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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta longitudinal, simples regular, com uma linha quebrada formando ângulo saliente à entrada. Não há coincidência exterior / interior. Volumes articulados; a disposição é em verticalidade emprestada pelo volume das torres; tem cobertura diferenciada de telhado de quatro águas na torre e terraço. Fachada principal voltada a S., sem embasamento com dois panos; num, de um único piso, rasga-se a porta com frontão de volutas, aberto decorado, rematado em friso e gradeamento de ferro; o outro pano é o da torre adossada, de planta quadrada, marcado por contrafortes, cantaria de embasamento, e friso que o divide em dois pisos: no 1º abre-se um óculo oval de iluminação e no 2º destaca-se uma cartela esculpida; este pano remata em cornija continuada sobreposta por pano de sineira; na cobertura erguem-se 4 urnas. Existe um corpo adossado perpendicularmente a esta fachada formando canto, onde se abre um arco em asa de cesto que leva a uma porta; remata em empena simples, a que se sobrepõe torre sineira de empena angular com cruz a coroá-la. As outras fachadas são as da torre e desenvolvem-se de modo semelhante à já descrita. A de E. é cega, a de 0. tem porta de arco abatido, e na de N. rasga-se, no 1º piso, uma porta de arco abatido, e no 2º um óculo oval. O acesso ao INTERIOR faz-se por 3 degraus descendentes; espaço único coberto por abóbada de berço; paredes e abóbada com revestimento azulejar, representando passos da vida de São Filipe nas paredes laterais e escudo régio na abóbada; a capela-mor, a que se acede por arco de volta perfeita, tem um altar de talha dourada e é coberta de azulejos formando pequenos painéis cuja temática é dedicada a cenas da vida da Virgem; na abóbada, revestimento de azulejos de composição figurativa, ilustrando a Assunção da Virgem, pintura realizada Policarpo de Oliveira Bernardes (assinado e datado 1736) a partir de uma gravura de Rubens representando a Assunção da Virgem*1; a iluminação é dada pelas portas e por uma janela que se abre do lado da Epístola num pano que remata em arco abatido, fronteiro a outro cego. |
Acessos
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Rua do Castelo, Fortaleza de São Filipe |
Protecção
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Incluído na Zona de Proteção da Fortaleza de São Filipe (v. PT031512010008) |
Enquadramento
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Rural. Eleva-se no interior da Fortaleza de São Filipe, no alto de um monte, sobranceira à linha de água, com vista sobre a cidade, em harmonia com o meio, à esquerda de um arco que dá acesso à esplanada principal da Fortaleza. Está embebida na muralha daquela, adossada a edificação moderna (Pousada de São Filipe); servem-lhe de adro dois conjuntos em ângulo recto de amplos degraus, que conduzem à sua porta. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Religiosa: capela |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Filipe Terzi (séc. 16). ENGENHEIRO: Leonardo Torreano (séc. 16). PINTOR DE AZULEJOS: Policarpo de Oliveira Bernardes (1736). |
Cronologia
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Séc. 16 - Construção da igreja, integrada na Fortaleza de São Filipe, com projecto do arquitecto (1520-1597) e concluída depois da morte deste; os trabalhos foram dirigidos pelo engenheiro Leonardo Torreano; 1736 - execução dos azulejos do interior assinados por Policarpo de Oliveira Bernardes; 1868, 10 Fevereiro - incêndio causa alguns estragos. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Alvenaria, cantaria, cerâmica de azulejos e telhas. |
Bibliografia
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Castelos e Fortalezas da Costa Azul, Região de Turismo da Costa Azul, Setúbal, s.d.; Igrejas e Capelas da Costa Azul, Região de Turismo da Costa Azul, Setúbal, s.d.; MECO, José, Azulejaria Portuguesa, Lisboa, 1985; SILVA, José Custódio Vieira da, Setúbal, Lisboa, 1990. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - A Assunção da Virgem pintada por Rubens e divulgada através de gravuras foi abundantemente utilizada pelos pintores de azulejo no séc. 18: Abóbada do corredor da sacristia do Santuário de Nossa Senhora (Nazaré), Capela da Quinta das Encostas (Sassoeiros, Carcavelos), Nave do Santuário de Nossa Senhora do Porto de Ave (Póvoa de Lanhoso), abóbada da capela-mor da Igreja do Convento de São Francisco (Faro), Capela de Santo Amaro (Oeiras), Nave da Igreja de Santa Maria (Setúbal). |
Autor e Data
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Albertina Belo 1996 |
Actualização
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Cecília Matias 2001/ Paula Correia 2002 |
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