|
Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre
|
Descrição
|
Planta longitudinal composta pela justaposição o topo de dois rectângulos, volumes articulados, cobertura homogénea efectuada por telhado a 4 águas. De 2 pisos separados por friso de cantaria, o edifício, em reboco pintado com soco e cunhais de cantaria, apresenta abertura de vãos de verga recta com emolduramento simples de cantaria, a ritmo regular. Regista-se alçado principal a N., composto por 3 corpos separados por pilastras de cantaria, dos quais se demarca o central, mais estreito: exibe piso térreo rasgado por portal de verga recta destacada - coincidente com a entrada principal - superiormente articulado com janela de peito, por meio de painel de cantaria recortado e lateralmente delimitado por aletas. Os corpos extremos, iguais (*1) apresentam-se ambos animados por 4 vãos de sacada encimados, ao nível do andar nobre, por janelas de sacada de verga recta destacada, com varandins em ferro fundido. O edifício é superiormente rematado por cornija e beiral (*2). |
Acessos
|
Rua Bartolomeu Dias, n.º 43 - 45 |
Protecção
|
Incluído na Zona Especial de Proteção da Torre de Belém (v. IPA.00004065) |
Enquadramento
|
Urbano. Integrando a frente da Rua Bartolomeu Dias, que efectua a transição entre a zona ribeirinha e a zona residencial do bairro de Belém. Na proximidade do Convento do Bom Sucesso (v. PT031106320288), do Centro Cultural de Belém (v. PT031106320401) |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
|
Devoluto |
Propriedade
|
Privada |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido. |
Cronologia
|
1688 - nasce no palácio Luís Vitório de Sousa da Mata Coutinho, filho dos proprietários do mesmo, o correio-mor do reino e sua esposa D. Isabel de Caffaro; 1696 - falece no palácio, o seu proprietário, Duarte de Sousa da Mata Coutinho, correio-mor do Reino, que aí residia com sua família, a propriedade era então limitada por aquela do convento do Bom Sucesso e pela quinta do conde de São Lourenço, tendo o alçado principal virado à Rua Direita do Bom Sucesso, junto à Travessa dos Peões; 1697 - é proprietário do imóvel Luís Vitório de Sousa da Mata Coutinho, filho e herdeiro de Duarte de Sousa da Mata Coutinho; 1717 - casamento do correio-mor Luís Vitorino de Sousa da Mata Coutinho com D. Joana Catarina de Meneses (filha de João Gonçalves da Câmara Coutinho, almotacé-mor do reino), e fixam residência do palácio; 1727 - a propriedade (que constava do palácio e de terras de cultivo) é adquirida por D. João V ao correio-mor Luís Vitório de Sousa da Mata Coutinho; 1750, depois de - a propriedade é vendida por D. José (visto a mesma não ser utilizada pela Coroa), passando para a posse de D. Fernando José Lobo, 1º conde e 2º marquês de Alvito e 5º conde de Oriola (1727 - 1778 ; 1872 - um hotel encontrava-se instalado no imóvel; 1892 - é proprietário Luís José Dejante; 1916-1952 - funciona no edifício a fábrica de conservas alimentares M. A. Brito e Companhia, propriedade da firma Cordeiro, Santos & Ferreira Lda.; 1941-1942 - campanha de obras decorrente de um incêndio. |
Dados Técnicos
|
Paredes autoportantes |
Materiais
|
Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira, vidro, azulejos |
Bibliografia
|
Guia do Viajante em Belém, Lisboa, 1872 ; SANCHES, José Dias, Belém Através dos Tempos, Lisboa, 1940 ; FERREIRA, Godofredo, Dos Correios-Mores do Reino aos Administradores Gerais dos Correios e Telégrafos, 3ª ed., Lisboa, 1963 ; SANCHES, José Dias, Belém do Passado e do Presente, Lisboa, 1964 ; FREITAS, Eduardo, CALADO, Maria, FERREIRA, Vítor Matias, Lisboa : Freguesia de Belém, Lisboa, 1993. |
Documentação Gráfica
|
CML |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
CML: Arquivo de Obras, Procº nº 9809 |
Intervenção Realizada
|
PROPRIETÁRIO: 1892, Junho - construção de um barracão coberto no pátio da propriedade; 1916, Outubro - construção de um edifício com entrada pela Rua Bartolomeu Dias; 1918, Janeiro - alterações e adaptação do edifíico à fábrica de conservas alimentares; 1924, Maio - construção no interior da fábrica de depósitos em cimento armado e cobertura de outros depósitos de alvenaria existentes; 1924, Junho - cobertura dos corredores de serviço do edifício; 1940, Maio - obras gerais de beneficiação exterior e interior; 1941, Setembro - reconstrução de parte da fábrica na sequência do incêndio ocorrido; 1941, Dezembro - reposição da cobertura consumida pelo incêndio; 1942, Janeiro - reconstrução do telhado; 1952, Julho - alargamento do portal de acesso ao interior; 1952, Dezembro - obras gerais de limpeza exterior; 1956, Julho - obras gerais de beneficiação exterior; 1966, Janeiro - remodelação das canalizações e esgotos; 1975, Agosto - obras de beneficiação da fachada principal. |
Observações
|
*1 - excepto no que diz respeito ao vão do extremo E. do corpo a O., correspondente a uma porta aberta posteriormente. *2 - o acesso ao interior foi impossibilitado por o imóvel se encontrar devoluto e não ter sido possível identificar o proprietário. |
Autor e Data
|
Teresa Vale, Maria Ferreira e Sandra Costa 2001 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |