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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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| Planta longitudinal composta, nave e capela-mor de planta rectangular justaposta, com anexo adossado a S.. Volumes escalonados com cobertura diferenciada em telhados de 1 e 2 águas. Fachada principal orientada a O., de pano único enquadrado por cunhais apilastrados e rematado por empena angular com cruz na parte terminal; portal axial com volutas nas ombreiras e elaborado frontão de perfil mistilíneo, encimado por janelão de verga recta; no portal a inscrição coroada: "Nossa Senhora das Neves Veni Coronaberis"; dos lados pequenos painéis de azulejos seiscentistas figurando São Sebastião e Santa Marta; do mesmo lado adossa-se a torre sineira prismática, com cunhais encimados por pináculos e remate em coruchéu piramidal. Fachada posterior cega com empena angular. Fachada lateral N. composta pelos volumes escalonados da nave e da capela-mor; na nave rasga-se porta e janela sobreposta de verga recta. A fachada lateral S. repete a mesma volumetria; na nave rasga-se um portal com frontão triangular interrompido por cruz e lacrimais na pedra de fecho; na capela-mor assinalam-se contrafortes em talude. INTERIOR: nave única com tecto de 3 planos longitudinais em madeira; coro alto apoiado em colunas toscanas; sob o coro-alto rasga-se o vão de acesso à capela baptismal, do lado do Evangelho; do mesmo lado adossa-se o púlpito com caixa em madeira e rasga-se vão semicircular para altar; na verga da porta do púlpito a data inscrita de 1654; os alçados laterais são revestidos com um silhar baixo de azulejos de padrão seiscentista, misturados; na parede do lado da Epístola um painel de azulejos da mesma época, com moldura de grotescos, representa a padroeira; 2 nichos para imagens dos lados do arco triunfal; este, de perfil semicircular, estriba-se em pilastras toscanas. Capela-mor com abóbada de berço, com as paredes laterais integralmente cobertas por azulejos de padrão seiscentista; retábulo do altar-mor em cantaria. |
Acessos
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| EM 1172; Largo da Igreja |
Protecção
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Enquadramento
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| Urbano, planalto, isolada. A igreja está implantada no meio de um adro empedrado com seixo rolado e arborizado, cercado por muro, aonde confluem várias ruas da povoação; ao lado passa a estrada municipal que liga Parceiros da Igreja a Resgais. O muro é rasgado por vários portões, com a data de 1868. No adro um cruzeiro em cantaria, com os instrumentos da Paixão relevados e a data inscrita de 1735. |
Descrição Complementar
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| Na capela lateral da nave, apoiada em peanha, a imagem da padroeira. |
Utilização Inicial
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| Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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| Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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| Privada: Igreja Católica (Diocese de Santarém) |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 17 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| Desconhecido |
Cronologia
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| Séc. 17 - data provável de construção da igreja, que já estaria concluída em 1654, data inscrita na verga da porta do púlpito; séc. 18, 2ª metade - inclusão dos portais principal e lateral S. e do retábulo da capela-mor; 1997, 05 fevereiro - proposta como imóvel com interesse patrimonial no PDM de Torres Novas, DR, n.º 30. |
Dados Técnicos
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| Estrutura mista (capela-mor) e paredes autoportantes (nave) |
Materiais
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| Estrutura em alvenaria de pedra, rebocada e caiada. Cantaria em molduras, colunas, mísulas e peanhas. Telha cerâmica. Azulejos em revestimentos internos. Pavimento em cantaria e tijoleira. |
Bibliografia
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| A.N.T.T., Dicionário Geográfico de Portugal, vol. 30, maço 256, p. 1927; GONÇALVES, Artur, Mosaico Torrejano, Torres Novas, 1936; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, vol. V, Distrito de Santarém, 1949; ALMEIDA, José António Ferreira de (coord.), Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; BICHO, Joaquim Rodrigues, Património Artístico do Concelho de Torres Novas, Torres Novas, s.d.; BICHO, Joaquim Rodrigues, Templos do Concelho de Torres Novas, Torres Novas, 1992; PEREIRA, Isaías da Rosa, Visitas Paroquiais na Região de Torres Novas (séc. XVII-XVIII), Torres Novas, 1992; 1949; LOPES, João Carlos, Torres Novas e o seu termo no meio do século XVIII. As Memórias Paroquiais, Torres Novas, 1998. |
Documentação Gráfica
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| IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Fotográfica
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| IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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| Em 1758 a igreja tinha 4 altares: o altar-mor com as imagens de Nossa Senhora das Neves e do Divino Espírito Santo; o altar colateral da direita com a imagem do Crucificado, sede da irmandade das almas; do lado oposto o altar de Nossa Senhora do Rosário, com juiz, escrivão e 4 mordomos e um segundo altar, na nave, com as imagens de vulto de Santo António, São Sebastião e Santa Luzia e um painel de Santa Marta. Na visitação efectuada à igreja em 1760, por ordem do patriarca de Lisboa, é referido um retábulo em talha dourada no altar-mor com banqueta e todos os ornamentos necessários; no retábulo colateral do Evangelho não havia paramentos nem alfaias para se celebrar o ofício da missa e por isso foi o mesmo reprovado, tendo sido solicitados os irmãos da respectiva irmandade a providenciarem a aquisição das peças referidas; faltavam ainda cruzes no altar de Nossa Senhora do Rosário e do Senhor Jesus, pertencente à irmandade das Almas. Existiam 5 irmandades na igreja, todas eclesiásticas: do Santíssimo, do Espírito Santo, de Nossa Senhora das Neves, do Rosário e das Almas. Na freguesia havia uma ermida, em Parceiros de São João, filiada à igreja paroquial, dedicada a São João Baptista, com um só altar. A igreja paroquial era anexa à igreja de Santa Maria de Torres Novas. A freguesia tinha então 142 fogos, com 441 habitantes. |
Autor e Data
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| Isabel Mendonça 2000 |
Actualização
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