior possui tecto de madeira em barrotes, alteado relativamente a uma cornija que percorre todo o muro, contendo um tanque quadrangular em granito, com bica zoomórfica (em forma de cabeça de hipopótamo), que abre inferiormente para levada que atrvessa o pátio; sobre a fonte, lápide epigráfica bastante delida e, no lado direito, um forno em granito com cúpula de barro. A face virada a NE. encontra-se parcialmente rematada a cornija, rasgada, no piso inferior, por duas portas de verga recta com molduras de cantaria, encimado por duas janelas de peitoril, em planos distintos, com molduras de cantaria e caixilharias de guilhotina. A face oposta possui três panos, o do lado esquerdo em cantaria de ganito e rasgado, no nível inferior, por porta de verga recta, encimada por janela de peitoril rectilínea, com dupla moldura, a interior de perfil curvo. O pano imediato enconta-se rebocado e pintado de branco, rematando em meia-empena, com amplo vão inferior protegido por rede, formando galinheiro, e, no plano superior, ampla janela rectilínea, envidraçada e de construção recente. O pano do extremo direito, recuado, tem porta de verga recta, encimada por varanda alpendrada, com guarda metálica, para onde abre janela de peitoril rectilínea. A face virada a SE. possui, no piso inferior, três portas de verga recta e um amplo balcão de cantaria, com escada de acesso ao piso superior, onde surge porta de verga recta, delimitada por frisos verticais ornados por losangos, e duas janelas de sacada, sem guarda, todas com molduras salientes, em cantaria. No piso térreo, surgem as lojas, dependências de arrumos e um lagar de varas, todos com pavimento em lajeado de granito e tectos planos, em madeira. No piso superior, surgem várias dependências desenvolvidas em três eixos paralelos intercomunicantes, a zona mais recente com corredor, para onde abrem várias dependências, todas com pavimentos em soalho, tijoleira ou lajeado de granito, com tectos planos de madeira, onde se destacam, em algumas dependências, tectos octogonais, em caixotões de madeira de castanho, pintada com medalhões centrais ornados por florão espiralado. Numa das dependências são visíveis duas alcofas, que conservam as molduras de divisionamento dos espaços, em talha dourada e policroma e tecto de madeira em caixotões, pintado com motivos fitomórficos. Várias janelas mantêm conversadeiras. Na zona agrícola, em forte declive e com escadas de cantaria para aceder aos vários níveis, surge, sensivelmente a meio, uma FONTE em cantaria de granito, com amplo espaldar rectilíneo, rasgada por três nichos, assentes em cornijas, e, inferiormente, pela boca da mina rectilínea e flanqueada por duas bicas, que vertem para tanque rectangular, em cantaria e de bordos simples, o do lado direito inclinado, para servir de lavadouro. No lado esquerdo, sai uma caleira de cantaria, que liga a amplo tanque rectangular, em cantaria e bordos simples, rodeado por canteiros, mesas e bancos de granito. |
Acessos
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Rua Engenheiro Boaventura Gonçalves de Freitas |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Peri-urbano, isolado, implantado a meia-encosta em plataformas artificiais. A fachada N. encontra-se virada à via pública, estando as restantes fachadas envolvidas por logradouro, protegido por muro em alvenaria de granito aparente, que delimita a propriedade. Nas imediações, situam-se, a S., o Cruzeiro de Sendim (v. PT011819130212), a Capela de Nossa Senhora da Nazaré (v. PT011819130211), a Casa de Santa Eufémia, (v. PT011819130209) e o antigo Passal de Sendim (v. PT011819130207); a SE., situa-se a Igreja Matriz de Sendim (v. PT011819130035) e dois Marcos da Universidade de Coimbra (v. PT011819130208), enquanto que, a NE.n se localiza o antigo Tribunal de Sendim (v. PT011819130213) e o Pelourinho de Sendim (v. PT011819130005). |
Descrição Complementar
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A pedra de armas é composta por brasão recortado, com escudo contendo as armas picadas da família Rego, composto por banda ondada carregada de três vieiras, com elmo, picado, com virol e paquife de linhas curvas, correias, e timbre, de Regos, composto por uma vieira do escudo entre duas plumas. |
Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Residencial: casa |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 / 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1537, antes - provável edificação do solar primitivo, a mando de Pedro do Rego, fidalgo natural de Viana do Castelo, que, segundo a tradição, veio residir para Sendim, fugido das justiças; 1544, 3 Janeiro - notícia da instituição da capela da Senhora da Nazaré (v. PT0118), pelo bacharel Pedro do Rego e sua mulher D. Beatriz, ou D. Isabel Francisca de Vasconcelos, mediante testamento ditado nas notas do tabelião António de Proença, antes de embarcarem para a Ilha Terceira, e através do qual anexou à capela diversas propriedades de morgado, mais tendo disposto que a administração corresse pelos filhos mais velhos dos seus sucessores e que o visitador recebesse duas galinhas por fiscalizar as contas, sendo que os encargos se reduziam a uma missa em todos os sábados do ano e nas festas da Senhora; mais ordenou se guardasse uma cópia na arca das coisas da igreja e outra na do concelho, para em todos os tempos constar *1; séc. 17 - provável ampliação do solar e construção da fonte que se encontra na cerca; 1639, 23 Junho - Domingas de Matos, mulher de Francisco do Rego de Gouveia, enquanto herdeira de seu marido, por escritura desta data, vincula novas terras à capela, onde queria ser sepultada, acrescentando mais 25 missas anuais, por sua alma e de seu marido, às obrigações antigas; 1683, 10 Abril - Miguel de Gouveia e Vasconcelos, senhor do solar, casado com D. Bárbara Pereira de S. Paio, de Armamar, enquanto herdeiro dos instituidores, compromete-se, por escritura desta data, a cumprir novos óbitos, que incluíam 2 missas por alma de Isabel de Vasconcelos e marido, Francisco Correia, outras duas por alma de Maria de Vasconcelos, viúva de Henrique de Almeida, acrescentadas às anteriores missas já instituídas *2; 1694, 17 Novembro - Falecimento de D. Bárbara Pereira de São Paio, mulher de Miguel de Gouveia de Vasconcelos, sendo sepultada na capela da Senhora da Nazaré; Séc. 18, inícios - notícia do morgado Manuel Pereira de Gouveia e Vasconcelos, de Sendim, filho de Miguel de Gouveia de Vasconcelos e sua mulher D. Bárbara Pereira de São Paio, e que era casado com D. Isabel Inácia Sarmento, natural de Algoso - Miranda; 1733, 3 Agosto - Nascimento, em Sendim, de Jerónimo Gouveia de Sarmento Falcão, primogénito varão de Miguel de Gouveia Sarmento e Vasconcelos e de sua mulher D. Helena Maria de Herédia Falcão, neto paterno de Manuel Pereira de Gouveia e Vasconcelos, de Sendim, e de D. Isabel Inácia Sarmento, de Algoso *3; 1868, 27 Dezembro - Em sessão desta data da Câmara de Moimenta da Beira, registam-se os nomes dos doze principais proprietários daquela vila, e em que sobressai o nome de José Guedes (Sarmento Loureiro de Vasconcelos), dono da Casa do Terreiro e demais propriedades (GUIA, p. 352, 2001); 1880 - Pinho Leal faz várias referências ao solar, ao referir a capela da Senhora da Nazaré, localizada "no centro da villa de Sendim, contigua ao solar dos Guedes, e um dos seus morgados", ao escrever que se localiza em Sendim "o solar dos Guedes, de Moimenta da Beira, e teem aqui uma casa muito antiga, e uma quinta com plátanos gigantescos", e ao concluir que naquela época se conservava entre outros edifícios privados notáveis o dos "Guedes Sarmento, de Moimenta da Beira", "com brazão d'armas"; 1880, década - A Junta de Paróquia lançou um imposto aos proprietários da freguesia, que os sujeitava ao pagamento de 4% do valor da contribuição paga ao Estado, indo reverter a favor dos interesses da Paróquia, sendo que, de uma longa lista de contribuintes, é possível registar as dez maiores quotas, uma delas no valor de 804 reis referente a José Guedes Sarmento, de Moimenta da Beira, proprietário do solar e de outros haveres em Sendim *4; séc. 20, 1.ª metade - o solar, juntamente com a capela da Senhora da Nazaré, é vendido a Artur dos Santos Parente, de Távora; meados - os imóveis são adquiridos ao anterior proprietário por Daniel dos Santos; 2.ª metade - recuperação e beneficiação de duas das alas do solar, pelos proprietários, para fins habitacionais; finais - o imóvel passa por herança para os actuais proprietários. |
