Igreja Paroquial do Castelo / Igreja de Santa Maria do Castelo / Museu Regional D. Lopo de Almeida
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Portugal, Santarém, Abrantes, União das freguesias de Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede |
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Arquitectura religiosa, gótica e manuelina. Igreja paroquial de nave única, capela-mor adossada, com tectos em madeira, torre sineira adossada à fachada direita; portas e arco triunfal com vãos quebrados enquadrados por arquivoltas lisas, com capitéis lisos, elementos da arquitectura gótica; modinatura das colunas de secção oitavada, do arco do coro-alto e do púlpito, decoração vegetalista da verga da porta da torre, de características manuelinas. Túmulos góticos flamejantes com muitos pontos de contacto com os túmulos parietais da Capela do Fundador do mosteiro da Batalha; túmulos maneiristas de corpos prismáticos sobrepostos e escalonados, enquadrados por estruturas compositivas clássicas, na linha dos túmulos construídos para a capela-mor do mosteiro de Belém. |
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Número IPA Antigo: PT031401130001 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal, composta por nave rectangular e capela-mor quadrada, justapostas, anexos adossados a N., torre quadrangular a S.; volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhado. Fachada principal virada a SO., com um único pano de empena angular, centrado por portal em arco quebrado, com arquivoltas lisas sobre impostas salientes, óculo no mesmo eixo; porta em arco quebrado, com idêntica modinatura, rasgada na fachada lateral esquerda; na fachada oposta adossa-se a torre sineira, vazada por sineiras em arco apontado. No INTERIOR a nave única, com coro-alto assente em arco em asa de cesto, sobre a porta principal, abre para a capela-mor por arco triunfal quebrado; tecto da nave e capela-mor em madeira; púlpito em cálice oitavado adossado ao alçado direito da nave. Encostados ao alçado esquerdo da nave os túmulos maneiristas de D. António e de D. João de Almeida, com arcas tumulares prismáticas, enquadradas por arcossólios de vão semicircular, delimitados por pilastras e rematados por frontões triangulares, com as pedras de armas no tímpano. Do lado da Epístola o túmulo gótico flamejante de D. João de Almeida, 2º conde de Abrantes, de arca prismática simples, assente sobre leões, inscreve-se dentro de arcossólio de vão semicircular, com arquivolta exterior em arco de ferradura agudo, centrado por pedra de armas, pinázios laterais enquadrando alfiz decorado por rendilhados, intercalando iniciais. Nas paredes da capela-mor os túmulos de D. Lopo de Almeida, 1º conde de Abrantes, do lado do Evangelho, o de D. Diogo de Almeida, seu pai, do lado da Epístola, idênticos ao do 2º conde de Abrantes, dentro de vãos redondos, mas com a arquivolta exterior subindo em arco conopial e franja de flores-de-lis no remate do alfiz. Revestimento azulejar nas paredes da capela-mor - azulejos hispano-árabes de corda seca e aresta, com motivos de laçarias e estrêlas, de vários padrões. Vestígios de pintura mural por detrás dos azulejos e dos lados do arco triunfal. Restos da estrutura em madeira de um retábulo manuelino, sobre o altar-mor. |
Acessos
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Rua Capitão Correia de Lacerda (antiga Rua do Castelo); Rua de São Pedro (antiga Rua dos Coelheiros); encontra-se no interior do castelo de Abrantes na Parada General Abel Hipólito |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 *1 |
Enquadramento
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Urbano, colina. Implanta-se dentro do recinto muralhado do castelo de Abrantes, rodeada por patamar com acesso por escada defronte da fachada principal. |
Descrição Complementar
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A igreja foi o panteão dos Almeidas, condes de Abrantes, que também tinham o seu palácio dentro do recinto do castelo, construído por D. Diogo de Almeida, por volta de 1432. Nas lastras dos túmulos de D. Diogo e D. Lopo de Almeida as respectivas pedras de armas e divisas: o brasão dos Almeidas e uma divisa formada por barris suspensos e cachos de uvas, no 1º, o brasão dos Almeidas e dos Silvas e uma divisa formada por castanhetas suspensas de uma corda, no 2º. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Câmara Municipal de Abrantes, auto de cessão de 30 Maio 1922 |
