Mosteiro de Santa Clara / Igreja do Convento de Santa Clara

IPA.00001102
Portugal, Porto, Vila do Conde, Vila do Conde
 
Arquitectura religiosa, gótica, manuelina, barroca e rococó. Igreja conventual gótica de planta cruciforme, transepto de grandes dimensões coberta a madeira e cabeceira tripla contrafortada de planta poligonal abobadada, abrindo-se o portal principal na fachada lateral N. Capela funerária e túmulos dos fundadores de estilo manuelino. Retábulos barrocos e órgão rococó. Sem adotar formas tão evolucionadas como a dos edifícios seus contemporâneos mais a S., a igreja conventual de Santa Clara representa um marco importante da arte do Norte de Portugal, mostrando-se muito mais liberta da tutela de tradição românica. O coro alto, da mesma época da Capela dos Fundadores é coberto por teto entalhado, uma das mais belas talhas do país, segundo Flávio Gonçalves. Anote-se ainda um fragmento de um fresco quinhentista.
Número IPA Antigo: PT011316280004
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Mosteiro feminino  Ordem de Santa Clara - Clarissas (Província de Portugal)

Descrição

Planta de cruz latina composta por nave única e larga, com um transepto de grandes dimensões e uma cabeceira poligonal, tripla com as capelas bem abobadadas e com frestas altas de iluminação. Volumes articulados com coberturas diferenciadas e telhados de duas e quatro águas. Do exterior o elemento mais atrativo é a sua cabeceira poligonal a E. e vigorosamente estruturada e ritmada pelos salientes botaréus que reforçam tanto os flancos da abside como dos absidíolos. Na fachada O. destaca-se uma grande rosácea de tipo radiante que remonta à traça de origem do templo medieval, enquanto que o portal ogival foi removido. No lado S. conserva-se ainda do período gótico a fachada da sala capitular com porta média e uma janela de cada lado. Encostado à fachada S. eleva-se o campanário, de simples empena sineira, patim descoberto e parapeito com merlões. O exterior da igreja apresenta ainda coroamento geral de ameias de cariz defensivo mas já então meramente decorativas. A entrada faz-se por uma porta secundária lateral, voltada a N.. INTERIOR: Nave coberta por teto de caixotões de talha octogonal. Do Lado do Evangelho encontra-se a Capela dos Fundadores ou de Nossa Senhora da Conceição, com acesso por arco com duas arquivoltas decoradas, com as armas dos fundadores na pedra de feixo. A capela é coberta por abóbada de nervuras fechadas por bocetes. Possui janelão com adornos manuelinos. Na parede, do lado direito encontra-se lápide com inscrição. Na parede do lado oposto, encontra-se peanha com imagem do orago. As arcas tumulares são esculpidas com elementos decorativos a enquadrar inscrições e as tampas com os jacentes de D. Afonso Sanches e D. Teresa Martins. Nas faces das arcas estão representadas cenas bíblicas: na de D. Afonso Sanches, do lado direito, o Nascimento de Cristo, a Adoração dos Reis Magos e a da Circuncisão, do lado esquerdo, a Visitação, a Anunciação e a Fuga para o Egipto, na cabeceira os sarracenos a invadirem o Convento de Santa Clara e aos pés as armas reais; na de D. Teresa Martins, sua mulher, do lado direito, a entrada de Cristo em Jerusalém, a Última Ceia e o Lava pés; do lado esquerdo, Cristo no Horto, Cristo na Prisão, e diante de Pilatos, na cabeceira, São Francisco recebendo as chagas, e aos pés, as armas de D. Teresa. Existem ainda nesta capela dois pequenos sarcófagos dos filhos dos fundadores. A nave e parte do transepto são cobertos por tetos de madeira com caixotões. No transepto encontram-se, do lado do Evangelho, a arca tumular de D. Brites Pereira, filha de D. Nuno Álvares Pereira, possuindo as armas de seu marido, D. Afonso, 1º Duque de Bragança, e do lado da Epístola, a arca tumular de D. Fernando de Meneses e sua mulher D. Brites de Andrade, senhores de Cantanhede, descendentes dos fundadores, tem na tampa os jacentes e numa das faces uma inscrição. A Capela-mor firmada num dos bocetes da abóbada de pedra polinervada, com brasão do príncipe fundador, abre para um arco de granito profusamente decorado com elementos vegetais e figurativos.

