Convento de São Francisco / Convento de Nossa Senhora dos Mártires

IPA.00001013
Portugal, Beja, Alvito, Alvito
 
Arquitectura religiosa, gótica, renascentista, maneirista, barroca, romântica. Convento fransciscano do qual restam apenas três alas, A composição das abóbadas pertence ainda ao gótico-final enquanto a planimetria, o portal da igreja, o portal lateral do nártex e a fenestração são já elementos característicos do tardo-renascimento e do barroco do Alentejo. Capela dos Reis Magos de feição maneirista. Retábulo-mor setecentista. A zona residencial, acrescentada á ala meridional apresenta características românticas. Constitui um dos edifícios mais importantes da região, localizado na antiga Herdade de Mujadarem, onde terá existido uma villa romana. O edifício particulariza-se pelo portal lateral do nártex, portal da igreja e pelas abóbadas nervuradas.
Número IPA Antigo: PT040203010019
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Convento masculino  Ordem de São Francisco - Franciscanos (Província dos Algarves)

Descrição

Planta quadrangular composta pela igreja e claustro central, e zona residencial acrescentada à ala S.. Igreja a O., de planta escalonada, composta por nave, capela-mor e a SO. endonártex de planta quadrangular. Na antiga horta a Capela dos Reis Magos de planta quadrangular. Cobertura diferenciada em quatro telhados de duas águas e pequeno mirante em terraço. Fachada principal orientada a S. de um pano rematado por cornija e beirado, com dois pisos; no superior seis janelas irregulares e no inferior uma janela central; acesso ao endonártex por arco amainelado em asa de cesto que enquadra dois arcos de volta perfeita apoiados ao centro num pilar toscano, de cantaria; forte cunhal de cantaria no ângulo SO. Alçado O. de um pano com dois pisos, tendo no superior janelas e uma porta de acesso, que se faz através de escada exterior de um lanço com guarda, apoiada em dois arcos e adossada à fachada; acesso ao endonártex por dois arcos de volta perfeita, semelhantes aos descritos, enquadrados por arco de volta perfeita sobrepujado por medalhão rectangular; fresta de iluminação da nave da igreja. Alçado N. composto por um volume de dois pisos apoiado em dois contrafortes com três vãos no piso superior e três vãos no piso inferior; destaca-se o volume correspondente à cabeceira recta da igreja, com empena triangular rasgada por janela de sacada com grade de ferro forjado. No alçado E. adossa-se uma construção posterior, destinada a habitação. Na antiga horta encontra-se a Capela dos Reis Magos de planta quadrangular. INTERIOR: endonártex com abóbada de nervuras apoiadas em mísulas e coluna toscana central; na parede do lado E. rasga-se portal de cantaria com verga recta e na parede do lado N. abre-se o portal da igreja, de cantaria, com verga recta enquadrada por pilastras compósitas, encimadas por fogaréus, sendo o conjunto rematado por uma cruz; nave com cobertura em abóbada de nervuras; na capela-mor retábulo de talha.

Acessos

Quinta dos Mártires, Herdade de São Francisco

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 573/2011 DR, 2ª série, n.º104 de 30 maio 2011

Enquadramento

Rural, destacado, isolado, adossado a E. a edifícios de habitação e instalações agrícolas, pertencentes à Quinta dos Mártires (antigamente designada por Herdade de Mujadarem), onde terá existido uma villa romana. A NE., a c. de 300m, a linha do caminho de ferro.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: convento masculino

Utilização Actual

Agrícola e florestal

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Época Construção

Séc. 16 / 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 13 - documentada no local a existência de um convento beneditino erguido na área do que parece ter sido uma villa romana; 1515 - fundação do convento franciscano por D. Rodrigo Lobo, 3º Barão de Alvito; séc. 16, primeira metade - construção da igreja que serviu de panteão de família; 1743 - obras de ampliação na ábside; execução do retábulo de talha da capela-mor; Séc. 19, finais - acrescentada à ala conventual S., zona residencial; 1987, 06 de Fevereiro - Proposta de classificação pela CM de Alvito; 1988 - suspenso o processo de classificação do imóvel; 1995, 13 de Abril - Proposta de abertura do processo de classificação pela DRÉvora do IPPAR; 1995, 18 de Abril - Despacho de abertura do processo de classificação pelo Presidente do IPPAR; 1999, 22 de Novembro - Parecer do Conselho Consultivo do IPPAR propondo a classificação como IIP; 2000, 23 de Março - Despacho de homologação de classificação pelo Secretário de Estado da Cultura; 2009, 25 de Março - proposta de ZEP pela DRCAlentejo; 2009, 30 de Abril - Parecer do Conselho Consultivo do IGESPAR favorável à classificação como IIP e da ZEP; 2011, 11 de Abril - Despacho de homologação de classificação e ZEP pelo Secretário de Estado da Cultura.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante

Materiais

Paredes de alvenaria de pedra e cal, portal, mísulas e fechos de abóbadas de cantaria.

Bibliografia

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Incluído no Plano de Acção para as Terras da Baronia de Alvito, CMA, 1999.

Autor e Data

José Falcão e Ricardo Pereira 1996

Actualização

 
 
 
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