Teatro Club da Póvoa de Lanhoso / Quartel de Bombeiros de Póvoa de Lanhoso
| IPA.00001131 |
| Portugal, Braga, Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Lanhoso (Nossa Senhora do Amparo) |
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| Edifício em arte nova, de planta rectangular, com fachada de dois pisos, separados por friso, com pilastras nos cunhais, percorrida por embasamento, rematadas em duplo friso e rasgada por vão sobrepostos. Fachada principal de dois panos, com o central mais avançado, terminando em frontão triangular e o mais recuado em frontão curvo, são rasgados por arcos de verga abatida no piso térreo e no piso superior por janelas de varandim de verga recta. Interior com vestíbulo e sala de exposições, no piso térreo, e sala de espactáculos decorada com pinturas murais, no piso superior. Teatro de pequena dimensão com fachada principal assimétrica, em que se destaca a sala de espectáculos profusamente decorada com pinturas em toda a extensão do tecto e parede envolvendo a boca de cena. |
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| Número IPA Antigo: PT010309190018 |
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| Registo visualizado 270 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Cultural e recreativo / Segurança Casa de espetáculos / Quartel de bombeiros Teatro
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Descrição
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| Planta rectangular, irregular. Volumes articulados com coberturas em telhados de duas e quatro águas. Fachada principal revestida a azulejos, evoluindo em dois pisos separados por friso, rasgado regularmente por vãos sobrepostos, com pilastras de capitéis coríntios nos cunhais, coroadas por esferas assentes em acrotérios, percorrida por embasamento de cantaria, e rematada por duplo friso, o superior ritmado por argolas de ferro. Fachada principal virada a SO., de dois panos, o pano de maior dimensão, termina em frontão triangular, possuindo a empena coroada por busto, o pano de menor dimensão, está recuado, e termina em frontão curvo, de cantaria, apresentando no tímpano a data inscrita "1904", é coroado por pináculo. No piso térreo rasgam-se três vãos de arco abatido, sendo o central mais estreito, são encimados por cartela de cantaria, a do lado direito possui inscrição relevada "BOMBEIROS"; no piso superior, abrem-se duas janelas de sacada com guarda de ferro forjado à face e bandeira superior e ao centro janela também de sacada de cantaria sobre dois modilhões com guarda de ferro forjado, com vão em arco de volta perfeita, assente em pilastras, com fecho central, é encimado por cartela de cantaria com inscrição relevada "THEATRO CLUB". O pano lateral, é rasgado no piso térreo por vão de verga abatida, encimado por cartela de cantaria com inscrição relevada "THEATRO" e sobreposto por janela de sacada, com guarda em ferro forjada a toda a largura do pano. INTERIOR com acesso para átrio de tecto em estuque decorado com pequenas rosáceas, formando um padrão. Ainda no mesmo piso, a sala que foi ocupada pelo quartel dos bombeiros, possui lambril de azulejos brancos, em relevo, arte nova rematado por um friso azul e um ondulado branco. No piso superior, a sala do teatro é profusamente decorada com pintura em toda a extensão do tecto, que forma gamela, e em toda a superfície da boca de cena, sendo esta fechada com uma tela que reproduz a Casa da Botica, uma das mais antigas da vila. Nas áreas inclinadas do tecto existem dez quadros, pintados sobre o estuque. As portas e rodapés em madeira são pintadas em fingimento de madeira. |
Acessos
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| Nossa Senhora do Amparo, Largo António Lopes |
Protecção
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| Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria nº 464/2012, DR, 2ª série, nº 183, de 20 setembro 2012 |
Enquadramento
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| Urbano, flanqueado por construções, adaptado ao declive do terreno, e fronteiro a jardim, de planta triangular com monumento a António Lopes, no centro; nas imediações, o Palacete das Casas Novas (v. PT010309190025) e as Escolas Primárias (v. PT010309190041) |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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| Cultural e recreativa: teatro / Segurança: quartel de bombeiros |
Utilização Actual
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| Cultural e recreativa: casa de espectáculos / Cultural e recreativa: galeria de exposições |