Dados Técnicos
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Paisagem: terraceamento da área agrícola através de muros de granito e de taludes de terra; núcleo construído: paredes autoportantes. |
Materiais
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Paisagem - inertes: xisto e granito aparelhado e taludes de terra; vivos: vinha, árvores de fruto, oliveira, sobreiro, cedro, azinheira, etc., vegetação arbórea-arbustiva (cornalheira, urze, esteva, zimbro, etc.). Núcleos construídos: estrutura em alvenaria e cantaria de granito, parcialmente rebocada; coberturas de telha portuguesa de barro, sobre armação de asnas de madeira, caixilharias de madeira pintada; tectos de madeira; ferro fundido e forjado nas ferragens; janelas com vidro simples. |
Bibliografia
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AZEVEDO, D. Joaquim de, Historia ecclesiástica da cidade e bispado de Lamego, Porto, Typ. do Jornal do Porto, 1878, pp. 158-160; LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vols. V e IX, Lisboa, 1875-1880; FREITAS, Luiz de, Taboaço - Notas & Lendas, Famalicão, Tipografia Minerva, 1916, p. 63; COSTA, Americo, Sendim, in Diccionario Chorographico de Portugal Continental e Insular, vol. XI, Vila do Conde, s.d., pp. 204-206; SENDIM, in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. XXVIII, Lisboa / Rio de Janeiro, s.d., pp. 267-269; COSTA, M. Gonçalves da, História do Bispado e Cidade de Lamego, vols. III, IV e VI, 1982-1992; MONTEIRO, J. Gonçalves, Subsídios para a Monografia do Concelho de Armamar, Viseu, 1984, pp. 226-227; MONTEIRO, J. Gonçalves - Tabuaço (Esboço e Subsídios para uma Monografia), Tabuaço, Câmara Municipal de Tabuaço, 1991, pp. 449-454; CORREIA, Alberto, Tabuaço - Roteiro Turístico, Tabuaço, Câmara Municipal de Tabuaço, 1997, p. 62; MONTEIRO, J. Gonçalves, Armamar - Terra e Gente, Porto, Câmara Municipal de Armamar, 1999, pp. 151, 154-155; TEIXEIRA, Fernando Carlos, Sendim - Caminhos históricos, Castro Daire, Amigos da Região Tedo Távora, 1999, pp. 23-24, 26; ARTT, Um pouco de História, in Boletim dos Amigos da Região Tedo Távora, n.º 1, Sendim, Abril 1999, p. 2; ARTT - Núcleo de Sendim, Alerta - Capela de Nossa Senhora da Nazaré desmoronou, in Boletim dos Amigos da Região Tedo Távora, n.º 3, Sendim, Outubro 1999, p. 7; VARGAS, Cíntia, Uma caminhada pelo Campo, in Boletim dos Amigos da Região Tedo Távora, n.º 3, Sendim, Outubro 1999, p. 7; FERREIRA, Natália Fauvrelle, BARROS, Susana Pacheco, Douro - Rotas Medievais, Lamego, 2000, p. 65; SILVA, J. M. Cornélio da, Sendim: Algumas notas históricas sobre a Igreja Matriz, in Boletim dos Amigos da Região Tedo Távora, n.º 4, Sendim, Fevereiro 2000, p. 2; ARAÚJO, Maria Cristina, No encalço de um fim de semana diferente, in Boletim dos Amigos da Região Tedo Távora, n.º 5, Sendim, Julho 2000, pp. 4-5; GUIA, Padre A. Bento da, As vinte freguesias de Moimenta da Beira, 3.ª ed, Viseu, Câmara Municipal de Moimenta da Beira, 2001; FERNANDES, A. de Almeida, Sendim, in Tabuaço - Toponímia, Tabuaço, Associação de Defesa do Património Arouquense / Câmara Municipal de Tabuaço, 2002, p. 142; GUIA, Padre A. Bento da, Moimenta da Beira - Uma Cidade/Estado da Lusitânia, Viseu, 2003, pp. 29-31; TAVEIRA, Fernando Carlos, As fontes da nossa Vila…, in Boletim dos Amigos da Região Tedo Távora, n.º 13, Sendim, Setembro 2003, pp. 4-5; COELHO, Ilídio, Notas Monográficas da Paróquia de Santa Maria de Sendim, Associação da Região Tedo e Távora, 2004; SILVA, Filomeno, Memórias Paroquiais de Tabuaço, Tabuaço, Câmara Municipal de Tabuaço, 2005, pp. 121-127; ARTT, Capela de Nossa Senhora da Nazaré em recuperação, in Boletim dos Amigos da Região Tedo Távora, n.º 21, Sendim, Outubro 2005, p. 2; NÁPOLES, João Carlos Metello de, NÁPOLES, Jorge Metello, NÁPOLES, Suzana Metello de, Solares e Casas Nobres do Concelho de Pinhel, Pinhel, Câmara Municipal de Pinhel, 2006; http://www.espigueiro.pt/reportagem.html, acedido em 30 Setembro 2006; ALMEIDA, Gustavo de, Solar dos Regos, in Voz de Tabuaço, 20 Novembro 2007, p. 16. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMT |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMT |
