Ruínas do Palácio da Torre
| IPA.00006313 |
Portugal, Santarém, Constância, Constância |
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Arquitectura militar. Torre atalaia ou torre de menagem de castelo, situada na confluência do Tejo com o Zêzere, mais tarde adaptada a residência senhorial. O mais significativo e duradouro ex-libris da vila de Punhete (COELHO, 1992), a torre, apesar de demolida, permanece importante na memória da terra, estando ainda representadas as suas ruínas num painel de azulejos num miradouro da vila de Constância, reproduzindo fotografias antigas. |
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Número IPA Antigo: PT031408010007 |
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Registo visualizado 337 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Militar Atalaia
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Descrição
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Da torre resta hoje o embasamento em pedra, sobre o qual foi construída uma plataforma rodeada por vedação em ferro pintado de verde. |
Acessos
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Pela Pç. Alexandre Herculano, na direcção do rio Tejo, numa zona conhecida como a torre. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Fluvial, urbano, planície. Na confluência dos rios Tejo e Zêzere, junto ao edifício de um moderno restaurante todo envidraçado, não muito distante do jardim conhecido como Horto de Camões. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: atalaia |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Afectação
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Época Construção
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Séc. 12 / 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1150 - existia já a torre, quando Gonçalo Mendes da Maia conquistou a povoação aos árabes; 1169 - D. Afonso Henriques cede a torre aos Templários; séc. 16, inícios - a torre é propriedade de D. João de Sande, senhor de Punhete; 1530, c. de - obras de adaptação a residência; a partir de então a torre foi conhecida como Palácio da Torre e a família Sande como os senhores da Casa da Torre; entre os visitantes ilustres do palácio contam-se D. Sebastião, que por várias vezes aqui residiu (1569, 1570, 1576 e 1577) e provavelmente Luís de Camões, durante o seu período de degredo em Punhete, em meados do séc.16, antes de passar a residir na Casa dos Arcos (PT03140801004), pertença da mesma família detentora da torre; a irmã de D. João de Sande, D. Isabel Freire, terá sido uma das musas inspiradoras do poeta; 1620 - instituição do morgado de Punhete, por testamento de D. Francisco de Sande, 4º senhor de Punhete, passando por herança para os Câmara Coutinho; 1758 - referido nas Memórias Paroquiais de Punhete como estando em ruínas; 1830 - a casa com a sua torre estavam já em ruínas; eram então propriedade de D. Luís Gonçalves da Câmara Coutinho; 1905, Junho - 1906, Setembro - a torre é demolida por determinação camarária; 2006, 17 março - Despacho de encerramento do processo de classificação pelo vice-presidente do IPPAR. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Alvenaria de pedra |
Bibliografia
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AAVV, Guia de Portugal, vol. 2, Lisboa, 1927; CÂNCIO, Francisco, Ribatejo Histórico e Monumental, Vol. 3, s.l., 1939; OLIVEIRA, Pe. Veríssimo José de, Descripção da Villa de Punhete, actualmente designada Constância, (1ª ed. 1830), Torres Novas, 1947; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Santarém, Lisboa, 1949; COELHO, António Matias, Memórias da Torre de Punhete, Boletim Informativo da Câmara Municipal de Constância, nº 18, Novembro - Dezembro, 1992, nº 19, Janeiro - Fevereiro, 1993; AAVV, Conhecer Constância, Constância, 1997. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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ANTT: Memórias Paroquiais de 1758 |
Intervenção Realizada
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Observações
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Em 1830 era ainda visível uma janela revelando uma casa abobadada, quando o curso do rio baixava (OLIVEIRA, 1830). |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1997 |
Actualização
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