Convento dos Néris / Seminário Maior

IPA.00011169
Portugal, Viseu, Viseu, União das freguesias de Viseu
 
Arquitectura religiosa, barroca. Seminário de planta rectangular, irregular, com igreja adossada, composta por nave única, com capela-mor ligeiramente mais estreita, que estabelece ligação a um corredor que dá acesso à sacristia, e onde se adossa uma torre, com coberturas internas diferenciadas em abóbadas de berço. A capela-mor recebe iluminação através de janelas e óculos, e a nave é iluminada por janelões simples e em capialço, janelas de arco abatido, e de sacada. Fachada principal constituída por dois volumes, sendo a parte que corresponde à igreja rematada em empena recortada, com portal principal em arco abatido ladeado por pilastras estriadas, rematadas por consolas, com nichos laterais, e janela de sacada formando barriga, sendo a parte correspondente ao seminário rematada em cornija, e rasgada por janelas rectilíneas simples e de sacada. Torre de quatro registos definidos por cornijas, o superior rasgado por janelas de volta perfeita, com cobertura em domo. Fachadas flanqueadas por cunhais apilastrados. Interior com coro alto assente em arco abatido, com três arcos de volta perfeita em cada lado, interrompidos por portas molduradas de acesso, surgindo do lado do Evangelho um púlpito quadrangular, com bacia em cantaria, com acesso por porta de arco abatido. Arco triunfal de volta perfeita assente em cornija e pilastras. Capela-mor contendo Grande Órgão de tubos de planta trapezoidal e cadeiral. O claustro é quadrangular, de três pisos, tendo em cada ala cinco arcadas no piso inferior, e o mesmo número de vãos nos pisos superiores. No centro, espaço ajardinado, com fonte de traçado contemporâneo e bancos. Em torno deste espaço, organizam-se outros destinados à vida da comunidade. Internamente os corredores acedem a diversas salas, capelas, biblioteca etc., sendo as escadas suspensas um dos modos de aceder aos pisos superiores.
Número IPA Antigo: PT021823240080
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Convento masculino  Congregação do Oratório - Oratorianos

