Cisterna grande do Castelo de Marvão
| IPA.00036148 |
| Portugal, Portalegre, Marvão, Santa Maria de Marvão |
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| Cisterna subterrânea construída, provavelmente, no séc. 14 / 15, no interior de castelo, mais especificamente no albacar do mesmo, exteriormente com cobertura plana onde, em 1758, existia um jogo de bola para divertimentos das principais pessoas da vila. Apresenta planta retangular, interiormente de uma nave, em cantaria siglada, coberta por abóbada de berço de 10 tramos, definidos por arcos diafragmas, sobre pilares, com acesso por uma das faces compridas, por portal, em arco de volta perfeita, rasgado ao nível do arranque da abóbada. O sistema de adução da cisterna era composto pelas três claraboias da cobertura, por uma levada que atravessava o recinto inferior do castelo, vários caleiras para aproveitar as águas pluviais dos telhados e oito bueiros com o mesmo objetivo. A estrutura da cisterna é semelhante à mais pequena, existente no recinto superior do castelo, apontando para uma contemporaneidade construtiva, contudo, ela destaca-se pela sua implantação, delimitada por muralhas e coberta por cubelos. | |
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| Registo visualizado 318 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Hidráulica de contenção Cisterna
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Descrição
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| Planta retangular, com cobertura exterior plana, integrando três claraboias, circulares, atualmente entaipadas, e um sistema de oito bueiros para recolha das águas pluviais. A cisterna era ainda abastecida por uma levada que atravessava o recinto inferior do castelo até à cisterna, e ainda existente, pelo menos em parte, no exterior da qual e junto à muralha noroeste que a delimita existe caixa de visita, de construção recente *1. INTERIOR de uma nave, revestida a cantaria siglada, com pavimento do mesmo material e cobertura em abóbada de berço, apoiada em arcos diafragmas, de volta perfeita, sobre pilares, formando dez tramos. Tem acesso a sudoeste por porta em arco, rasgada numa das faces cumpridas da cisterna e ao nível dos capitéis dos pilares, precedida de escada. Em cada um dos tramos, existe superiormente silhar saliente, com função de desviar o curso de água de modo a não afetar os silhares estruturais do edifício. |
Acessos
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| Santa Maria de Marvão, Rua Doutor Matos Magalhães. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,395289, long.: -7,379088 |
Protecção
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| Incluído no Castelo de Marvão (v. IPA.00003234) / Incluído na Área Protegida da Serra de São Mamede (v. IPA.00028261) |
Enquadramento
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| Urbano, adossado, no interior da fortificação de Marvão, implantada num alto monte escarpado. A cisterna localiza-se entre o recinto inferior do castelo e a cerca urbana, numa zona delimitada e compartimentada por muralhas, percorridas na face interna por adarve, e protegida por cubelos ultra-semicirculares. Tinha acesso a partir de um espaço intermédio de distribuição, entre a vila e o castelo, ou a partir da zona precedente do segundo recinto do castelo, cujo portal, de verga reta, conduzia à cobertura exterior da cisterna. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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| Hidráulica: cisterna |
Utilização Actual
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| Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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| Pública: estatal |
Afectação
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Época Construção
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| Séc. 14 / 15 (conjetural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| Desconhecido. |
Cronologia
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| Séc. 14 - séc. 15 - época provável da construção da cisterna grande do castelo, bem como do seu sistema de defesa, composto por várias muralhas e cubelos; 1758 - segundo o pároco Miguel Viegas Bravo, nas Memórias Paroquiais da freguesia, a cisterna grande tem 60 côvados de comprimento, 15 de largura e 12 de altura e, sobre a sua cobertura existe um jogo de bola para divertimentos das pessoas "principais" da vila; 1861 - documento militar refere que "no do Castelo há um paiol, uma cisterna (outrora a Mesquita dos Árabes) e alguns armazéns" (in BUCHO: 2001, p. 29-30); 1875, cerca - segundo Pinho Leal, existem na vila duas cisternas, podendo a maior, localizada junto à entrada do castelo conter água suficiente para fornecer a guarnição e os habitantes da vila durante 6 meses; séc. 20 - aquando da construção do depósito de água municipal, no topo oposto ao da entrada da cisterna, foi englobado na construção um outro arco, que hoje não se vê. |
Dados Técnicos
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| Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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| Estrutura em cantaria de granito. |
Bibliografia
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| BUCHO, Domingos - Fortificações de Marvão. História, Arquitectura e Restauro. Marvão: Região de Turismo de São Mamede, 2001; LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho - Portugal Antigo e Moderno. Lisboa: Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia,1875, vol. 5. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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| DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMS |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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| *1 - Segundo Domingos Bucho, antes desta caixa de visita ser construída, existia uma outra, com 1,10 m por 060 m, no exterior da cisterna, para onde a levada era conduzida, sendo depois canalizada para um dos bueiros. O sistema de recolha de águas, no primeiro recinto do castelo, constava de várias caleiras que também aproveitavam as águas pluviais dos telhados (BUCHO: 2001, p. 30. |
Autor e Data
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| Paula Noé 2019 |
Actualização
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