Acessos

Vila do Conde, Largo do Monte. WGS84 (graus décimais) lat.: 41,352995; long.: -8,739343

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP / Zona "non aedificandi", Portaria, DG, 2.ª série, n.º 145 de 23 junho 1960 *1

Enquadramento

Rural, destacado, isolado em elevação.

Descrição Complementar

No lado N. a nave única foi cortada por uma parede, rasgada de um lado a outro por grades, e por trás da qual se encontra o coro duplo. O coro baixo corrido por cadeiral de duas filas preserva dois retábulos com pinturas. O do lado do Evangelho, com representação de Santana e São Joaquim em oração, possuindo lateralmente tábuas com o Nascimento da Virgem, a Anunciação, a Adoração dos Reis Mago. O do lado da Epístola, possui duas pinturas sobre tábua, representando o Calvário a a Última Ceia. O coro-alto é coberto por teto em abóbada de berço decorada por caixotões de talha. Junto às grades existem edículas em talha dourada *2. Cadeiral de uma só fila, mutilado, tendo sido retirado o espaldar. No lado da Epístola, encontra-se um retábulo proveniente da igreja. Anote-se ainda um fragmento de um fresco quinhentista. No interior S. e junto ao coro existe um órgão assente num balcão decorado por concheados; INSCRIÇÕES: 1. Inscrição comemorativa da instituição da capela e da posterior decoração da mesma gravada numa lápide; sem moldura nem decoração. Granito. Tipo de Letra: capital quadrada. Leitura modernizada: EM ESTA CAPELA JAZEM O MUITO ESCLARECIDO PRÍNCIPE D. AFONSO SANCHES, FILHO DE EL-REI D. DINIS, DE GLORIOSA MEMÓRIA, SEXTO REI DESTE REINO DE PORTUGAL, COM A MUITO EXCELENTE SENHORA MADAMA(sic) DONA TERESA MARTINS, NETA D' EL REI DOM SANCHO, FUNDADORES DESTA SANTA CASA A QUAL MANDOU FAZER PARA ELES A MUITO VIRTUOSA SENHORA DONA ISABEL DE CASTRO, PRIMEIRA ABADESSA DA OBSERVÂNCIA NESTA SANTA CASA .1526. E DEPOIS A MANDOU DOURAR E PÔR DE AZULEJO A MUITO RELIGIOSA MADRE DONA CATARINA DE LIMA, SENDO ABADESSA NO ANO DE 1623. 2. Inscrição gravada na face direita da arca tumular localizada no transepto, do lado da Epístola. Leitura modernizada: POIS QUE NÃO TENHO PODER, SENHORA, DE ME PARTIR DE VOS AMAR E QUERER, POR VOSTRO QUIERO MORRIR E MOIRO DE MA DAMA.

Utilização Inicial

Religiosa: mosteiro feminino

Utilização Actual

Religiosa: igreja

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

DRCNorte, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009

Época Construção

Séc. 14 / 16 / 17 / 18 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

CARPINTEIRO: Pedro Ferreira. ENTALHADORES: Cristóvão de Sampaio (1687, 1689), Domingos Lopes (1696), Filipe da Silva (1693, 1697), João da Costa (1699), João Gomes Carvalho; MARCENEIRO: António de Azevedo Fernandes (1697); ORGANEIRO: Francisco António Solha; PINTORES-DOURADORES: João da Silva (1691, 1694), Manuel Ferreira (1691), Mateus Nunes de Oliveira (1691, 1694), Paulo da Costa (1697, 1699).

