Igreja Paroquial de Vila de Rua / Igreja de São Pelágio

IPA.00011525
Portugal, Viseu, Moimenta da Beira, Vila da Rua
 
Arquitectura religiosa, maneirista e barroca. Igreja paroquial de planta longitudinal composta de três naves e capela-mor, tendo adossado à fachada lateral esquerda torre sineira, capela e sacristia. Fachada principal terminada em empena e rasgada por portal de em arco de volta perfeita, entre pilastras que sustentam frontão, encimado por janela rectílinia. Igreja de construção medieval e reformada em meados do séc. 16. Possui campanário sobre parte da torre de um castelo primitivo.
Número IPA Antigo: PT011807160024
 
Registo visualizado 324 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal composta de três naves, e capela-mor, mais estreita, tendo adossada à fachada lateral esquerda torre sineira quadrangular, capela e sacristia. Volumes articulados com coberturas em telhados de quatro águas na torre sineira, duas águas na igreja, de três na capela e de uma na sacristia, rematadas em beirada simples. Fachada principal virada a SO. terminada em empena e rasgada por portal em arco de volta perfeita entre pilastras que sustentam frontão, encimada por janela rectilínea. INTERIOR com as naves divididas por seis colunas, com cobertura em falsa abóbada com caixotões pintados e cadeiral da antiga colegiada. Capela de Pedro Rebelo com inscrição: "ESTA CAPELA MANDOU / FAZER PE( dro ) REBELO / THEÓLOGO VIG( a )R( i )O / DESTA IGREJA TEM T / RES MISAS CASA SO / MANA PARA SEMPRE / 1625." Retábulo-mor com pinturas murais. Pia baptismal poderá ter vindo da Quinta do Ribeiro.

Acessos

Rua Afonso Ribeiro

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, no interior da aldeia, inserida adro pavimentado em lajes de granito. À esquerda da torre sineira, existência de cruzeiro. Coreto de construção novecentista no adro, de planta heptagonal, assente em embasamento de cantaria de granito, aberto, numa das faces, por porta de verga recta, encimado por oito pilares em ferro, que suporta a cobertura do mesmo material, protegido por guardas também metálicas.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Lamego)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 13 - construção do imóvel; séc. 16 - remodelação; 1625 - fundação da capela de Pedro Rebelo, com a obrigação de três missas; 1743 - data no arco triunfal; 1758 - data num ex-voto; era reitoria do padroado da Companhia de Jesus, do Colégio de Coimbra, anexa à residência de Quintela da Lapa; 1774, 4 Julho - provisão de D. José incorporando todos os bens da extinta Companhia de Jesus no património da Universidade de Coimbra, que assumiu a sua administração; o visitador da Universidade descreve o edifício como sendo grande e decente, a capela-mor toda de cantaria e estava bem segura; tinha um retábulo antigo, bem dourado e bem conservado, o forro era apainelado, bem feito com a molduragem dourada e os painéis sofrivelmente pintados; o pavimento era de cantaria tosco e desunido; a sacristia era mais pequena do que pedia a igreja e muito escura; o forro era de madeira de castanho, ainda em bom uso, assim como o caixão dos paramentos, e o pavimento era de cantaria; tinha casas de residência boas, pelo menos exteriormente, pois por estarem fechadas e o pároco ausente, não foram vistas por dentro; não tinha Passal; o direito da apresentação era antigamente do povo, o qual o cedeu à Coroa e nela existiu ainda depois dos reis com autoridade apostólica concederam os dízimos desta Igreja aos jesuítas e a seus beneficiados que nela há por isso ainda hoje a apresentação do padroado real; os dízimos, porém, pertenciam aos jesuítas e beneficiados, e estes tinham certos distritos na freguesia da qual cada um cobrava os seus dízimos; a apresentação deles pertencia de cinco ao pároco e a de um dos jesuítas, sendo este mesmo direito que então pertencia à Universidade, isto é, cobrar os dizimos da freguesia que ficam fora dos distritos dos Beneficiados e apresentar um destes; o Benefício que a Universidade devia apresentar na época era possuído por F. Pinto de Morais Sarmento, da cidade de Lisboa, que foi apresentado na altura do sequestro dos bens dos jesuítas; anda o tal benefício arrendado por $085, sendo o preço mais baixo pelo que tem sido arrendado; a Universidade devia dar ao pároco $040 para a sua côngrua e ao sacristão, apresentado pelo pároco, 10 alqueires de centeio, 5 almudes de vinho, 5 alqueires de trigo, 2$000 em dinheiro e 2 arreteis de incenso; a respeito dos paramentos e de alguns reparos leves da capela-mor e sacristia não havia obrigação alguma, enquanto ainda abranger a fábrica que a Universidade pagava de 8$000 anuais; porém, aos reparos maiores, como a reedificação da capela-mor ou sacristia ou da maior parte dela está obrigado de fora da fábrica; considerava-se necessário examinar se a Universidade devia apenas fazer estas despesas ou se não haviam de concorrer também para elas os Beneficiados, visto receberem dízimos, o que parecia melhor senão houvesse contrato ou costume antigo em contrário; este ponto não foi indagado em visita, por não haver pároco próprio versado nos usos da Igreja; o de Caria podia informar exactamente sobre isso porque era vizinho, inteligente e velho; 1835, 5 Maio - decreto incorporando nos Bens Próprios Nacionais os bens pertencentes à Universidade de Coimbra, que continuava, no entanto, a usufruir dos seus rendimentos; 1848, 21 Novembro - decreto delimitando como bens da Universidade de Coimbra apenas os edifícios estritamente necessários para o seu funcionamento, situados em Coimbra; 2005, 27 janeiro - Despacho de abertura do processo de classificação, pelo presidente do IPPAR; 2009, 23 outubro - caduca o processo de classificação conforme o Artigo n.º 78 do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206, alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251 de 28 dezembro 2012, que faz caducar os procedimentos que não se encontrem em fase de consulta pública.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito aparente; torre sineira, molduras dos vãos, frisos, cornijas, pináculos em cantaria de granito; portas e caixilharia de madeira; vidros simples; grades em ferro; cobertura de telha.

Bibliografia

COSTA, Manuel Gonçalves da, História do Bispado e Cidade de Lamego, Lamego, 1977; CD Portugal Séc. XXI - Distrito de Viseu, CD 1, Matosinhos, 2001; GUIA, Bento A., As vinte freguesias de Moimenta da Beira, Viseu, 2001; VASQUES, Sofia Carla Abrunhosa, Fichas de inventário - freguesia de Rua: Base de Dados do Património Cultural, Moimenta da Beira, 2002/2003.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

DGA/TT: Memórias Paroquiais (vol. 32, n.º 171, fl. 1033); AUC: Igrejas da Universidade de Coimbra, Tomo II, Depósito 14, Secção 8. E, Estante 5, Tabela 9, Nº. 560

Intervenção Realizada

Proprietário: 1944 - colocação de novo pavimento em lajeado de granito; JFR: 2002 - obras de conservação no coreto; Diocese de Lamego / CMMB: 2011 - estão previstas obras de requalificação e recuperação da igreja ao abrigo do Projecto Douro Religioso: paramentos exteriores; instalação eléctrica; sinos da torre; talha dourada e caixotões do tecto.

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Figueiredo e Patrícia Costa 2002

Actualização

Sónia Basto 2011
 
 
 
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