Descrição

Convento de planta rectangular, irregular, com uma das faces prolongando-se numa ala posterior, composta por igreja de planta longitudinal, com capela-mor mais estreita, sacristia adossada a N. e claustro, à volta do qual se desenvolvem algumas dependências. Volumes articulados e disposição horizontalista das massas, com coberturas diferenciadas em telhados de duas e três águas, fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento e rematadas por friso e cornija. IGREJA com fachada principal voltada a O., regular, de dois panos definidos por cornija contracurva, flanqueada por pilastras almofadadas que suportam lampiões de ferro, apresentando no topo dois plintos paralelepipédicos, também almofadados, encimados por pináculos, com remate empena recortada encimada por pináculo decorado com enrolamentos, encontrando-se sobre este uma cruz lanceolada. É rasgada por portal em arco abatido, ladeado por pilastras estriadas, rematadas por consolas que suportam o entablamento, com vão protegido por porta de madeira, de duas folhas almofadadas. Sobre esta estrutura rasga-se uma sacada de barriga, com guarda balaustrada em cantaria, com janelão formado por arco abatido, assente em pilastras estriadas, ladeadas por orelhas volutadas, rematado por cornija contracurva de inspiração borromínica, com vão protegido por duas folhas, com caixilhos em quadricula pintados de branco. A ladear, encontram-se duas janelas de molduras recortadas, com orelhas, rematadas por cornijas contracurvas, com aventais volutados, apresentando pingentes. Sob estes vãos, dois nichos em cantaria de arco de volta perfeita, assentes em pilastras almofadadas, rematados por cornija contracurva e ostentando pingentes. Sobre o janelão situa-se o brasão volutado de D. Júlio Francisco de Oliveira, apresentando chapéu eclesiástico com borlas laterais sobre coroa fechada, que encima a inicial "M", assente em motivos vegetalistas. Fachada lateral direita, virada a S., com pilastras em cantaria, que sobem até ao nível da cornija, sendo rematadas por plintos paralelepipédicos almofadados encimados por pináculos. A iluminar o coro-alto, uma janela de arco abatido, com moldura em cantaria, e vão protegido por duas folhas, com caixilhos em quadrícula pintados de branco e guarda vazada de ferro pintada de preto. A nave recebe luz através de dois janelões em arco abatido, em capialço, moldurados e gradeados, com vãos protegidos por duas folhas, com caixilhos em quadrícula pintados de branco. A capela-mor é rasgada por três janelões em arco de volta perfeita, em capialço, idênticos aos anteriores e por óculo circular. Fachada posterior apresentando torre quadrangular, de quatro registos, definidos por cornijas, tendo o primeiro, duas pequenas janelas rectilíneas com molduras em cantaria, na fachada S., o segundo um postigo na fachada E., o terceiro dois arcos cegos de volta perfeita nas fachadas S. e E. e rasgado por janela com o mesmo tipo de arco na O., o quarto registo apresenta em todas as fachadas, janelas de arco de volta perfeita, com vãos protegidos por duas folhas com caixilharias de quadrículas pintadas de branco. A torre é encimada por guarda balaustrada vazada, com pináculos nos ângulos, e cobertura em domo encimado por plinto piramidal com bola, rematada por cruz de metal. INTERIOR: com paredes rebocadas e pintadas de branco, com cobertura em abóbada de berço, assente em friso e cornija, que se estende também pela capela-mor, com pavimento em lajeado de granito. Coro-alto assente em arco abatido almofadado, com guarda de madeira torneada; sob este, e a ladear a porta de acesso duas pias de água benta em cantaria. No lado do Evangelho rasgam-se três arcos de volta perfeita com molduras em cantaria, assentes em pilastras almofadadas rematadas por cornijas, dois deles apresentam ao centro confessionários de madeira, rematados por espaldares recortados, decorados por motivos vegetalistas, tal como os frisos e as pilastras que ladeiam as portas almofadadas. Estes arcos são intercalados por duas portas separadas, em arco abatido, com molduras recortadas, cornijas de inspiração borromínica invertidas, apresentando orelhas e vãos protegidos por portas de duas folhas de madeira com almofadas. Sobre estas, janelas de guilhotina, com molduras recortadas, que se ligam às das portas, rematadas por cornijas contracurvas e decoradas, na parte inferior, por medalhões circulares em relevo. Entre o segundo arco e a segunda porta, surge púlpito quadrangular, com bacia em cantaria assente em mísulas e guarda vazada de madeira, ornada por balaústres, com acesso por porta em arco abatido, com moldura recortada, rematada em cornija contracurva e vão protegido por uma folha de madeira almofadada. O lado da Epístola, apresenta exactamente a mesma estrutura e os mesmos elementos decorativos que o lado do Evangelho. Arco triunfal de volta perfeita, almofadado, assente em cornija e em pilastras almofadadas, encontrando-se ao centro, uma cartela encerrando um brasão, apresentando elementos muito semelhantes aos que estão representados no brasão da fachada principal. Capela-mor com cobertura em abóbada de berço, com pavimento em soalho, rasgada de ambos os lados por três janelas de molduras recortadas, com orelhas, rematadas por cornijas contracurvas, com aventais volutados, apresentando pingentes, e por portas em arco abatido, molduradas, rematadas por cornijas contracurvas, encimadas por outras de inspiração borromínica invertidas, que se ligam às molduras dos óculos que as coroam, e que recebem os mesmos tipos de remate. Na parede testeira da capela-mor encontra-se um Grande Órgão de tubos *1, sob o qual está um cadeiral, e ao centro, mesa de altar em mármore, sobre supedâneo do mesmo material, assente em pilastras. A porta do lado do Evangelho faz a ligação, a um corredor que dá acesso à sacristia, que apresenta lavabo de grande dimensão, em cantaria, com espaldar flanqueado por pilastras, encimadas por friso e cornija, rematado por pináculos, ladeado por volutas, as maiores encimadas por pináculos, e as de menor dimensão decoradas por elementos vegetalistas. Ao centro rasga-se arco trilobado, decorado por elemento vegetalista, apresentando cartela concheada, decorada por volutas e motivos vegetalistas, encerrando a letra "M", e três carrancas formando as bicas; possui taça boleada, assente em mísula gomada, sendo que toda a estrutura se encontra apoiada sobre almofadas decoradas por elementos geométricos. DEPENDÊNCIAS CONVENTUAIS de planta irregular, composto por quatro alas, organizadas em torno de um claustro quadrangular com três pisos. Fachada principal voltada a O., delimitada por pilastras em cantaria, rematada em cornija, com frisos de cantaria a delimitar os vários pisos, rasgada no primeiro piso por um porta de verga recta emoldurada, encimada por consolas que suportam friso e cornija saliente, com lápide recortada com uma inscrição, e vão protegido por duas folhas de madeira almofadadas. Todo a fachada é rasgada por janelas rectilíneas, emolduradas, com cornijas, e, no segundo e terceiro pisos, encontram-se janelas rectilíneas de sacada, com guardas vazadas de ferro pintadas de verde e vãos protegidos por vidros com caixilhos em quadrícula. As restantes fachadas são rasgados do mesmo modo, sendo que sobre o ângulo da cobertura da fachada N. surge um candeeiro de iluminação. No INTERIOR, abre-se um claustro quadrangular, com fonte central, constituído por quatro alas revestidas a azulejo azul e branco, tendo em cada uma seis arcadas de volta perfeita, assentes em pilares em cantaria, de fustes almofadados, apresentando-se o nível superior rasgado por janelas rectilíneas, wmolduradas, com cornijas e por outras, de sacada, com guardas vazadas de ferro pintadas de verde e vãos protegidos por vidros com caixilhos em quadricula. O terceiro piso *2 é rasgado por vãos rectilíneos apoiados em colunas de fuste liso, apoiadas em guarda vazada de cantaria ornada por balaústres, sendo as paredes do interior revestidas a azulejo azul e branco. Junto à actual recepção, situam-se umas escadas suspensas, que dão acesso aos pisos superiores, compostas por quatro lanços, com dois braços convergentes, o quarto comum, com guarda balaustrada de madeira e arranque em forma de pilar encimado por bola. As paredes encontram-se revestidas por silhares de azulejos azuis e brancos.

