Igreja Paroquial de Matacães / Igreja de Nossa Senhora da Oliveira

IPA.00006335
Portugal, Lisboa, Torres Vedras, União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo e São Miguel) e Matacães
 
Arquitectura religiosa, barroca. Igreja paroquial de planta longitudinal, nave única, capela-mor rectangular e torre sineira adossada no lado esquerdo. Conservando ainda alguns aspectos maneiristas, nomeadamente nos azulejos enxaquetados da nave. Predomina, no entanto, a decoração barroca resultante da renovação do séc. 18. Santos Simões atribui os azulejos da capela-mor ao mestre P. M. P. e os da casa baptismal a c. de 1780; os que ladeiam o arco triunfal são de Bartolomeu Antunes. Do trabalho de talha, de estilo nacional e um pouco mais tardia, destacamos o do retábulo da capela-mor, com boas imagens e anjos e o sacrário.
Número IPA Antigo: PT031113070022
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal composta por nave única, capela-mor rectangular e torre sineira, adossada no lado esquerdo, ligeiramente recuada. Cobertura homogénea de 1 e 2 águas. Frontespício coroado por frontão curvo, tímpano decorado com círculos e rasgado por portal de frontão circular ligado à janela, de frontão triangular que interrompe cornija. Torre com cúpula enquadrada por fogaréus. Nave com lambril de azulejos enxaquetados encimado por trabalhos de estuque; coro-alto, púlpito quadrangular, 4 altares colaterais com retábulos de talha. Azulejos com símbolos marianos ladeiam arco triunfal, tendo na parte inferior 2 medalhões com inscrições: no da direita "Na era de 17.3.6" , no da esquerda "Bmeu Antunes a fes em Lixª". Cobertura em abóbada de berço segmentada. Capela baptismal com lambril de azulejos almofadados e marmoreados. Na capela-mor painéis de azulejos até à cornija, com cenas da vida da Virgem e Jesus, e pinturas na abóbada de berço; retábulo de talha, com 2 nichos ladeados por colunas salomónicas. Sacrário esférico com sol radiando.

Acessos

Rua das Fontainhas. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,089902; long.: -9,211676

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 2/96, DR,1.ª série-B, n.º 56 de 06 março 1996

Enquadramento

Urbano. Inserida na povoação, é envolvida por átrio murado parcialmente ladeado por arvoredo e ao qual se tem acesso por escada.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 17 - reedificação; lápides sepulcrais, algumas delas datadas; séc. 18 - reparação e enriquecimento, fazendo-se fachada actual e retábulos de talha; 1736 - data dos azulejos da capela-mor; 1748 - data do lavatório da sacristia; 2012, 12 outubro - publicação do projeto de decisão relativo à fixação da Zona Especial de Proteção, em Anúncio n.º 13554/2012, DR, 2.ª sérei, n.º 198.

Dados Técnicos

Estrutura mista

Materiais

Alvenaria rebocada e cantaria. Calcário, azulejos, talha, pinturas e telas, telha.

Bibliografia

LEMOS, Maximiano, Matacães in Encyclopedia Portugueza Ilustrada. Dicionário Universal, vol. 7, Porto, s.d., p. 102; AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa, 1963; SIMÕES, J. M. dos Santos, Azulejaria em Portugal no Século XVIII, Lisboa, 1979; ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Porto 1988.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DRML

Intervenção Realizada

1997 - execução de novos rebocos exteriores e respectiva caiação; dreno junto ao alçado tardoz; reparação geral de caixilharias e grades.

Observações

A origem de povoação e orago da igreja está ligado à lenda que narra a aparição da Virgem sobre uma oliveira que existia junto a uma ermida dedicada ao Espírito Santo. Com a concorrência de romeiros edificou-se um templo para ser venerada a imagem mas, mal estava concluído, ela desapareceu, o que já tinha ocorrido várias vezes; substituiu-se então a construção por uma de pedra.

Autor e Data

Paula Noé 1991

Actualização

Ana Rosa 1997
 
 
 
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