Capela da Senhora do Ó

IPA.00013115
Portugal, Viseu, Penalva do Castelo, Pindo
 
Arquitectura religiosa.
Número IPA Antigo: PT021811090036
 
Registo visualizado 513 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Capela / Ermida  

Descrição

Fachada principal antecedida por alpendre, protegido por portão de ferro, remata em empena com cruz latina no vértice e, sobre os cunhais, pináculos. Portal axial de verga recta, encimado por frontão semicircular e por óculo quadrilobado. Fachada virada a S., com remate em cornija, sustentada por cachorros de decoração zoomórfica e geométrica; possui vestígios de um vão entaipado, em arco de volta perfeita, assente em impostas ornadas por meais-esferas, que constituía uma porta travessa. Na fachada lateral N., portal em arco apontado, assente em impostas ornadas por meias-esferas, que se prolongam pelo aro do portal, de arestas biseladas. INTERIOR com cobertura em falsa abóbada de berço pintada. Nas paredes laterais, quatro arcosólios, três no lado do Evangelho e um no oposto, um deles com o sarcófago de Gonçalo Esteves de Tavares, rematado por arco quebrado; no lado oposto, o túmulo de Leonor Rodrigues de Vasconcelos. A flanquear o arco triunfal, dois retábulos colaterais, dedicados a Nossa Senhora da Graça (Evangelho) e Santa Catarina (Epístola). Cobertura da capela-mor com tecto de 15 caixotões com temas marianos. Retábulo-mor de talha dourada e policroma, de planta recta e três eixos definidos por quatro colunas torsas, ornadas por pâmpanos, surgindo, ao centro, tribuna e, nos eixos laterais, nichos com imaginária.

Acessos

Corga, Rua de Santo Amaro

Protecção

Enquadramento

Descrição Complementar

Os retábulos colaterais são semelhantes, de talha policroma e dourada, com altares em forma de urna. Na parede da cerca do hospital, uma lápide com a inscrição: "ESTA OBRA MANDOU FAZER A SUA CUSTA SENDO ADMINISTRADOR DESTE HOSPITAL O REVERENDO DOUTOR JACINTO JOZÉ DA SILVA NATURAL DO LUGAR DE SEPOENS E ASISTENTE NA CIDADE DE VIZEU POR SECRETARIO DO EXCELENTISSIMO SENHOR BISPO D. FRANCISCO MENDO TRIGOZO NO ANO DE 1775".

Utilização Inicial

Religiosa: capela

Utilização Actual

Religiosa: capela

Propriedade

Afectação

Época Construção

Séc. 16

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1258 - nas Inquirições de D. Afonso III, Córrega era referida como uma cavalaria do rei; 1349, 25 Janeiro - fundação da capela e hospital por ordem de Gonçalo Esteves de Tavares e da sua segunda mulher, Leonor Rodrigues de Vasconcelos, com duas capelanias perpétuas, para o que tinham autorização do vispo de Viseu e do abade de São Martinho de Pindo; o hospital seria para 24 pobres envergonhados; em troca deixavam todos os bens de raiz, com rendimento anual de 1100 libras; os seus corpos deveriam ser sepultados na Capela; 1539 - na época do bispo D. Miguel da Silva os rendimentos eram insuficientes para os encargos com o hospital e capela; séc. 17 - frei António de Amaral instituiu uma capelania, obrigada a 3 missas semanais; séc. 17 / 18 - alteração da capela-mor, fachada principal e arco triunfal, sendo rasgadas janelas em capialço para maior iluminação do interior; construção do corpo da sacristia; séc. 18, início - no Santuário Mariano é referido que a capela tinha 52 palmos de comprido e 27 de largo; 1705 - obras no hospital com reforma dos vãos; 1739, 28 Janeiro - o Cabido da Sé de Viseu assumiu a administração da capela, lugar vago pelo falecimento do cónego Manuel Fragoso da Cunha; obras no campanário do hospital e fachada da capela, dirigidas pelos cónegos Caetano de Melo Falcão e Manuel Álvaro Teles Pacheco; 1742 - feitura de novos retábulos para a capela e forros dos tectos; 1743, Junho - o Cabido deixa de administrar a capela; foi nomeado admnistrador João Madeira, da Congregação do Oratório, que mandou fazer duas imagens estofadas para o retábulo-mor; 1758 - segundo as Memórias Paroquiais tinha dois capelães e missa quotidiana; 1773, Novembro - a capela deixa de ser administrada por João Madeira; 1775 - o administrador do hospital, Jacinto José da Silva mandou fazer o muro e portão do hospital; 1861, 24 Julho - por provisão do bispo D. João Xavier de Cerveira e Sousa, a capela foi unida ao Seminário Episcopal; séc. 20, década de 30 - a capela foi vendida a um particular, José Soares de Almeida; 1952 - a população resolveu comprar a capela, por 8.000$00, a que se seguiu um restauro, que orçou em 4.000$00.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

ALVES, Alexandre, Dia Cultural de Pindo, in Beira Alta, vol. XLIX, fasc. 3 e 4, Viseu, Assembleia Distrital de Viseu, 1990, pp. 471-478; CD Portugal Séc. XXI - Distrito de Viseu, CD 1, Matosinhos, 2001.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Figueiredo 2002

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login