Apeadeiro Ferroviário de Freixo de Numão - Mós do Douro

IPA.00011407
Portugal, Guarda, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Foz Côa
 
Arquitectura de transportes, do século 20. Estação ferroviária intermédia, de 3ª classe, composta por vias-férreas e algumas construções como edifício de passageiros, armazém de mercadorias, instalações sanitárias e edifícios para instalação de funcionários. O edifício de passageiros de planta rectangular, de dois pisos, com fachadas rebocadas e pintadas e com silhar de azulejos, terminando em friso, cornija e platibanda plena de cantaria; rasgadas regularmente por janelas de peitoril ou portas de verga sensivelmente abatida, possuindo na fachada virada ao cais de embarque pala metálica apoiada em falsas mísulas metálicas fixas à fachada. No piso térreo dispõe-se zona de expedição de bilhetes e mercadorias, sala de espera para os passageiros, salas do telégrafo, do factor e de outro pessoal, e no segundo piso a antiga residência do chefe da estação.
Número IPA Antigo: PT010914080076
 
Registo visualizado 680 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Apeadeiro ferroviário  

Descrição

Conjunto edificado composto pelo edifício de passageiros, de planta rectangular simples, com cobertura em telhado de quatro águas, instalações sanitárias, rodeadas de espaço ajardinado, de planta rectangular simples e cobertura homogénea em telhado de duas águas, e dois edifícios de habitação, construídos para os funcionários da que trabalhavam na estação. A O. localizava-se o armazém*1 e a plataforma de carga e descarga de mercadorias, actualmente transformada em piscina. EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS de dois pisos, com fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria e silhar de azulejos brancos e azuis, flanqueadas por cunhais em cantaria e rematadas em friso, cornija saliente e platibanda plena. Fachada principal, orientada a S., rasgada por três vãos em arco abatido em cada piso, definidos por molduras recortadas em cantaria, os inferiores correspondentes a portas e os superiores a janelas de peitoril, com as molduras a prolongarem-se inferiormente formando falsos brincos. Ao centro, sobre a porta principal, surge painel de azulejos com a inscrição FREIXO DE NUMÃO e em letras metálicas, colocadas posteriormente, MÓS DO DOURO. Sobre o friso central assenta alpendre metálico, com cobertura em telha cerâmica de uma água. Fachadas laterais cegas, semelhantes, rebocadas e pintadas de branco, percorridas por silhar de azulejos iguais aos da fachada principal e painel de azulejos brancos com a inscrição FREIXO DE NUMÃO e moldura a azul. Sobre o painel surge em letras metálicas a designação MÓS DO DOURO. Fachada N. semelhante à principal. INTERIOR com sala de passageiros e bilheteiras, com paredes revestidas a azulejos brancos com frisos vermelho escuro, mais ou menos até meio, e a partir daí rebocadas e pintadas de amarelo ocre; tectos planos rebocados e pintados de branco, pavimento em ladrilho cerâmico, portas interiores com bandeira, em arco de volta perfeita em madeira, assente em pilares apilastrados, também de madeira, pintados a cinzento. À entrada do lado esquerdo, apresenta balcão de despachos, inserido em vão de arco abatido, assente em pilares idênticos aos das restantes portas. Piso superior, com acesso por escadaria de madeira semi-circular, paredes rebocadas e pintadas de branco e pavimentos de madeira. SANITÁRIAS, protegidas por dois muros exteriores, com fachadas revestidas a azulejo idêntico ao da fachada principal, e rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria, tendo cunhais também em cantaria, rasgadas por vãos rectangulares estreitos, próximo da cobertura. EDIFÍCIOS DE HABITAÇÃO: CASA 1 (com alpendre) de planta rectangular, telhado de quatro águas, um piso, rebocada e pintada de branco, percorrida por embasamento e cunhais ligeiramente salientes, rematada por friso, cornija e beiral saliente. Fachada orientada a S., rasgada por vãos de janela de verga recta com janelas de duas folhas e bandeira, fechadas superior e inferiormente por vergas salientes. Alçados laterais cegos, e o principal, voltado para o rio, apresenta alpendre aberto, com vistas para o rio e integra a porta de entrada. CASA 2, de planta rectangular, com telhado de duas águas, fachadas rebocadas e pintadas de branco, rasgada na fachada principal por postas de verga recta ao centro e duas janelas rectangulares, horizontais, lateralmente. Ao alçado O. foi recentemente adossada uma construção uma pequena construção.