Cronologia

1314 - Início da construção do convento; 1318 - fundação do convento por D. Afonso Sanches, filho bastardo de D. 1314 - Início da construção do convento; 1318 - fundação do convento por D. Afonso Sanches, filho bastardo de D. Dinis, e sua mulher, D. Teresa Martins de Meneses, do qual apenas resta a igreja gótica; na Carta de Fundação do convento, são dados grandes privilégios à abadessa, determina-se que o convento tivesse quatro capelães, com a obrigação de rezar quatro missas na capela, uma pelo rei D. Dinis, outra por D. Afonso Sanches e por Teresa Martins; 1319 - escritura de doação da casa religiosa; 1354 - D. Afonso Sanches pede a seu filho, em testamento, que termine os edifícios do convento; 1525, 20 Ab. - Carta do corregedor António Correia sobre o estado do mosteiro e das sepulturas dos fundadores e seus descendentes; 1526 - construção do arco da capela-mor; construção da Capela dos Fundadores, com invocação de Nossa Senhora da Conceição; a Abadessa D. Isabel de Castro, manda construir o coro alto; 1623 - a abadessa D. Catarina de Lima, manda dourar e colocar azulejos na Capela dos Fundadores; 1650 - o convento encontrava-se bastante arruinado, pedindo a abadessa Madre Mariana de São Paulo, ao rei, às autoridades eclesiásticas e às famílias das freiras internadas, ajuda para reconstruir o convento; séc. 16, finais - colocação do retábulo do coro baixo; 1666 / 1669 - pintura do Milagre da Berengária, encomendada ela abadessa D. Francisca dos Serafins; 1686 - feitura do órgão, por 8 mil cruzados; 1687 - obra de carpintaria feita por Pedro Ferreira; 1732 / 1734 - execução do cadeiral do coro baixo pelo entalhador João Gomes de Carvalho; 1758, 14 Maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Francisco de Lima Azevedo Camelo Falcão, é referido o Convento, os respetivos fundadores e o facto de terem existido aspirações ao padroado, por parte dos Condes de Cantanhede; 1775 - construção do órgão junto ao coro alto por Francisco António Solha; 1777 - Leonardo Lopes de Azevedo, a rogo das filhas deu um avultado contributo para iniciar as obras do convento; 1778, 29 Junho - início da reconstrução das dependências conventuais; 1790, cerca de - encontrava-se concluída a ala S.; séc. 19, início - as obras do convento foram suspensas durante as invasões francesas; 1816 - as obras foram retomadas; 1825 - as obras foram novamente suspensas; 1834 - extinção das ordens religiosas; 1893, 21 Maio - morte da última abadessa do convento, D. Ana Augusta do Nascimento; séc. 19, finais - aquando da morte da última freira do Convento de Santa Clara, e por intervenção do Monsenhor José Augusto Ferreira, foram levadas várias peças para a Igreja Matriz (v. PT011316280003), nomeadamente, uma custódia de prata, ouro e pedra preciosas, um cálice de prata dourada, do séc. 18, um pálio, um paramento verde, um branco, um roxo e um preto e uma imagem do Senhor Morto; 1929 / 1932 - diversas obras de remodelação na igreja e dependências conventuais, nomeadamente a remoção dos azulejos hispano-mouriscos da Capela dos Fundadores, nave e Sala do Capítulo; parte deles foram colocados na Biblioteca Pública Municipal do Porto (v. PT011312120035); 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126. Dinis, e sua mulher, D. Teresa Martins de Meneses, do qual apenas resta a igreja gótica; na Carta de Fundação do convento, são dados grandes privilégios à abadessa, determina-se que o convento tivesse quatro capelães, com a obrigação de rezar quatro missas na capela, uma pelo rei D. Dinis, outra por D. Afonso Sanches e por Teresa Martins; 1319 - escritura de doação da casa religiosa; 1354 - D. Afonso Sanches pede a seu filho, em testamento, que termine os edifícios do convento; 1525, 20 Ab. - Carta do corregedor António Correia sobre o estado do mosteiro e das sepulturas dos fundadores e seus descendentes; 1526 - construção do arco da capela-mor; construção da Capela dos Fundadores, com invocação de Nossa Senhora da Conceição; a Abadessa D. Isabel de Castro, manda construir o coro alto; 