Acessos

Terreiro de Santa Cristina. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,656075, long.: -7,909388

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado num terreiro pavimentado a cubos de calcário, com pilares inibidores de estacionamento no mesmo material. As fachadas, lateral esquerda, posterior e parte da principal, encontram-se protegidas por muro de alvenaria, encontrando-se dentro da área deste, frente à fachada principal, uma coluna coríntia, encimada por uma escultura de Nossa Senhora da Conceição. O edifício confina com as vias públicas, separando-se destas por passeio calcetado. Encontra-se envolvido por aglomerado habitacional. Nas imediações, situam-se uma Casa Episcopal (v. PT021823240302), o Centro Desportivo e Cultural e Recreio de Viseu (v. PT021823240301), Cruzeiro de Santa Cristina (v. PT021823240159), fonte de Santa Cristina (v. PT021823240062) Igreja de Nossa Senhora do Carmo (v. PT21823240058) e as Instalações da Polícia de Segurança Pública, comando Distrital de Viseu (v. PT021823240053).

Descrição Complementar

No exterior, inscrição comemorativa, gravada sobre a porta do primeiro piso das dependências conventuais, em granito e muito erudida "COLLEGIO FUNDADO EM 1587 PELO BISPO D. NUNO DE NORONHA COM TITULO DE SEMINÁRIO DE NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA, E MUDADO PARA ESTE LOGAR EM AGOSTO DE 1824". Grande Órgão de tubos da capela-mor apresenta caixa de madeira em branco, com elementos decorativos a dourado, de planta trapezoidal, composta por três castelos dispostos em meia cana, encimados por gelosias vazadas, decoradas por elementos fitomórficos e seis nichos, quatro deles sobrepostos ao centro, estando os dois inferiores dispostos em ângulo e os restantes dois formando ilhragas rematados por gelosias. Os elementos encontram-se separados por pilastras rematadas por cornijas, encontrando-se as exteriores coroadas por urnas, os castelos laterais por instrumentos musicais e o central apresentando armas episcopais encimadas por festões e cesta de flores. A consola, é formada por apainelados separados por pilastras, e ornados por albarradas, assente em coreto em asa de cesto, apoiado em pilastras, com guarda vazada, formando barriga, ornada por balaústres. O cadeiral, em madeira de castanho encerada, desenvolve-se em duas fiadas, apresenta espaldar simples, com excepção da central, que é recortado, vazado e decorado por motivos vegetalistas.