Acessos

EN 324, Estação de Freixo de Numão - Mós do Douro. WGS84 (graus decimais): lat. 41.134896º, long. -7.210699º

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, isolado, implantado na margem esquerda do rio Douro, no topo de um penhasco rochoso. A envolvência é marcada por grandes áreas agrícolas, de plantações de vinhas, amendoeiras e oliveiras. Próximo encontram-se algumas casas, na sua maioria em estado de ruína. Fronteira à estação ergue-se a Capela de Santo António / Capela de Nossa Senhora do Torrão (v. PT010914080074).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: apeadeiro ferroviário

Utilização Actual

Comercial e turística: casa de turismo de habitação

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1867, 2 Julho - Carta de Lei de D. Luís informando que as Cortes Gerais decretaram que o Governo estava autorizado a construir e explorar por conta do Estado duas linhas férreas, a partir da cidade do Porto, uma para Braga e Viana do Castelo até à fronteira da Galiza e outra pelo Vale do Sousa e proximidades de Penafiel até ao Pinhão; entre as várias condições técnicas estipuladas para a construção das linhas, a do Douro deveria ser de uma só via e com a largura de 1,67 m. e com o peso de carris de 25 Kg; estipulou-se que as estações deveriam ser de grande simplicidade, construindo-se apenas o que era indispensável para resguardar as pessoas e mercadorias; o Governo foi autorizado a despender até 30.000$000 rs / km na construção das duas linhas, onde ficava incluído as expropriações, material fixo e circulante, oficinas, estações, obras acessórias e dependências; 1873, 8 de Julho - Início dos trabalhos de construção da Linha do Douro, 1º troço; 1875 - Inaugurado o troço entre Ermesinde e Penafiel; 1879 - 15 de Julho - inauguração do troço até à Régua; 1883 - É inaugurado o troço Pinhão - Tua e decretada a elaboração do projecto definitivo do último troço da Linha do Douro até à fronteira com Espanha, em Barca de Alva; construção do edifício; 1887, Janeiro - é inaugurado e aberto à exploração o troço Tua - Pocinho; 1985 - foi encerrado o tráfego de passageiros e de mercadorias, ficando a estação desactivada; incêndio destruiu o edifício de mercadorias, que se localizava sobre a plataforma actualmente transformada em piscina; 2002 (década) - os edifícios foram arrendados por um período de 10 anos e adaptados para turismo.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; silhares de azulejos; molduras dos vãos, pilastras, frisos, cornijas e platibanda em cantaria de granito; portas, caixilharias e outras estruturas de madeira; pala metálica; algerozes metálicos; janelas e portas com vidros simples; cobertura exterior em telha cerâmica.

Bibliografia

CASTELINHO, Joaquim Augusto, Monografia Histórica de Mós do Douro, Carmona (Angola) 1974; CD Portugal Século XXI - Guarda, Matosinhos, 2001; www.linhadodouro.com, 17 de Março de 2010.

Documentação Gráfica

C.P.: Direcção Geral de Gestão de Infraestruturas, Arquivo Técnico

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

C.P.: Direcção Geral de Gestão de Infraestruturas, Arquivo Técnico

Intervenção Realizada

2002 - Obras de recuperação e conservação dos edifícios; construção de piscina na plataforma de embarque de mercadorias; colocação de painéis de betão vibrado para vedação; alteração da plataforma de embarque.

Observações

*1 - Destruído por um incêndio nos anos 80 do século vinte.

Autor e Data

Paula Figueiredo 2002 / Ana Filipe 2010

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login