|
Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Santuário
|
Descrição
|
De planta rectangular, o edifício apresenta volumetria escalonada, sendo a cobertura efectuada por telhados a 1, 2 e 3 águas. Adossada ao topo da ábside (N.), reconhece-se torre sineira de secção quadrada. O alçado principal (S.) em reboco pintado apresenta 2 níveis separados por friso em cantaria, material também presente no soco e nos cunhais da edificação. Delimitada por pilastras, ostenta no piso térreo ao centro, porta de verga recta destacada, articulada com janela que a encima, através de emolduramento em cantaria que se prolonga a toda a largura da entrada e a sobrepuja com pináculos hemisféricos adossados ao pano de muro: de verga curva, a janela de peito é superiormente rematada por frontão angular. O conjunto é coroado por frontão triangular com cruz ao centro, sendo o tímpano vazado por óculo circular, inscrito em emolduramentos de cantaria. O interior da igreja apresenta nave única e cobertura em abóbada de berço: vazada lateralmente por capela e portas de verga recta, exibe clerestório definido por 2 janelas de cada lado, e púlpito de planta rectangular com base marmórea esculpida e avental em balaustrada de cantaria, do lado da Epístola, a intercalar os vãos. Sob o coro-alto, adossado à face interna da fachada e guarnecido superiormente de balaustrada em cantaria. Antecede a capela-mor, arco triunfal ladeado por 2 altares em talha dourada inscritos em arcos de volta perfeita. A capela-mor, de planta quadrada e cobertura em abóbada de aresta ornada com pintura decorativa, ostenta panos de muro animados por portas encimadas por janelas de peito rectangulares, e altar-mor com camarim albergando trono. No alçado lateral E. da igreja e localizado ao nível das fundações, reconhece-se adossado ao pano de muro, compartimento de planta rectangular correspondente ao acesso ao interior da gruta, à qual se acede através de lanço único de escadas em cantaria com guarda metálica, conducente a átrio que articula com passagem à gruta através de arco de volta perfeita em cantaria. |
Acessos
|
Estrada da Rocha, Linda-a-Pastora. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,721568; long.: -9,249643 |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Urbano, destacado, isolado por terreiro. |
Descrição Complementar
|
A composição pictórica do tecto da nave tem por tema "A Assunção da Virgem" e é da autoria do pintor Ernesto Condeixa (1857 - 1933) |
Utilização Inicial
|
Religiosa: santuário |
Utilização Actual
|
Religiosa: santuário |
Propriedade
|
Privada: Igreja Católica |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
ARQUITECTO: José da Costa Sequeira (atr., 1830). Enesto Condeixa (séc. 19). |
Cronologia
|
1822 - encontrada uma imagem de Nossa Senhora da Conceição numa gruta nas margens do rio Jamor, nas proximidades do Casal da Rocha, que se encontra na origem da fundação do santuário; 1822 - decreto determina a recolha da imagem à Sé de Lisboa; 1822 - transporte da imagem, em procissão, para a Sé de Lisboa e publicação da portaria régia que determina o fechamento da entrada da gruta; 1830 / 1892 - construção do santuário, com provável projecto de José da Costa Sequeira; pintura do tecto da nave por Ernesto Condeixa; 1833 - interrupção das obras do santuário, por falta de verbas (sendo algumas das cantarias já aparelhadas transportadas para a capital e utilizadas na construção do Arco da Rua Augusta); 1883 - deslocação da imagem para a igreja paroquial de São Romão de Carnaxide; 1893 - inauguração do santuário (tendo a imagem sido transportada para o novo templo) na presença da rainha D. Amélia; 1899 - o rei D. Carlos concede alvará elevando o templo à categoria de capela real e à irmandade de Nossa Senhora da Conceição da Rocha o título de real. |
Dados Técnicos
|
Paredes autoportantes |
Materiais
|
Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira pintada e dourada |
Bibliografia
|
FIGUEIRA, Pe. Francisco da Silva, Os Primeiros Trabalhos Litterarios, Lisboa, 1865; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Vol. II, Lisboa, 1874; História Narrativa de uma Lapa, Lisboa, 1885; CONCEIÇÃO, Fr. Cláudio da, Gabinete Histórico, Tomo IX, Lisboa, 1918; COSTA, Américo, Dicionário Corográfico, Vol. IV, Vila do Conde, 1934; ANDRADE, G. M., GOMES, J. F., Estudo Preliminar da Estação Pré-Histórica de Carnaxide, in 1º Gongresso Nacional de Arqueologia. Actas, Lisboa, 1959; COSTA, Pe. Francisco dos Santos, O Santuário da Rocha Coração de Carnaxide, Oeiras, 1972; Historial e Programa das Tradicionais Festividades em Honra de Nossa Senhora da Rocha, Carnaxide, 1990 - 1997; CRISPIM, Mário Núncio, LOBO, Pedro Vasconcelos, (coord. de), Retratos de Oeiras, Oeiras, 1994; ROCHA, Filomena Isabel, Oeiras. O Património. A História, Oeiras, 1996 |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
CMO: Arquivo, Pº Nº 4739-PB/92 e Pº Nº 193-PB/92 |
Intervenção Realizada
|
CMO: 1999 - arranjo das pinturas exteriores da Igreja. |
Observações
|
|
Autor e Data
|
Teresa Vale e Maria Ferreira 1998 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |