Ponte Rodoviária do Pinhão
| IPA.00011030 |
Portugal, Vila Real, Alijó, Pinhão |
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Arquitectura de comunicações e transportes, de ferro. Ponte de vigas do sistema Schiwedler, em que as vigas têm o banzo inferior recto e o superior formando arco, com um tabuleiro plano, colocado em plano intermédio, ou seja, a meia altura das vigas principais, e assentando sobre pilares de cantaria e pegões-encontro. |
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Número IPA Antigo: PT011701090034 |
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Registo visualizado 101 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Transportes Ponte / Viaduto Ponte rodoviária Tipo viga
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Descrição
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Ponte rodoviária em ferro, de um tabuleiro, plano, composto por quatro tramos, sendo o da margem esquerda mais pequeno, assentes em três pilares de cantaria, dois de planta subcircular, e um tronco-piramidal, tendo em cada uma das faces alhetas salientes, e terminando em cornija moldurada; a amarração do tabuleiro às margens é efectuada por pegões-encontro, cegos, sendo o da margem esquerda quadrangular e com as mesmas características. Cada um dos tramos maiores da ponte é constituído por uma armação de vigas formando arco, ligados por quinze vigas mestras dispostas verticalmente e solidariezadas por outras radiais. O tramo mais pequeno é formado por duas vigas principais de alma cheia e por um recticulado de carlingas e longarinas onde assenta o tabuleiro. Inferiormente, a ponte forma sucessivas secções com vigas em diagonal, conjugadas com outras de perfil longitudinal. Sobre esta estrutura assenta o tabuleiro, com pavimento em argamassa betuminosa e dois passeios laterais em chapa estriada; a intervalos regulares, o pavimento tem orifícios para escoamento inferior das águas. As guardas são em gradeamento de ferro, pintado de branco e verde escuro, e, sobre o pilar tronco-piramidal e os pegões encontro, em alvenaria rebocada e cantaria, superiormente terminados em ângulo. |
Acessos
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EN. 323. WGS84: 41º11'21.18''N., 7º32'31.77''O. (2009) |
Protecção
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Incluído no Alto Douro Vinhateiro - Região Demarcada do Douro (v. PT011701040033) |
Enquadramento
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Urbano, sobre o rio Douro, junto à confluência deste com o rio Pinhão, estabelecendo a ligação entre os concelhos de São João da Pesqueira e Tabuaço, na margem esquerda do Douro, com o de Alijó, na margem direita. É a única ponte de travessia do Douro entre as barragens da Régua e a da Valeira e aqui, o sistema de ocupação do Douro muda radicalmente, visto que em ambas as margens para montante, deixa de haver estradas paralelas ao rio. Nas proximidades ergue-se na margem direita a Estação do Caminho de Ferro do Pinhão (v. PT011701090035) e, um pouco mais afastado, a Capela do Espírito Santo, na Quinta da Roêda (v. PT011701090091); na margem esquerda, fica a Quinta das Carvalhas. |
Descrição Complementar
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O comprimento total da ponte (comprendendo os pegões encontro) é de 241, 60 m; a extensão dos vãos dos tramos é: 3 x 69.30 m. + 12.40 m.; a largura da faixa de rodagem é de 4.40 m., a largura dos passeios é de um metro cada e a largura das guarda é de 6. Ergue-se a 25 m. do nível das águas. |
Utilização Inicial
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Transportes: ponte |
Utilização Actual
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Transportes: ponte |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENGENHEIROS: Henrique d'Assunção (1903), M. B. Pimentel Sarmento (1903). |
Cronologia
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1903, 23 Janeiro - adjudicação da construção da ponte do Pinhão à Companhia Aliança do Porto - Fundição Massarelos, uma das obras dotadas por conta do fundo especial dos Caminhos de Ferro do Estado; o projecto é do Eng. M. B. Pimentel Sarmento e as obras foram dirigidas pelo Eng. Henrique d'Assunção; 1905 - conclusão da ponte, tendo o seu custo total importado em 102.159$00; 1907, 1 Fevereiro - aberta ao trânsito; 1995 - após inspecção, decide-se que deveria ser objecto de obras de beneficiação e, eventualmente, alargamento; 2003 - proibição de circulação de trânsito pesado; 2006 - encerramento da ponte para obras de manutenção. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista. |
Materiais
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Estrutura de ferro sobre pilares de cantaria, pavimento em argamassa betuminosa e chapa estriada. |
Bibliografia
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OLIVEIRA, Alberto d', A viação ordinária na região transmontana in Revista de Obras Públicas e Minas, Ano LI, Julho - Dezembro, Lisboa, 1920, p. 181- 210; F. C. G., Guia de Portugal, vol. 5, tomo 2, Lisboa, 1988, p. 606; PINTO, Joaquim Caetano, Pontes sobre o Douro, O Tripeiro, 7 ª série (série nova), ano X, nº 6, Porto, Junho 1991, p. 179 - 184; s.a., Concelho de Alijó, Alijó, 1995; MARTINS, Maria do Rosário França, TORRES, Maria Teresa Pinheiro e FREIRE, Paula Cristina Martins, Pontes Metálicas Rodoviárias, Lisboa, 1998; CARVALHO, Rui de, Ponte do Pinhão encerrada ao trânsito, in Correio de Tabuaço, 01 Maio 2006, p. 3. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1933 / 1934 / 1935 / 1936 - obras de reparação pela empresa L. Dargent Lda., tendo-se executado o pavimento de betão armado; M.O.P.T.H.: 2005 / 2006 - obras de reabilitação e reforço (co-financiado pela Comunidade Europeia - Feder). |
Observações
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A construção da ponte pôs fim à travessia do rio por barca que, partindo do vértice do ângulo da margem esquerda, abicava na confluência do Pinhão com o Douro na margem direita. |
Autor e Data
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Paula Noé 2003 |
Actualização
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