Edifício na Avenida Defensores de Chaves, n.º 27
| IPA.00007050 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Arroios |
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Edifício residencial multifamiliar modernista de cinco pisos, com garagens no térreo, 2 fogos por piso e cobertura em terraço. Entrada reentrante aberta a eixo e na linha do gume vertical que, estendido além da guarda do terraço, divide a fachada principal em esquerdo e direito. Fenestração contínua, sem molduras (apenas capeamento do parapeito), rasgada em 3 panos rebocados que avançam cumulativamente para o centro da fachada acima dos dois primeiros pisos. |
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Número IPA Antigo: PT031106440504 |
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Registo visualizado 258 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial multifamiliar Edifício Edifício residencial
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Descrição
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Edifício de cinco pisos, com garagens no térreo e cobertura em terraço. A fachada principal apresenta uma composição de desenvolvimento horizontal e simétrico, depurada, onde a marcação de um eixo, feita pelo gume saliente facetado que sobe da porta da rua até ao terraço, dividindo o prédio em esquerdo e direito, constitui elemento fulcral. Todavia, trata-se de uma composição que aposta no tratamento de volumes numa concepção tridimensional. O despojamento decorativo, acentuado por extensos panos lisos rebocados, fenestração estreita e contínua com molduração reduzida ao capeamento do parapeito, e ainda assim muito discreta, faz relevar a essencialidade da composição: o efeito de multiplicação do edifício, a crescer sobre a rua, pelo avançamento ritmado da fachada (1+1+1) acima das garagens e primeiro piso, como se atrás de um edifício outros idênticos se ocultassem. Semelhante sugestão é especialmente acentuada pelos recortes desnivelados dos remates inferiores e superiores dos andares avançados, estes últimos constituindo a guarda do terraço. Para este efeito contribui ainda, naturalmente, o recuo da fachada ao nível dos dois primeiros pisos. No térreo abrem-se as portas das garagens (duas para cada lado) - além de uma mais estreita, no topo, de acesso ao logradouro - e, ao centro e reentrante, a porta de entrada no edifício, sendo os panos entre os vãos revestidos a mármore, os vãos desprovidos de molduras e as respectivas portas, em ferro, de desenho modernista, com elementos cromados, sendo de destacar, pela sua elaboração, a caixilharia da entrada principal. O primeiro piso, de superfície rebocada à semelhança das demais do edifício, é percorrido por uma moldura contínua, só entrecortada pelo desenho torneado do gume vertical que sobe até ao terraço, enquadrando os seis vãos (3+3) do r/c. |
Acessos
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Avenida Defensores de Chaves, n.º 27. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,734797, long.: -9,143621 |
Protecção
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Categoria: IIM - Imóvel de Interesse Municipal, Edital n.º 10/2012 da Câmara Municipal de Lisboa, Boletim Municipal n.º 936 de 26 janeiro 2012 |
Enquadramento
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Integra um quarteirão das "Avenidas Novas" com frentes urbanas definidas pela Av. da República / Pç. Duque de Saldanha (O.), Av. Duque de Ávila (N.), Av. Praia da Vitória (S.) e Av. Defensores de Chaves (E.). Implanta-se num lote rectangular, largo e fundo, tem a fachada voltada a nascente e encontra-se adossado, sendo o edifício a N. de cércea superior e construção recente. Inserido numa frente urbana arquitectonicamente heterógenea, o edifício evidencia-se por uma fachada de características modernistas, constrastante com outras propostas cultivadas nesta zona urbana, balizadas entre o ecletismo dos prédios de rendimento ou das habitações unifamiliares das primeiras décadas do séc. 20 e os edifícios para instalação de serviços das últimas décadas do mesmo século. Para a área imediatamente envolvente tome-se como exemplo os edifícios com os nºs 20 a 30 da Av. Duque de Ávila (v. PT031106230425) e os palacetes da Pç. Duque de Saldanha (v. PT031106500097) e Av. Defensores de Chaves (v. PT031106440273). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: edifício residencial |
Utilização Actual
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Residencial: edifício residencial |
Propriedade
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Afectação
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Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Viriato Cassiano Branco (1937). |
Cronologia
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1937 - ano da construção do edifício, da autoria de Viriato Cassiano Branco (1897-1970). |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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MAIA, Maria Augusta Adrego, Cassiano Branco / 1897-1970, Lisboa, 1986; Cassiano Branco, Lisboa, IPPC, 1986; Cassiano Branco: uma obra para o futuro, Lisboa, 1991; FERNANDES, José Manuel, Arquitectura Modernista em Portugal, Lisboa, 1993; Portugal. Arquitectura do Século XX, Lisboa, 1997 |
Documentação Gráfica
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CML: Arquivo de Obras, Proc. nº 51324 * / Espólio de Cassiano Branco (Cx.45, VII-R.O.P., Gav.4, pasta 27) ** |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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CML: Arquivo de Obras, Proc. nº 51324 *1 |
Intervenção Realizada
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Observações
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*1 O processo do Arquivo de Obras encontra-se desaparecido há vários anos; no espólio deste arquitecto, depositado no Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa, nada mais se encontra além de um desenho cartonado da fachada principal do edifício, de óptima qualidade, assinado e datado de 1937. Este desenho vem reproduzido, nomeadamente, no Catálogo Cassiano Branco: uma obra para o futuro, ..., p.157. |
Autor e Data
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Filomena Bandeira 1999 |
Actualização
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