Zona Histórica da Vila de Belmonte / Centro Histórico de Belmonte, incluindo a Judiaria

IPA.00011040
Portugal, Castelo Branco, Belmonte, União das freguesias de Belmonte e Colmeal da Torre
 
Núcleo urbano sede municipal. Vila situada na serra. Vila medieval com castelo não integrado na malha urbana. Traçado urbano irregular, organizado a partir de três pólos, a que correspondem sequenciadamente as diversas fases de crescimento. A primeira, compreendendo o período do séc. 9 ao séc. 12, corresponderia ao primeiro núcleo habitacional muralhado, de que não existem vestígios construtivos. Uma segunda fase, do séc. 13 ao séc. 14, marcada pela construção do castelo, promovendo o desenvolvimento do conjunto edificado direccionado para a Rua Direita, destacando-se a formação de um pequeno conjunto de perímetro circular, tradicionalmente identificado com a presença da judiaria. Uma terceira fase estruturante, que arranca a partir do séc. 15 com a concessão do senhorio de Belmonte à família Cabral e consequente transformação do castelo em residência senhorial fortificada, e cuja consolidação se prolonga até ao séc. 18, sendo caracterizada pelo crescimento urbano polarizado pelo antigo Largo do Pelourinho, onde se localiza a Casa da Câmara, e que induziu ao traçado rectilíneo de uma incipiente rede de ruas secundárias que ligam o novo centro cívico ao caminho periférico. Este último acesso consolidou-se ao longo dos séculos 19 e 20 como novo eixo principal da vila, concorrendo para a integração de construções significativas e outros espaços periféricos, tal como como o local da denominada portagem onde se realizavam os mercados e feiras. A tipologia arquitectónica é heterogénea: predominam as construções em granito, em grande parte rebocadas, com dois pisos e acesso ao piso superior através de escadas interiores, surgindo de forma residual as escadas exteriores com balcão. A composição da fachada principal integrando a empena angular surge frequentemente e atravessa a sequência cronológica. Excelente localização estratégica da Vila no quadro da rede viária portuguesa actual, assim como relativamente ao espaço geográfico em que está implantada. A transformação do castelo em residência senhorial fortificada, no séc. 15, contribuiu fortemente para o seu distanciamento relativamente ao espaço consolidado da vila, o mesmo acontecendo com a Igreja de Santiago. Contudo, quer pelo seu impacto visual, quer pelo seu peso simbólico, o castelo domina a paisagem urbana e a imagem mental de Belmonte. Ainda nesse sentido, uma das particularidades desta vila assenta no facto de, tradicionalmente, se considerar que foi em Belmonte que nasceu Pedro Álvares Cabral, filho terceiro de Fernão Cabral I, primeiro alcaide-mor e donatário do castelo. O imaginário colectivo de Belmonte é ainda significativamente marcado pela ancestral e persistente presença judaica, integrando hoje a vila uma das mais conhecidas comunidades judaicas contemporâneas. A irregularidade planimétrica da malha urbana, não impede a constatação da existência de uma maior densidade construtiva no lado SE., onde se destaca o pequeno conjunto de configuração circular, conhecido como Bairro do Marrocos, agregando ainda no lado NO. um conjunto de quatro pequenos quarteirões alinhados ortogonalmente. A construção da nova igreja matriz, em meados do séc. 20, acrescentou à malha urbana um novo elemento com relevância volumétrica e estética, sem que tenha constituído uma ruptura com o preexistente, porquanto foi edificado numa zona devoluta.
Número IPA Antigo: PT020501010015
 
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Registo

 
Conjunto urbano  Aglomerado urbano  Vila  Vila medieval  Vila fortificada  Eclesiástica (Bispo)

Descrição

Caracteriza-se por uma malha urbana irregular, na qual não sobressai um único pólo centralizador específico, mas pelo menos três, os quais terão marcado as diversas fases de crescimento urbano, susceptíveis de serem identificadas no interior da área inventariada. Num primeiro momento (séculos 9 a 12), anterior à construção do actual castelo (v. PT020501010003), no local onde o mesmo se implanta, existiu um pequeno núcleo populacional muralhado, certamente pequeno, do qual não resta qualquer testemunho urbanístico ou arquitectónico, mas apenas alguns indícios arqueológicos e documentais. Depois da concessão do foral sanchino, garantindo-se a integração definitiva de Belmonte na circunscrição político-administrativa da coroa portuguesa, bem como após o reconhecimento da entegra do senhorio da vila ao bispado de Coimbra, foi possível fomentar uma segunda fase de crescimento do núcleo urbano, para o que terá tido papel importante a acção do bispo D. Egas Fafe, ao proceder à construção do actual castelo. A vila terá começado por se desenvolver para S., aproveitando a disponibilidade topográfica do espaço. Deste modo, é notório o seu crescimento em torno da Rua Direita, que certamente se transformou no seu principal acesso, assumindo-se como eixo estruturante. Preserva-se ainda parte do antigo acesso, um troço lajeado perto do Chafariz do Areal, na encosta E. do castelo. Com efeito, são várias as pequenas vielas que desembocam na Rua Direita, constituindo-se em seu torno, no lado S., uma pequena malha urbana com um perímetro circular, conhecida localmente como Bairro de Marrocos, onde se presume que estaria localizada a antiga judiaria. Durante esta segunda fase a vila conhece um crescimento assinalável, mas para o qual, em termos urbanísticos, pouco concorreram a construção dos templos, quer da Igreja de Santiago (v. PT020501010001), quer da Igreja de Santa Maria (esta última situada a N. do castelo, mas da qual se perdeu a memória), ou até mesmo da sinagoga, que se sabe ter sido edificada em finais do séc. 13. Todavia, deveriam existir construções habitacionais dispersas que fariam a ligação entre estes elementos e o pequeno núcleo medieval atrás referido. Situação que, no caso da Igreja de Santiago, seria normal, atendendo à sua proximidade com o referido núcleo da Rua Direita e ao facto do actual Largo de Santarém ter resultado da demolição de um quarteirão de pequenas casas. De referir também que a actual Rua do Castelo, sendo secundária, faria a ligação entre o espaço de implantação do Castelo - Igreja de Santiago e a zona de crescimento envolvente. Uma terceira fase de crescimento urbano poderá ser associada à concessão do senhorio de Belmonte à família Cabral , no séc. 15. A conjuntura politico-económica nacional de então terá também contribuído para esta nova expansão urbana, registando-se um aumento populacional considerável. Observa-se, a par com o crescimento populacional, um crescimento urbano mais acentuado para O., visível na estruturação do antigo Largo do Pelourinho e depois Praça da Republica (actual Largo 1º de Maio, onde se localiza o Pelourinho (v. PT020501010004), e no aparecimento de novos acessos secundários à parte mais antiga da urbe, através das Ruas 1º de Maio, do Inverno e de Nossa Senhora da Esperança, sendo que as duas primeiras desembocam no Largo Afonso Costa, o qual também se terá definido durante esta fase. Com efeito, estas novas vias procedem de um acesso principal novo que, durante este período, se vai cimentando neste lado da vila, a Rua Pedro Álvares Cabral. Relativamente ao antigo Largo do Pelourinho, de planta trapezoidal, convém sublinhar a importância de aí se localizar a antiga Casa da Câmara, documentada desde finais do séc. 15 (actual edifício da Biblioteca Municipal) (v. PT020501010022). Também, em duas casas da Rua de Santiago, são ainda visíveis dois portais em cantaria com arestas biseladas, que seguramente remontam a esta fase, existindo outros exemplares dispersos pelo núcleo mais antigo, que certamente continuou a ser sujeito a obras de construção ou reconstrução do casario. No lado S., o prolongamento da Rua Direita pela Rua da Misericórdia deverá ter decorrido da instalação da