Propriedade
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| Pública: Municipal |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| ARQUITECTO: Ascensão Machado; Mário Luís Cruz Ferreira de Abreu e Adelaide Abreu (projecto de recuperação) |
Cronologia
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| Séc. 20 - António Lopes, emigrante retornado do Brasil, manda construir o teatro, o qual incluia no piso térreo uma área destinada a quartel de bombeiros *1; 1904 - conclusão da construção e da decoração do edifício, designadamente as pinturas a fresco que ocupam toda a extensão do tecto e toda a superfície de boca de cena *2; 1905 - inauguração do teatro; 1929 - recebeu a tourné promovida por Fernanda Botelho e Botelho do Amaral; 1937 - o Jornal da Póvoa de Lanhoso anuncia a exibição da peça "A Virgem Noiva", na qual actuavam Elvira Lopes Bastos e António Ribeiro; a partir deste ano passou a exibir filmes cinamatográficos; 1988 - adquirido pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso; os Bombeiros adquiriram uma nova sede, desocupando o piso térreo; 1991, a partir - deixa de funcional como sala de espectáculos; 1995, 11 Outubro - proposta de abertura pela Direcção Regional do Porto; 13 Outubro - despacho de abertura de classificação pelo Presidente do IPPAR; 2001 - reabertura do teatro; 2004, Novembro / 2005, 5 Agosto - comemoração do centenário do teatro com um extenso programa de artes performativas; 2011, 30 Março - a DRCNorte propõe a classificação como Monumento de Interesse Público; 6 Outubro - publicação do anúncio nº 14166/2011 no DR, 2ª série, nº 192, com projecto de decisão relativo à classificação como Monumento de Interesse Público e fixação da respectiva zona especial de protecção. |
Dados Técnicos
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| Sistema de paredes portantes. |
Materiais
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| Estrutura de alvenaria de granito revestidas no exterior por azulejo monocromático facetado; embasamento, cunhais, molduras de vãos, pináculos e outros elementos decorativos em granito; vidros simples, cobertura em estrutura de madeira revestida a telha, tectos estucados e pintados. |
Bibliografia
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| FRANÇA, José Augusto, A Arte em Portugal no Séc. XX, Lisboa, 1974; RAPOSO, Francisco Hipólito, Minho, Lisboa, 1984; Guia de Portugal, Entre Douro e Minho, Lisboa, 1986; Formulário-tipo para pedido de apoio a projecto-piloto de conservação do Património Arquitectónico Europeu, 1994. |
Documentação Gráfica
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| Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso |
Documentação Fotográfica
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| DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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| Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso |
Intervenção Realizada
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| Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso: séc. 20 - ao longo dos anos foram realizadas diversas intervenções de que se destaca, o repinte da parte central do tecto; 2001 - impermeabilização e isolamento térmico ao nível do telhado; elevação da cobertura sobre o palco; reconstrução do pavimento do palco e plateia; criação de acesso exterior ao palco e subpalco; rebaixamento da cota do subpalco; reconversão do anterior espaço dos Bombeiros para sala de exposições; reconstrução do espaço posterior a esta sala a sanitários; construção no logradouro de camarins e salas de apoio; restauro da pinturas do tecto, murais, etc. |
Observações
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| *1 - O Teatro Club da Póvoa faz parte integrante de um conjunto de edifícios mandados construir pelo mecenas António Lopes, cuja fortuna se deveu, grandemente, ao casamento que realizou com uma senhora brasileira. Desses edifícios, destacam-se o Hospital António Lopes, o Asilo de São José, a Escola Primária, bem como um conjunto de habitações situadas no Lg António Lopes; *2 - Por fotografias antigas existentes, sabemos que as paredes da principal sala de espectáculos tinham as paredes decoradas, integrando medalhões com os bustos de alguns dos melhores actores da época. |
Autor e Data
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| João Santos / Paula Noé 1996 / Sónia Basto 2011 |
Actualização
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