Moinho de Maré Asneira / Moinho de Maré do Freixial

IPA.00014246
Portugal, Beja, Odemira, Vila Nova de Milfontes
 
Arquitectura agrícola, popular, vernácula. Moinho de maré, onde é bem visível a austeridade e funcionalidade que caracterizam a arquitectura popular do Alentejo, despojada de qualquer elemento decorativo sobressai a força do volume caiado, rigorosamente pontuado pelos vãos e alicerçado fortemente no sapal com três sólidos contrafortes.
Número IPA Antigo: PT040211110035
 
Registo visualizado 148 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Extração, produção e transformação  Moagem    

Descrição

Planta longitudinal, rectangular, simples e regular. Massa simples disposta na horizontal com coberta homogénea em telhado de duas águas. Fachada S. de um só pano rematado superiormente por beirado; ao centro rasga-se pequena janela; inferiormente três contrafortes rampeados, em alvenaria pétrea argamassada; entre eles rasgam-se 2 caboucos, em arco alteado; à direita desenvolve-se o muro da caldeira e à esquerda a comporta, encimada por passadiço de madeira que liga ao outro troço do muro da caldeira. Fachada O. de um só pano rematado superiormente em empena, rasgado por porta a que se acede por passadiço de madeira que transpõe a comporta. Fachada N. cega, rematada superiormente por beirado. Fachada E. de um só pano rematado superiormente por empena, rasgado por porta entaipada, tendo à esquerda um poial. INTERIOR: espaço único, com cobertura em tecto de duas águas com estrutura de madeira e forro de canas, apoiada em asna central; pavimento lageado com fragmentos de mós; pequena janela virada a S. e porta virada a O.; do sistema de moagem subsiste apenas um casal de mós, cujo mecanismo motriz foi desmantelado.

Acessos

EN 390, Complexo Turístico do Moinho da Asneira, acesso por caminho de terra batida a partir do lugar das Brunheiras

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, isolado, ribeirinho, na margem direita do vale onde corre o rio Mira, numa zona de sapal, assente sobre o muro que delimita a caldeira que se desenvolve para N.; a O. as edificações do complexo turístico, de 1 e 2 pisos. Para N. fica o Moinho do Bate-Pé (v. PT040211110036).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Extração, produção e transformação: moagem

Utilização Actual

Comercial: estabelecimento de restauração

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

1488 - remontam a esta data os mais antigos registos que se conservam, relativos aos moinhos deste rio; por eles é possível verificar a permanência desta tipologia e do modelo económico em que se inseria, sendo o moleiro pago com uma percentagem do cereal moído; 1950, década de - adquirido por António Domingos dos Santos (vulgo António Casa-Branca), que foi o seu último moleiro, ao lavrador da Samoqueira por 22 contos; foi então profundamente recuperado pois estava em muito mau estado; 1960, década de - deixa de laborar regularmente; 1970, década de - fim definitivo da laboração, tendo sido vendido e convertido em parte integrante de um complexo turístico; 1980, década de - desmantelamento da maquinaria de moagem e adaptação a bar.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Paredes de alvenaria de pedra e cal, rebocadas e caiadas, telhado de telha de canudo assente em estrutura de madeira com forro de canas, pavimento lajeado com fragmentos de mós, porta e caixilharia de madeira.

Bibliografia

QUARESMA, António Martins, Rio Mira, Moinhos de Maré, Aljezur, 2000.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Ricardo Pereira 2001

Actualização

 
 
 
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