Escola Industrial Campos de Melo / Escola Secundária Campos de Melo

IPA.00009230
Portugal, Castelo Branco, Covilhã, União das freguesias de Covilhã e Canhoso
 
Arquitectura educativa, oitocentista e do séc. 20. Escola de planta rectangular simples, com fachadas em cantaria de granito, com os pisos definidos por friso e o pano central da fachada principal e lateral esquerda marcado por frisos de cantaria, marcando um eixo de simetria, rasgado por janelas de peitoril rectilíneas, excepto no piso inferior, onde surge uma alternância de janelas e portas de verga recta. Recebeu, em meados do séc. 20, uma ampliação, com a reconstrução do corpo antigo, ampliado no lado esquerdo e a construção de um novo corpo perpendicular, rasgado uniformemente por janelas com molduras comuns e possuindo, no lado direito da fachada principal, uma sucessão de vãos verticais, a marcar a existência da escada. Edifício muito simples, constituindo a primeira escola profissional na zona, com um carácter mais oficial, mandada construir por um particular. Actualmente é constituído por dois corpos em L, o mais antigo com um ressalto na fachada posterior e o mais recente com painel de azulejos decorativos. Possui, nas zonas mais recentes, as portas com jambas oblíquas.
Número IPA Antigo: PT020503200023
 
Registo visualizado 143 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Educativo  Escola   Escola comercial e industrial  

Descrição

Conjunto de dois corpos rectangulares dispostos em L, com coberturas homogéneas em telhados de quatro águas e disposição verticalista. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, o edifício mais antigo, orientado de E. para O. com cunhais em cantaria, os pisos definidos por frisos do mesmo material e remates em cornija e beirada, sendo o outro mais simples, com remate em beirada simples. CORPO mais antigo com fachada principal virada a S. evoluindo em quatro pisos, possuindo um eixo central definido por frisos verticais em granito, formando um eixo de vãos que compõem o portal e três janelas de peitoril, todas com molduras de cantaria. Os panos laterais possuem, de cada lado e em cada piso, sete janelas de peitoril com molduras simples em cantaria *1. Fachada lateral esquerda, virada a E., de dois pisos divididos por friso de cantaria e é rematada por pequena empena ao centro, com friso e cornija; possui três panos divididos por pilastra toscana colossal, com amplo portão central, com as jambas oblíquas e protegido por portão de ferro pintado de verde, encimado por sacada, assente em cornija, com guarda em ferro e com amplo vão rectilíneo e moldura simples de cantaria; os panos laterais possuem, em cada piso, uma janela de peitoril com moldura simples de cantaria. Fachada posterior semelhante, possuindo um ressalto no lado esquerdo. O CORPO mais recente possui quatro pisos, rasgados uniformemente por doze janelas rectilíneas com molduras comuns. A fachada principal, virada a E., possui, no extremo direito, uma sucessão de vãos rectilíneos, marcando as escadas, surgindo, no lado oposto, um amplo pano cego, com painel de azulejos, encimado pelas letras metálicas "ESCOLA INDUSTRIAL E COMERCIAL CAMPOS MELO". Fachada lateral direita, virada a N., semelhante à fachada lateral do corpo mais antigo, mas com remate em empena lisa.

Acessos

Avenida Vinte e Cinco de Abril; Rua Monsenhor Joaquim Alves Brás, n.º 40; Rua Vasco da Gama, nº 40. WGS84: 40º16'45.66''N., 7º30'03.27''O.

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, situado na franja da antiga Judiaria (v. Pt020503200018), com dupla fachada, a principal a abrir para a zona mais baixa e recente da povoação. Encontra-se num dos eixos mais importantes de ligação ao centro da cidade, envolvido por zona ajardinada, estando próximo do Liceu Heitor Pinto (v. PT020503200197). O espaço encontra-se rodeado por muro em alvenaria de granito, rebocada e pintada de branco, encimada por grades metálicas, com acesso por portões de três folhas metálicas ladeados por pilares de granito, encimados por lanternas. Dão acesso a pátios pavimentados a granito.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Educativa: escola comercial e industrial

