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Edifício e estrutura Edifício Extração, produção e transformação Fábrica Fábrica alimentícia
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Descrição
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As duas fábricas formavam um conjunto arquitectónico modernista pela linguagem racionalista que apresentavam nas diversas fachadas. Todas as superfícies exteriores do conjunto rematavam num friso saliente ao longo das platibandas. Os planos de fachada marcados por cheios e vazios repetiam-se em torno de grandes superfícies envidraçadas, com molduras de contorno. No conjunto fabril, destacava-se a resolução formal das duas esquinas, a da "Algarve Exportador", através de um volume mais baixo concêntrico com a Praça Passos Manuel, e a da "Raínha do Sado", no ângulo agudo entre a Rua de Heróis de França e a Rua de Roberto Ivens, por um volume mais alto de forma cilíndrica. O símbolo e o nome de cada uma das Fábricas aplicado sobre a superfície das fachadas, executados em reboco fazem parte da composição dos alçados. Tanto uma fábrica como outra possuíam um pátio voltado para a Rua de Heróis de França. A "Rainha do Sado" continha ainda um outro destinado a Jardim. A organização interior do conjunto traduzia-se fundamentalmente na articulação de naves paralelas à Avenida da República. |
Acessos
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Rua de Heróis de França, Rua Roberto Ivens, Avenida da República e Praça de Passos Manuel |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano. O conjunto constituído por duas unidades da indústria conserveira de Matosinhos, ocupava integralmente um quarteirão de forma triangular, definido pela Rua de Heróis de França (ex. João Chagas), Rua de Roberto Ivens (ex. Dr. Alves da Veiga), Avenida da República e Praça de Passos Manuel. A "Algarve Exportador" situava-se a N. deste triângulo e a "Raínha do Sado" a S.. |
Descrição Complementar
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Assim a "Algarve Exportador" apresentava uma grande nave adjacente à Avenida da República, destinada à Secção de Fabrico, desenvolvendo-se no topo poente o Armazém de Vazio e uma escada com traçado circular de acesso ao terraço. Para E. implantava-se a área destinada à Gerência, com uma volumetria mais baixa e cobertura em terraço. A Secção de Fabrico além de se relacionar com esta área, articulava-se com outras duas naves separadas por uma parede, onde de um lado funcionava o Armazém de Cheio e do outro o do Instituto. Todas as áreas de apoio à Fábrica e aos operários (vestiários, refeitório, creche, caldeira, garagem, oficina etc.) desenvolviam-se em U, em torno de um pátio, onde se localizavam a chaminé e o depósito da água. Sobre o Armazém de Cheio, existia um outro piso para a habitação do encarregado da fábrica e uma outra zona privada da administração. O acesso a este piso fazia-se pela Praça de Passos Manuel. A "Raínha do Sado" de planta triangular era constituída por uma sucessão de naves, de cobertura apoiada em asnas de madeira. A área destinada à Secção de Fabrico ocupava duas naves, relacionando-se a N. com dois Armazéns de Vazio. No topo poente destes dois armazéns situava-se um pátio para onde se voltavam os espaços destinados ao Gerador , Carvão, ao Sal e aos operários. O sector dos operários de dois pisos, continha no r/c os vestiários e no 1º piso os refeitórios, masculino e feminino. A S. da Secção de Fabrico o Armazém de Embalagem e o Instituto. A área destinada à Gerência localizava-se a O. desenvolvendo-se em torno de um pequeno pátio designado no projecto como Jardim. |
Utilização Inicial
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Extração, produção e transformação: fábrica |
Utilização Actual
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Demolido |
Propriedade
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Privada: pessoa colectiva |
Afectação
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Não aplicável |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTOS: António Varela (Algarve Exportador). ENGENHEIROS: Alfredo Daniel (Raínha do Sado). |
Cronologia
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1938, 31 Março - Projecto da "Algarve Exportador"; 1939, 5 Outubro - Inauguração da "Algarve Exportador"; 1941, 14 Janeiro - Projecto da "Raínha do Sado"; 1941, 3 Março - Aditamento ao Projecto da "Raínha do Sado"; 1984, 15 Agosto - Incêndio na "Raínha do Sado"; 2003, 17 de Fevereiro - despacho de encerramento do procedimento relativo a uma eventual classificação; 2009, Dezembro - Demolição. |
Dados Técnicos
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Não aplicável |
Materiais
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As Paredes exteriores eram em alvenaria de tijolo rebocadas (na "Algarve Exportador" o reboco era esquartelado); as paredes interiores eram em alvenaria de tijolo rebocadas e em algumas partes revestidas a azulejos; a estrutura de suporte da cobertura era em asnas de madeira e a estrutura de suporte da cobertura em asnas metálicas; as caixilharias eram de madeira e ferro; chaminés em tijolo burro; e soleiras em granito. |
Bibliografia
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MAIA, António, Memória Descritiva do Pedido de classificação dos conjunto de imóveis das Fábricas "Algarve Exportador" e "Raínha do Sado", Câmara Municipal de Matosinhos, 17 de Julho de 1985; http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Matosinhos&Option=Interior&content_id=1723375, 16 de Junho de 2011; http://globalconstroi.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1672:hotel-e-instituto-cultural&catid=1:latest-news&Itemid=49, 16 de Junho de 2011. |
Documentação Gráfica
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(IPPAR) 85 / 3 (96) |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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(IPPAR) 85 / 3 (96) |
Intervenção Realizada
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Observações
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O conjunto fabril ocupava um quarteirão situado na antiga Zona Industrial de Matosinhos agora praticamente desactivada. Quando o projecto da "Raínha do Sado" foi apresentado, existia um lote não ocupado que veio a ser preenchido posteriormente pela Fábrica "Algarve Exportador" já existente (não foi possivel datar esse acrescento). |
Autor e Data
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Isabel Sereno 1994 |
Actualização
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Ana Filipe 2011 |
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