Misericórdia no início de Seiscentos. Por conseguinte, constata-se uma maior linearidade urbana na malha que se foi definindo durante esta terceira fase de crescimento. Ainda durante esta fase, tangencialmente ao núcleo antigo inventariado, regista-se a construção periférica do novo solar dos Cabrais (v. PT020501010009), bem como da Tulha dos Cabrais (v. PT020501010010), junto à então embrionária Rua Pedro Álvares Cabral. Nos finais do séc. 15 ocorre também a construção da Capela de Santo António (v. PT020501010018), em frente à entrada principal do castelo, e da Capela / Panteão dos Cabrais (v. PT020501010001), como anexo à Igreja de Santiago, tendo tais construções decorrido da iniciativa particular da família Cabral, então empenhada na transformação do castelo em residência senhorial fortificada, o que provavelmente terá contribuído para que este recinto se tenha distanciado em relação à malha urbana. Beneficiando da conjuntura económica nacional e regional, designadamente com a instalação da indústria têxtil na Covilhã, em finais do séc. 18, motivando mais tarde a abertura de novas estradas, a Rua Pedro Álvares Cabral assume-se como o novo eixo principal da vila, surgindo novas construções no seu alinhamento, como foi o caso do edifício actual da Câmara Municipal, bem como de outras vias secundárias que a ela confluem. É neste período que se estrutura o actual Largo Dr. António José de Almeida, onde se localiza a estátua de Pedro Álvares Cabral (v. PT020501010009), espaço amplo delimitado por casas de arquitectura vernacular, mas onde se conjugam já novas influências estilísticas de inícios do séc. 20, sobretudo ao nível da composição e revestimento das fachadas, sabendo-se que ainda há alguns anos atrás este local era designado por Portagem, onde então se realizava o mercado e hoje se realizam as feiras. No extremo S. da Rua 25 de Abril, na continuação da Rua do Castelo, dever-se-á também registar a construção da actual Igreja Matriz (v. PT020501010019), inaugurada em 1940, num espaço que então se encontrava devoluto e onde mais tarde se construiu o actual depósito de água. Trata-se de uma zona que, eventualmente devido à presença do grande massiço granítico e à sua exposição ao vento, seria inóspita e pouco apetecível para a edificação. O espaço localizado nas traseiras desta igreja, delimitado por muros em alvenaria de cimento, sem qualquer particularidade assinalável, é conhecido como a Varanda de Pilatos. Apesar da envergadura e importância do templo, este não constituiu qualquer ruptura com o tecido urbano existente. Actualmente, o núcleo antigo tem o seu principal acesso na Rua Pedro Álvares Cabral, à qual se ligam outras vias secundárias que penetram no seu interior, designadamente as já referidas Ruas 1º de Maio, do Inverno e de Nossa Senhora da Esperança, às quais se acrescentou em data recente um novo acesso ao castelo, na encosta devoluta localizada no lado NO.. De um modo geral, o seu casario caracteriza-se sobretudo por uma construção em pedra granítica, a qual nalguns casos foi aparelhada, podendo em ambos os casos apresentar, ou não, um acabamento rebocado, situação que aliás é a mais frequente. No que respeita à sua altimetria assinala-se a ocorrência de casas com um, dois e três pisos, sendo contudo mais vulgares os edifícios com dois pisos, sem que se registe uma uniformização ou uma sequência tipológica visível, não existindo uma única rua em que as casas que a formam tenham exclusivamente um determinado número de pisos. Deste modo, surgem-nos quarteirões caracterizados pela ausência de um ritmo regular de fenestração, em que a disposição e tipo de portas e janelas é bastante heterogénea. É pontual a presença de casas com a escada exterior de acesso ao piso habitacional, formando o balcão característico da arquitectura rural beirã. De referir a inexistência de espaços verdes públicos no interior desta área, à excepção do arranjo urbanístico da encosta O. do castelo, no qual se definiram novos acessos e caminhos pedonais, sendo que todo este espaço, para além do cemitério que se encontra já do lado N., era baldio. No lado E. existe também uma área devoluta, mas que se encontra ocupada por pequenos quintais agrícolas.