Utilização Inicial

Religiosa: convento masculino

Utilização Actual

Educativa: seminário

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Andrés Garcia (séc. 18); António Mendes Coutinho (séc. 18). CARPINTEIRO: José do Vale (1741); Francisco Lopes Peres (séc. 19); José António Peres (séc. 19, 2ª metade). PEDREIROS: Alexandre Vaz (1737); António Ribeiro (1737); João da Cunha (1703); Manuel Fernandes (1703); Serafim Lourenço Simões (1873 - 1874). PINTOR: Maximiano de Aragão (1889).

Cronologia

1688, 12 Julho - pedido para que a Congregação se instalasse em Viseu, tendo sido enviados três padres, José de Caldas, Bartolomeu Monteiro e João da Silva; alguns cronisras falam da vida de Diogo Pereira, os quais se fixaram junto ao Hospital de Santa Eugénia, onde existia uma capela e algumas casas; 20 Julho - Clemente X e o Senado da Câmara aprovaram os estatutos da Congregação; 1689, 3 Junho - pela inconveniência da Capela do hospital, passaram a utilizar a Capela do Calvário da Via-Sacra, que se encontrava fora da cidade; 5 Agosto - a Congregação mudou-se para o Terreiro de Santa Cristian, numas casas oferecidas por Simião Machado de Sousa e a sua mulher Ana de Jesus Serpe; para a sua subsistência, o bispo doou 100$000 anuais; Setembro - a Congregação abandona o edifício do hospital; 1693, 26 Maio - lançamento da primeira pedra para a construção de casas mais condignas, já com a autorização do rei D. Pedro II; o bispo D. Ricardo consignou 200$00 anuais para as obras; 1699 - D. Jerónimo Soares pôs à disposição da Congregação 12 000 cruzados, para se erguer uma nova igreja mais ampla; 1703, 30 Maio - morte do pedreiro João da Cunha, enquanto trabalhava na construção do imóvel; 24 de Junho - morte do pedreiro Manuel Fernandes, que fazia a obra no imóvel; 1704 - início das obras, que foram morosas, pois o terreno encontrava-se em zona alagada por água, já sob a protecção do novo bispo D. Jerónimo Soares; o projecto foi de António Mendes Coutinho, sendo preterido um risco de Manuel Álvares; acompanhava as obras o arquitecto espanhol Andrés Garcia; 1708 - D. Jerónimo Soares opta por uma planta mais pequena que a prevista inicialmente; 1713 - incêndio no Paço Episcopal, o que obrigou a desviar as verbas da construção do novo edifício para a repração do Paço; 1720 - com a morte do bispo, as obras param praticamente, estando a sede vacante até 1740; 1737, 15 Julho - contrato com os mestres pedreiros António Ribeiro e Alexandre Vaz para a obra do claustro, que seria fechado, sendo continuada a parede até à igreja, a construção de portas e quatro cubículos, no segundo piso, surgindo, no piso superior, seis frestas, uma porta grande ao meio e três arrancamentos para as capelas; para a obra, foi necessário quebrar a pedreira existente no local para receber o lajeamento do claustro; obrigavam-se a fazer os canos das águas; a obra importou em 900$000; 1741 - a carpintaria ficou a cargo de José do Vale; as obras foram supervisadas pelo Padre Luís José, de Lisboa; 1757, 8 Setembro - o novo bispo, D. Júlio Francisco de Oliveira mandou demolir a igreja iniciada e construir uma a seu gosto; 1759 - o templo já se encontrava concluído; 13 Janeiro - realização da primeira solenidade religiosa; 1789 - instituição do seminário; séc. 19 - um dos retábulos do seminário foi leiloado e levado para a Capela de Nossa Senhora da Consolação, em Penalva do Castelo (v. PT021811020021); 1824 - a comunidade tinha apenas 6 elementos; 14 Junho - escritura de doação do edifício para Seminário, recebendo os padres, em troca, uma vida condigna; Agosto - mudança dos seminaristas para o novo edifício; 1834 - extinção das Ordens Religiosas e o Estado reivindica o edifício, apesar dos protestos do cónego José António Pereira Monteiro; 21 Junho - avaliação do edifício do convento, excepto a igreja, e respectiva cerca, pelos fazendeiros António Gomes e Luís António, pelo pedreiro Teotónio Francisco e pelo carpinteiro António José Antunes; a obra de pedraria foi avaliada em 15 345$000, a de carpintaria em 8 000$000 e a cerca em 1 500$000; Outubro - avaliação da igreja, pelo pedreiro Teotónio Francisco e pelo carpinteiro António José Antunes, na quantia de 5 200$000; 1835, 16 de Setembro - requisição do edifício, pelo ministro da Guerra para quartel do regimento de infantaria nº 3, depreendendo-se que já estava ocupado, em parte pela unidade; 1836, 5 Março - requisição de umas casas pertencentes ao edifício, pelo Governo Civil, para instalação do Tribunal; 15 Junho - Ministério da Guerra renova pedido de cessão do edifício, para sede do regimento de Caçadores; 1837, 24 Maio - autorização para instalação do dito regimento no edifício; 1838 - requisição do edifício para depósito de recrutas e para o Batalhão de Infantaria Nº 19; 1841, 27 Janeiro - incêndio afecta o edifício excepto a igreja e a livraria; restauro da capela-mor e da torre sineira; as instituições públicas que o ocupavam abandonaram o imóvel; 1842 - após protesto do reitor do Seminário, foram-lhe entregues o edifício e os vasos sagrados por ofício do Administrador Geral de Viseu; 1844 - reabertura do Seminário; séc. 19, 2ª metade - obras no corredor S. do terceiro andar e na sacristia, construção da balaustrada actual da escadaria e forro do torreão em forma cónica pelo carpinteiro José António Peres; 1849 - 1856 - instalação do Liceu no local; 1873 / 1874 - Serafim Lourenço Simões apeou e consertou as Escadas Suspensas, que ameaçavam ruína; executou o acrescentamento da torre, as varandas e a cúpula e restaurou a capela-mor da igreja; 1889 - pintura do retrato de D. José Dias Correia de Carvalho por Maximiano de Aragão; 1911, 20 Abril - Lei da Separação; o edifício passou a ser ocupado para armazém de peças de artilharia; 1955 - chegada do Grande Órgão de tubos; 1968, 27 Abril - entrega do edifício para Seminário Maior *3.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Estrutura em alvenaria mista; pavimento em calcário; modinaturas, pias de água benta, pilastras, balaustradas, lavabo da sacristia, cornijas, frisos, brasões, pináculos em cantaria; silhares de azulejos; portas, confessionários, guardas, em madeira; cadeiral em madeira de castanho encerada; caixa do órgão em madeira branca; grades, lampiões em ferro; cobertura exterior em telha; janelas com vidro simples.

Bibliografia

LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Dicionário Geográfico, Estatístico, Corográfico, Heráldico, Arqueológico, Histórico, Biográfico, Etimológico de todas as cidades, vilas e freguesias de Portugal e grande número de aldeias, vol. 12, Lisboa, 1873; SARAIVA, José Mendes da Cunha, Notícias da Congregação do Oratório de Viseu, Lisboa, 1943; ALVES, Alexandre, Artistas e Artífices nas Dioceses de Lamego e Viseu, 3 vols., Viseu, 2001; AMARAL, Fernando Ferreira do, O Seminário Diocesano de Viseu (1587-2002) - ensaio de história e sociologia, ção de Mestrado na Faculdade de Letras de Viseu da Universidade Católica Portuguesa], Viseu, 2002.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID

Intervenção Realizada

1689 - obras nas casas do terreiro de Santa Cristina, cedidas pelo morgado de Covêlo Francisco de Serpe de Sousa, para instalação da nova congregação, sendo que nas lojas se ergueu o oratório que serviu de igreja; 1842 / 1843 - reconstrução do edifício do Seminário, com o custo de cerca de 16 contos de reis; 1966 - montagem do órgão e intervenções no mesmo: montagem da caixa; instalação dos dois teclados manuais, pedaleira, tubos maiores, fole e turbina; restauro e polimento dos embutidos dos topos e do painel central; ligação do abreviador do órgão principal ao teclado e ao someiro, obra executada por L. A. Esteves Pereira.

Observações

*1 - proveniente da Sé de Viseu (v. PT021823240002). *2 - é onde se situa o antigo quarto de António de Oliveira Salazar, que frequentou o Seminário entre os anos 1900 e 1908. *3 - o Seminário foi criado em 1587 pelo Bispo de Viseu D. Nuno de Noronha, funcionando inicialmente no Paço Episcopal da Sé, depois no edifício denominado Colégio (v. PT021823240005), posteriormente foi transferido para os Paços do Fontelo (v. PT021823280044) e finalmente instalou-se no local onde hoje ainda se encontra.

Autor e Data

Rute Antunes 2007

Actualização

 
 
 
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