Igreja Paroquial de Campos / Igreja de São Vicente

IPA.00001088
Portugal, Braga, Vieira do Minho, União das freguesias de Ruivães e Campos
 
Arquitectura religiosa, barroca e neoclássica. Igreja paroquial com planta longitudinal de uma só nave precedida por nártex e fachada principal do tipo fachada-torre, com portal em arco pleno, nicho e dupla sineira. Decoração interior com retábulos de talha policroma, o lateral e retábulo-mor neoclássico e os colaterais barrocos.
Número IPA Antigo: PT010311030017
 
Registo visualizado 347 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudial composta, com vestíbulo, nave única e capela-mor adossados em eixo e sacristia adossada à esquerda. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de duas e uma águas. Fachadas percorridas por cornija, com pilastras nos cunhais encimados por pináculos e cruz sobre acrotério ao centro. Fachada principal orientada a O., com portal de arco de volta inteira *2 sobrepujado por nicho concheado enquadrado por pilastras e encimado por frontão de aletas interrompido e concha, com a imagem de Nossa Senhora da Conceição, ladeado por duas cartelas ovais com inscrição *3. Rematada com cornija e torre com duas sineiras em arco de volta inteira coroada por pináculos e cruz sobre acrotério ao centro. Alçados laterais desiguais, tendo o direito janela de iluminação do coro-alto, dois janelões rectangulares e porta de verga recta na nave e dois janelões de verga curva na capela-mor, e o esquerdo escada de dois lanços de acesso à torre sineira e à capela-mor, porta e escada de acesso ao púlpito e janela de iluminação da nave, e dois janelões na capela-mor parcialmente tapados pela sacristia. Interior de pedra nua, coro-alto, no nártex, assente em traves de madeira com balaustrada de madeira, janela de iluminação à direita e porta de acesso à esquerda, sub-coro com pia baptismal à esquerda. Colateralmente, dois altares de talha policroma de invocação de Nossa Senhora de Fátima, o do lado da Epístola e do Sagrado Coração de Jesus, o do lado da Evangelho, dois janelões rectangulares e porta com pia de água benta gomada à direita e janelão rectangular e porta de acesso a um púlpito de base quadrangular sobre mísula de granito, com balaustrada em pau-preto, à esquerda. Arco triunfal em arco de volta inteira revestido de talha policroma ladeado por dois altares, o do lado da Epístola da invocação de São Manuel e o do lado do Evangelho da invocação de Nossa Senhora do Rosário. Pavimento em granito polido e tecto de perfil curvo, em madeira. Capela-mor rebocada e pintada a branco com lambril de azulejos azuis, brancos e amarelos, quatro janelões rectangulares para iluminação e porta de acesso à sacristia com sanefa de talha, à esquerda. Altar-mor de talha policroma com trono eucarístico e as imagens de Cristo na cruz, ladeado por duas mísulas com o padroeiro São Vicente e São Francisco. Pavimento em granito polido e tecto de perfil curvo em estuque pintado, com cena eucarística por motivo central. Sacristia com porta para o adro e janela de iluminação, conserva um banco tulha *4 e um lavabo em pedra.

Acessos

Largo da Igreja

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, na parte N. da povoação, voltado para um largo com cruzeiro *1 ao centro, onde confluem diversos caminhos da aldeia, rodeado de habitações, algumas setecentistas. Possui um adro empedrado, cerrado por muro de pedra e grades de ferro, com acesso ao portal principal por portão de ferro com dois pináculos a ladear o vão. Possui no lado S. um acentuado desnível em relação ao caminho, com possante muro de suporte de terras e acesso ao adro por escadaria de pedra com corrimão em ferro e portão em ferro ladeado de pináculos.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 17 - Provável construção da igreja; 1711 - remodelação da fachada principal; 1758 - a igreja é referida nas Memórias Paroquiais como sendo "o orago da freguesia e igreja é de São Vicente Mártir. Tem três altares como é o altar-mor e dois colaterais abaixo do arco. O altar-mor tem os santos seguintes: São Vicente Mártir orago, o tabernáculo do Santíssimo Sacramento e um altar colateral da administração da freguesia tem o Bom Jesus da Boa Morte, o Menino Deus, São Sebastião Mártir, e no altar tem São Caetano. O outro altar tem a Senhora do Rosário, Santa Ana, São Francisco das Chagas e no alto tem São Felipe Apóstolo... não tem naves somente um bom campanário que serve de Cabido. A igreja com três arcos e dois sinos e tem no frontispício a imagem da Senhora da Conceição. Somente tem um princípio de Irmandade do Santíssimo Sacramento e a Confraria da Senhora do Rosário; 1841 - provável reforma da igreja.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Estrutura, escadas de acesso ao púlpito e ao coro-alto e sineira, base do púlpito, pia baptismal e pias de água benta em granito; pavimentos em granito polido; tecto da nave, portas, janelas, balaustradas e altares em madeira; tecto da capela-mor em estuque.

Bibliografia

VIEIRA, Pe. Alves, Vieira do Minho. Notícia Historica e Descriptiva, Vieira do Minho, 1925, pp. 269 (Fig. 116), 347 - 349; VvAa, Dicionário Enciclopédico das Freguesias, vol. 1, 1997, p. 146.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1942 - Arranjo do adro com colocação de pináculos a ladear o vão de acesso O.; 1997 - remoção dos rebocos das paredes; substituição dos pavimentos e recuperação dos tectos.

Observações

*1 - Este cruzeiro tem gravada a data de 1600; *2 - Este vão, assim como dois vãos laterais, agora entaipados, constituiam um alpendre, provavelmente intervencionado aquando da modificação da fachada em 1711, conforme data da cartela que ladeia o nicho; *3 - Esta inscrição, de difícil compreensão, está datada do ano de 1711; *4 - Este banco tulha servia para guardar o milho que, anualmente, os paroquianos entregavam ao pároco como pagamento da côngrua.

Autor e Data

João Santos e António Dinis 1998

Actualização

 
 
 
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