Acessos

EN18; Rua Pedro Álvares Cabral

Protecção

Em vias de classificação / Inclui Castelo de Belmonte (v. PT020501010003) / Igreja de Santiago e capela anexa dos Cabrais (v. PT020501010001) / Pelourinho (v. PT020501010004) / PDM - Plano Diretor Municipal, Resolução de Conselho de Ministros n.º 23/96, DR 1.ª série-B, nº 62 de 13 março 1996

Enquadramento

Rural, implantado na serra a cerca de 600m de altitude. Constituída por três elevações que formam um inselberge (monte-ilha) e que se eleva na extremidade N. do Planalto da Beira. Geomorfologicamente, integra-se no complexo da Cordilheira Central. O morro em que se localiza a vila pertence à zona de rochas eruptivas hercinicas, de granito porfiróide de grão grosseiro. O seu relevo deverá datar apenas do senoniano, altura em que terão ocorrido alterações diversas e complexas que originaram a bacia tectónica, denominada Cova da Beira. De salientar a riqueza mineral desta região, nomeadamente em cassiterite (estanho), ouro e volfrâmio. Ressalta a excelente localização geo-estratégica da vila, dominando uma vasta paisagem: para os lados O. e N., parte da encosta E. da Serra da Estrela e ainda parte do vale formado pelo curso médio de rio Zêzere, bem como uma considerável extensão da EN 18; para E. e para S., controla parte da encosta NO. da Serra da Malcata, o cabeço onde se localiza o castelo e a vila de Sortelha (v. 0911330023), assim como uma parte considerável da Cova da Beira, do curso médio do rio Zêzere e do IP 2, a encosta da Serra da Estrela, onde se destaca a cidade da Covilhã, e ainda a extremidade N. da Serra da Gardunha. Relativamente ao espaço urbano que envolve o núcleo antigo, regista-se que a exígua plataforma formada pela união das três elevações que formam a Serra da Esperança permitiu o crescimento urbano da vila, durante os dois últimos séculos, para S. dos limites inicialmente definidos. Ao longo da sua vertente N. também se registou o mesmo crescimento, designadamente com a construção do Bairro de Santa Maria nos anos 80 do séc. 20. Contiguamente ao perímetro da área inventariada, destaca-se o Solar dos Cabrais (v. PT020501010009) e a Tulha dos Cabrais (v. PT020501010010), bem como os Paços do Concelho (v. PT020501010011).