Utilização Actual

Educativa: escola secundária

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1864, 20 Dezembro - o Ministério das Obras Públicas ordena a criação de uma escola industrial na Covilhã; 1884, 7 Janeiro - Decreto a estabelecer uma escola industrial na Covilhã; aquisição de um edifício na Rua dos Tanoeiros a João Nunes da Costa, que sofreu obras de adaptação; enquanto as obras duraram a escola instalou-se num edifício cedido por José Maria Veiga da Silva Campos Melo; 16 Dezembro - inicia o funcionamento a cadeira de Desenho; 1885, 7 Janeiro - começa a funcionar a cadeira de Química; 8 Janeiro - inicia-se a cadeira de Matemática; 2 Agosto - inauguração oficial da escola; 1912 - a escola deixa de funcionar neste primeiro edifício, onde se instalou o Sindicato dos Lanifícios, pensando passar para o edifício que a Companhia de Jesus se encontrava a construir no local, abandonado desde a instauração da República, em 1910; 1913 - António José Arroio desaprova a instalação no edifício dos Jesuítas e solicita a aquisição de uns terrenos junto ao Teatro Velho, a São João de Malta, para a construção de um novo edifício; 1922, 11 Outubro - início da remodelação do edifício dos Jesuítas para o transformar em escola, com a construção de um novo pavilhão para oficinas; o que foi impulsionado por Ernesto de Campos Melo e Castro, director da escola, na época; 1951-1955 - projecto de reforma da escola, com construção de um pavilhão, perpendicular ao anterior e arranjo das fachadas e redimensionamento interior do existente; 1955, 02 Outubro - inauguração da escola, mas ainda decorriam obras; 1956 - conclusão das obras da Escola Industrial e Comercial da Covilhã, pela Junta das Construções para o Ensino Técnico e Secundário; 1959 - conclusão de uma pequena obra de remodelação pela Junta das Construções para o Ensino Técnico e Secundário; construção das instalações sanitárias; 1966, 9 Outubro - as obras estão concluídas; 2006, 24 agosto - o edifício está em vias de classificação, nos termos do Regime Transitório previsto no n.º 1 do Artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 173/2006, DR, 1.ª série, n.º 16, tendo caducado, visto o procedimento não ter sido concluído no prazo fixado pelo Artigo 24.º da Lei n.º 107/2001, DR, 1.º série A, n.º 209 de 08 setembro 2001.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes autónomas.

Materiais

Estrutura em alvenaria de granito e betão, rebocada e pintada; portas de madeira; muro e portão em ferro; caixilharias de alumínio e vidro simples; modinaturas, frisos, cornijas e pilastras em cantaria de granito; coberturas em telha.

Bibliografia

Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 2º Volume, Lisboa, 1959; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, 2º Volume, Lisboa, 1960; DELGADO, Rui Nunes Proença, No Centenário da Escola Industrial Campos de Melo na Covilhã (1884-1984) - estudos de história, 2.ª ed., Covilhã, Edição do Autor, 1984.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSARH, DGEMN/DREMC/DE

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA, DGEMN/DSARH

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: séc. 20, final - tratamento de rebocos e pinturas; tratamento de caixilharias; arranjo dos elementos metálicos.

Observações

EM ESTUDO *1 - o edifício era de planta rectangular simples, de quatro e dois pisos, com fachada principal virada a S., em cantaria de granito aparente, a inferior almofadada, dando um ar rústico e formando falso embasamento; tinha um pano dividido por frisos verticais, rematado em cornija curva, encimado por mansarda com quatro vãos em arco apontado; o eixo formado era composto por portal em arco abatido e janelas de varandim, a superior em arco de volta perfeita, tendo, no lado direito, em cada um dos quatro pisos, sete vãos rectilíneos; no lado esquerdo, dois vãos em cada um dos quatro pisos, surgindo, no extremo, apenas dois pisos, com quatro vãos e encimado por terraço, protegido por guarda plena; a fachada lateral esquerda, virada a O., rematava em empena e tinha, no piso inferior, a abrir para o terraço, uma porta e duas janelas rectilíneas e com molduras simples em cantaria, encimadas por uma janela de varandim, com guarda metálica e duas janelas de peitoril, com molduras semelhantes às inferiores.

Autor e Data

Paula Figueiredo 2009

Actualização

 
 
 
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