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Edifício e estrutura Edifício Armazenamento e logística Celeiro
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Descrição
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Planta rectangular, alongada; volume simples com cobertura em telhado de 4 águas, a que se sobrepõe um pequeno telhado de arejamento, do lado NE.. Fachada principal a SE., marcada lateralmente por cunhais apilastrados, em cantaria, e vazada por 4 frestas rectangulares molduradas e ferradas, centradas por porta de verga recta, encimada pelo escudo português rematado por cruz, com 2 degraus de acesso; junto à extremidade SO. um nicho em mármore com frontão triangular rematado por cruz em pedra, um antigo Passo da Paixão, com a data inscrita de 1657 *1. A fachada oposta mostra um embasamento elevado em cantaria, o mesmo enquadramento de cunhais apilastrados e o mesmo rasgamento de frestas e porta, esta antecedida por escada de vários degraus. Nas fachadas menores, viradas a SO. e NE. rasga-se um janelão rectangular e sobre este a inscrição em ferro "CL" (Companhia das Lezírias) 20.06.1910". Interior: espaço amplo com 3 naves delimitadas por 8 arcos redondos sobre pilares prismático da nave central; esteios em pedra, dispostos a meio do vão dos arcos divisórios das 3 naves *2. Do lado NE., um antigo secador de arroz, com escada em madeira, situado por baixo da zona de ventilação do telhado *3. |
Acessos
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Rua José Luís Brito Seabra |
Protecção
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Em estudo |
Enquadramento
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Periurbano, planície, isolado. Implantado junto à vala que faz a comunicação da vila com o rio Tejo, a meio de um terreno de terra batida, abre a fachada principal para uma via de circulação da vila, não muito distante da igreja da Misericórdia. O desnível existente entre a rua e o terreno onde se rasga a vala, para o qual deita a fachada posterior, foi vencido pela construção de um embasamento desse lado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Armazenamento e logística: celeiro |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Câmara Municipal de Salvaterra de Magos |
Época Construção
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Séc. 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1657 - data provável de construção do edifício, pertencente à Casa do Infantado, criada em 1654 por D. João IV para o seu segundo filho, o infante D. Pedro; 1836 - o edifício passa para a Companhia das Lezírias do Tejo e Sado, a seguir à extinção da Casa do Infantado; 1910, 20 de Junho - criação da Companhia das Lezírias do Tejo; 1975, 13 de Novembro - nacionalização da Companhia das Lezírias; 1997, 1 de Junho - protocolo de cedência de espaço entre a Companhia das Lezírias e a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria de pedra rebocada e caiada; cunhais, embasamento e molduras em cantaria; cobertura em telha cerâmica; tecto e vigamentos em madeira; pavimento em terra batida. |
Bibliografia
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CÂNCIO, Francisco, Ribatejo Histórico e Monumental, Vol. 3, Coimbra, 1939. |
Documentação Gráfica
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DGEMN - DSID |
Documentação Fotográfica
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DGEMN - DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - existem ainda em Salvaterra mais outros 3 nichos idênticos, todos eles datados de 1657: um na vizinha Igreja da Misericórdia, um na Igreja Matriz, e outro na Capela Real (141504001); certamente pela presença deste Passo da Paixão, a pedra de armas do Infantado surge, no portal do celeiro, rematada por cruz; *2 - estes esteios serviram certamente de apoio a estruturas de criação de compartimentos para armazenagem dos cereais (tulhas); *3 - o secador de arroz originou a criação de um sistema de ventilação pela sobreposição de telhados; *4 - existe um projecto de adaptação do edifício a centro cultural; *5 - em Salvaterra de Magos existe ainda um interessante núcleo construído, que foi também pertença da Casa do Infantado: a Real Falcoaria (141504001), criada em 1752 para a prática da caça com falcão, de que restam as casas da residência dos falcoeiros e a torrela para os falcões, nas suas imediações; do Palácio, destruído em 1858, resta a Capela Real e as 2 chaminés da cozinha. |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1997 |
Actualização
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