Descrição Complementar

Não aplicável

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Não aplicável

Afectação

Não aplicável

Época Construção

Séc. 13 / 14 / 15

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc.s 9 / 12 - período durante o qual terá surgido o primitivo núcleo habitacional no local onde se encontra o Castelo de Belmonte; 1168, 6 Maio - doação da povoação ao bispo de Coimbra, senhor de Centum Celas; 1194 - concessão de carta de foral a Centum Celas (v. PT020501030002) pelo Bispo de Coimbra; 1199 - concessão de carta de foral à vila de Belmonte por D. Sancho I, sendo explícita a intenção de povoar a vila; 1253 - D. Egas Fafe, bispo de Coimbra, adquire duas casas no interior do castelo; 1256, 27 Abril - o Papa Alexandre IV doa o Castelo de Belmonte, Ínguias e Olas de Godim à Sé da Guarda, com todos os direitos episcopais, ficando a Sé de Coimbra a manter as possessões laicas; 1258 - D. Afonso III autoriza o bispo de Coimbra a construir uma torre; 1296 - abertura da sinagoga de Belmonte; 1385 - D. João I concede autonomia ao concelho de Belmonte, relativamente ao concelho da Covilhã; 1387 - D. João I concede ao bispo de Coimbra uma Carta de Couto para 20 homiziados; 1390, c. - D. Maria Gil Cabral institui o morgadio de Belmonte; 1392 - realização de um escambo entre o Cabido da Sé de Coimbra e Martim Vasques da Cunha, no qual os primeiros ficam com o senhorio da vila de Arganil e do couto de S. Romão em troca do senhorio de Belmonte; 1397 / 1398 - nomeação de Luís Álvares Cabral como alcaide do castelo; 1442 - D. Henrique pede a D. Afonso V que conceda a Belmonte 20 homizíados; 1466 - criação da alcaidaria-mor do castelo, concedendo-a D. Afonso V, a título hereditário, a Fernão Cabral I, juntamente com as rendas e direitos da vila; 1495 / 1497 - D. Manuel manda concertar o relógio que havia oferecido à vila de Belmonte; 1496 - registados 144 moradores, dos quais 94 na vila; 1510 - renovação do foral; 1527 - registados 244 moradores, dos quais 159 na vila; 1600, c. - instalação da Misericórdia; 1694 - grande incêndio no castelo; 1762 - vila da correição de Castelo Branco; 1805 - instituição do título de Condes de Belmonte; 1811 - anexado judicialmente a Sortelha; 1833, 28 Junho - integrado na Comarca da Guarda; 1835, 18 Julho - integrado no distrito da Guarda; 1842 - integra a freguesia de Caria; 1855, 28 Outubro - transferência para o distrito de Castelo Branco; 1890, 3 Dezembro - a Cãmara decide demolir os balções que atrapalhassem o trânsito na povoação e desafeiçoassem as ruas; 1895, 7 Setembro - extinção do concelho, anexado ao da Covilhã; 1896, 12 Fevereiro - a Câmara Municipal da Covilhã reparou as calçadas de Belmonte; 7 Julho - a Câmara da Covilhã mandou reparar as ruas; 1898, 13 Janeiro - restauração do concelho; 1912, 30 Outubro - caiação obrigatória de todas as casas da vila; 1914, 22 Abril - decisão de instalar iluminação pública; 1922 - aprovado o actual brasão do concelho; séc. 20, meados - demolição do casario no local onde hoje se localiza o Largo Cidade de Santarém; 1940 - inauguração da nova igreja matriz, com o orago da Sagrada Família; 1997 - inauguração da nova sinagoga de Belmonte; 2013, 28 janeiro - criação da União das freguesias de Belmonte e Colmeal da Torre por agregação das mesmas, pela Lei n.º 11-A/2013, DR, 1.ª série, n.º 19; 2013, 28 janeiro - criação da União das freguesias de Belmonte e Colmeal da Torre por agregação das mesmas, pela Lei n.º 11-A/2013, DR, 1.ª série, n.º 19.

Dados Técnicos

Não aplicável

Materiais

Não aplicável

Bibliografia

CARDOSO, Jorge, Agiologio Lusitano, Lisboa, 1652 - 1666; SANTA MARIA, Fr. Agostinho de, Santuario Mariano e historia das images milagrosas..., Lisboa, 1711; CARDOSO, Luiz, Diccionario Geograpfico..., Lisboa, 1751, vol. 1; SÁ, Ayres de, Frei Gonçalo Velho, Lisboa, 1899; BEÇA, Humberto, Castelo de Portugal, Castelos da Beira Histórica, Porto, 1922; LIMA, João, Terras Portuguesas, Póvoa do Varzim, 1932, vol. 1; ALMEIDA, João de, Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, Lisboa, 1945, vol. 1; Carta Geológica de Portugal - Notícia explicativa da folha 21- A, Sabugal, Lisboa, 1965; PERES, Damião, A gloriosa História dos mais belos castelos de Portugal, s.l, 1969; ALMEIDA, Fortunato de, História da Igreja em Portugal, Porto, 1971, vol. 4; SAM PAYO, Luís Vaz de, "Subsídios para uma biografia de Pedro Álvares Cabral", in Revista da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1971, nº 24, pp. I- CCCLII; SALVADO, António, Elementos para um Inventário Artístico do Distrito de Castelo Branco, Castelo Branco, 1976; AZEVEDO, Rui de et alli, Documentos de D. Sancho I (1174 - 1211), Coimbra, 1979, vol. 1; GOMES, J. Pinharanda, História da Diocese da Guarda, Braga, 1981; RIBEIRO, Orlando et alli, Geografia de Portugal, Lisboa, 1987, vol. 1; DIAS, José Alves, "A Beira Interior em 1496 (Sociedade, Administração e Demografia)", in Ensaios de História Moderna, Lisboa, 1988; GARCIA, Maria Antonieta, Os Judeus de Belmonte - Os Caminhos da Memória, Lisboa, 1993; CANELO, David Augusto Senhores e Camponeses em Belmonte, Belmonte, 1996; GOMES, Rita Costa, Castelos da Raia - Beira, Lisboa, 1996; MARQUES, António, "Escavações Arqueológicas no Castelo de Belmonte (1992 - 1995)", Beira Interior - História e Património Actas das I Jornadas de Património da Beira Interior (Guarda, 1998), Guarda, 2000, pp. 253 - 285; IDEM, "Subsídios para a Carta Arqueológica do Concelho de Belmonte (Castelo Branco)", in Op. Cit., pp. 351 - 359; IDEM, "Castelo de Belmonte - Guia", (folheto), Lisboa, 2000; VARGAS, José Manuel, Forais de Belmonte 1199 - 1510, Tondela, 2001; MARQUES, António, "O Castelo de Belmonte (Castelo Branco): resultados arqueológicos", in Mil Anos de Fortificações na Península Ibérica e no Magreb - Actas do Simpósio Internacional sobre Castelos, Lisboa, 2002, pp. 485 - 495; TAVARES, Joaquim Cardoso, MARQUES, Manuel, Subsídios para uma monografia da vila de Belmonte, 3ª ed., Covilhã, s.d.; MARQUES, Manuel, Concelho de Belmonte - Memória e História, Belmonte, 2001; MARQUES, Manuel, Belmonte - terras de Cabral, Belmonte, 2001; Belmonte uma vila com muito para contar, in Gazeta do Interior, 04 Outubro 2006.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN; CMB; IPPAR/DRC

