Mosteiro de Santa Apolónia

IPA.00034074
Portugal, Lisboa, Lisboa, São Vicente
 
Arquitetura religiosa, setecentista. Mosteiro de clarissas terceiras dependente do ordinário, de planta poligonal composta por igreja e zona regral. Igreja composta por nave e capela-mor, possuindo duas capelas laterais.
Número IPA Antigo: PT031106291744
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Mosteiro feminino  

Descrição

Mosteiro composto por igreja e zona regral, tendo a IGREJA com fachada principal de três registos definidos por pilastras colossais de silharia fendida, rematada por frontão contracurvo, de perfil borromínico, também ele tripartido, possuindo nicho central; o frontão está sobrepujado por cruz e fogaréus. Ao centro, porta de volta perfeita, encimado por ática, com moldura recortada e volutada, que se une a janelão de volta perfeita com ática contracurva. Os registos laterais são rasgados por janelas com molduras recortadas, encimadas por sobre-janelas contracurvas, ornadas por lacrimais inferiores, encimadas por janela com ática angular. No lado esquerdo, corpo de dois pisos com vãos retilíneos, destacando-se, no lado esquerdo, o acesso à portaria.

Acessos

Rua de Santa Apolónia

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado no local onde se ergue a Estação de Santa Apolónia (v. PT031106291099).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: mosteiro feminino

Utilização Actual

Demolido

Propriedade

Não aplicável

Afectação

Não aplicável

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1640 - existência de um recolhimento no local onde se implanta uma ermida de Santa Apolónia, e onde se reunia a confraria dos Confeiteiros, por instâncias das religiosas da Ordem Terceira, D. Isabel da Madre de Deus, vinda com a rainha D. Luísa de Gusmão de Vila Viçosa; 1698, 23 agosto - falecimento de Domingos Ferreira Souto, casado com Cristina da Silva, os quais foram instados por Frei Domingos da Cruz, a fundar um mosteiro no local, o qual redige testamento nesse sentido, fazendo-se sepultar na capela-mor e ficando com seis lugares de noviças à disposição de seus familiares; doava 240$000 anuais para o sustento das seis noviças, e outro tanto para as demais religiosas, doando, ainda, 40$000 para a sacristia e 80$000 para o ordenado do capelão; 1718, 09 fevereiro - é fechada a clausura, seguindo a regra de Santa Clara e entregue ao arcebispo de Lisboa; 1755 - tem uma igreja pequena, com três altares, o mor, com a imagem de Nossa Senhora da Conceição e o Santíssimo; possui, ainda, dois altares colaterais, um deles dedicado ao Senhor Jesus da Pobreza; 01 novembro - o mosteiro fica arruinado, obrigando as religiosas a refugiarem-se no Forte de Santa Apolónia; 1757 - as religiosas regressam, após reconstrução do edifício, não se fazendo igreja, por falta de meios financeiros; 1758, 22 julho - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Luís da Costa de Barbuda, é referido que possui 28 religiosas de véu preto e 4 de véu branco; 1833 - Luís Gonzaga Pereira refere que a igreja tem a capela-mor, e mais duas na nave, com a imagem do Senhor Jesus da Paciência e, no oposto, a de São Macário, obra de António Ferreira, o Cangalhas; agosto - ordem de D. Pedro II para se refugiarem no Mosteiro de Santa Ana, devido às Invasões Francesas; 29 outubro - extinção da clausura, pela Junta do Exame do Estado Atual e Melhoramento Temporal das Ordens Religiosas, indo as 19 religiosas que o habitavam para o Mosteiro de Santa Ana, também de terceiras; os bens são incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional; 1834 - o edifício passa a servir de asilo masculino da Casa Pia.

Dados Técnicos

Não aplicável

Materiais

Não aplicável

Bibliografia

MATOS, Alfredo, PORTUGAL, Fernando, Lisboa em 1758. Memórias Paroquiais de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1974; PEREIRA, Luís Gonzaga, Monumentos Sacros de Lisboa em 1833, Lisboa, Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional, 1927; SIMÕES, João Miguel Ferreira Antunes - Arte e Sociedade na Lisboa de D. Pedro II - ambientes de trabalho e mecânica do mecenato. Lisboa: s.n., 2002, 2 vols. Texto policopiado. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

CMLisboa: Arquivo fotográfico

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Não aplicável

Observações

Autor e Data

Paula Figueiredo 2012

Actualização

 
 
 
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