Época Construção
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Séc. 15 / 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1215 - a igreja foi mandada construir por D. Afonso II; 1260, 16 julho - no documento que divide as paróquias entre o bispado da Guarda e o Cabido da Egitânea, a igreja surge como pertencendo ao Bispado; 1320, 23 maio - bula do Papa João XXII concedendo a D. Dinis, por três anos, para subsídio de guerra contra os mouros, a décima de todas as rendas eclesiásticas do reino, sendo a igreja taxada em 45 libras e um raçoeiro em 45 libras; integra o termo de Abrantes e o bispado da Guarda; 1429 - é destruida por um tremor de terra; 1433-1451 - construção do templo, por D. Diogo Fernandes de Almeida, alcaide-mor de Abrantes, no local do anterior; séc. 15, último quartel - construção dos túmulos de D. Diogo e de D. Lopo, falecidos em 1420 e 1486, respectivamente; séc. 16, 1.º quartel - construção do coro-alto, do púlpito e porta de acesso à torre sineira; túmulo de D. João de Almeida, 2º conde de Abrantes, falecido em 1512; 1574 - a igreja pertence ao padroado real e integra a Diocese da Guarda, anexando as igrejas de São Vicente, São João, São Pedro e Santa Maria de Mação; séc. 16, final - túmulos de D. João de Almeida falecido em 1592 e de D. António de Almeida, falecido em 1599; 1834 - a igreja fecha ao culto; 1921 - é instalado neste espaço o Museu Regional de Abrantes. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria rebocada e caiada; cantaria em molduras, arcos e pavimentos; tijoleira em pavimentos; telha cerâmica na cobertura; azulejo em revestimento parietal; madeira, vidro. |
Bibliografia
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CÂNCIO, Francisco, Ribatejo Histórico e Monumental, vol. III, Coimbra, 1939: Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; Monumentos, n.º 12 e n.º 13, Lisboa, DGEMN, 2000; MORATO, António Manuel, CAMPOS, Eduardo (Notas críticas de), Memória Histórica da Notável vila de Abrantes, 2ª ed., Abrantes, 1990; SANTOS, Reinaldo dos, A Escultura em Portugal, Lisboa, 1950; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Santarém, vol. IV, Lisboa, 1949; SERRÃO, Joaquim Veríssimo - Livro das Igrejas e Capelas do Padroado dos Reis de Portugal - 1574. Paris: Fundação Calouste Gulbenkian Centro Cultural Português, 1971; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70285 [consultado em 14 julho 2016] |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1941 - reconstrução da cobertura; assentamento de portadas exteriores e de vitrais; 1942 - rebocos nas paredes internas; 1943 - reconstrução da cobertura da capela-mor; cintagem em betão, tirantes em ferro; 1944 - reconstrução da cobertura da sacristia; 1955 - assentamento de lajedo em pavimentos, de azulejos na capela-mor, completando falhas; assentamento de pedras de altares; arranjo do coro; reparação do guarda-vento; pintura de portas, caiação de paredes; 1956 - assentamento de pavimento na escada de acesso à torre; 1958 - restauro do pavimento de tijoleira e lajedo; 1980 - novos rebocos; arranjo de portas e janelas; grades de ferro na torre; 1987 - instalação eléctrica; 1999 / 2000 / 2001 - beneficiação geral das coberturas, fachadas e caixilharias; substituição da porta principal e colocação de soleira; execução de um guarda-vento em vidro temperado. |
Observações
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*1 - DOF ... e os túmulos de D. António e D. João de Almeida. *2 - Os azulejos da capela-mor, idênticos aos da Sé de Coimbra, foram certamente também encomendados a Sevilha por D. Jorge de Almeida. *3 - Do políptico do altar-mor resta um painel representando a Adoração dos Magos. |
Autor e Data
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Rosário Gordalina 1990 / Isabel Mendonça 1995 |
Actualização
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Fernando Canas 2002 |
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