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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta longitudina composta por 2 corpos rectangulares sem coincidência exterior/inteerior na nave, com anexos adossados. Volumes articulados com cobertura diferenciada em telhados de 2 águas sobre a nave e a capela-mor, de 1 água sobre os anexos; sobre o telhado de 2 águas, a nascente, apoia-se uma sineira. Fachada principal virada a NO. de 3 panos e 2 pisos: o pano central ladeado por pilastras, rasgado por portal e janelão axiais e por 2 janelas dos lados do portal, é encimado por frontão semicircular vazado por óculo, com cruz no vértice e 2 urnas dos lados; os 2 panos laterais com empena oblíqua e idêntico vazamento de 1 porta e 1 janela axiais; o portal moldurado, de verga recta, é encimado por sobreverga contracurvada e enquadrado por volutas e brincos; no tímpano, ladeado de volutas, uma cartela envolutada com uma inscrição em latim alusiva à construção da igreja e a data de 1755; o janelão superior igualmente moldurado mostra verga e sobreverga em arco segmentar. Fachada posterior rasgada por pequenas frestas molduradas e rematada por empena angular. Fachada lateral N. de pano único encimado por cornija e 2 pisos rasgados por 4 frestas molduradas, 1 porta e 2 janelas. Fachada lateral S. idêntica rasgada por 4 janelas ferradas. No INTERIOR a nave de paredes curvas com cimalha envolvente é coberta por cúpula oval sulcada por faixas, apoiada em trompas e centrada por cartela rococó; 2 arcos semicirculares apoiados em pilastras toscanas separam a nave do coro e da capela-mor; 2 falsos arcos de perfil idêntico apoiados no entablamento e em pilastras repetem-se no eixo transversal da nave; sobre a porta de entrada o coro alto com balaustrada de madeira apoia-se em arco em asa de cesto; dos lados da porta 2 pias de água benta em cantaria; na parede da nave do lado do Evangelho rasga-se uma janela com rótulas, encimada por sanefa em madeira, do lado oposto adossa-se um púlpito de caixa quadrangular em talha dourada sobre fundo pérola assente em base de cantaria; junto ao arco triunfal 2 nichos com imagens; a cimalha da nave prolonga-se nos alçados laterais da capela-mor, recebendo a descarga de 2 falsos arcos e de um terceiro arco na parede fundeira, onde se encaixa o retábulo em talha dourada sobre fundo pérola, com tribuna e peanhas; nas paredes laterais rasgam-se 1 porta e 1 janela com sanefa; uma abóbada de arestas cobre a capela-mor; no pavimento a sepultura de Manuel Rodrigues e sua mulher, datada de 1775. Na sacristia, a N. da capela-mor, um arcaz e um lavabo em cantaria. |
Acessos
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Lg. de Nossa Senhora das Dores. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, planície, isolada. Implantação harmónica na malha urbana, com a fachada principal abrindo para um largo formado pela confluência de 3 ruas. A O. uma travessa empedrada reservada a peões; a S. o Beco de Nossa Senhora das Dores. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Religiosa: capela |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENTALHADOR: Luís Caetano do Amaral |
Cronologia
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1753 - início da construção da capela patrocinada por Manuel Rodrigues Laranjinha, que despendeu com a obra total 3.179$736 (TECEDEIRO, p. 856); 1759 - inauguração; 1760 - a capela é referida pelo visitador do patriarca de Lisboa; 1761 - criação da casa para o sacristão; 1762 - pintura das grades do coro; 1767 - colocação de cantarias nas janelas da fachada principal; 1770 - construção da varanda para o órgão; 1773 - colocação de grades nas janelas; 1775 - colocação do actual altar-mor, da caixa do púlpito e do órgão (já desaparecido), da autoria de Luís Caetano do Amaral, artista local; no mesmo ano Manuel Rodrigues Laranjinha é sepultado no interior do templo; 1831 - a capela passou para a posse da Misericórdia; 1842 - a capela passou de novo para a posse da paróquia da Chamusca. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra e cal rebocada e caiada; cobertura de telha cerâmica; molduras de vãos em pedra calcária; portas e janelas em madeira e vidro; paramentos internos estucados e caiados; molduras de vãos, entablamento, pilastras e arcos em pedra calcária; pavimentos em pedra e tijoleira; balaustrada e sanefas em madeira; púlpito e retábulo em madeira entalhada, dourada e pintada; pias de água benta e lavabo e pedra calcária. |
Bibliografia
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PEREIRA, Isaías da Rosa, Visitas Paroquiais na Região de Torres Novas (séc. XVII-XVIII), Torres Novas, 1992; TECEDEIRO, Luís António Vaz, A Religião pelo Concelho da Chamusca - Igrejas e Capelas, vol. III, Alpiarça, 1999. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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A capela foi sede da irmandade de Nossa Senhora da Piedade e das Sete Dores, que nela funcionou entre 1760 e 1836. |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 2001 |
Actualização
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