|
Conjunto arquitetónico Edifício e estrutura Residencial unifamiliar Quinta
|
Descrição
|
Planta rectangular. Edifício de dois pisos lançado sobre alto embasamento, em ruína, tendo desmoronado cerca de 50 % da sua totalidade. Mantém-se erguida parte da fachada, com escadaria central com remate inferior convexo das guardas, alpendre sustentado por estrutura rustica com varanda corrida com decoração losangular e aberturas quadrilobadas, porta nobre em arco perfeito e duas entradas laterais rasgadas em arcos ogivais. Ao nível do segundo piso, sobre a portada principal abre-se janelão ogival com coluna geminada e, no enfiamento vertical dos vãos laterais, duas janelas rectangulares, incluindo ainda painel de azulejos. Ao nível da cobertura de quatro águas abre-se uma janela tipo mansarda com coluna adossada e remate triangular. Do lado esquerdo, o alçado lateral apresenta janelão rasgado em arco ogival e ao nível do segundo piso, novo vão de estrutura rectangular. No cunhal cava-se pequena edícula com mísula decorada e coroamento circular pronunciado. A quinta ostenta ainda diversas construções secundárias, destacando-se grutas e jardins fingidos, lago artificial, a "Casa de Chá" com torre envolta por escadaria circular exterior, pequeno coreto ou albergue circular com cobertura cónica e duas capelas de diferentes dimensões, uma mais pequena com arco central arquivoltado e coroamento em forma de nicho e outra com arco central de volta perfeita com cantaria rusticada e remate triangular. As duas capelas, de coberturas em telhado de duas águas, albergam dois nichos oratórios assentes na parede fundeira. Perto do Solar ergue-se em ruína edifício de planta longitudinal, ritmado por janelões ogivais e templo religioso de planta rectangular com com cobertura em telhado de 2 águas, capela-mor rebaixada e campanário lateral. |
Acessos
|
Macinhata do Vouga, Lugar de Serém, EN 1 |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Rural. Isolado por superfície murada, insere-se num vale rodeada por vasta área arborizada, com flora rara e exótica e com trajectos tratados ao estilo romântico oitocentista. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Residencial: quinta |
Utilização Actual
|
Devoluto |
Propriedade
|
Privada: pessoa singular |
Afectação
|
Sem afetação |
Época Construção
|
Séc. 17 / 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
PINTOR DE AZULEJO: Jorge Colaço (1911). |
Cronologia
|
Séc. 17, finais - edificação do Convento franciscano de Santo António de Serém; 1834 - com a extinção das Ordens Religiosas, o convento e cerca são vendidos em hasta pública; séc. 19 - arranjo do jardim; 1902 - 1904 - construção das grutas; 1911 - o antigo convento é vendido por Artur Luciano Henriques de Castro, a Augusto de Oliveira Gomes, de Espinho, industrial de conservas; remodelação total do edifício e construção da atual casa; pintura dos azulejos por Jorge Colaço; 1992 - o edifício está em ruínas e os proprietário fazem uma propsota de venda ao Estado Português, não aceite; 1997 - o edifício acaba por ruir; 2003, 13 janeiro - Despacho de homologação de classificação do edifício, o qual viria a ser anulado.
|
Dados Técnicos
|
Paredes autoportantes |
Materiais
|
Alvenarias, cantarias em calcário, cobertura exterior em tijolo e coberturas interiores e caixilhos em madeira. |
Bibliografia
|
GONÇALVES, Nogueira, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Aveiro, VI, Lisboa, 1959, p. 29 - 30; ARAÚJO, Ílidio: Arte Paisagista e Arte dos Jardins em Portugal, Lisboa, 1962; FERREIRA, Delfim Bismarck, Casa e Capela de Santo António em Albergaria-a-Velha - Século XVIII, Porto, 1999. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
|
IHRU: DGEMN / DREMC |
Intervenção Realizada
|
|
Observações
|
|
Autor e Data
|
Margarida Alçada 1990 / Carlos Ruão 1996 |
Actualização
|
Anouk Costa 1999 |
|
|