Casa de Vilela

IPA.00007081
Portugal, Viseu, Viseu, São João de Lourosa
 
Casa nobre barroca, de dois pisos, com planta quadrangular, evoluindo em redor dum pátio interno, possuindo capela. As fachadas são rasgadas por janelas de guilhotina, tendo, na ala S., uma varanda. Fachada principal com pedra de armas, inserta numa inflexão da cornija, formando arco de volta perfeita. O acesso ao imóvel é efectuado pelo pátio interior, através de ampla escadaria que abre em duas alas simétricas. Interiormente, dois corredores percorrem as quatro alas do edifício. Chaminé no canto SE. trabalhada em cantaria e argamassa.
Número IPA Antigo: PT021823270046
 
Registo visualizado 346 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  Tipo planta quadrangular

Descrição

Edifício de dois pisos, de planta quadrangular, com pátio interior, parcialmente ocupado por escadas de acesso, com capela. Coberturas de duas águas, de onde emergem várias chaminés. Os panos murários são de granito aparelhado, de grão mediano. No piso térreo, uma enorme adega, tendo, no superior, os aposentos destinados à habitação. Fachada principal virada a E. rasgada por uma porta assimétrica relativamente ao alçado, sobrepujada pela pedra de armas, sobre a qual a cornija do remate inflecte, formando arco de volta inteira. Rematada por um único fogaréu, sob o qual, no piso térreo, surge um pendão de cantaria, marcando a zona da capela. No piso superior, as janelas são de guilhotina, possuindo, no inferior, portadas de madeira. Fachada N. tem no primeiro piso, dois contrafortes, encimados por volutas, ladeados por duas portas largas, de acesso à adega. Entre estas, janela oval gradeada. No piso superior, sete fenestrações, sendo o remate semelhante ao alçado anterior. Fachada O. apresenta o piso superior semelhante aos anteriores, excepto no que concerne ao desaparecimento da cornija na zona mais antiga do imóvel. No piso inferior, uma porta, encimada e ladeada por dois escoadouros de granito, muito simples. Nicho de granito rasga o pano murário. No lado S., o cunhal não é de cantaria, ao contrário dos restantes. Fachado S. tem, no piso térreo, rasgam-se janelas diferentes, de traçado rústico. No piso superior, janelas molduradas, mas com distribuição assimétrica, ao contrário dos demais alçados, intercalando com duas portas. Todo a fachada é percorrida por uma varanda de betão e cantaria, inclusive as duas construções quadrangulares nas extremidades. Acede-se ao INTERIOR através do átrio, lajeado a pedra, que liga às escadarias. No extremo esquerdo, porta que acede a algumas salas e, vencendo dois degraus, tem início o corredor S., que percorre a ala mais antiga, com pavimento em tijolo e tecto travejado. No fundo deste corredor, uma porta acede ao átrio de serviço, com chão de calceta de seixo. Em frente, uma escada de granito. No andar nobre, a que se acede por uma escadaria que abre em duas alas simétricas, duas portas de entrada nos cantos NE. e SE do pátio. A primeira porta leva à Capela, um oratório de pequenas dimensões, com retábulo de talha dourada. A partir do hall da Capela, acede-se à área de convívio, surgindo uma sala, com tecto de falsa abóbada, em estuque, a que se segue um salão de baile, com o tecto de caixotões. Finalmente, a biblioteca, que abre sobre a varanda da ala S.. Do hall da Capela parte, ainda, um corredor que percorre três alas da casa. A O., situam-se várias dependências incaracterísticas, destinadas a cavalariças, armazéns, arrumos e lagares, executados em pedra.

Acessos

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 272/2013, DR, 2.ª série, n.º 91 de 13 maio 2013

Enquadramento

Situa-se numa zona plana duma encosta, rodeada por zonas de cultivo de vinha e floresta.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Propriedade

Afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1742, 3 de Fevereiro - casamento de José de Sousa Carvalho, sargento-mor de Lamego, com D. Francisca Maria Vidigal, Senhora da Casa de Vilela, está na origem da remodelação profunda do imóvel; 1788 - José de Sousa Carvalho recebe carta de armas da rainha D. Maria I; 1793 - nasceu no local o Coronel Rodrigo de Sousa Todela de Castilho, militar que se notabilizou nas guerras liberais, na facção de D. Miguel; séc. 20, década de 30 - obras profundas no imóvel; 1992, 18 dezembro - proposta de classificação pela Associação Portuguesa de Casas Antigas, a pedido do proprietário; 1993, 16 março - proposta da DRCoimbra de classificação como Imóvel de Interesse Público; 30 julho - parecer favorável do Conselho Consultivo do IPPAR à proposta da DRCoimbra; 2011, 13 junho - proposta da DRCCentro de fixação da Zona Especial de Proteção; 23 novembro - parecer do Conselho Nacional de Cultura favorável à proposta da DRCCentro; 2012, 20 novembro - publicação em DR, 2ª série, nº 224, do anúncio nº 13725/2012 relativo ao projeto de decisão de classificação como monumento de interesse público (MIP) e fixação da respetiva zona especial de proteção (ZEP).

Dados Técnicos

Materiais

Granito, madeira, tijolo, estuque.

Bibliografia

Enciclopédia pela Imagem - Palácios e Solares Portugueses, Porto, s.d.; SILVA, António de Morais Ferreira da, O Coronel de Milícias Rodrigo de Sousa Tudella - episódios das guerras civis, s.l., 1939.

Documentação Gráfica

IGESPAR: IPPAR

Documentação Fotográfica

IGESPAR: IPPAR

Documentação Administrativa

IGESPAR: IPPAR

Intervenção Realizada

Séc. 20, década de 30 - restauro da varanda do lado S., com recurso ao betão; 1990 / 1991 - reparação total do edifício, fazendo-se nova armação do telhado, em betão; substituiram-se pavimentos, reconstruiram-se paredes; construção de algumas casas de banho e cozinha.

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Figueiredo 2002

Actualização

 
 
 
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