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSARH (Plano de urbanização de Belmonte, DSARH-005-4835/12), DGEMN/DREMN; CMB; Arquivo Distrital de Castelo Branco; IPPAR/DRC; DGAN/TT (Dicionário Geográfico, vol. 6; Cabido da Sé de Coimbra: Documentos Reais, 1ª Incorporação); DGOTDU: Arquivo Histórico (Esboceto de Urbanização de Belmonte, Arq. Nereus Fernandes, 1959)

Intervenção Realizada

DGEMN: 1939 / 1941 / 1942 / 1943 / 1944 / 1945 / 1946 / 1950 / 1958 / 1959 / 1960 / 1963 / 1977 / 1978 / 1983 - obras de restauro e conservação do castelo; 1945 / 1961 / 1962 / 1963 / 1964 / 1967 / 1968 / 1971 / 1974 / 1983 / 1993 / 1994 - obras de restauro e conservação da Igreja de Santiago e capela dos Cabrais. CMB: 1986 - reconstituição do pelourinho com reutilização de peças originais; 1993 - adaptação da antiga Casa da Câmara a Biblioteca Municipal; 1999 / 2000 - recuperação da Tulha dos Cabrais para instalação do Ecomuseu do Zêzere. IPPAR/CMB: 1992 / 2001 - implementação faseada do Projecto de Revitalização do Castelo de Belmonte; 1992 / 1993 / 1994 / 1995 - campanhas de escavação arqueológica: identificação de vestígios de ocupação alto-medieva, anterior à edificação do castelo, contextos arqueológicos coevos da sua edificação em meados do séc. 13, bem como sinais claros das vultuosas obras de adaptação do edifício em residência senhorial fortificada, após a sua concessão à família Cabral.

Observações

O critério de delimitação da área inventariada está relacionado com o nível da descaracterização arquitectónica registado na restante área do perímetro urbano consolidado. De salientar o facto desta vila estar geminada com Santa Cruz de Cabrália (Brasil), com La Misiére (França) e com Rosh Pina (Israel). Actualmente a importância económica de Belmonte reside sobretudo numa importante indústria de confecções, cuja expansão se iniciou durante os anos 80 do séc. 20. Para além dos imóveis significativos mencionados, destaca-se ainda o edifício antigo localizado na Rua da Portela, onde funcionou, em meados do séc. 20, o antigo Colégio de Belmonte, o qual se caracteriza pela sua unidade arquitectónica simples, típica das casas burguesas rurais dos finais do séc. 19; de referir ainda os três passos da Via Sacra, de feição popular, que subsistem nas proximidades do Bairro de Marrocos.

Autor e Data

António Marques, Anouk Costa, Lobo de Carvalho, Marta Clemente,Teresa Ferreira 2002

Actualização

 
 
 
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