Documentação Administrativa
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DGA/TT: Dicionário Geográfico, 1758 (vol. 4, n.º 82, fl. 511 a 514, vol. 35, n.º 175, fl. 1301 a 1308, vol. 36, n.º 27, fl. 149 a 154), Registo Geral de Mercês, D. José I (liv.25, fl.354), Desembargo do Paço, Repartição da Beira. (Maço 661, 675); CELMG: Instituisoens de Capellas do districto da Serra, Séc. XVII (fls. 573-575); CMT: Divisão de obras; Proprietário |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: séc. 20, final - tratamento das coberturas e dos rebocos e pinturas. |
Observações
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*1 - De acordo com manuscrito que foi da Casa dos Guedes e hoje pertence a José Guedes, residente em Lamego, pode-se ler, a fls. 41, que "o Bacharel Pedro Rego, natural de Viana do Minho, foi das principais familias dos Regos que nesta vila de Viana tem seu trono; este, por morte que fez na mesma vila, se veio refugiar à villa de Syndim que nesse tempo era do Coutto de Leomil; o qual casou com Isabel Francisca de Vasconcelos", dado que existia o privilégio de o ouvidor da Casa de Leomil deter jurisdição de corregedor, podendo até passar seguro em caso de morte, como na presente situação (GUIA, 2001, pp. 83-84). *2 - sob a administração de Miguel de Gouveia de Vasconcelos esteve também a capela da Senhora da Guia, no lugar de Paço, junto a outras suas casas, actualmente demolida, e que foi fundada por Francisco de Matos e se encontrava obrigada a 12 missas anuais; ainda relativamente a essa capela foi pronunciada sentença, em 1680, contra o referido administrador, pelo provedor de resíduos de Lisboa, obrigando-o a celebrar as missas do legado; Miguel de Gouveia chegou a ser mordomo ou Juiz da Confraria do Santíssimo Sacramento de Sendim (COELHO, 2004, pp. 39-40). *3 - D. Helena Maria de Herédia Falcão, nascida em Pinhel, era filha de Jerónimo de Herédia Falcão, natural de Pinhel e morgado dos Figueiredos Falcões, e de sua mulher D. Paula Saraiva de Sampaio, da Quinta do Pinheiro, neta paterna de Manuel de Mena Falcão de Figueiredo, senhor do Solar dos Menas Falcões, e de sua mulher e prima direita, D. Helena de Herédia Bandeira, e neta materna de António Saraiva de Sampaio, das proximidades de Coimbra, e de sua mulher D. Maria de Sousa Meneses, da Quinta do Pinheiro, em Arcos de Valdevez; Miguel de Gouveia e D. Helena Maria tiveram, pelo menos os seguintes filhos: Jerónimo de Gouveia, Maria, Luís, Joana, Francisco e Miguel; D. Helena Maria de Herédia Falcão enviuvou muito cedo, tendo, para efeitos de inventário e partilhas dos bens em Sendim que foram dos seus sogros e que cabiam legitimamente a seus filhos menores, requerido provisão para que fosse o juiz de fora de Tabuaço a efectuá-los, "por ser o ministro mais vizinho e distar a vila de Tabuaço da de Sendim menos de duas léguas", provisão que foi concedida a 17 de Maio de 1764; a mesma acabou por intentar, depois de 1758, uma demanda "sobre os rendimentos de umas tornas de bens de raiz" de que seu irmão João de Mena de Herédia Falcão, morgado dos Menas Falcões, se apoderara . *4 - comparando com os outros 9 grandes proprietários de Sendim, pode-se referir que João Soeiro da Trindade, de Aldeia, teve que pagar 872 reis, António Soeiro da Silva, de Aldeia, 764 reis, José Henriques Ferreira, de Paradela, 638 reis, José Gomes Pereira, de Sendim, 560 reis, António Ferreira da Constância, de Aldeia, 480 reis, António Coelho de Carvalho, de Aldeia, 452 reis, os Irmãos Macedo, de Tabuaço, 533 reis, Luís Mendonça Figueira de Azevedo, de Paço, 440 reis, e Maria Carvalhais, de Moimenta da Beira, 366 reis (COELHO, 2004, p. 68). |
Autor e Data
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Gustavo Almeida 2006 |
Actualização
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