Igreja Paroquial de Santa Marinha de Oriz / Igreja de Santa Marinha

IPA.00001129
Portugal, Braga, Vila Verde, União das freguesias de Oriz (Santa Marinha) e Oriz (São Miguel)
 
Arquitectura religiosa, barroca. Igreja paroquial rural barroca de uma nave e capela-mor. Decoração em talha dourada barroca, de "estilo nacional", embora já com influência joanina. Nave com lambril de azulejos industriais imitando azulejos seiscentistas.
Número IPA Antigo: PT010313430021
 
Registo visualizado 272 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta composta por nave única, longitudinal, precedida por alpendre quadrangular, capela-mor rectangular e sacristia também rectangular de beiral saliente, adossada a SO.. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de 2 águas, e 3 no alpendre. À fachada, orientada a NO., foi recentemente acrescentado um alpendre. A porta principal é rectangular com moldura de granito simples e plana. Um janelão com moldura de pedra, formando uma ligeira saliência nas partes superior e inferior sobrepuja a porta sobre o telhado do alpendre. A fachada é rematada superiormente por um frontão, pouco elevado, que quebra no lado esquerdo para formar o campanário onde, no interior de 2 arcos de volta inteira, se encontram 2 sinos de diferentes dimensões. O volume da sacristia, mais baixo, está adossado ao corpo da igreja. A empena angular, mais elevada que o telhado, é rematada por duas agulhas com o vértice em forma oval apontada, e no vértice, uma cruz. A iluminação do interior da igreja é feita por 3 janelões simples, dois na fachada SO. e um na fachada NE.. Nave com desnível de um degrau no pavimento, tendo coro-alto com balaustrada em madeira e pequeno púlpito em granito com escada em madeira, localizado na parede NE.. Sob o coro, um guarda vento em madeira e de um dos lados a pia baptismal em pedra. A nave tem um lambril de azulejos de albarradas. Na capela-mor, sobre um supedâneo de 3 degraus de granito, existe um retábulo em talha dourada, exuberantemente decorado, com figuras de anjos acompanhando os degraus do trono. O trono é encimado pela coroa de Cristo Rei, sustentada por figuras de anjos. Estes símbolos repetem-se no sacrário e no falso sacrário dos altares laterais. Os retábulos laterais são também de estilo nacional. O arco triunfal, pleno, é em pedra. Encostado à parede, tem um retábulo em talha dourada com múltiplas imagens, de grande efeito cénico. O tecto da capela-mor, em madeira, tem uma pintura recente, o da nave central é em caixotões, pintado, ilustrando motivos vegetais. A sacristia dispõe de acesso independente, através de uma porta simples. Tem tecto de masseira e armário de madeira embutido.

Acessos

EM 53, Lugar da Igreja

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural. A igreja, isolada, está localizada a meia encosta, em local com declive muito acentuado, próxima da Torre dos Coimbras. É enquadrada por adro plano, murado e ajardinado, bem integrada na envolvente rural. Muros de suporte, bastante altos, ladeiam a construção de ambos os lados. Do lado NE. e ao longo de toda a fachada, o talude, integra o caminho municipal. Do lado SO., no limite do adro, localiza-se a residência paroquial.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 18 - provável construção; decoração interior em talha; séc. 20 - construção do alpendre; 1986, 08 agosto - Deliberação municipal no sentido de propor ao IPPC a classificação do edifício como Imóvel de Interesse Público; 1988, 15 novembro - proposta de classificação da Câmara Municipal de Vila Verde; 1995, 16 junho - Despacho de abertura do processo de classificação pelo presidente do IPPAR; 2011, 27 dezembro - proposta de arquivamento do processo pela DRCNorte; 2012, 23 janeiro - parecer favorável ao encerramento do processo pelo Conselho Nacional de Cultura; 02 fevereiro - Despacho de arquivamento do processo de classificação pelo diretor do IGESPAR; 8 outubro - arquivamento do procedimento de classificação.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Paredes exteriores em cantaria de granito bem aparelhado e cobertura em telha de barro. O pavimento interior é em taburnos de madeira com guias em cantaria de granito na nave e parte da capela-mor. O pavimento da sacristia é em granito. As paredes interiores são rebocadas e pintadas com soco em granito e lambril em azulejo industrial. Os tectos são em madeira com pinturas à excepção da sacristia que é encerado.

Bibliografia

ABREU, Leonídio de (coord.), História, Arte e Paisagens do Distrito de Braga, O Concelho de Vila Verde, Braga, 1963; ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; AZEVEDO, Correia de, Monografia do Concelho de Vila Verde, 1958; VIEIRA, J. Augusto, Minho Pitoresco, vol. 2, Lisboa, 1886; Processo de Classificação, Câmara Municipal de Vila Verde, 1986.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Década de 70 - Arranjo do pavimento e reparação do tecto.

Observações

Anteriormente, existiu no mesmo local uma igreja românica, de que hoje não restam vestígios, à excepção de algumas sepulturas numeradas no interior, e de uma aduela e de uma pedra de cornija que foram encontradas aquando das últimas obras de recuperação.

Autor e Data

João Santos 1996

Actualização

 
 
 
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