Hospital Real e Igreja de São João de Deus

IPA.00012034
Portugal, Vila Real, Chaves, União das freguesias da Madalena e Samaiões
 
Arquitectura de saúde. Hospital real com capela.
Número IPA Antigo: PT011703510104
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Saúde  Hospital  Hospital militar  

Descrição

Acessos

Rua de São João de Deus

Protecção

Enquadramento

Urbano, adossado, colocado de gaveto no bairro da Madalena, na margem esquerda do rio Tâmega, com fachada posterior virada ao mesmo e à Ponte de Trajano (v. PT011703510001).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Saúde: hospital militar

Utilização Actual

Religiosa: igreja / Residencial: residência estudantil

Propriedade

Afectação

Época Construção

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1647 - Ali existia o Hospital Real para os soldados e oficiais dos Regimentos de Infantaria e Cavalaria da guarnição da Praça de Chaves; tinha o nome de São João de Deus e era dirigido por freires da Ordem de São João de Malta; 1720 / 1721 - D. João V manda construir a igreja anexa, tendo-se as obras prolongados por vários anos; 1734 - data do sino grande; 1750 - morte do rei, ficando as obras por concluir; data do sino pequeno; 1758 - o Hospital Real, onde se curavam os soldados e os oficiais que queriam do regimento de Infantaria e Cavalaria da Guarnição da praça de Chaves, era então assistido por 4 ou 5 religiosos, com um Prior, e as despesas eram feitas à custa de Sua Magestade e pagas pela Vedoria geral da Província de Trás-os-Montes; na planta de Chaves existente no Museu da Região Flaviense, designada "JOSEPHUS LOPES BAPTISTA FACIEBAT EM 1758", a capela era designada por Capela Real, devido ao nome do hospital, não tendo administrador, e a qual fora erecta pela rainha D. Mafalda; 1763, 17 Agosto - carta do mesmo ao Marquês de Pombal expondo que o prior do hospital de Bragança e de Chaves haviam mandado dois religiosos da ordem de São joão de Deus para ajustar as contas e que haviam ameaçado fechar os hospitais por não puderem continuar a curar os doentes; manda-se escrever ao Vedor Geral de Trás-os-Montes que lhes mandassem dar algum dinheiro à conta; 1806 - inspectores observam que o hospital, situado na margem direita do rio Tâmega, num terreno mais baixo que o da praça, que aquele rio crescendo alaga os seus baixios, e dificulta por isso o seu serviço deixando nas suas circunvizinhanças várias lagoas estagnadas, que fazem daquele sítio incapaz de servir de hospital; consideram o forte de São Francisco um lugar bem arejado, enxuto, com bom serviço e "desagoadoiros", onde havia um convento Capuxo e maus edifícios; é requerido dois orçamentos e planos, um para instalação do hospital militar no convento, e outro fora dele; as obras no de fora importava em 8:208$706, e no convento, reduzindo a igreja em enfermarias em 2:337$360, a diferença é de 5:870$816; porém, atendendo a necessidade que a cidade tinha do convento, seria preciso fazê-los mudar para o actual hospital, e esta diferença será quase consumida em fazer as precisas acomodações; portanto o inspetor acha mais conveniente o projecto de instalação do hospital fora do convento; 1834 - depois da extinção das ordens religiosas e dos freires terem deixado o culto, a igreja foi várias vezes profanada; 1911, 15 Dezembro - tendo em vista libertar-se do pagamento da renda do edifício do Liceu, a Câmara de Chaves decide solicitar ao Ministro da Guerra a cedência do ex-Hospital de São João de Deus, na Madalena, ocupado pela Guarda Fiscal, para aí instalar o Liceu, pretensão que não foi satisfeita; séc. 20, meados - várias obras de restauro, grandemente impulsionadas por D. Maria Magalhães e da responsabilidade do Arq. Inácio Magalhães; 1969, 24 Setembro - Despacho Episcopal de D. António Cardoso Cunha, Bispo de Vila Real, sendo chanceler da Cúria o Monsenhor Eduardo Teixeira Sarmento, criando a Vigairaria ou Paróquia da Madalena, passando a ser páraco o Reverendo Dr. Alípio Martins Afonso; 1969 / 1970 - Depois das obras do restauro, sob o Curato, no valor de 700.000$00, procedeu-se à aquisição de bancos e de um baptistério de mármore; 1984 - criação da freguesia da Madalena, onde foi integrada;

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

AIRES, Firmino, As Capelas de Chaves, in Rev. Aquae Flaviae, vol. 3, Chaves, 1990, p. 94 - 134; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2006; RODRIGUES, Luís Alexandre, Bragança no século XVIII Urbanismo. Arquitectura, vol. 1, Bragança, Junta de Freguesia da Sé, 1997.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IAN/TT: Dicionário Geográfico de Portugal, vol. 11, nº 301, pp. 2065-2106

Intervenção Realizada

Paróquia: séc. 20, 2ª metade - obras de restauro; 1957 - abertura da porta da sacristia para a capela-mor; 1969 / 1970 - obras de restauro: substituição da cobertura; reboco e limpeza das paredes interiores; renovação da pintura; reposição de soalhos.

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Noé 2003

Actualização

 
 
 
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