1623 - a abadessa D. Catarina de Lima, manda dourar e colocar azulejos na Capela dos Fundadores; 1650 - o convento encontrava-se bastante arruinado, pedindo a abadessa Madre Mariana de São Paulo, ao rei, às autoridades eclesiásticas e às famílias das freiras internadas, ajuda para reconstruir o convento; séc. 16, finais - colocação do retábulo do coro baixo; 1666 / 1669 - pintura do Milagre da Berengária, encomendada ela abadessa D. Francisca dos Serafins; 1686 - feitura do órgão, por 8 mil cruzados; 1687 - obra de carpintaria feita por Pedro Ferreira; 1 janeiro - contrato para a feitura da obra de talha do teto da igreja, por Cristóvão de Sampaio; 1689, 5 julho - contrato com Cristóvão de Sampaio para a feitura dos tronos, sacrário, camarim e acrescento do retábulo-mor, por 200$000; 1691, 2 abril - revogado o contrato de acréscimo do retábulo-mor, por o entalhador não ter concretizado a obra; 6 novembro - contrato para a pintura e douramento do retábulo-mor, tribuna e dois retábulos colaterais por Mateus Nunes de Oliveira, João da Silva e Manuel Ferreira, por cinco mil cruzados; 1693, 28 outubro - contrato com Filipe da Silva para a feitura do retábulo, ilhargas e teto da capela do Evangelista por 400$000; 1694, 22 junho - contrato com Mateus Nunes de Oliveira e João da Silva para a pintura e douramento do retábulo, teto e arco da Capela do Evangelista, por 350$000; 1696, 15 março - contrato para a armação e forro do coro com o capitão Domingos Lopes, por 1.730$000; 1697, 23 julho - contrato para o douramento da Capela do Evangelista por Paulo da Costa, por 430$000; 13 setembro - contrato com Filipe da Silva para a feitura do retábulo da Capela de Nossa Senhora da Conceição; 1697, 15 novembro - contrato com António de Azevedo Fernandes para a feitura de uma estante de coro, semelhante à do Mosteiro de Santo Tirso, por 300$000; 1699, 18 julho - contrato para a feitura da tribuna, uma caixa de órgão e um ornato de talha com João da Costa, por 190$000; 24 julho - contrato para a pintura e douramento da Capela e retábulo de Nossa Senhora da Conceição por Paulo da Costa, por 660$000; 1732 / 1734 - execução do cadeiral do coro baixo pelo entalhador João Gomes de Carvalho; 1758, 14 Maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Francisco de Lima Azevedo Camelo Falcão, é referido o Convento, os respetivos fundadores e o facto de terem existido aspirações ao padroado, por parte dos Condes de Cantanhede; 1775 - construção do órgão junto ao coro alto por Francisco António Solha; 1777 - Leonardo Lopes de Azevedo, a rogo das filhas deu um avultado contributo para iniciar as obras do convento; 1778, 29 Junho - início da reconstrução das dependências conventuais; 1790, cerca de - encontrava-se concluída a ala S.; séc. 19, início - as obras do convento foram suspensas durante as invasões francesas; 1816 - as obras foram retomadas; 1825 - as obras foram novamente suspensas; 1834 - extinção das ordens religiosas; 1893, 21 Maio - morte da última abadessa do convento, D. Ana Augusta do Nascimento; séc. 19, finais - aquando da morte da última freira do Convento de Santa Clara, e por intervenção do Monsenhor José Augusto Ferreira, foram levadas várias peças para a Igreja Matriz (v. PT011316280003), nomeadamente, uma custódia de prata, ouro e pedra preciosas, um cálice de prata dourada, do séc. 18, um pálio, um paramento verde, um branco, um roxo e um preto e uma imagem do Senhor Morto; 1929 / 1932 - diversas obras de remodelação na igreja e dependências conventuais, nomeadamente a remoção dos azulejos hispano-mouriscos da Capela dos Fundadores, nave e Sala do Capítulo; parte deles foram colocados na Biblioteca Pública Municipal do Porto (v. PT011312120035); 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126; 2014, 18 março - publicação da abertura do procedimento de ampliação da classificação como Monumento Nacional da Igreja, de modo a incluir o convento, no Anúncio n.º 65/2014, DR, 2.ª série, n. 54.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes e sistema estrutural misto.

