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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Casa abastada
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Descrição
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De planta irregular, articula-se em três corpos com cobertura em telhado de 2 e 3 águas articuladas nos ângulos. Tem dois pisos, sendo o inferior (área de serviços) enterrado em parte, aproveitando a topografia do terreno. O acesso faz-se a E. por pátio protegido por muro, no qual se abre um arco abatido em calcário com portão de grades de ferro. Ao fundo do pátio destaca-se a fachada principal, de linhas simples, com porta antecedida por escada de cantaria (acesso directo ao andar nobre), ladeada por janelas de peito, de emolduramento de cantaria em verga curva e guarnecidas de grades de ferro forjado. INTERIOR: destaca-se a sala de jantar, totalmente revestida de azulejos monocromos, azul de cobalto em fundo branco, com albarradas. Os tectos são de madeira. No hall de entrada 3 painéis de azulejos policromos, de composição figurativa, do terceiro quartel do séc. 18. |
Acessos
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Calçada do Galvão, n.º 23 - 27 |
Protecção
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Em vias de classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal, Despacho de 21 abril 1999 da Secretária de Estado da Cultura) / Incluído na Zona Especial de Proteção do Mosteiro de Santa Maria de Belém (v. IPA.00006543) |
Enquadramento
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Urbano, integrado na zona de protecção do Mosteiro de Santa Maria de Belém. Edifício implantado num terreno em declive, de configuração quadrangular, adossado a N. e a S., acompanhando o alinhamento da via pública (Calçada do Galvão). A O. tem o Mosteiro dos Jerónimos (v. PT031106320005), a S. o rio Tejo, a E. o Jardim Agrícola Tropical (v. PT031106320614). |
Descrição Complementar
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AZULEJO. HALL - 3 painéis de composição figurativa; composição figurativa em monocromia: azul de cobalto em fundo branco, guarnição em policromia: amarelo e manganés. Temática: história da rainha de Sabá (?). 6 azulejos de altura. Rococó, c. 1670. CORREDORES - Rodapés de azulejo pombalino; 2 azulejos de altura. SALA DE JANTAR - paredes totalmente revestidas com azulejos de albarradas constituídas por vasos de flores ladeados por figuras infantis segurando cornucópias de flores; separadas verticalmente por consola e horizontalmente por arquitrave com decoração de folhas de acanto. 2 quartel do séc. 18. Rodapé: 2 fiadas de azulejo com motivos ornamentais. Monocromia: manganés e branco (séc.20) imitando azulejo antigo. |
Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Residencial: casa |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 18, meados - fundação da quinta; 1758 - doação por D. José de uma propriedade na estrada do Penedo (actual Calçada do Galvão), constituída por terras terras de semeadura e habitação, a António José Galvão, oficial-mor do Corpo de Sua Magestade (Intendente das Polícias); 1863 - aquisição da propriedade por Eduardo Augusto Pedrosa, o qual conduziu uma campanha de remodelação; séc. 19, finais - a propriedade é dividida para diferentes usos, transformando-se numa vila; séc. 20, décadas de 20 a 40 - a propriedade encontra-se na posse de António Duarte Pedrosa, que a lega a seu filho, Francisco Duarte Pedrosa; 1985 - a propriedade passa para a posse da família Lowndes Marques que se empenha na sua recuperação. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, tijoleira, azulejos, madeira, ferro forjado. |
Bibliografia
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Casa e Jardim, Nov. 1988. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IGESPAR: IPPAR Nº 93/3 (2); CML: Arquivo de Obras, pº nº 11.621 (Cç. do Galvão, 23 - 23A), pº nº 3.634 (Cç. do Galvão, 25 - 27) |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1926 - pinturas; 1927 - obras de beneficiação geral; 1929 - reparação da conduta do esgoto; 1934 - obras de beneficiação geral; 1940 - obras de beneficiação geral; 1965 - obras de beneficiação geral; 1968 - remoção de 2 palmeiras de grande porte dos jardins da casa; 1985 - início de obras globais de restauro. |
Observações
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Os azulejos do hall e dos corredores foram postos pelo actual proprietário que os comprou a Manuel Marques Antunes. Os três painéis de composição figurativa seriam provenientes da Quinta dos Inglesinhos. O revestimento em azulejo de albarradas foi restaurado por Manuel Marques Antunes e várias lacunas foram preenchidas com azulejo do séc.20 imitando os azulejos antigos. |
Autor e Data
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Teresa Vale e Carlos Gomes 1996 / Paula Correia 2001 |
Actualização
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