Capela de Nossa Senhora da Piedade e das Sete Dores

IPA.00010207
Portugal, Santarém, Chamusca, União das freguesias da Chamusca e Pinheiro Grande
 
Arquitectura religiosa, rococó. Capela de planta exteriormente rectangular, interiormente composta por nave oval e capela-mor rectangular rodeadas por anexos; nave coberta por cúpula sem tambor, capela-mor por abóbada de arestas. Nos anexos tinham lugar a sala da irmandade e do sacristão. Os vãos das fachadas exteriores mostram molduras movimentadas, algumas de perfil de inspiração borrominesca.
Número IPA Antigo: PT031407010010
 
Registo visualizado 97 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Capela / Ermida  

Descrição

Planta longitudina composta por 2 corpos rectangulares sem coincidência exterior/inteerior na nave, com anexos adossados. Volumes articulados com cobertura diferenciada em telhados de 2 águas sobre a nave e a capela-mor, de 1 água sobre os anexos; sobre o telhado de 2 águas, a nascente, apoia-se uma sineira. Fachada principal virada a NO. de 3 panos e 2 pisos: o pano central ladeado por pilastras, rasgado por portal e janelão axiais e por 2 janelas dos lados do portal, é encimado por frontão semicircular vazado por óculo, com cruz no vértice e 2 urnas dos lados; os 2 panos laterais com empena oblíqua e idêntico vazamento de 1 porta e 1 janela axiais; o portal moldurado, de verga recta, é encimado por sobreverga contracurvada e enquadrado por volutas e brincos; no tímpano, ladeado de volutas, uma cartela envolutada com uma inscrição em latim alusiva à construção da igreja e a data de 1755; o janelão superior igualmente moldurado mostra verga e sobreverga em arco segmentar. Fachada posterior rasgada por pequenas frestas molduradas e rematada por empena angular. Fachada lateral N. de pano único encimado por cornija e 2 pisos rasgados por 4 frestas molduradas, 1 porta e 2 janelas. Fachada lateral S. idêntica rasgada por 4 janelas ferradas. No INTERIOR a nave de paredes curvas com cimalha envolvente é coberta por cúpula oval sulcada por faixas, apoiada em trompas e centrada por cartela rococó; 2 arcos semicirculares apoiados em pilastras toscanas separam a nave do coro e da capela-mor; 2 falsos arcos de perfil idêntico apoiados no entablamento e em pilastras repetem-se no eixo transversal da nave; sobre a porta de entrada o coro alto com balaustrada de madeira apoia-se em arco em asa de cesto; dos lados da porta 2 pias de água benta em cantaria; na parede da nave do lado do Evangelho rasga-se uma janela com rótulas, encimada por sanefa em madeira, do lado oposto adossa-se um púlpito de caixa quadrangular em talha dourada sobre fundo pérola assente em base de cantaria; junto ao arco triunfal 2 nichos com imagens; a cimalha da nave prolonga-se nos alçados laterais da capela-mor, recebendo a descarga de 2 falsos arcos e de um terceiro arco na parede fundeira, onde se encaixa o retábulo em talha dourada sobre fundo pérola, com tribuna e peanhas; nas paredes laterais rasgam-se 1 porta e 1 janela com sanefa; uma abóbada de arestas cobre a capela-mor; no pavimento a sepultura de Manuel Rodrigues e sua mulher, datada de 1775. Na sacristia, a N. da capela-mor, um arcaz e um lavabo em cantaria.

Acessos

Lg. de Nossa Senhora das Dores.

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, planície, isolada. Implantação harmónica na malha urbana, com a fachada principal abrindo para um largo formado pela confluência de 3 ruas. A O. uma travessa empedrada reservada a peões; a S. o Beco de Nossa Senhora das Dores.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: capela

Utilização Actual

Religiosa: capela

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ENTALHADOR: Luís Caetano do Amaral

Cronologia

1753 - início da construção da capela patrocinada por Manuel Rodrigues Laranjinha, que despendeu com a obra total 3.179$736 (TECEDEIRO, p. 856); 1759 - inauguração; 1760 - a capela é referida pelo visitador do patriarca de Lisboa; 1761 - criação da casa para o sacristão; 1762 - pintura das grades do coro; 1767 - colocação de cantarias nas janelas da fachada principal; 1770 - construção da varanda para o órgão; 1773 - colocação de grades nas janelas; 1775 - colocação do actual altar-mor, da caixa do púlpito e do órgão (já desaparecido), da autoria de Luís Caetano do Amaral, artista local; no mesmo ano Manuel Rodrigues Laranjinha é sepultado no interior do templo; 1831 - a capela passou para a posse da Misericórdia; 1842 - a capela passou de novo para a posse da paróquia da Chamusca.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante

Materiais

Estrutura em alvenaria de pedra e cal rebocada e caiada; cobertura de telha cerâmica; molduras de vãos em pedra calcária; portas e janelas em madeira e vidro; paramentos internos estucados e caiados; molduras de vãos, entablamento, pilastras e arcos em pedra calcária; pavimentos em pedra e tijoleira; balaustrada e sanefas em madeira; púlpito e retábulo em madeira entalhada, dourada e pintada; pias de água benta e lavabo e pedra calcária.

Bibliografia

PEREIRA, Isaías da Rosa, Visitas Paroquiais na Região de Torres Novas (séc. XVII-XVIII), Torres Novas, 1992; TECEDEIRO, Luís António Vaz, A Religião pelo Concelho da Chamusca - Igrejas e Capelas, vol. III, Alpiarça, 1999.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

A capela foi sede da irmandade de Nossa Senhora da Piedade e das Sete Dores, que nela funcionou entre 1760 e 1836.

Autor e Data

Isabel Mendonça 2001

Actualização

 
 
 
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