Materiais

Granito aparente, parte do tecto revestido a madeira, túmulos dos Fundadores em calcário de Ançã.

Bibliografia

A casa de correcção do distrito do Porto, O Primeiro de Janeiro, 22 de Março de 1903; ASSUNÇÃO, T. Lino d' - As últimas freiras, Porto, 1894; BARBOSA, Inácio de Vilhena - As Cidades e Vilas da Monarquia Portuguesa que têm brasão de armas, vol. III, Lisboa, 1862, pp. 149 - 151; BRANDÃO, Domingos de Pinho - Obra de Talha Dourada, ensamblagem e pintura na cidade e na Diocese do Porto, Documentação, vol. I (séculos XV a XVI), Porto, Diocese do Porto, 1984; CAPELA, José Viriato, MATOS, Henrique e BORRALHEIRO, Rogério - As freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758 - Memórias, História e Património, Braga, Universidade do Minho, 2000; CHICÓ, Mário Tavares e NOVAIS, Mário - A Arquitectura Gótica em Portugal, Lisboa, 1954; CORREIA, Virgílio - Três Túmulos, Lisboa, 1924; CORREIA, Virgílio - Santa Clara de Vila do Conde, Diário de Coimbra, Coimbra, 20 de Fevereiro de 1939; FERREIRA, Monsº J. Augusto - Vila do Conde e seu Alfoz. Origens e Monumentos, Porto, 1923; FERREIRA, Monsenhor, J. Augusto - Os Túmulos de Santa Clara de Vila do Conde, Porto, 1925; FERREIRA, Monsenhor J.Augusto - Vila do Conde. Matriz e Igrejas do Mosteiro de Santa Clara de Azurara e de Rio Mau, in Colecção A Arte em Portugal, Porto, 1928; FREITAS, Eugénio de Andrea da Cunha e - Artes e Artistas em Vila do Conde, Museu, II série, nº 4, Porto, 1962; GONÇALVES, Flávio - Duas Pinturas Seicentistas do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde in Suplemento de Cultura e Arte de O Comércio do Porto, Porto, 23 de Junho de 1964; GONÇALVES, Flávio - Uma Série de Painéis do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde, Boletim Vila do Conde, nº 5, Barcelos, 1964; GONÇALVES, Flávio - A Talha no Concelho de Vila do Conde, Exposição Fotográfica, Catálogo, Vila do Conde, 1978; Ministério das Obras Públicas - Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; MONTEIRO, Manuel - Os Túmulos dos Fundadores do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde, Arte Arquivo de Obras de Arte, ano V, Porto, 1909; Museu Nacional do Porto, O Primeiro de Janeiro, Porto, 20 de Fevereiro de 1903; NEVES, Joaquim Pacheco - Vila do Conde, Vila do Conde, 1991; OLIVEIRA, Eduardo Pires de - O edifício do Convento do Salvador - De mosteiro de freiras ao Lar Conde de Agrolongo, Braga, 1994; PEIXOTO, Rocha - O saque d' um Convento, O Primeiro de Janeiro, 21 de Fevereiro de 1903; Santa Clara de Vila do Conde, Boletim nº 14, DGEMN, 1938; SANTOS, Reynaldo dos - Oito Séculos de Arte Portuguesa História e Espírito, vol. II, Lisboa, s.d.; VALENÇA, Manuel - A Arte Organística em Portugal, vol. II, Braga, 1990; VIEIRA, José Augusto - O Minho Pitoresco, tomo II, Lisboa, 1887; VITERBO, Sousa - Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses, Vol. I, Lisboa, 1899.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

DGPC: DGEMN:DSID; DGARQ/TT: Gavetas da Torre do Tombo, nº 2, maço 9, doc. 41.

Intervenção Realizada

DGEMN: 1929 / 1930 / 1931 / 1932 - obras de restauro, consolidação e reconstituição; remoção dos azulejos hispano-árabes da capela dos fundadores, da nave e da Sala do Capítulo; 1989 - recuperação do coro; 1990 - recuperação do telhado; 1991 - instalação do ramal de energia elétrica; IPPAR: consolidação em algumas paredes e teto do coro.

Observações

*1 - DOF: Igreja de Santa Clara, compreendendo os túmulos, designadamente os dos fundadores D. Afonso Sanches e Teresa Martins; *2 - segundo os cronistas, havia três cruzes, uma delas bizantina, com uma relíquia da Coroa de Espinhos, oferecida ao convento pelo rei D. Dinis. A cruz encontra-se no Museu de Arte Antiga, em Lisboa (v. PT031106370084).

Autor e Data

Isabel Sereno 1994

Actualização

Ana Filipe 2014
 
 
 
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