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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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| Planta longitudinal composta, nave e capela-mor justapostas, a que se adossam anexos a S.. Volumes escalonados com cobertura diferenciada em telhados de 3, 2 e uma águas. Fachada principal virada a E. de pano único enquadrado por cunhal e pilastra e rematado por frontão contracurvado com cruz na parte terminal e pináculo sobre o cunhal; portal axial rectangular com lintel arquitravado encimado por janela com sobreverga contracurvada lavrada com volutas; à esquerda da fachada adossa-se a torre sineira, rasgada por 4 ventanas de verga redonda, com pináculos nos vértices e cobertura em coruchéu primático. Fachada posterior enquadrada por cunhais apilastrados e cimalha moldurada, rasgada por janela rectangular. Na fachada lateral S. os volumes da capela-mor e da nave com anexo adossado rasgado por janelas e uma porta de vergas rectas; entre o anexo e a torre sineira uma galilé antecedida por 2 arcos redondos. Na fachada N. os volumes da capela-mor rasgada por uma janela e uma fresta e da nave rasgada por janela moldurada. No INTERIOR a nave coberta por tecto em madeira de 5 planos, é antecedida por coro alto sobre o portal, assente em colunas toscanas de madeira marmoreada; junto ao coro, do lado do Evangelho a capela baptismal, com pia manuelina; um púlpito com guardas de balaústres adossa-se ao alçado do mesmo lado; junto ao arco triunfal 2 capelas antecedidas por arcos redondos sobre pilastras mostram 2 retábulos em pedra lavrada, com nichos rasgados para imagens; dos lados do arco triunfal silhares de azulejos recentes (feitos na Golegã, em 1994, por J. Santos e Pereira) figurando um rosário e uma alegoria mariana; por cima 2 nichos nas paredes, o do Evangelho com uma imagem polícroma de S. Vicente, em pedra, o da Epístola com a imagem de S. Sebastião, também em pedra polícroma, ambas atribuíveis a finais do séc. 15. O arco triunfal redondo assenta em pilastras com os pedestais e o extradorso lavrados, com a inscrição "Honorificentia Populi Nostri 1769". A capela coberta em abóbada de berço, mais estreita e menos profunda que a nave, mostra silhares de azulejos nas paredes laterais, com temas da vida de Cristo - a Apresentação no Templo e a Purificação de Nossa Senhora do lado do Evangelho, a Fuga para o Egipto do lado da Epístola - pintados a azul envolvidos por cercadura polícroma com ornatos rococó; no altar-mor um retábulo em pedra lavrada tardo-barroco, rasgado por tribuna; no portal de acesso à sacristia a data inscrita de 1723. |
Acessos
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| Largo Dois de Fevereiro |
Protecção
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Enquadramento
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| Urbano, encosta, isolado. A igreja está implantada em posição extrema em relação à povoação, no meio de um adro cercado por muro, delimitado a N. pelo cemitério, a S. pelas casas da aldeia; o desnível acentuado do terreno deste lado é vencido por escadaria de acesso; no adro, do lado S., vários edifícios de apoio aos paroquianos. Em frente à igreja, no largo para o qual deita a fachada principal, um cruzeiro com instrumentos da Paixão relevados e as placas apostas com as datas - 1140, 1640, 1940. |
Descrição Complementar
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| A imagem de São Vicente mostra ainda traços da policromia original e um "M" gótico na base. |
Utilização Inicial
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| Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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| Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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| Privada: Igreja Católica (Diocese de Santarém) |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 17 (conjectural) / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| Desconhecido. |
Cronologia
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| Séc. 17 - data provável de construção do primitivo templo; em 1676 a paróquia já existia; 1769 - restauro da igreja: reconstrução da capela-mor, com o seu arco triunfal; janelão da fachada principal; colocação do altar-mor e dos altares da nave; silhares de azulejos; 1997, 05 fevereiro - proposta como imóvel com interesse patrimonial no PDM de Torres Novas, DR, n.º 30. |
Dados Técnicos
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| Paredes autoportantes (nave); estrutura mista (capela-mor) |
Materiais
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| Estrutura em alvenaria de pedra, rebocada e caiada. Cantaria em molduras. Telha cerâmica. Azulejos em revestimentos internos. Pavimento em madeira e pedra. |
Bibliografia
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| A.N.T.T., Dicionário Geográfico de Portugal, vol. 42, m. 9, p. 4; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, vol. V, Distrito de Santarém, 1949; ALMEIDA, José António Ferreira de (coord.), Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; BICHO, Joaquim Rodrigues, Património Artístico do Concelho de Torres Novas, Torres Novas, s.d.; FREITAS, Manuel Fazenda, Elementos para a história da freguesia de Alcorochel, 1985; BICHO, Joaquim Rodrigues, Templos do Concelho de Torres Novas, Torres Novas, 1992; PEREIRA, Isaías da Rosa, Visitas Paroquiais na Região de Torres Novas (séc. XVII-XVIII), Torres Novas, 1992; LOPES, João Carlos, Torres Novas e o seu termo no meio do século XVIII. As Memórias Paroquiais, Torres Novas, 1998; BICHO, Joaquim Rodrigues, Pinceladas Torrejanas. Etnografia. História. Património, Torres Novas, 2000. |
Documentação Gráfica
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| IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Fotográfica
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| IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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| (1) Em 1758 a igreja ficava fora da povoação, embora nas suas proximidades; tinha então 3 altares: o altar-mor, do Santíssimo Sacramento, dedicado a Nossa Senhora da Purificação, com a imagem do orago; o altar do lado da Epístola dedicado a Nossa Senhora do Rosário, e o do Evangelho a São Sebastião, pertencente à irmandade do Santíssimo. Era então sede de 3 irmandades: do Santíssimo, de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora da Purificação. A igreja era anexa à igreja de Santa Maria, na vila de Torres Novas. Em 1760 a freguesia constava de 99 fogos, com 356 habitantes. (2) Segundo a lenda o templo foi construído fora da povoação, no local onde existia uma carrasqueira sobre a qual a imagem de Nossa Senhora da Purificação aparecera pela primeira vez; levada pelos habitantes para Alcorochel, voltava sempre à carrasqueira onde for a encontrada, situação que só se resolveu com a edificação da igreja. |
Autor e Data
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| Isabel Mendonça 2000 |
Actualização
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