Casa dos Lafetás / Vila Cosme / Quinta do Cosme

IPA.00006115
Portugal, Lisboa, Sintra, União das freguesias de Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim)
 
Arquitectura residencial, renascentista. Quinta.
Número IPA Antigo: PT031111050035
 
Registo visualizado 555 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  

Descrição

Do primitivo edifício resta na actualidade um pano de muro de alvenaria (primitiva fachada principal) rematado por esferas sobre plintos. Ao centro do muro rasga-se um portal rectangular lateralmente delimitado por pilastras *2 e cuja verga recta destacada se apresenta sobrepujada por uma pedra de armas com paquife. A representação heráldica encontra-se integrada num painel rectangular de moldura simples ladeado por volutas. Transposto o portal reconhecem-se algumas construções como sejam: a S., 2 edificações adossadas, ambas de planta circular e volumetria cilíndrica (pombais), ostentando coberturas sensivelmente semiesféricas; a O., vestígios (2 paredes dispostas perpendicularmente) de um outro edifício e o celeiro, de planta rectangular, coberto por abóbada artesoada.

Acessos

EN 247, Galamares, Rua da Quinta do Cosme, 8 - 14

Protecção

Categoria: IM - Interesse Municipal, Decreto n.º 8/83, DR, 1.ª série, n.º 19 de 24 janeiro 1983 *1 / Incluído na Área Protegida de Sintra - Cascais (v. PT031111050264)

Enquadramento

Rural, isolado, entre a estrada e a Ribeira de Colares.

Descrição Complementar

HERÁLDICA: Pedra de armas do portal de castelo de ouro em campo azul e, como timbre um elmo.

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Agrícola e florestal: estufa

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1556 - construção da quinta por Cosmo de Lafetá *2, filho do mercador milanês João Francisco de Lafetá e Maria Gonçalves e posteriormente Capitão-Mor no cerco de Chaúl, na costa ocidental da Índia; 1561 - nascimento do filho de Cosmo de Lafetá, que recebe o mesmo nome do pai; 1566, 8 de Outubro - Cosmo de Lafetá legitima o filho, quando este já tinha cinco anos, tornando-se mais tarde, após a morte do pai, proprietário da quinta; 1598 - a familia a Cosmo de Lafetá é investigada pelo Santo Ofício, por suspeita de terem sangue de "cristão novo", proveniente de Maria Gonçalves; Cosme de Lafetá, o filho, recebe as capitanias de Sofala e Diu, dadas por Filipe I; Séc. 17 - a propriedade pertence à casa dos condes de Soure, descendentes dos Lafetás; 1879, 20 de Dezembro - aquisição da propriedade por Sir Francis Cook, 1º visconde de Monserrate, a Francisco Luis de Sousa Castelo Branco e Meneses e esposa; 1937, 25 de Setembro - aquisição da propriedade por António de Almeida Guimarães, aí residente desde 12 de Setembro de 1922, a Sir Herbert Cook, neto de Sir Francis Cook.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes, estrutura mista.

Materiais

Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário

Bibliografia

BIBLIOTECA NACIONAL, Secção de Reservados, Colecção Pombalina, Ms. 737, fls. 344 - 351; PROENÇA, Raul, (dir. de), Guia de Portugal, Vol. I, Lisboa, 1924; BAIÃO, António, A Quinta do Cosmo em Sintra, in Almanaque Bertrand, Lisboa, 1938; AZEVEDO, José Alfredo da Costa, Velharias de Sintra, Vol. I, Sintra, 1980; STOOP, Anne De, Quintas e Palácios nos Arredores de Lisboa, Porto, 1986; LOPES, Flávio, (coord. de), Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado. Distrito de Lisboa, Lisboa, 1993; AZEVEDO, José Alfredo da Costa, Obras de José Alfredo da Costa Azevedo, Recantos e espaços, vol. II, Sintra, 1997.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

*1 - DOF: "Conjunto formado pela Casa dos Lafetás, também conhecida por Vila Cosme, com as ruínas da dependência renascentista e construções anexas, nomeadamente a capela, o celeiro, a adega e o pombal"; *2 - o nome da quinta deriva do seu proprietário, tendo, provávelmente, o nome evoluido de Cosmo, para Cosme.

Autor e Data

Paula Noé 1991 / Teresa Vale e Carlos Gomes 1995

Actualização

 
 
 
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